— Mille? – James viu a garota com seu vestido azul passar por ele com o rosto repleto de lágrimas. Ele estava no estacionamento da escola sendo beijado por uma garota.

— Deixa ela pra lá – a garota diz enquanto tentava alcançar os lábios de James.

— Para! – ele disse segurando a garota e a afastando. Saiu correndo em direção á morena – Camille – ele gritou olhando de um lado para o outro até avistá-la.

Ela parou ao ouvir a voz do amigo e segurou no poste que estava ao seu lado, aquela noite estava tão gelada em Minnesota o que fazia o coração dela ficar mais apertado o clima a deixara mais triste ainda.

— Por que está chorando? – ele se manteve distante dela – o que aconteceu?

No mesmo instante ela se virou revelando seu rosto banhado em lágrimas e vermelho, sua pele branca denunciava muito rápido sua vermelhidão e seus olhos estavam inchados, ela juntou suas ultimas forças e sua voz saiu embargada.

— Ele foi embora.

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O despertador toca acordando Kendall que estava cansado queria muito que seu ultimo ano acabasse não aguentava mais a escola. Se levantou de sua cama e olhou pela janela dia com sol, mas notavelmente frio, foi para o banheiro e ligou o chuveiro e se despiu e logo sentiu a água quente cair sobre seu corpo os jogos de Hóquei estavam funcionando ele estava com um corpo de dar inveja. Escovou os dentes se secou e vestiu qualquer roupa que o deixasse aquecido. Saiu de seu quarto e deu batidas na porta do quarto de Katie e Camille e logo desceu as escadas e avistou Camille já acordada.

— Bom dia filho – Jennifer a mãe de Kendall estava senta á mesa servindo o marido e Camille.

— Mãe, Pai – beijou a bochecha da mãe e tocou o ombro do pai – Mille – deu um sorriso para a morena.

— Que milagre não estar atrasado – ela disse tomando um gole de suco arqueando uma sobrancelha.

— Que milagre você estar tomando café – retribuiu na mesma ironia recebendo um chute da irmã.

Kendall agradecia todos os dias pela família que tinha. Sua mãe havia sido abandonada pelo seu pai biológico quando ele tinha 9 anos e Kate apenas 3. Todos ficaram em pedaços e Kendall não via mais motivos para confiar numa figura paterna, até que ele chegou o senhor Roberts com sua filha Camille e juntos formaram uma família e suas feridas se curaram com o tempo. Ele viu sua mãe estar apaixonada e com um brilho nos olhos outra vez estava satisfeito por ter um pai que mostrou que nem todos abandonam e ganhou uma irmã maluquinha também.

— Rápido Kendall ou vamos nos atrasar – Camille disse levantando da mesa já depositando um beijo na bochecha do pai e depois da mãe – tchau mãe e pai – pegou seu casaco preto e sua bolsa e se dirigiu á porta.

— Oh desespero – Kendall disse ainda engolindo uma torrada e acenou para os pais enquanto pegava a mochila – tchau pra vocês.

— Vão com cuidado – Jennifer disse e olhou para o marido que sorria para ela – o que foi?

— Você é linda – ele disse e depositou um beijo nos lábios dela.

— Eca – Katie chegou e fez cara de nojo vendo a cena, estava pronta para a aula.

— Ainda bem que acha isso – o senhor Roberts disse se levantando e pegando as chaves do carro – vamos princesa.

— Vamos papai – abraçou a mãe – tchau mãe e sem rodeios eu só vou jogar depois da aula.

— Direto pra casa mocinha – a mãe disse e olhou para o marido suplicando por ajuda.

— Ouviu sua mãe – ele disse e piscou para a filha sem que sua esposa visse – tchau amor – beijou os lábios de Jennifer e saiu acompanhado da filha.

Katie estudava em uma escola diferente de Kendall e Camille, por isso ia com o pai de carro. Enquanto isso Camille e Kendall estavam andando, bem próximos de chegar ao colégio.

— Bom dia mi amigos – Carlos chega colocando os dois braços em volta do pescoço dos amigos.

— Carlos – Kendall sorri e se desvencilha do braço de Carlos – tire o capacete.

— Não – ele solta Camille e segura o capacete de forma protetora, ela ri do jeito do amigo.

— Mais um dia – Camille suspira em frente ao portão do colégio – James ainda está viajando.

— Espero que ele não demore temos um jogo de Hóquei – Carlos diz e eles já estavam dentro do colégio já se dirigindo para suas salas.

— Jô – Camille abraça á amiga no corredor onde se encontraram.

— Oi Mille – a loira sorri e seus olhos encontram os de Kendall, na cabeça dele ele ficava mais bonito á cada dia – Kendall, Carlos.

— Oi Jô – Carlos á abraça e ela espera o mesmo de Kendall que apenas sorri para á garota.

— Bom dia Jô – Kendall finalmente diz, mas logo sente seu braço doer e arder – LUCY! – ele toca o braço atingido pela mão da ruiva – ai caramba!

— Não me viu ali não pra passar direto assim? – ela estava furiosa – Oi pessoal – ela recebeu os comprimentos de todos, mas Jô estava enciumada com Lucy sempre foi assim ela e Kendall eram amigos e tinham esse jeito um com o outro brigar, bater, rir e Jô sentia um aperto no peito, Kendall devia gostar dela, a ruiva fatal do colégio.

— Me deixa sua louca – ele disse arregalando os olhos e entrando na sala.

— Olha como fala loirinho – ela foi atrás dele – guardei seu lugar do meu lado.

Jô fez uma cara triste e Camille tratou de consolar a amiga, ela sabia que se tinha algo que o Kendall era isso era indeciso, ele devia estar confuso com os sentimentos, mas Mille iria ajudar as duas amigas não queria nenhuma saindo machucada nessa história.

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— Vocês viram a cara que ele fez quando o ameacei? – Lucy ria descontroladamente enquanto todos caminhavam juntos de volta pra casa.

—Você é malvada – Carlos disse e riu.

— Demais – Camille não conseguia se segurar.

Jô estava calada e Kendall também eles estavam andando mais de vagar por isso acabaram ficando um pouco atrás dos outros.

— Como você está? – Kendall tomou coragem e perguntou finalmente quebrando o silencio entre os dois.

— Bem – ela foi curta estava chateada.

— Eu? Ah to bem valeu por perguntar – ele disse e riu e a encarou.

— Desculpa – ela estava encarando o chão e o olhou nos olhos, Kendall sentiu seu peito se aquecer apenas com aquele olhar, eles ficaram um bom tempo apenas se olhando sem dizer uma palavra.

— Jô? Jô? – Carlos estava á chamando um bom tempo e Lucy e Camille estavam olhando a cena dos dois, a ruiva fechou a cara.

— Desculpe Carlos – ela disse saindo do transe e ela e Kendall sorriram constrangidos – vamos.

Eles se despediram de todos Carlos e Jô moravam na mesma rua por isso iam juntos, Lucy olhou de relance para Jô com o olhar sério. O três andaram mais um quarteirão e Lucy parou.

— Já vou indo – ela disse e sorriu para Camille, adorava a amiga e não entendia como ela andava com alguém tão sem graça como a Jô – já que o James minha companhia até em casa está viajando eu vou sozinha.

— Tchau Lucy – Kendall disse e Camille á abraçou.

— Não morra de saudades loirinho – ela bagunçou o cabelo de Kendall.

Estavam Camille e Kendall parados na calçada e ele estava olhando para o nada com os pensamentos longe até que ele percebeu um olhar sobre si, encarou Camille que estava com os braços cruzados e uma sobrancelha arqueada.

— O que foi? – Ele fez uma expressão confusa.

— Você precisa se decidir – a morena suspirou e saiu andando pela calçada.

— Ei! – ele apresou o passo para alcançar a irmã – a Lucy é minha amiga e a Jô é...- ele fez uma pausa.

— Nem você sabe maninho – ela disse e saiu correndo em direção á sua casa – o ultimo a chegar lava a louça do outro por uma semana! – gritou ainda correndo

— Isso não vale – ele correu para alcança-la – não somos mais crianças – gritou

— Então por que está correndo? – Camille se divertia com Kendall, ter um irmão era muito mais divertido.

— Ei que correria é essa? – Jennifer a mãe dos dois estava saindo de casa quando quase foi atropelada pelos dois.

— Mãe – os dois disseram ofegantes.

— Subam e tomem um banho e me ajudem adiantando o jantar por que eu estou indo ao fliperama buscar a Katie, já que seu pai me enganou – ela disse com uma cara nada boa – se cuidem – beijou a testa dos dois – não destruam a casa.

— Não somos mais crianças – Kendall disse e olhou para Camille.

— Ahãm – a senhora Roberts acenou e saiu com o carro.

— Vamos lá – Camille disse e fechou a porta.

Passado o tempo de se lavarem e vestirem, limparam a casa e começaram a fazer o que a mãe pedira a casa deles era de tamanho médio tinha sala, cozinha, sala de jantar, garagem um jardim que tinha um balanço numa linda e imensa árvore, os quartos ficavam lá em cima subindo as escadas, era muito aconchegante e o que não faltava era lareira devido ao frio de Minnesota.

— Anda logo com isso Kendall – Camille dizia enquanto tirava as batatas do forno.

— Estou fazendo o meu melhor – ele cortava os legumes de uma forma lenta ainda brigando com a faca.

— Ai Kendall – a morena começara a rir – papai está demorando.

Ela se dirigiu á janela e afastando á cortina olhou para á rua que não estava movimentava já era á noite, lá na esquina ela avistou um homem com um andar inconfundível.

— Papai! – ela saiu correndo, abriu a porta e da calçada acenou para ele e Kendall a seguiu e fez o mesmo o senhor Roberts acenou de volta.

Estava uma noite gelada, e da esquina se viu e ouviu um carro cantando pneu e os dois acharam estranho o carro parar na direção de seu pai e logo saiu um homem com um capuz preto que saca uma arma e atira 3 vezes no peito do pai de Camille e Kendall.

— PAI! – Kendall gritou quando ouviu o disparo e viu Camille correr e logo á acompanhou, ela gritou gritou até sua voz falhar, o homem fugi no carro.

— PAI POR FAVOR – ela se jogou no chão ao lado do pai e Kendall logo pegou o celular para ligar para emergência – pai

— Des...cul...pe – o pai deles disse sem força.

— Shuu – as lágrimas de Camille caiam – não diz nada o senhor vai ficar bem;

— a...mo...vo...ces – os olhos dele se fecharam lentamente e não se ouvia mais sua respiração.

— PAI NÂO! – ela o abraçou forte e Kendall sentiu as lágrimas em seu rosto ele segurou a mão do pai e a apertou forte – isso é um sonho – ela disse quase inaudível – acorda Camille – dizia para si mesma fechando os olhos com força – ACORDA!