9 anos depois...

– Aww cara.. – o pequeno menino resmungou. – Eu estava quase conseguindo.

– Está tudo bem amigão... – bagunço o cabelo dele. – Você vai conseguir! Já avançou bastante. – digo rindo enquanto ele pula fora da cadeira.

– Okay. – ele sorri correndo para fora da sala.

O horário já tinha acabado, ele tinha me pedido para tentar apenas mais uma vez.

– Hum.. Davi. – a mãe de um dos alunos chama minha atenção. – Eu queria saber se você gostaria de...

– Desculpe. – digo apontando para a minha aliança na mão esquerda. – Eu já tenho alguém que amo em casa. – a interrompo.

Olho desajeitadamente ao redor da sala. Isso acontecia com mais frequência do que eu poderia dizer. Apesar da minha aliança de casamento, as mulheres ainda tentam dar em cima de mim. Para ser honesto, eu luto contra a vontade de rir. Algumas delas já tiveram a oportunidade de ver Megan e só por isso elas deveriam saber imediatamente que não poderiam competir, minha mulher é única e o melhor de tudo é minha.

– Oh, não. – ela diz sacudindo a mão, profusamente. – Eu estava apenas...

– Davi, você ainda vai precisar de ajuda para desligar os computadores? – Hana, uma das técnicas, questionou.

– Sim. – confirmo vendo a mãe de Pedro correndo pra fora. – Obrigado. – sussurro.

– Essa é a segunda só hoje. – ela ri, entrando na sala e me ajudando a organiza-la.

– Segunda o que? – questiono enquanto desligo uma das maquinas.

– A segunda mãe solteira desesperada que fica um pouco mais apenas para ver seu rostinho bonito. – ela responde com uma voz infantil.

– Claro. – rio do jeito que ela fala.

Depois que voltamos para casa eu decidi que não queria mais trabalhar na Marra, sei lá seria estranho pra mim trabalhar para o meu sogro e algo me dizia que Jonas daria um jeito de saber todos os meus passos na Marra, talvez eu estivesse um pouco paranoico, talvez não.. eu não iria arriscar! Depois de muita conversar com Megan, eu decidi abrir a minha própria empresa eu já tinha alguns projetos em mente era hora de desenvolvê-los. Assim eu comecei o planejamento da BRazuca, uma empresa de tecnologia e uma ONG ao mesmo tempo. Junto com Megan comprei um imóvel grande que pudesse acomodar os dois projetos. Eu simplesmente tinha essa vontade de poder trabalhar com as crianças... ensinando a elas o outro lado da tecnologia. Além dos bons investimentos que fiz, a empresa me rendia um bom lucro anual. O negócio estava indo muito bem. E o melhor de tudo eu tinha Megan me ajudando e apoiando em tudo, cara tenho que dizer minha mulher é incrível no que faz, a divulgação que ela fez sobre a BRazuca, as ideias dela... me ajudaram muito!

Uma hora depois, eu me encontrava em minha garagem.

Vejo uma pequena figura espiando através das cortinas e um sorriso se espalha pelo meu rosto.

Dad! – Minha filha corre para o meu carro. Seus longos cabelos loiros balançando com seus movimentos.

– Princesa Julia. – eu pulo fora do carro e a pego em meus braços. Eu observo a sua escolha de roupa para o dia. Hoje ela esta com uma blusa com a estampa floral, uma saia estilo tutu e sapatilhas combinando com a blusa. Ela puxou completamente a Megan.

– Você está em casa. – diz depositando um beijo na minha bochecha.

– Sim. – concordo, depositando um beijo na testa dela. – Você ficou mais bonita enquanto eu estive fora?

– Uh huh.- ela diz com um sorriso tímido, atirando os braços ao redor do meu pescoço. – Eu senti saudade. - ela informa enquanto entramos em casa.

– Onde está a sua linda mãe? – pergunto a colocando no chão.

– Bem aqui. – minha esposa maravilhosa sorri aparecendo.

Aproveito para olhar sua roupa. Ela esta com uma blusa estilo militar, calças jeans, pulseiras pretas e verdes e sapatilhas pretas. Terminando com o cabelo preso em um coque frouxo.

É sexy como o inferno.

– Lá vamos nós. – sorrio de volta, a atacando na porta. Seus lábios. Sua bochecha. Seu queixo. Eu amo cada centímetro dela... e a beijo o melhor que posso em frente das crianças.

– Eu senti sua falta hoje. – ela suspira contra meus lábios antes de se inclinar para trás para outro beijo. Seus braços viajando do meu pescoço para meu peito. – Muita. – sua cabeça se inclina para poder me olhar. Seus olhos castanhos me olham com a mesma intensidade de nove anos atrás e eu me perco.

Me apaixonando mais uma vez.

– Como é que eu tive tanta sorte? - descanso meu queixo em sua cabeça, pensando no que aconteceu quando revelamos tudo para minha família e alguns meses depois decidimos nos casamos.

– Então... – minha mãe começa, a confusão evidente em seu rosto.

Isto é tão embaraçoso, estamos em uma vídeo conferencia com a minha família.

– Você e Megan não estavam realmente namorando quando vocês vieram. – Matias esclareceu.

– Você não queria que a gente achasse que você era um perdedor? – Arthur questiona confuso.

– Arthur! – Luene lhe dá um soco.

– O quê? – diz esfregando o braço. Bem feito!

– Hunrun.- aceno desajeitado e procuro olhar para qualquer lugar, menos para a tela do Skype. Eu tinha combinado que entraria em contado com eles assim que eu conversasse com a Megan.

– Vocês eram apenas bons amigos. – Danusa acrescenta.

– Sim. – Camilinha concorda.

– Espere! – Arthur interrompe. – Por que Camilinha veio?

– Porque me deu vontade. – a melhor amiga de Megan sorri.

– Okay. – todo mundo concorda.

Nós olhamos um para o outro em silêncio até que meu irmão o quebra.

–Você não sabia sobre os pais dela até que nós descobrimos.

–Então... basicamente... foi tudo uma mentira? – minha mãe pergunta.

– Não! – eu grito ao mesmo tempo que Megan grita – Sim!

– Quero dizer a relação era mentira no começo. – admito.

– Mas nós realmente gostávamos um do outro antes disso. Nós só estávamos muito envolvidos em nossa merda pessoal... Desculpe-me, Rita. – Megan cobre a boca.

– Está tudo bem. – minha mãe a tranquiliza.

– Então, nós tínhamos medo. – ela completou.

– Eu pensei que era improvável ela me ver como mais que um amigo.

– Impossível. – Megan nega. – Você é perfeito. – sorri para mim. – Ele é perfeito. – ela diz para a tela. – Então eu estava com medo, porque eu não achava que ele gostava de mim por causa de Manuela. – Megan fez um biquinho.

– Baby. – eu tive que beija-la. – Ela está fora da minha mente há anos.

– Eu não sabia. – ela se justifica.

– Então os pais dela apareceram... e nós percebemos que estávamos apaixonados... de verdade. – admito, olhando nos olhos de Megan.

Depois de explicarmos tudo, minha família compreendeu. Minha mãe praticamente idolatra a Megan. Meu irmão e meu pai a aceitaram de braços aberto como já tinham feito. Luene simplesmente estava empolgada e me ameaçando caso eu desse algum furo com a sua futura irmã. Resumido parecia que a minha família gostava mais de Megan do que de mim, mas eu não poderia ficar chateado com isso.

Quando voltamos para a Califórnia depois de duas semanas decidimos morar juntos, uma vez que ou eu dormia no apartamento dela, ou ela dormia no meu. Era simplesmente impossível ficarmos separados.

Alguns meses depois nós estávamos em Las Vegas, Camilinha conseguiu convencer Megan a ir ao Rock in Rio que aconteceria lá, durantes os shows, quando eu estava ali curtindo algo que normalmente eu não aproveitaria eu simplesmente senti que era a hora de fazer o pedido de casamento. Ok, que estávamos juntos a pouco tempo, mas eu simplesmente sabia que não existiria outra mulher no mundo pra mim sem ser Megan. Para minha surpresa ela aceitou o meu pedido, na verdade a surpresa não foi ela ter aceitado, mas sim o fato dela querer aproveitar que estávamos em Vegas e dizer que deveríamos nós casar em Vegas mesmo... Então novamente tivemos que fazer uma conferencia no Skype com toda a família.

– O que é tão importante filho? Para você reunir todos assim.. – minha mãe perguntou curiosa.

– Vamos nos casar! – Megan disse mostrando a aliança que eu tinha dado a ela.

Nesse momento eu agradeci por estar longe, porque minha irmã, minha mãe e Camilinha soltaram um grito de animação que fizeram Arthur, meu pai e o Caio tamparem os ouvidos.

– Já não era sem tempo... – Matias começou.

– Nessa quarta-feira. – Megan completou.

– Aqui em Vegas.

– Nós agradeceríamos se vocês viessem.

– O QUÊ?

– Merda! – digo antes de fechar o notebook.

– O que você está pensando? – Megan questiona beijando meu pescoço.

– Nada. – balaço minha cabeça, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

– Eu vou tirar isso de você mais tarde. – afirma, colocando sua mão no bolso da minha calça e dando um apertão na minha bunda.

– Sério? – pergunto olhando em volta para ter certeza que não tem olhinhos nos olhando. Quando não vejo ninguém, minhas mãos entram em sua camisa para agarrá-la...

– Eww. – minha filha exclama quando eu acrescendo um pouco de língua no beijo.

Droga.

– Como foi o trabalho? – Megan questiona desembrulhando seus braços de mim.

– Não foi tão bom como voltar para casa. – sorrio. - E você, como foi seu dia? Sentiu alguma coisa? - questiono depositando minha mão em sua barriga ainda plana.

– Correu tudo bem. – ela diz com um sorriso lindo depositando sua mão sobre a minha, mês passado ela começou a sentir alguns enjoos e para a nossa surpresa ela estava grávida, quase um mês na época, ficamos um pouco assustados quando descobrimos que seriam dois agora, mas não tão assustados como na primeira vez, minha mulher é uma mãe maravilhosa como eu sabia que séria – Mas... - ela disse se aproximando com aquele sorriso sexy dela.

Uma falsa tosse nos interrompe antes que saíssemos dos limites.

– E aí? – Ajoelho-me para abraçar Fábio, o meu mais velho.

Algumas semanas depois de voltarmos da nossa 'lua de mel', Megan ficou doente. Depois de convencê-la de que intoxicação alimentar não durava duas semanas, ela fez o teste de gravidez para confirmar o que eu já suspeitava. Parecia que saímos da nossa viagem de lua de mel com um presente.

Eu ia ser pai!

Eu não vou mentir. Megan e eu estávamos com muito medo no inicio. Nós tínhamos acabado de nos casar e já estávamos esperando um filho. Eu perdi a conta de quantas vezes Megan chorou em meus braços com medo. Ela tinha pavor de estragar tudo. Se questionando se ela estaria lá o suficiente? Se o nosso filho saberia que ela o amava?

Com receio de não estar lá para o nosso filho, ela vendou o escritório, não que ela tenha parado de receber propostas de trabalho, como eu disse minha mulher é muito boa no que faz algumas empresas sempre vem atrás dela. Hoje em dia ela aceita alguns trabalhos, só aqueles que realmente chama a atenção dela, ela diz que o melhor é que ela pode trabalhar em casa, nós compramos uma casa grande o suficiente para ela ter um atelier de trabalho.

Todos os nossos medos porem desapareceram no momento que Megan segurou Fábio Marra Reis em seus braços. Depois deste dia, eu realmente nunca vi nada mais bonito do que Megan segurando nossos filhos.

– Nosso filho quer te mostrar uma coisa. – Megan sorri de pé trás de Fábio.

Todo mundo dizia que Fábio era a minha cópia.

Mom. – ele resmunga. – Não faça isso ser uma grande coisa. – ele implora.

– Mas é algo grande. – minha esposa o empurra gentilmente para frente. – Mostre pra ele.

– Aqui. – meu filho boceja, entregando-me seu boletim.

Todos com A e sorrisos felizes. Eu sorrio com orgulho.

– Aww, Campeão! – eu o abraço. – Isso é ótimo.

– É. – ele suspira. – Não foi difícil. As atividades são realmente fáceis. – ele encolhe os ombros saindo.

Eu rio de sua indiferença. Ele é parte Marra no final das contas. Somente alguém nessa família se sentiria entediado em ser quatro níveis à frente em literatura e matemática.

– Alguém vai ganhar cupcake de blueberry para a sobremesa. – Megan diz calmamente.

– Sério? – meu filho vem correndo de volta para nós. – Maravilha! – ele abraça a mãe. – Obrigado, mom!

– Posso ter de chocolate? – Julia pergunta, seus grandes olhos castanhos brilhando para sua mãe. – Eu não gosto de blueberry. – ela faz um biquinho. Ela se parece muito com a mãe dela.

– Querida, sua mãe fez de blueberry hoje. – ela amua um pouco. – Nós vamos ter de chocolate outro dia.

– Mas...

– Você deveria ter pedido mais cedo. – eu beijo sua testa. – Sinto muito.

Mom. – Julia vem com as armas pesadas e abraça a perna da mãe. – Por favooooor.

Abraçando na perna é a versão que ela descobriu que consegue praticamente tudo.

– Oh. – Megan choraminga olhando pra mim. – É só q...

– Não, Julia. – digo firme.

Ela resmunga antes de voltar para a sala.

– Não demora muito... – Megan começa.

– Não.

Megan é a maior fodona que eu conheço. No entanto, ela não consegue dizer não para seus filhos. Parece que ela quer muito compensar as atitudes de seus pais com eles, fazendo tudo o que puder para torná-los felizes. Enquanto eu vejo que ela está tentando fazer bem as crianças, eu também posso ver que ela os estraga muito. Eu não quero que isso nos morda na bunda no futuro.

– É apenas um cupcake. – Megan faz um biquinho. – Ela tem apenas quatro anos. É a nossa menininha.

– Agora, é apenas um cupcake. – a alerto. – Em seguida, é um piercing na língua e um panda como animal de estimação.

– Eu adoro quando você é durão. – ela sorri. – O jantar está pronto. – ela anuncia fazendo as crianças irem lavar as mãos antes de correr para comer. Outra coisa que eu amo na minha mulher, ela sempre me espera para o jantar mesmo quando eu tinha uma reunião ela atrasava um pouco, só para que pudêssemos jantar todos juntos.

– O que é isso? – questiono Fábio, apontando para o tablet dele.

– Nada. – respondeu rápido, rápido demais.

– Tem certeza? – pego dele para encontrar uma planilha do Excel. – O quê? – acabo rindo, mostrando a Megan.

– Eu só queria ver como era. – Fábio olha em volta.

– Depois do jantar. – eu digo guardo tablet dele.

Megan se senta ao meu lado enquanto começamos o jantar, ouvindo as crianças nos contar sobre como tinha sido o dia delas. Fomos submetidos a assistir Transformes pela 10° vez. Era a vez de Fábio escolher o filme.

– Amanhã é Dia dos Namorados. – digo passando meu rosto pelo pescoço de Megan.

– Com certeza é. – diz me dando uma uva. – Eu tenho algo planejado para você. – ela sussurra e morde o lóbulo da minha orelha.

– Eca. – as crianças tremem juntas.

– Estou traumatizado pelo resto da minha vida por causa disso. – Fábio balança a cabeça para nós. – Vocês são nojentos. – diz enquanto lambe o glacê de seus dedos.

– Nós sentimos muito. – Megan diz, fazendo uma cara engraçada para ele.

– Eles são lindos. – Julia diz olhando para nós com olhos sonhadores.

– Mulheres. – Fábio revira os olhos.

– Homens. – Julia imita o irmão.

– É hora de dormir. – aviso.

Depois de todas as tentativas de ficarem acordados conhecidas pelo homem, as crianças estão na cama.

– Você ouviu isso? – Megan pergunta do banheiro.

– Não. – digo prestando mais atenção. – Não ouvi nada.

– Exatamente. – ela diz saindo do banheiro em um fodido baby doll azul escuro. Eu não achava que era possível que a sua aparência ficasse melhor do que quando me casei com ela. No entanto, ela ganhou mais curvas durante as gestações e... seu corpo estava começando a mudar novamente eu seria amaldiçoado se ela não estava além de espetacular agora. Meu pau ficou duro só com a visão. Estamos casados a quase nove anos, e a visão de minha esposa ainda me dá um pau duro. – Silencio. – ela diz caminhando lentamente para a cama.

– O que podemos fazer? – tento soar sexy. Falhando miseravelmente uma vez que ela espalma a minha virilha e eu solto um gemido.

– Eu tenho algumas ideias. – ela atravessa a minha cintura e eu agarro seu cabelo para puxar seus lábios aos meus. Eu me deleito no gosto de seus lábios e a sensação de suas mãos sobre mim. – Como você me quer? – ela sussurra em meu ouvido, suas mãos deslizando pela minha boxer. Estou sem palavras.

– Uh... – murmuro, sentido seus lábios distribuindo beijos do meu peito chegando a minha barriga. – Eu ... uh...

– Use suas palavras. – ela me provoca, suas mãos traçando minha tatuagem para logo em seguida correr pelos meus lados. Ela ama o efeito que tem sobre mim. – Diga-me o que você quer.

– U-u-uH...

– Vamos lá.. – ela me instiga e lambe meu abdômen.

Eu demorei para acreditar que a Megan realmente me queria dessa maneira, mas em momentos como este... quando era como se ela tivesse que me ter... que me faziam sentir como o homem mais sexy do planeta. Eu sempre apreciava cada segundo disso. Meu pau pulsa mais duro à medida que ela se aproxima de onde eu mais preciso dela.

– Diga-me. – ela ordena, acariciando meu...

Mom.

Dad.

Uma batida suave na porta para Megan em seu caminho. Merda.

Shit. – ela sussurra. - Sim? – responde, pegando uma camisa minha na gaveta.

E o tempo sexy... está morto.

– O que aconteceu? – pergunto, me ajustando antes de colocar a minha calça.

– Julia está com medo. – Fábio diz através da porta.

– Cala a boca Fábio. – minha filha diz. – Você está com medo também!

Eu abro a porta para ver meus filhos de mãos dadas. Fábio com o travesseio dele debaixo de um braço e Julia abraçada ao seu Olaf de pelúcia contra o peito.

– Começou a chover então fui dormir com o Fábio. – Julia explica passando por mim para entrar no quarto.

– Ela me acordou e não consegui mais dormir. – Fábio olha pra sua irmã e a segui para cima da cama. Olhei para a janela apenas para ver que realmente estava um temporal lá fora, eu estava tão perdido na minha mulher sexy que nem tinha me dado conta.

– Tudo bem. – Megan diz, abraçando-os contra o peito. – Vamos lá. – ela faz um biquinho para mim, uma vez que eles se instalam. Eu posso ver a decepção em seu rosto.

Você e eu Baby. Você e eu.

– Boa noite. – digo depositando um beijo na testa de cada um e desligo a lâmpada.

– Você pode deixar a luz acessa? – os dois pedem ao mesmo tempo.

– Claro. – Megan diz se levantando e deixando a luz do banheiro acessa.

Olhamos um para o outro quando ela deita novamente e balançamos a cabeça. As crianças estavam entre nós, então eu não podia nem mesmo abraça-la. Eu queria chorar. As crianças lidam bem com a chuva, se relampejar ou trovejar que elas procuram o nosso quarto. Eu não me importo que os meus filhos durmam com a gente, sei que logo eles vão achar que estão grandes demais para poder fazer isso, mas isso não se aplica quando estamos tão excitado como eu e Megan nesse momento, isso pode ser um problema. Falei sobre isso com meu pai. Ele apenas gargalhou. Aparentemente, eu fui o maior empata foda entre os meus irmãos. Ele chamou isso de karma.

Não me entendam mal, eu amo meus filhos. Eu apenas amo fazer sexo com a minha esposa também.

As crianças estão desmaiadas em menos de cinco minutos.

– Eu sinto muito. – Megan sussurra para mim do outro lado da cama, cobrindo as orelhas de Fábio com as mãos.

– Não tanto quanto eu. – choramingo, cobrindo as orelhas de Julia. – Eu realmente queria você esta noite. – tento não chorar.

Ela esta com um lingerie tão sexy....

– Mas eles são tão fofinhos. – diz fazendo um biquinho, antes de beijar a testa de Fábio.

– Sim. – olho para eles com um sorriso. Julia já ronca levemente e Fábio está com a boca um pouco aberta. – Eu acho. – dou de ombros como brincadeira.

– Shut up! – Megan balança a perna tentando me chutar. – Daqui alguns anos, Fábio não vai querer ser visto em publico com a gente. – ela informa. – Aproveite enquanto você pode.

– Eu sei. É só que eu realmente queria fazer sexo com você. – choramingo novamente.

– Eu vou mais do que compensar isso amanhã. – ela disse com uma voz sedutora. – Eu tenho uma surpresa para você. Tem sido uma tortura não estragar.

– O que é? – questiono, tentando descobrir.

– Não. – ela nega. – Você terá que esperar.

– Uma dica?

– Não. – se recusa.

– Por favor?

– Não.

– Droga. – sussurro.

– Vá dormir. – ela estreita os olhos para mim, brincando.

– Eu te amo Megan Reis. – sorrio para ela.

– Eu também te amo. – ela me manda um beijo.

– Eu também te amo... dad. – Uma sonolenta Julia diz se aconchegando a mim. Eu fecho meus olhos e sinto a cama se mover um pouco antes da minha filha beijar a minha bochecha. Meu coração infla com seu carinho.

Eu acho que deixá-los dormir com a gente não foi tão ruim afinal.

O sol brilha através da janela me acordando. Eu rolo para ver que já são 10 horas da manhã. Hoje eu não iria trabalhar, eu queria apenas curtir a minha mulher. Ela dedica muito do seu tempo as crianças, e eu gostava de mima-la. Infelizmente, eu estava atrasado. Desci as escadas e sou cumprimentado com a visão de Megan fazendo café da manhã em nada além de uma calcinha e sutiã... sua calcinha e sutiã de renda vermelha.

Novamente me questiono como sou tão sortudo?

Atravesso o cômodo e a abraço por trás.

– Feliz dia dos namorados. – digo depositando um beijo no pescoço dela.

– Feliz dia dos namorados. – ela sorri, puxando o meu pescoço para me beijar. – Eu fiz o café da manhã. – diz apontando para bancada onde ela estava arrumando uma bandeja.

– Não. – nego a pegando e colocando em cima da mesa. – Eu não estou com fome... pelo menos, não de comida!

A visão da minha esposa praticamente nua me deixou faminto para algo completamente diferente.

– O que você está com vontade então? – ela pergunta com um pequeno sorriso, inclinando-se nos cotovelos sobre a mesa.

– Eu tenho várias idéias. – digo beijando sua barriga, indo para o interior da sua coxa dando uma leve mordida para depois tirar a sua calcinha.

– Bem, você... – meus dedos começaram a acaricia-la, fazendo com que ela parece no meio da frase. – Shit! – ela sussurrou, quando minha língua fez contato com seu clitóris. – Dav...

– Humm? – cantarolo contra ela, a fazendo gritar. Ela adora isso. Eu sorrio contra ela, acrescentando outro dedo. Sua mão agarra meu cabelo para massagear meu coro cabeludo. Eu rosno um pouco mais alto, meus dedos e língua se movendo mais rápido. Suas pernas começam a tremer. Era incrível ter ela assim a minha mercê. Outra coisa que eu amava durante as gestações dela, ela fica incrivelmente excitada e sensível ao meu toque.

Eu amo isso.

Eu amo o quão molhada eu a deixo.

Eu amo os sons que ela faz quando está perdida no prazer.

Eu amo que eu seja o único homem que já esteve com ela dessa forma.

Acima de tudo, eu amo quando ela tem orgasmos.

– Oh Deus! – ela grita arqueando as costas enquanto suas paredes começam apertar os meus dedos. – Porra!

Pego na sua cintura e puxo-a para a borda da mesa. Suas mãos pequenas se movendo para puxar a minha calça e boxer. Coloco as pernas dela sobre meus ombros enquanto alinho meu pau na sua entrada. Ela ainda estava molhada do orgasmo que foi fácil deslizar para dentro dela. Nossas respirações param e olhamos nos olhos um do outro. Eu a beijo e nossos lábios e línguas se movem em harmonia.

– Porra. – sibilo, quando começo a me mover dentro dela.

– Uh.. oh.. uh... – ela ofega em meu ouvido a cada estocada.

Eu beijo seu pescoço e seios. Agradeço o fato do fecho dos sutiã ser na frente e os revelo para mim. Suas costas arqueiam quando levo um a minha boca.

– Perfeito. – sussurro, minha cabeça se movendo para o outro seio.

– Sim! – ela grita, movendo sua perna ao redor da minha cintura. – Bem ai! – ela grita, seus quadris se movendo freneticamente contra mim. – YES! – grita jogando a cabeça para trás e eu a beijo novamente.

– Eu... eu... eu.. – me esforço para falar. – Tão bom... tão.. malditamente... bom..

– Davi! – ela grita, me dando seu terceiro orgasmo do dia e dessa vez desencadeando o meu.

– Eu.. amo.. você. – digo a ela entre beijos.

– Eu também amo você. – ela enxuga o suor do meu rosto. – Isso foi incrível. – ela sorri, deitando sobre a mesa.

– Você parecia boa demais para não comer. – digo mordiscando seu mamilo.

– Uau. – ela sorri, me beijando.

O som da campainha tocando nos puxa de volta para a Terra.

– Vou atender. – digo puxando minha calça e indo até a porta.

Eu sorrio enquanto assino para a primeira parte do Dia dos Namorados Extravagante de Megan.

– Você ainda precisa comer. – ouço ela dizer enquanto coloca sua calcinha.

– Tudo bem. – dou de ombros, enquanto lhe entrego as flores.

– Davi! – ela grita, sorrindo, pulando e batendo palmas ao mesmo tempo.

Eu estava além de contente com o fato dela não ter colocado o sutiã ainda!

– Obrigada. – diz pegado o muito grande, buquê de flores e o colocando sobre o balcão. Para depois sorri e me abraçar.

– Isso é tudo que eu quero. – digo beijando sua cabeça.

– Você está falando sobre a minha felicidade ou o fato do meu peito nu abraçando o seu? – ela questiona arqueando a sobrancelha.

– Ambos, é claro. – ela apenas revira os olhos antes de se voltar para suas flores as cheirando.

– Elas são lindas. – diz sorrindo.

– Nem metade tão bonita como você.

– Brega. – ela diz com um sorriso revirando os olhos. – Vamos para sala. – ela diz com uma bandeja nas mãos. – Deixe-me alimentá-lo.

Dou-lhe a minha camisa e tomamos o café da manhã juntos no sofá. Nós assistimos Cartas para Julieta. Bem, Megan assistiu eu estava mais interessando em observa-la. Eu sorri cada vez que Megan foi a cozinha alegando que precisava ‘verificar algumas coisa’. Nós dois sabíamos que ela estava lá olhando e cheirando suas flores. Se ela fosse do tipo de se exibir, elas já estariam no Instagram agora.

Sorrio, para o rosto confuso da minha esposa quando a pego no colo e sigo na direção do nosso quarto.

– O que é? – ela pergunta, confusa e rindo.

– A segunda parte de seu presente. – anuncio, a depositando na cama e pegando o óleo pra massagem que eu tinha comprado, claro com a ajuda da Luene.

Eu não ia repetir o que aconteceu no nosso segundo dia dos namorados, vamos apenas dizer que eu tinha encomendado o tratamento de SPA em casa e uma das massagistas deu em cima de mim, Megan não ficou boazinha. Honestamente? Eu fiquei excitado, minha esposa ficava além de Sexy quando ficava toda territorial sobre mim! Eu amava isso.

Vamos apenas dizer que massagem é uma especie de preliminar também, afinal eu tenho minhas mãos explorando cada pedacinho do corpo maravilhoso dela.

– Isso é incrível. – Megan praticamente geme, ela adora me provocar.

Eu estava indo aprofundar um pouco mais a massagem o celular de Megan começa a tocar.

– Quem é?

– É da escolha do Fábio. – mostro a tela, limpando um pouco minhas mãos para poder atender a ligação.

– Coloque-o no viva-voz.

– Olá?

– Sra. Reis? – uma mulher pergunta.

– Sim. – Megan responde atenta.

– Aqui é Sandra Schmidt. – ela se apresenta, um tanto apreensiva?

– Huh?

Sandra é a diretora da escola do Fábio. Era estranho que ela estivesse ligando e não a professora.

– Há algo errado? – Megan pergunta preocupada.

– Uh.. sim. – ela responde, seu tom não revelando nada. – Houve um incidente....

– Euestounomeucaminho. – Megan diz já saltando da cama. – Oh Deus. – choraminga, indo na direção do closet.

– Ele está bem? – questiono.

– Sim. – ela responde.

– Nós vamos estar ai em alguns minutos. – digo desligando a ligação.

Megan já estava correndo com um jeans e uma regata azul.

– Se arruma. – diz jogando um par de jeans para mim. – Fábio está..

– Ele está bem. – digo a abraçando. – Ele não está machucado.

– Mas...

– Acalme-se. – digo dando um selinho nela antes de colocar as minhas roupas.

– Será que foi o imbecil do Zac de novo? – ela pergunta, pulando para dentro do carro. – Eu vou torcer o pescoço desse infeliz!

Fábio teve alguns problemas com valentões no começo do ano. Eles gostavam de perturbá-lo, só porque o garoto é o mais inteligente da sua turma. Ao contrário de mim, nessa idade, ele revida. Ele tinha muito do sangue Marra nele. No mês passado, ele entrou em uma briga e voltou para casa com um lábio machucado. Zac Bentes, da quarta série, tem sido um espinho particular do meu filho. Ele gostava de intimidar todas as crianças nas classes mais baixas.

– Tenho certeza...

– Quero dizer, ele aterroriza todas as crianças e quando Fábio revida... ele é o único que fica em apuros. – Megan ferve. – Esse merdinha precisa saber que quando você age como um idiota isso dá às pessoas o direito de lhe derrubar.

– A diretora me disse que Fábio está bem. – tento acalmá-la.

– Eu vou ser a juíza disso. – Megan cruza os braços. – Eu não dou a mínima para o que a lei diz. Se eu vê-lo tentar qualquer merda de ‘valentão’ com o Fábio eu vou acabar com ele. Eu não me importo com quantos anos ele tem.

– Eu vou mentir para a policia por você. – seguro a mão dela quanto entro no estacionamento.

Antes que eu possa realmente estacionar o carro, Megan já está praticamente dentro do prédio. Eu a sigo e vou para o escritório da diretora. Imagine a minha surpresa quando vejo Camila lá.

– Ei, Camilinha. – digo a abraçando e depositando um beijo na testa de seu filho de cinco meses. – Como vai?

– Tudo bem. – ela suspira, pegando um brinquedo e sacudindo para o filho.

– Ele é tão lindo. – Megan murmura, pegando o menino do colo de Camilinha e colocando em seu quadril. – Como está o Caio?

Camilinha e Caio se casaram em torno de alguns meses depois de Megan e eu. Claro, foi um cerimônia insanamente ostentosa que só alguém como Camilinha e Luene poderiam planejar. Chegou a ser noticia em alguns jornais no Rio e de São Paulo.

No primeiro ano de casamento, Camila teve um pequeno menino espertinho de cabelos castanhos, chamado Gustavo. E deixa eu falar o garoto desde o jardim de infância já se metia em problemas, Camila chega a ter uma vaga cativa aqui no estacionamento da escola.

– Está na agência. – ela sorri. – Vocês estão vindo para o aniversário né?

– É claro. – eu rio para ela.

Camilinha e Caio se mudaram para o Rio, pouco depois da Camilinha descobrir sobre a gravidez! Minha mãe adorou isso, como ela também os adotou praticamente como filhos, para ela isso era sinônimo de mais netos. De qualquer forma, eles abriram uma filial da agência deles aqui no Rio e deixaram a de São Paulo sendo administrada por uma amiga do Caio, eles vão lá de algumas vezes ao ano para ver o andamento. Por sinal, eles moram em um condomínio em um bairro vizinho ao nosso.

Um pouco antes do aniversário de 6 anos do Gu, a Camilinha ficou gripada o que resultou em antibióticos que é o real motivo da chegada de Henrique que já está indo completar 1 ano daqui duas semanas.

Deus, nos ajude se ele puxar o irmão.

– Por que você está aqui? – Megan perguntou, beijando a bochecha de Henrique.

– Seu palpite é tão bom quanto o meu. – Camilinha disse jogando a cabeça para trás.

– A diretora vai vê-la agora. – a secretaria abre a porta para nós.

– Quem?

– Todos vocês. – ela sorri sem jeito.

Merda.

Megan entrou Henrique para Camilinha que o colocou no carrinho e entramos no escritório.

O escritório é tão grandioso quanto o escritório de uma diretora de uma escola preparatória mais exclusivas do Rio poderia ser. Ela está sentada atrás de uma grande mesa de mogno e há três grandes cadeiras de couro em frente a mesa. Eu olho para o banco na parede e vejo o meu filho. Ele está apavorado.

– O que você fez? – Camila pergunta a Gustavo que está comendo uma barra de chocolate.

– Nada muito ruim. – ele responde, ainda comendo seu chocolate.

– Fábio? – Megan pergunta, sentando-se. Ele apenas olha para seus pés.

– Sr e Sra. Reis, Sra. Laport. – a diretora nos cumprimenta. – Sejam bem-vindos.

– Obrigado. – dissemos em um tom monótono.

– Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer pela generosa doação para o fundo de bolsas. – ela olha para Megan e eu.

Megan liberou um fundo de bolsa de estudos para dar as talentosas crianças carentes a oportunidade de participar da escola preparatória. Isso ainda fornecia as crianças transporte para a escola e eventos escolares diversos.

– Tudo pelas crianças. – Megan sorri e olha para Fábio, que de repente acha o chão extremamente interessante.

– Tem sido uma boa oportunida...

– Pula essa merda. – Camilinha disse. – Qual é o problema?

– Bom vocês sabem da nossa politica de não incentivar qualquer tipo de vicio nas crianças? – a diretora pergunta.

– Sim. – concordo.

– Bem... – a diretora se levanta de sua cadeira e pega uma mochila. – Isso é constrangedor. – ela termina, quando começa a tirar tabuleiros de jogos e baralhos fora da mochila e os depositando na mesa.

– Oh, Shit. – Megan sussurra olhando para os jogos na nossa frente.

– Temos razões para acreditar que Fábio e Gustavo estavam incentivando jogos e apostas nas dependências da escola. – ela senta mantendo o olhar sobre nós.

– Alegadamente. – Gustavo entra na conversa, cruzando os braços.

– Fique quieto. – Camila aponta para seu filho.

– Como você sabe que Fábio está envolvido nisso? – Megan pergunta, olhando para nosso filho.

– Oh, querida. – a diretora pega a mochila Kpling que Luene deu de presente para Fábio no aniversario dele e despeja um grande maço de dinheiro em cima dos jogos. Não tem apenas notas de dois reais. Também tem de cinco, dez e até de vinde reais.

– Isso é um rolo de dinheiro? – Megan questionou sem acreditar.

– Sim, ele usava para o troco. – a diretora suspira. – Tem quinhentos reais ai.

– Isso não é nosso! – Gustavo nega.

– Cale a boca. – Fábio sussurra e cotovela seu amigo no peito.

– Eu... não sei o que dizer. – digo espalmando meu rosto.

Meu filho, meu pequeno começou uma especiei de cassino? Que porra é essa?

– Uau. – Camilinha diz batendo a cabeça na beirada da mesa.

– Tudo bem. – Megan começa. – Fábio e Gustavo são meninos precoces. Tenho certeza de que eles não sabiam....

Antes que Megan possam terminar a sua intervenção, ela adiciona duas listas à montanha de evidência. Estão plastificadas. A primeira é com os valores das inscrições para jogar e as regras ali. A segunda era os valores das apostas e uma estimativa de lucro.

– Fábio. – Megan olha para nosso filho, com aquele olhar universal das mães de ‘Eu estou tão decepcionada com você’. Ele joga a cabeça entre suas mãos e começa a chorar.

– Ótima forma de confessar, Fábio. – Gustavo resmunga, cruzando os braços.

– Eu decidi uma maneira de lidar com isso. – a diretora nos diz. – Eu vou reembolsar os estudantes e Fábio e Gustavo estão suspensos por uma semana.

– Uma semana? – nós questionamos juntos.

– Legal! – Gustavo diz começando a comer um pirulito.

– Uma semana! – Fábio exclama positivamente horrorizado. – Eu vou perder a festa do Dia dos Namorados.

– Vamos. – pegando a mão de Fábio.

Dad. – ele para de andar. – Eu posso ir para a festa?

– Não.

Esse garoto estava tão encrencado. Ele nem sequer sabia o quanto.

– Só por um tempo? Por favor? – ele implora.

– Estou muito decepcionada com você. – Megan balança a cabeça para ele. – Eu não posso acreditar que você fez isso.

– Vejo vocês mais tarde! – Gustavo acena para nós, enquanto Camilinha o arrasta para o estacionamento.

Depois de avisar a Fábio que ele estaria de castigo até a puberdade, nós buscamos Julia na pré-escola. Ela falou e falou sobre seu dia, enquanto Fábio estava emburrado.

– Olhe! – Julia esvaziou a bolsa no chão, uma vez que chegamos em casa. – Eu tenho todos esses cartões de namorados. – ela sorri.

Não me escapou que 80% deles era de meninos.

– Este foi do Bruno. Este foi do Daniel. Este é bonito. Este é do Pierry. – ela se gabava, dizendo-me sobre seus admiradores.

– Você é popular. – Megan sorri para ela. – É porque você é muito inteligente e bonita. – ela a abraça.

– Hum... – eu fico olhando para os cartões dos namorados. Talvez se eu olhar para eles por um longo tempo eles vão pegar fogo.

Minha princesinha.

Minha.

– Ei.. - Megan toma meu rosto em suas mãos. – São cartões pré-escritos. Eles são todos a mesma coisa.

– Está tudo bem, dad. – Julia me beija. – Você ainda é meu namorado.

Meu coração se encheu por isso. Felizmente, ela não vai ter namorado até que eu esteja morto.

O que? Não custa sonhar né?

Depois que os meninos sobem para guardar suas coisas, Megan se vira para mim.

– Não faço ideia do que possuiu o Fábio para ele iniciar um mini cassino. – diz se sentando no sofá.

– Os jogos eu até compreendo, mas onde ele conseguiu o dinheiro? – questiono. – Teríamos visto isso.

Porque isso iria requerer pelo menos um dinheiro base, para começar a pagar as apostas e dar o troco. Isso requer um quantia de dinheiro. Quem iria...

No meio do meu pensamento, sinto o corpo de Megan ficar rígido. Olhamos um para o outro e uma faísca de realização nos atinge.

– Jonas. – dizemos ao mesmo tempo.

– Filho da puta. – ela diz pegando o celular e discando o numero de seu pai e colocando no viva voz.

Fico feliz em dizer que ao longo dos últimos anos o relacionamento de Megan e Jonas ficou melhor. Ele ainda é um homem ocupado, mas ele dá mais tempo para ela. E se tornou uma figura importante na vida de Fábio e Julia. Eles adoram quando ele aparece. É principalmente porque ele lhes dá os presentes ‘mais incríveis’ e sempre fica do lado deles. Eu não posso dizer a mesma coisa sobre Pâmela. Uma vez que ela descobriu que nós casamos em Vegas o mundo desabou. Elas não conversaram muito desde então.

Ele aceitou até bem o nosso casamento, nem veio novamente com aquela história do contrato pré-nupcial, e para minha completa surpresa ele deu a ilha na Grécia para Megan como presente de casamento! Acho que ela não lutou tanto contra esse presente por causa da semana que passamos lá, pela ao menos uma vez ao ano nós vamos pra lá... até a minha família curtiu ferias com a gente lá uma vez, foi uma verdadeira loucura todo mundo lá, mas foi muito bom!

– Sim. – meu sogro atende a ligação. – O que foi?

– Quanto dinheiro você deu para Fábio iniciar o seu negócio? – Megan perguntou sem rodeios.

– Duzentos reais. – ele responde. – Por quê?

Dad! Como você pode?

– Ele veio até mim com um bom plano de negócios, há dois meses. – ele explicou. – Eu não iria impedi-lo de uma boa oportunidade. Foi apenas duzentos reais. Por que sufocar a criatividade do garoto? – ele ri de nós.

– Ele vem fazendo isso há dois meses? – pergunto incrédulo.

Há muito mais dinheiro nisso. Eu tenho certeza.

Dad, é proibido na escola estimular qualquer vicio. O que dirá então começar um mini cassino. – lhe informo.

– Oh. – é tudo o que diz.

– Ainda é uma boa ideia? – Megan questiona sarcástica, causando um longo silencio.

– Uau. – ele quebra o silêncio com uma risada. – Deve ter sido como abrir uma barraca de água no deserto.

Dad!

– O que? É engraçado. – ele continua rindo. – Quanto é que ele...

– Eu não posso acreditar nele. – Megan diz quando desliga o celular na cada do pai.

Compreendo a frustração de Megan. No entanto, parte de mim está espantado que uma criança de 8 anos começou um mini cassino e escapou disso por dois meses.

Estou um pouco orgulhoso.

– Podemos ter pizza para o jantar? – Julia volta para sala saltando entre nós no sofá e sobe meu colo. – Por favor, dad?

– Pergunte a Vovó e o Vovô quando eles chegarem aqui. – eu lhe digo. – Você está passando a noite na casa deles.

– Sério? – Os olhos da minha filha se iluminaram. Ela adorava passar a noite na casa dos meus pais. Eu não tenho nenhuma prova, mas tenho certeza de que sua hora de dormir é inexistente. – Sim! – ela grita correndo para o andar de cima. – Fábio! Vamos para casa da vovó e do vovô. – ouço sua voz sumindo.

Meus pais ficaram tão felizes quando contamos que estaríamos nos mudando para o Brasil, e mais felizes ainda com a gravidez da Megan. Minha mãe não cabia em si de felicidade, por ter todos os seus filhos por perto! Megan ficou mais aliviada por ter minha mãe nos ajudando e apoiando durante a gravidez.

– Eu pedi aos meus pais, na semana passada, se eles não se importariam. – sussurro no ouvido de Megan. – Dessa forma, podemos ser tão barulhentos quanto nós quisermos. – mordisco sua orelha.

– Isso é muito bom... – diz apalpando entre minhas pernas.

– Sobre esta surpresa...

– Não. – ela nega enquanto seu telefone toca. – É provavelmente dad. – ela atende sem olhar. – Sim? – ela sorri. Ela murmura que é Camilinha. Isso vai dar um minuto para que eu posso ir a cozinha pegar uma garrafa de água.

Quando volto, Megan está colocando seus sapatos e olha pra mim como se pedisse desculpas.

– Camilinha quer minha ajuda com alguns detalhes do aniversário. – ela suspira. – O Caio está sem tempo por causa da agência... – ela coloca um blazer. – Eu vou lá antes que ela pire. Estarei de volta em uma hora.

Alguém poderia escrever um livro sobre as façanhas desses dois malucos, tenho certeza que viraria um best-seller. Camilinha e Caio são um casal incrível, ao longo dos anos nos tornamos amigos, mas tenho que admitir eles aprontam demais, não é atoa que o Gu apronta desde cedo tendo aqueles dois como pais.

– Eu vou arrumar as crianças. – lhe dou um selinho e um tapa na bunda dela quando ela se vira para sair. – Crianças. – digo subindo para o quarto deles. – É hora de se prepararem para partir para casa da vovó e do vovô...

– Fábio está triste. – Julia me informa.

– Ele teve problemas na escola hoje. – digo mexendo com o cabelo dela. – Ele está de castigo.

– Ele está muito triste. – ela elabora. – Eu tentei deixá-lo ficar com o Olaf, mas nem sequer isso ajudou. – ela diz preocupada, agitando seu ursinho para dar ênfase.

Julia idolatra seu irmão mais velho. Ela odeia quando ele fica em apuros.

– Eu estou bem. – Fábio diz emburrado de seu quarto.

– Ele não está. – Julia nega com a cabeça. – Dad. – ela me empurra para o quarto de seu irmão. – Deixe isso melhor. – praticamente ordena, fechando a porta atrás de mim.

– Oi. – ele sussurra.

– Você sabe por que nós colocamos você de castigo.

– Eu sei. – ele suspira. – Eu fui mau. Eu mereci isso. – ele se vira. – Eu não esperava que ficasse tão ruim assim.

– Por quê? – sento ao seu lado na cama.

– Em primeiro lugar, isso era apenas uma coisa entre eu e o Gustavo. Ele começou com isso de apostar quem ganharia, ai um dia a Gi... Gustavo. – ele se corrige.

Quem é Gi...

– Quem mais? – pergunto, sorrindo. Eu tinha a sensação de que era uma menina.

– Você vai tirar sarro de mim. – ele resmunga colocando o rosto no travesseiro.

– Não, eu não vou. – faço cócegas nele.

– Você está fazendo isso agora. – ele murmura.

– Diga-me. – eu paro.

– Seu nome é Giane. – ele informa. – Durante o recreio, nós compartilhávamos doces e brincávamos juntos... ai o Gu começou a me desafiar na frente dela, e não tinha como eu recusar, eu não queria que ela pensa-se que eu não sou bom. Então os outros garotos, queriam competir e apostar também. Isso cresceu rapidamente. Então, eu peguei um dinheiro com o vovô Jonas. Eu não queria que isso ficasse tão ruim. Honestamente. – ele me abraça.

Ele fez isso por amor. Ele segue os passos do pai afinal.

– A Giane não pensaria menos de você se você não tivesse respondido aos desafios e você poderia ter nos contato. – eu digo. – Teríamos convidado Giane e vocês poderiam ter brincado de vídeo game ou algo assim.

– A aprendizagem é 50/50. – ele diz se mexendo na cama. – Agora, eu não posso dar o cartão pra ela.

– Que cartão?

– Este aqui. – ele me mostra um cartão de namorados feito por ele. É rosa com um coração vermelho no centro e ele está coberto de glitter prata, vermelho e dourado. Ele diz: ‘Feliz Dia dos Namorados Giane (de Fábio)’ nele. Isso pode ser a coisa mais adorável de todas.

– Isso é bom. – elogio, quanto tento abri-lo.

– Não! – ele para a minha mão. – Não abra.

– Você pode dar a ela quando você voltar. – digo colocando o cartão no envelope.

– Então não vai ser mais Dia dos Namorados. – ele faz um bico. – Será inútil.

– Ela vai saber...

– Ela não vai. – ele nega com a cabeça. – Não vai ser a mesma coisa. – ele olha para o envelope. – Você me leva para dar a ela? – ele pergunta, seus olhos brilhando na minha direção.

– Fábio...

– Por favor. – ele pede. – Eu ainda vou estar de castigo.

– Vamos lá, dad. - Julia diz abrindo a porta. – Eu não vou contar.

– Por favor. – dizem juntos, dois pares de olhos castanhos brilhando para mim.

Caramba. Isso é golpe baixo.

Quem sou eu para ficar no caminho do amor jovem?

– Com uma condição. – começo. – Você conta sobre o resto do dinheiro que você fez.

– Não. – ele grita. – Meu dinheiro, não.

– Tudo bem. – me levanto.

– Tudo bem. – ele resmunga e vai para debaixo de sua cama e pega uma lancheira antiga e me entrega. Ela esta cheia de dinheiro.

Porra. Megan vai ter um ataque!

– Arrumem suas malas primeiro.

Yes! – Julia diz abraçando minhas pernas. – Eu tenho que ficar pronta.

Eu pensei que ela já estava pronta.

Julia escolheu usar uma blusa vermelha, saia branca e sandália cor de rosa e uma tiara no cabelo. Fábio escolheu uma blusa polo azul simples e calça jeans.

– Depressa! – Fábio diz pegando o envelope e a folha de informações com o endereço. – Nós temos que voltar antes que a mom chegue em casa.

– Isso é tão emocionante. – Julia sorri, colocando o cinto de segurança da sua cadeirinha.

– Tem certeza disso? – pergunto, colocando o endereço no GPS do carro.

– Hunrun.. – ele sorri, segurando o cartão sobre o peito.

O caminho até a casa de Giane foi apenas de 30 minutos. Parece que alguém estava dando uma festa na rua porque era quase impossível estacionar. Eventualmente, encontramos um espaço.

– Isso é tão legal. – Julia dizia praticamente pulando pela rua. – Podemos parar e comprar cupcakes no caminho de volta? Eu quero...

– Ah! – Fábio grita, correndo de volta para o carro.

Ele poderia facilmente entrar na equipe de atletismo.

– Filho. – o chamo. Ele está tentando abrir a porta do carro desesperadamente.

– Péssima ideia. Péssima ideia. – ele repetia.

– Vamos lá, amigão. – eu o paro. – Nós dirigimos por todo esse caminho. Foi ideia sua.

– Por que você nos deixou convencê-lo? – ele tentou abrir a porta novamente. – Eu tenho 7 anos. Você tem 31. Você deveria saber mais. – ele argumenta. – Abra a porta. – ele praticamente implora.

– Não. – digo o virando para a calçada.

Eu não o deixaria fugir. Eu queria que meus filhos vivessem suas vidas sabendo que aproveitaram todas as oportunidades que tiveram. Eu não quero que eles tenham medo. Esta menina tinha sorte que Fábio gostava dela.

– E se ela não gostar de mim? – ele perguntou, olhando para os carros.

– Fábio, você é um garoto bonito, bondoso, amoroso e inteligente. – o abraço. – Qualquer garota será sortuda de tê-lo.

– Se ela for má com você eu vou bater nela. – Julia garantiu ao irmão.

– Ela vai ficar tão feliz. – digo depositando um beijo na testa dele. – Ela vai adorar.

– Okay. – ele ajusta a camisa e segura minha mão.

Nós andamos em silencio até chegarmos a casa da menina, era uma bela casa de dois andares com um belo gramado na frente. Nós tocamos o interfone.

– Quem é? - uma voz chega até nós, e instigo o meu menino a falar.

– Olá, é o Fábio Reis sou amigo da Giane.

– Pode entrar! - a voz soa no mesmo instante que o portão abre.

– Vá em frente. – o empurro delicadamente para os degraus e caminho e permaneço na calçada.

– Vai Fábio! – Julia incentiva o irmão.

Fábio endireita suas roupas mais uma vez e segue o caminho até a porta.

Dad. – ele suspira, quando olha pra trás.

– Oh. – me viro e Julia segue minha liderança.

– Oi, Fábio. – ouço a voz de uma menina. Inclino minha cabeça para o lado e vejo uma menina de cabelo preto bonito em uma trança na porta.

– Hey, Gi. – ele fala rápido. – Eu.. hum.. fiz um cartão de namorados para você. – ele sorri, entregando-lhe o envelope.

– Sério? Eu fiz um para você, também. – ela sorri, tirando um grande cartão de trás das costas.

Eu faço uma comemoração mental para meu menino. Eu sabia que ela gostava dele também.

– Aqui. – ele entrega a ela. – Abra.

Aproveito a oportunidade para virar para ter uma visão melhor. Giane abre o cartão e ele explode com gliter e um coração aparece.

É por isso que ele não me deixou abrir. Ele é um cara criativo.

– Uau! – ela grita. – Eu amo gliter. – ela salta para cima e para baixo antes de abraça-lo.

– Eu sei. – meu filho sorri.

– Obrigada. – ela diz lhe entregando um grande cartão azul com o desenho de um urso sobre ele.

– De nada. – ele abre.

Eles olham um para o outro por alguns minutos.

– Bem.. – Fábio diz olhando em volta. – Eu tenho que ir. – ele sorri e lhe entrega uma barra de chocolate.

– Ok. – ela sorri e lhe dá um pacote de M&M.

– Eu vou te ver quando voltar para a escola. – ele acena.

– Tá. – ela o abraça novamente e volta para dentro de sua casa.

Fábio vira e sorri. Eu nunca o vi sorri tão forte assim. Ele desce as escadas praticamente pulando.

– Sucesso. – ele sussurra, batendo na minha mão. Depois de fechar o portão.

– Viu? – cutuco o ombro dele. – Eu disse que tudo ficaria bem!

– Fábio tem uma namorada. Fábio tem uma namorada. – Julia cantarolava para provocar o irmão.

– Cale a boca!

– Eu acho que não. – ela reponde, enquanto a coloco na cadeirinha dela, e continuou com a música.

– Fábio. – Giane corre até nós.

– Hã? – ele pergunta, logo antes de Giane plantar um beijo na bochecha dele. O queixo do meu menino vai ao chão.

– Tchau. – ela acena e corre de volta para sua casa.

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Ele sorri todo o caminho de volta para casa. Ele toca seu rosto eventualmente para ter certeza que isso tinha acontecido. Eu balancei minha cabeça em orgulho. Meu filho com certeza tinha um jogo melhor que o meu.

Nós voltamos para casa com 10 minutos de sobra. Assim que as crianças estavam voltando do banheiro, Megan e meus pais entraram.

– Prontinho tudo resolvido. – Megan avisa, revirando os olhos mas sorrindo.

– Olá minha filha linda. – minha mãe abraça Megan.

– Oi, mom. – Megan sorri.

Desde que conheceu Megan, minha mãe já a amava e agia como uma mãe substituta para ela. Elas apenas ficaram mais próximas ao longo dos anos. Como eu disse eu tinha a forte sensação que ela gostava mais da minha esposa do que de mim.

– Será que ele está te tratando bem? – minha mãe apontou para mim. – Eu ainda posso bater nele, você sabe. – ela sussurra para mim enquanto bagunça meu cabelo.

– Ele é bom. – Megan ri. – Obrigada por fazerem isso.

– Está tudo bem. – meu pai apareceu, comendo um cupcake de blueberry que sobrou de ontem. – Eu fiz a sua mãe gritar na noite passada. – ele brincou, piscando para minha mãe.

– Eca! – resmungo tremendo e Megan me empurra.

É simplesmente desagradável. Desde que eles estão ficando mais velhos meus pais estão começando a chegar ao ponto onde eles não se importam se nos enjoamos com as suas demonstrações. É bom estar em seus sessenta anos e ainda ter relações sexuais. Eu apenas não queria ou precisava ouvir sobre isso.

– Sim. – minha mãe concordou olhando para meu pai. – Todos os dias com o seu pai é Dia dos Namorados. – ela afirma.

– Vocês ouviram sobre os Yanes? – meu pai perguntou.

– Não. Por quê?

– Ouvi dizer que Manuela virou amante de um empresario. – minha mãe informa, enquanto as crianças descem as escadas.

– Hum...

Isso realmente não me surpreendia depois de tudo. As coisas se tornaram bastante difíceis para a família Yanes, depois do acidente de Megan, algo no fundo me diz que Jonas tem algo haver com isso, mas eu não tenho provas nem nada do tipo. As portas começaram a se fechar para eles, mais especificamente para Manuela e Gláucia. Uma vez que a empresa de Fred afundou de vez ainda mais quando descobriram alguns desvios e operações escusas – como disse para mim Jonas que deu um jeito nisso. Fred se separou de Gláucia vamos apensa dizer que ele não levou gentilmente o fato da sua esposa confessar seu amor não correspondido para meu pai na frente de todos. Ele começou um novo projeto e se casou com a sua antiga assistente, a última vez que soube ele tinha ido para Campo Grande. Parece que estava sendo bem sucedido no novo projeto, mas passava longe de ser tão rico como antes. Igor deu um jeito de ir para a Europa e nunca mais ouvi falar sobre.

Ludmila se casou com um empresário de laticínios. Naturalmente, Manuela tentou aproveitar da boa sorte da irmã. Até onde eu sei ela a mandou se foder. Acredito que ela foi trata tão mão ao longo de sua vida pela família que apenas queria distancia deles agora.

– Só lamento pela esposa do empresario. – Megan diz.

– A família inteira são uns grandes parasitas. – Meu pai revira os olhos. – Simplesmente não sei por que o suportamos por tanto tempo.

– Você é muito leal. – minha mãe sorri.

– Podemos ter pizza na sua casa? – Fábio perguntou.

– Por favor? – Julia diz abraçando meu pai.

– Ah... tudo bem. – ele ri da expressão no rosto das crianças.

– Cupcakes de chocolate? – Julia pede pela terceira vez em 24horas.

– Talvez. – minha mãe agita seu cabelo e os leva para o carro.

E então estávamos a sós.

Finalmente!

– Completamente sozinhos. – Megan diz andando na minha direção.

– Sim. – suspiro de alivio. – Eu tenho uma surpresa para você. – digo, levando-a para o quarto.

– Eu não posso ter mais surpresas. – ela sorri para mim. – Você vai me estragar.

– Você merece. – eu respondo. – Jantaremos em duas horas. – digo depositando um beijo em sua têmpora.

Shit! Então eu devo tomar um banho. Eu estive em movimento durante o dia todo. – ela diz.

– Tudo bem. – sigo e escolho algo para vestir. Resolvo por uma camisa social branca e um blazer preto, calça social preta. Eu ainda estou relativamente limpo desta tarde, então sento no sofá e espero Megan ficar pronta...

– Davi? – ela chama do nosso quarto.

– Sim?

– Você viu a minha sandália de salto azuis? – ela pergunta.

Eu rolo os olhos. Ela tem certa de 15 pares de sandália que se enquadram nessa descrição.

– Qual par?

– Aquelas com tiras sobre ele.

Bom isso reduz para 7 pares.

– Uh... – tento pensar. – Não.

– Eu acho que eles estão no armário do corredor no andar de baixo. Julia estava brincando de se vestir com as minhas roupas há alguns dias atrás.

Eu verifico o armário e encontro uma montanha de sapatos de Megan junto com algumas blusas e joias. Quando Julia brinca de se vestir, é mais como uma sessão de fotos. Ela vai ser uma It Girl quando crescer. Eu já sentia isso.

– Achei. – eu acho. Pego uns três pares que se enquadram na descrição e levo para o nosso quarto. – Eu acho que estes são...

A visão diante de mim me deixa completamente mudo. Meus membros cedem e eu largo os sapatos e me seguro no batente da porta em busca de apoio.

– Você não esqueceu da minha surpresa não é? – ela pergunta, girando uma mexa do seu cabelo em torno de seu dedo.

– Você é... Você é...

– Uh huh. – ela acena com a cabeça, sorrindo para a minha perda de palavras.

– É... a...

– Sim. – ela morde o lábio de forma sensual.

Minha esposa, minha linda, sexy e amorosa esposa perfeita... estava deitada na nossa cama em uma réplica exata da roupa da Miss Marvel... Oh Deus.

– Você é... – eu tento recuperar a minha compostura.

– Eu realmente não estou com fome. – ela sorri sedutora. – Você quer realmente sair ou prefere ficar em casa? – ela pergunta.

– Uh... hu... – eu ando para frente e passo por cima dos sapatos já esquecidos.

– Tenha cuidado. – ela grita pra mim. – Eu não quero que você...

– Estou bem. – completo e pulo na cama para atacá-la. Acho que vou mante-la como minha prisioneira.

Melhor Dia dos Namorados de TODOS!

FIM

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.