A Troca.

P.O.V. Klaus.

Estou descendo as escadas tranquilamente quando vejo alguém que tenho certeza que está morto.

–Finn?

–Niklaus? Você pode me ver?

–Claro que posso.

–Niklaus, eu estou morto.

–Olá Sage.

–Ele pode ver a gente Finn?

–Aparentemente sim.

–Porque?

–Eu não sei amor.

Caroline chega do mercado e passa por eles como se eles nem estivessem lá.

–Não vai dizer olá, Caroline.

–Calma, amor só vou colocar as compras na mesa.

Ela voltou saltitante como sempre e me deu um beijinho.

–Olá.

–E pra eles?

–Eles? Eles quem?

–Finn e Sage.

–Klaus, Finn e Sage morreram. Estão do outro lado, não estão aqui.

–Estão Caroline! Eu estou vendo eles!

–Tem certeza disso?

–Tenho.

–Pegue suas coisas vamos á Mystic Falls falar com a Bonnie.

–Porque?

–Porque que eu saiba pra poder ver as pessoas do outro lado você tem que ter estado lá e retornado. Como o Jeremy por exemplo.

–Que eu saiba eu nunca morri.

–Mas, ficou ressecado e o seu corpo queimou por causa da estaca que o Rick enfiou.

–Vamos falar com ela.

Disse pegando o meu casaco.

Ela dirigiu até sua cidade natal e nós fomos direto para a casa da bruxa Bennett.

–Caroline? Ai que saudade!

Elas se abraçaram, então a Bennett olhou pra mim, cruzou os braços e rudemente perguntou:

–O que está fazendo aqui?

–Precisamos de ajuda.

–Entrem.

Quando estávamos na sala ela perguntou:

–Em que posso ajudar?

–O Klaus está vendo as pessoas do outro lado.

–Verdade?

–Sim.

–Como?

–Esperávamos que você nos dissesse.

–Olha, isso não tem nada a ver comigo. Não é culpa minha.

–Conhece alguém que pode nos ajudar?

–A prima da Elena é claro. Aqui.

–O que é isso?

–O endereço dela.

–Tá brincando né? A mulher mora em Washington?

–Mora.

E lá fomos nós para aquele fim de mundo chamado Forks.

Tivemos que parar pra pedir informações.

–Com licença, sabe onde mora Renesmee Carlie Cullen?

–A família Cullen mora bem pra dentro da cidade dona. Ocê tem que pegar essa estrada de terra ali ó e ir embora até cansar daí ocê chega lá.

–Entendi.

–Tenha cuidado Dona. Essa família é esquisita.

–Esquisita como?

–Meu avô contou que conheceu o filho mais novo do casal Cullen e isso foi á sessenta anos.

–Certo. Obrigado.

–Disponha Dona, ás orde.

–Então vamos lá.

Realmente a casa ficava no fim do fim do mundo.

Mas, finalmente encontrei a resposta que buscava.

–Oi. Eu estava esperando vocês.

–Estava?

–Entrem.

–Querem beber alguma coisa?

–Não obrigado. Porque estou vendo as pessoas do outro lado?

–Você é a âncora agora. Você pode ver tudo e sentir também.

–Sentir?

–Ao tomar o lugar de Amara você passou a existir em dois lugares ao mesmo tempo. Aqui e do outro lado, por tanto os mortos podem fazer contato físico com você e você com eles.

–Tá. E daí?

–Todo o ser sobrenatural que morrer terá que passar através de você para chegar ao outro lado e vai doer muito. Vai chegar a um ponto em que não conseguirá dizer a diferença entre vivos ou mortos.

–Eu notei. Mas, quem é Amara?

–Estava esperando você fazer essa pergunta. Amara! Venha meu bem, não tenha medo.

Uma duplicata veio. Ela usava um vestido romano roxo e os seus cabelos estavam deveras bagunçados.

–Quem são eles?

–Esse é Klaus. Ele tomou seu lugar.

–Oi.

–Olá, adorável duplicata.

–Eu não sou duplicata. Sou a primeira eu que existiu.

–O que?

–Amara é o rosto que gerou milhares de duplicatas.

–Então, Tatia não era a original?

–Não mesmo.

–E Silas? Onde está Silas?

–Amanhã iremos buscá-lo.

–Onde ele está?

–Ainda está na tumba. A cura saiu, mas ele não.

–Ele está ferido?

–Apenas ressecado e mumificado.

–Está sofrendo?

–Não. Ele já definhou ao ponto de dissecação, mas nós o traremos de volta. Amanhã.

–E o que faremos agora?

–Dormimos.

–Mas, não estou com sono.

–Mas, eu estou. Relaxa, vocês esperaram dois mil anos, esperam mais 24 horas.

–E o que vou fazer se não consigo dormir?

–Assiste televisão, lê um livro na biblioteca gigante que temos na mansão. Tem muito o que fazer aqui.

–O que é televisão?

A duplicata apertou o botão de ligar do controle remoto e Amara ficou fascinada.

–Pronto. Agora eu vou dormir, boa noite.

–Boa noite.

–Boa noite.