Quando eu recebi o convite de casamento do meu irmão, isso me levou a cinco anos atrás quando estava de mudança para a Califórnia e estava querendo pedir a até então minha namorada em casamento. Só não contava que enquanto eu estava com uma aliança de noivado no bolso da calça ela estava querendo terminar comigo, eu fiquei completamente arrasado.

Aproveitei o meu intercambio e quando terminei a faculdade e meu estágio na Marra, eles me fizeram a proposta de emprego, eu percebi que não tinha porque voltar ao Brasil, eu amo a minha família, mas nada realmente me prendia lá e eu não queria ver a Manuela também!

Estava sentando no refeitório da Marra quando a Megan me aborda, Megan... ela foi uma surpresa na verdade a um ano ela começou a trabalhar na Marra, fiquei sabendo pelos corredores que foi difícil conseguir contrata-la, já que apesar da pouca idade ela tinha conseguido firmar o seu escritório que oferece consultorias de Publicidade e Propaganda. A gente se conheceu por acaso um dia que eu estava meio distraído e acabei esbarrando nela, fazendo com ela derrubasse a bolsa e eu meu marra tablet e alguns papéis, depois de me desculpa milhares de vezes, eu a convidei para lanchar comigo e desencadeamos por assim dizer uma amizade.

Agora estávamos em uma sala especial de embarque, já que a minha mãe tinha reservado um avião particular, quando Megan me surpreendeu se aproximando e colocando uma mão atrás do meu pescoço. Encontrei-me encarando seus olhos enquanto ela se movia para mais perto. Então, senti meu corpo simplesmente gravitando até ela. Honestamente, eu não sei quem fez o primeiro movimento. Antes que eu me desse conta, nossos lábios estavam se movendo em harmonia. Minhas mãos se encontravam uma na cintura dela a puxando para mais perto e a outra emaranhada no cabelo dela, enquanto sua língua procurava a minha. Eu não consegui evitar uma espécie de choque que pareceu passar por todo o meu corpo naquele momento...

– Com licença! – disse uma mulher batendo no meu braço. Virei o meu rosto para ver do que se tratava. A mulher tinha uma garotinha em seu quadril e me olhava um pouco chateada. – Há crianças presente. Isso é inapropriado! – ela apontou para Megan e eu que ainda estávamos meio que agarrados.

– Sinto muito. – dissemos praticamente juntos, enquanto víamos a mulher se afastar para sair da sala.

– Hum.. – eu não sei ao certo o que eu estava sentindo naquele momento. – O que foi isso?

– Hum.. era um teste, afinal sua família espera que tenhamos pela ao menos alguma intimidade, e antes fazermos isso aqui do que descobrir como seria na frente deles.

Assenti concordando, isso fazia sentindo, logo soou o aviso do nosso voo na sala e demos esse assunto por encerrado, acredito que era o melhor para o momento.

Algo naquele beijo mexeu comigo, Megan era legal. Apesar da gente se encontrar pouco na Marra, era sempre divertido quando nos encontrávamos, ela simplesmente deixava tudo tão... Megan. Eu não tinha certeza se ela sentia isso, também. Eu sei que eu disse que não estava afim dela, mas depois desse beijo, eu não sei era como se eu a visse diferente. E eu nunca me senti assim quando a Manu me beijava. Eu estava confuso e ansioso ao mesmo tempo com o que nos aguardava no Rio. Eu sempre a achei linda e claro parece que todos os homens da Marra também, era visível o quanto eles a admiravam quando ela passava por aqueles corredores, ela chamava a atenção sem mesmo buscar chamar a atenção. E pelo que sei ela é uma excelente profissional.

Ela é sexy, isso é óbvio, mas agora ela simplesmente parece... mais. Sacudi levemente a cabeça, não era hora de pensar nisso.

Não sei por que, mas desde o momento que a Megan tinha aceitado me acompanhar nessa viagem eu fiquei com a sensação de que ela séria épica!

Eu fiquei imaginando qual séria a reação da minha família ao chegar lá com Megan, eu posso dizer que cresci sendo privilegiado, e nesse meio, havia dois tipos de pessoas. As que gostavam de ostentar o dinheiro que tinha e fazer os outros se sentirem inferiores, e aquelas que não faziam isso. Eu vim de um monte de dinheiro. Um monte! Meu pai é um grande cinegrafista, o que tendia a fazer com que algumas pessoas se tornassem amigáveis demais, quando elas descobriam quem eu era. Eu achava isso ridículo, acho que foi mais por isso que quis fazer esse intercambio, e depois de ter levado um fora de Manuela optei por ficar na Califórnia mesmo.

Minha família ficou preocupada comigo no começo, pois não reagi muito bem com o termino afinal no dia que eu estava me preparando para pedi-la em casamento, ela simplesmente termina comigo dizendo que a gente tem que conhecer novas pessoas, viver novas experiências. Confesso que no primeiro ano fiquei um pouco afastado deles, apesar que, eles vinham me visitar sempre que podiam.

Eu não sabia muito sobre Megan, ou pela ao menos sobre a família dela, mas pelo que pude perceber ela tinha uma situação financeira muito boa afinal ela tinha seu próprio escritório que era bem prestigiado até onde eu sabia as principais empresas buscavam a consultoria dela.

– Tem alguma coisa que você gostaria de saber? – a questionei quando estávamos devidamente acomodados nas nossas poltronas.

– Sim. – ela confirmou se virando pra mim. – Acredito que pequenas coisas sobre sua família, eu acho. Ver algumas fotos deles se possível. Sabe para tornar as coisas mais plausíveis, eles tem que pensar que eu já ouvi falar muito deles antes.

– Você está certa. – confirmei pegando meu tablet depois que o jatinho decolou. – Estes são os meus pais... Plínio e Rita.

– Wow. – ela disse balançando levemente a cabeça. – Eles são um belo casal e parecem jovens. Você se parece mais com a sua mãe. – ela disse sorrindo e mexendo com meu cabelo, sorri tanto por ter gostado do carinho, como pelo fato dela esta certa, todos dizem que eu pareço com a minha mãe.

– Obrigado! – disse passando para a próxima foto. – Esse é o meu irmão mais velho Matias e a sua noiva Danusa. – sorri vendo a foto deles dois. – Eles namoraram por cinco anos e ficaram noivos por um ano. A família toda ficou feliz quando ele fez o pedido.

– Além do sorriso você não se parece com o seu irmão, ele puxou mais do seu pai pelo visto. – ela era boa em observação. – Fazem um bonito casal também!

Mudei para a próxima foto.

– Essa é minha irmã mais nova, Luene, e o seu marido Arthur, e sua filha Isabelle.

– Ela é a mais nova? – ela me questionou um pouco confusa. – Quantos anos ela tinha quando teve Isabelle? – suspirei.

– Ela tinha dezessete anos. Foi meio que um escândalo. – meio que sussurrei, lembrando a comoção que a mídia tinha feito na época. – Ela não gosta muito de falar sobre isso.

– Fodam-se os fofoqueiros. – a resposta dela me surpreendeu, e acho que ao ver o meu rosto surpreso ela revirou os olhos. – Ninguém merece pessoas fofoqueiras, se a vida deles tivesse algum interesse eles não teriam a necessidade de intrometer na vida dos outros. – ela disse com um dar de ombros e eu tive que sorrir.

– Você está certa, essa é toda a minha família. Então agora ... os Yanes. – disse com um suspiro.

– Você não gosta deles? – me questionou confusa.

– Eu não gosto muito da família da Manuela. – eu meio que estremeci. – Aqui você tem Frederico, Gláucia, Igor, Manuela e Ludmila.

Olhando essa foto agora eles pareciam aquele tipo de família perfeita que se via fazendo propaganda. Guardei meu tablet e contei para ela algumas historias dos meus pais, um pouco sobre as relações dos meus irmãos e quando nos demos conta o piloto já estava solicitando para que apertássemos o cinto, pois já iríamos aterrissar.

Quando finalmente aterrissamos, pegamos as nossas bagagens de mãos e quando descemos já tinha um carro esperando pela gente.

– Nós devemos chegar em casa em 45 minutos. – disse a Megan, depois que o motorista pegou as nossas malas e as guardou.

– Ok. – ela me disse com um sorriso.

– Davi? – eu simplesmente não acredito! Acabo de chegar ao Rio de Janeiro e a primeira pessoa que eu encontro é esse ser. – Davi Reis?

– Danilo.

– O que você está fazendo por aqui? – ele questionou rindo. – Estou surpreso que você tenha voltando ao Brasil, afinal foram anos fora se recuperando do fora que levou da Manu.

Respirei fundo. Danilo é um playboy que se acha um máximo e infernizou a minha vida quando estudamos o ensino médio tudo isso porque eu sou mais nerd e ele o esportista rodeado de garotas.

Do not be stupid. – Megan disse se aproximando de mim. – É uma festividade... o brother dele esta indo se casar.

– E quem séria você? – ele questionou olhando Megan de cima a baixo.

– Está é Megan. – disse passando a mão pela cintura dela. – Minha namorada!

– Sério? – ele parecia incrédulo. – De jeito nenhum você conseguiria uma garota gostosa assim! – ele disse olhando novamente para Megan eu simplesmente entrei na frente dela bloqueando a visão dele.

– É melhor você demonstrar um pouco mais de respeito! – disse praticamente rosnando, não gostando nem um pouco da forma como ele estava tratando Megan.

– Vamos lá, gostosa. – disse completamente me ignorando. – O que você vê nesse nerd?

– Talvez o fato dele ser ótimo na cama! – disse Megan, entrando no carro e eu a segui rindo um pouco da cara de idiota que o Danilo ficou.

– Eu não acredito que você falou aquilo. – disse quando consegui parar de rir.

– De nada. – ela disse piscando. – Aquele cara é um completo stupid.

– Esse é Danilo Schmidt. Fomos para a escola juntos.

– Urg. – ela disse fazendo uma careta fofa. – Lamento por você!

– Me desculpe, por isso...

– Não tem do que se desculpar. – ela me interrompeu. – Você o enfrentou isso já foi muito legal da sua parte.

Conversamos um pouco mais durante o caminho para casa, pude perceber que Megan parecia um pouco ansiosa, mas para ser honesto se as posições invertessem e fosse eu a estar acompanhando ela em um evento que estaria reunindo toda a família dela eu também estaria uma pilha de nervos.

Quando chegamos eu não conseguia esconder a minha animação por estar em casa. Não tinha percebido que sentia tanta falta daqui. Ajudei Megan a sair do carro e percebi que ela ficou uma fração de segundo assustada com o tamanho da casa, mas logo ela voltou ao normal. Para ser honesto comigo mesmo, uma parte de mim se questionou como ela iria lidar com a minha família, se eles iriam gostar dela, mas no mesmo momento percebi que ela ficaria bem, afinal ela era Megan. O que teria para não gostar?

– É .. estamos em casa. – disse um pouco sem graça. – Pronta?

– Pronta.

– Então vamos entrar. – disse colocando uma das minhas mãos na coluna dela impulsionando ela a andar, mas antes mesmo que alcançássemos a porta, a mesma se abriu e minha mãe apareceu. Ela sorriu e simplesmente correu em minha direção me abraçando.

– Mãe.

– Querido. – ela disse me apertando mais e ouvi Megan rindo baixinho. – Estava com saudade. Quando ela se afastou um pouco de mim ela percebeu Megan.

– Mãe, está é Megan Lily, minha namorada. – Minha mãe ficou parada um momento intercalando olhares entre nós, eu não tinha falado que a minha acompanhante era minha namorada, apenas avisei que estaria levando alguém comigo. Ela piscou algumas vezes, acho que acordando do impacto da noticia.

– Oh, meu Deus, é um prazer conhecer você querida! – ela disse puxando Megan para um abraço. – Você é linda!

– Obrigada, Sra. Reis. – ela disse um pouco sem graça, acho que não estava esperando pelo abraço.

– É Rita. – ela corrigiu. – Nada de senhora aqui, vem vamos entrar. – ela disse nos conduzindo para dentro. – Estou tão feliz por você estar em casa querido.

– É bom estar em casa também. – disse quando chegamos a sala.

Pude perceber que as coisas não tinham mudado muito nesses anos que fiquei fora, quando eu estava de férias eu não vinha ao Brasil, minha mãe entendeu no final das contas apesar de ficar um pouco chateada com a situação.

– Mas me conte sobre isso! – ela disse olhando novamente entre a gente. – Você não me disse que estava em um relacionamento na ultima vez que conversamos.

– Mãe, é porque não estava sério naquela época ainda, a gente estava se conhecendo. Só que aí eu me dei conta que tinha que agir rápido ou outra pessoa poderia roubar Megan de mim.

– Eu ouvi a voz do Davi? – disse meu pai se aproximando da sala, logo me levantei para poder abraça-lo.

– Pai! Senti sua falta.

– Também senti sua falta, filho. – ele disse aumentando seu aperto no abraço. – Nós todos sentimos.

– Está é Megan. – disse quando me separei dele. – A minha namorada.

– Olá, Megan. – ele disse entendendo a mão para cumprimenta-la. – Me chame de Plínio.

– Prazer em conhecê-lo. Eu já ouvi muito sobre vocês. – Ela disse com um pequeno sorriso.

– Já não me admira que o Davi tenha lhe escondido. – ele disse sorrindo. – Ele queria mantê-la apenas para ele.

– Ela é linda não é? – mamãe sorriu olhando para Megan. – Agora rapazes porque vocês não levam as malas para o quarto? – ela praticamente ordenou e sorri, mãe sempre mãe.

Bem, acho que o encontro inicial com meus pais foi bem.

– Então... – meu pai começou enquanto subíamos com as bagagens. – Megan parece ser uma garota legal. – sorri com isso.

– Sim, ela é.

– E muito bonita e elegante também! – ele disse sorrindo, enquanto entravamos no meu antigo quarto.

– Sim. – respondi me questionando onde ele queria chegar com isso.

– Então... – disse depositando as malas no canto e sentando na minha cama dando um tapa ao lado indicando que queria que eu sentasse com ele. – Vou ser direto... vocês estão se prevenindo?

Oh, meu Deus.

– Pai. Por favor, eu tenho vinte e cinco anos, não precisamos ter essa conversa!

– As mesma regras ainda se aplicam garoto! E as consequências também! – ele respondeu quase rindo, provavelmente por causa do meu constrangimento. – E vocês dois são jovens... os hormônios estão a flor da pele e tudo mais...

– Ok, Ok, estamos nos cuidando. – disse para encerra de vez aquele assunto, ele não precisava saber que nunca tínhamos feito nada.

– Ok, só queria ter certeza. Não é porque você se tornou adulto que deixou de ser meu filho. – ele disse dando uns tapinhas nas minhas costas.

– Eu sei pai, mas não é como se eu fosse virgem! Eu já fiz sexo antes.

Ok, eu não era totalmente experiente no assunto. Eu tinha dezesseis anos quando perdi minha virgindade com a Manu, sendo a iniciativa toda dela, um dia estávamos estudando na casa dela e ela simplesmente pulou em cima de mim. E a próxima coisa que eu sabia é que não era mais virgem. Não sei, explicar eu sempre ficava com uma sensação estranha, como se faltasse algo sempre que fazíamos sexo. E depois eu fui para o intercambio e fiquei mais focado nos meus estudos e em superar o termino do meu relacionamento do que me envolver novamente. Só depois que comecei a trabalhar na Marra que tive outra parceira, mas não chegamos a desenvolver um relacionamento e mesmo assim fiquei com aquela sensação de que faltava algo, para mim as experiências que tive pareciam uma coisa um tanto quanto forçada.

– Eu sei. – ele disse se levantando. – Eu só queria ter certeza filho!

Ele já estava saindo do meu quarto quando o questionei.

– Onde a Megan vai ficar?

– Com você!

– Como?

Acho que não tinha entendido direito. Porque até onde eu me lembrava sempre que os namorados dos meus irmãos passavam a noite aqui eles tinham que dormir em quartos diferentes, Manu dormia no quarto de hospede quando ficava aqui.

– Fala sério, Davi. – ele disse rindo. – Você mesmo acabou de dizer que vocês são adultos. Eu acho que não terá problema vocês dormirem no mesmo quarto. Além do mais, tenho certeza que a Megan já passou a noite em seu apartamento e você no dela.

– Sim. – respondi meio perdido e imaginando qual séria a reação da Megan ao saber que teria que compartilhar o quarto comigo.

– Viu? – disse ele ainda sorrindo, enquanto se retirava novamente do meu quarto. – Além do mais, sua mãe e eu não somos tão rígidos como você pensa. Vá se refrescar. O jantar ficara pronto logo.

– Ok.

Abri a minha mala procurando algo para vestir. Optei por uma blusa polo com listras pretas e cinza e uma calça preta. E fui para meu banho rezando que tudo desse certo e que Megan não se importasse com os novos arranjos de quarto. Até agora as coisas pareciam ir bem.

Enquanto terminava de me arrumar, pensei como séria esse encontro hoje... Minha mãe decidiu fazer um jantar especial por causa da minha chegada, então toda a família estaria aqui e os Yanes foram convidados uma vez que nossas famílias são amigas há muito tempo.

Essa séria a primeira vez que eu iria ver Manuela desde que ela me deixou... bem no dia da minha festa de despedida... com um anel de noivado no bolso.

Terminei de me arrumar e desci para encontrar o pessoal, passei pela sala e não encontrei ninguém então fui a cozinha, chegando lá notei que a maioria das coisas para o jantar já estava preparado. Isso significava que o pessoal já estava chegando.

– Tio, tio... – Minha sobrinha veio correndo quando me viu.

Eu não conseguia vê-la muito já que morava na Califórnia, mas sempre me divertia quando a gente se encontrava. Ela é completamente adorável.

– Hey pequena. – me abaixando a pegando e começando a fazer cócegas nela.

– P-p-p-pa-re, Tio! – ela disse entre risadas tentando afastar as minhas mãos. Fiz um pouco mais antes de parar.

– Como você está? – questionei a colocando no chão.

– Bem. – disse alisando a barriga, onde tinha feito cócegas. – Estava com saudade.

– Eu também estava com saudade de você pequena.

– DAVI! – Matias chegou gritando, e me dando um abraço que parecia ter a intenção de quebrar todos os meus ossos. – Como você está mano? – disse sorrindo. – Alias fico contente por ter vindo.

– Estou bem. – respondi sorrindo enquanto nos encaminhávamos para a sala. – A vida é simplesmente muito boa e eu não poderia faltar!

– Você sabe que aquela bruxa virá com o namorado né? – ele meio que resmungou e eu revirei os olhos.

– Estou bem Matias. – disse sorrindo. – Além do mais eu trouxe a Megan.

– Hum.. e quem é Megan? – ele disse movendo as sobrancelhas.

– Ela é a minha namorada! – disse sorrindo.

– Será que eu ouvi a palavra namorada? – disse Luene fazendo a sua presença ser notada.

– Ouviu certíssimo maninha. – disse a abraçando.

– Estava com saudade de você cabeçudo.

– Também de amo irmã. – disse rindo.

– E onde está sua namorada?

– Com a mãe, em algum lugar pelo visto.

– Oh. – Matias e Luene riram. – Ela está fazendo uma investigação então?

– Possivelmente.

– Deus a ajude. – Luene meio que sussurrou.

– Bom, eu estou com fome. – Matias seguindo para a cozinha.

– E aqui vamos nós. – Luene me puxou para segui-lo. – Você sabe que a mãe não gosta quando fazemos algum lanche antes do jantar.

– Ela não vai me pegar.

– E quando ela não ti pegou? – disse Luene rindo e revirando os olhos. E isso era a mais pura verdade, não teve uma vez que a gente conseguia se safar quando fazíamos um lanche antes o que resultava a gente ficar sem sobremesa.

Matias fingiu que nem nós ouviu e foi olhar a geladeira.

– Ela não vai me pegar dessa vez!

– Aposto cinquenta reais com você que ela vai ti pegar! – eu disse.

– Aceito.

– Nada de torta para você. – disse mamãe despreocupada para um Matias mordendo um pedaço de frango.

– Mãe. – ele resmungou enquanto Luene ria.

– Pague. – disse estendendo minha mão, Matias apenas pegou a carteira e me entregou uma nota de cinquenta. – Onde está Megan? – questionei.

– Ela disse que iria se refrescar antes do jantar. – ela disse sorrindo, e mandando a gente sair da cozinha.

– Oh, meu Deus. – começou Luene animada. – Você viu...

– Davi? – eu instantaneamente me encolhi ao ouvir meu nome, enquanto me virava.

– Olá, Glaucia. Como está? – questionei, sendo puramente educado.

Ela era uma grande vadia!

– Bem. – ela sorriu, me olhando avaliativamente, duas vezes e já estava ficando incomodado com isso. – Conhecemos a sua Megan. Ela parece ser... interessante.

A forma como ela falou não parecia ser um elogio.

– Manu. – ela chamou. – Venha aqui, querida. Davi quer te ver!

Han? Quando foi que eu disse isso?

– Como? – ouvi a voz de Manuela se aproximando. – O que você... – ela parou de falar olhando pra mim. – Da-Davi? – ela gaguejou um pouco quando me viu.

A olhei também, ela estava diferente. Seu cabelo estava mais curto e as pontas estavam mais claras. Ela não parecia ela mesma.

– Olá Manuela. Como você está? – disse educadamente.

Não queria tornar as coisas estranhas aqui.

– Bem. – ela disse se aproximando de mim. – Quanto tempo a gente não se vê, você está bem. – ela se aproximou mais – Muito... bem..

– Obrigado. – sorri, passando as mãos pelos meu cabelo, que agora esta maior do que eu costumava usar.

– Esse novo visual, ficou muito bom em você. – ela disse levantando a mão para tocar no meu cabelo.

– Eu sei, certo? – Megan se fez ser notada, ela estava inclinada na porta. Ela desencostou da porta e se aproximou de mim abraçando a minha cintura. – Ele é muito bonito. – disse passando os dedos pelo meu cabelo.

Ela estava simplesmente maravilhosa com uma blusa preta justa no corpo e uma branca por cima mais larga. Ela combinou com calças pretas com alguns detalhes e acessórios.

– Mais do que bonito. – Manuela disse.

– Não é verdade? – Megan disse enquanto se inclinava na minha direção para me dar um beijo.

E lá estava aquela faísca que senti quando ela me beijou no aeroporto. Parecia que em qualquer lugar que Megan e eu nos tocássemos, havia essa faísca que se estendia por todo meu corpo. Eu me perguntava se ela também sentia isso.

– Baby! – um homem que eu imaginei ser o namorado de Manuela chegou a abraçando por trás. – Onde você esteve? Estava ti esperando.

Bom ele não era exatamente como imaginei. Mas quem sou eu para falar sobre o gosto de Manuela?

– Davi, este é Vander. – ela me apresentou. – Vander... Davi.

– Hey, cara. – Vander me cumprimentou balançando a cabeça. Oh, Deus, quanta categoria, apenas acenei de volta.

– Mamãe! Mamãe! – Belle entrou correndo na sala e quando percebeu que todos estávamos olhando pra ela, corou e se escondeu.

– Oh, quem é esta? Você é a Isabelle? – Megan perguntou a minha sobrinha. – Davi me contou que tem uma linda sobrinha e eu só queria ter certeza.

– Sim. – ela disse ainda corada. – Sou Isabelle, mas pode me chamar de Belle. – ela disse com um pequeno sorriso.

– Bem, olá Belle. – ela disse estendendo a mão. – Sou a Megan.

– Você se parece com a minha boneca Barbie.

– Obrigada. – Megan disse sorrindo. – Sua filha é adorável. – ela disse para minha irmã, que sorriu orgulhosa.

– O jantar está pronto. – Mamãe anunciou. – Vamos para a sala de jantar.

Todos começaram a sair da sala.

– Mano.. – Matias disse ao meu lado, dando alguns tapinhas nas minhas costas. – Megan... é bonita. – disse sorrindo. – Muito bonita. Estou realmente feliz por você.

– Obrigado. – respondi com um sorriso.

– Uau. – ouvi Danusa rindo ao lado dele. – Tenho a sensação de que este jantar será interessante.

Depois de todos devidamente sentados nos seus lugares, começamos a fazer nossos pratos.

– Então, Megan. – mamãe, começou enquanto passava um prato para meu pai. – Como vocês se conheceram?

– Para ser sincera, foi meio horrível e engraçado. – Megan respondeu, olhando para mim. – Eu tinha saído de uma reunião particularmente cansativa quando alguém simplesmente esbarra em mim me fazendo cair e deixar as minhas coisas caírem.

– Ei, - interrompi. – eu também cai e foram os meus papeis que ficaram uma bagunça.

–Bem, não era eu o distraído ali. – ela disse sorrindo e dando um beijo na minha bochecha. – Ele logo começou a me pedir desculpas pela acontecido e me ajudou a pegar as minhas coisas enquanto o ajudava a pegar as dele. Aí ele me convidou para almoçarmos juntos.

– Isso é tão fofo. – disse Luene, fazendo o prato da Belle.

– Claro. – Manuela adicionou, revirando os olhos.

– Megan, - Frederico começou desta vez. – de onde você é?

– Nasci na Califórnia, mas fui criada em Nova York.

– Qual parte?

– Lado Oeste.

– Hum.. Isso é bom. – disse Glaucia. – E como se tornou fluente em português?

– Tenha facilidade para línguas e me interessei pela cultura brasileira. – Menga disse com um leve sorriso.

– Você disse que estava saindo de uma reunião? – Gláucia continuou. – Você trabalha em que?

– Publicidade e propaganda.

– Oh! Manuela é formada em Comércio Exterior. – ela disse com orgulho, enquanto Manuela sorria para Megan.

– Para dizer a verdade, a Megan não trabalha apenas para a Marra, ela tem o próprio escritório.

– Querido. – ela disse olhando pra mim. – Não se gabe sobre mim. Por favor.

Me perdi olhando para ela, como eu disse, eu não sei muito sobre a família dela, além do fato dela ser filha única e que os pais são separados. E eu não conseguia evitar de me sentir orgulhoso por ela.

– Uau. – Gláucia disse, quebrando o nosso contato. – Isso é algo. Posso imaginar... ter que trabalhar tão duro.

– Para dizer a verdade eu gosto do meu trabalho.

– Bom. – Matias elogiou. – Meu irmão tem uma garota que além de linda é muito inteligente.

– Ele não é nada mal também. – Megan disse sorrindo pra mim. – E Sr. e Sra. Reis, não estou certa se eu disse a vocês, mas vocês dois tem uma casa adorável. – ela elogiou.

– Obrigada. – Mamãe sorriu, ela adorava quando as pessoas elogiavam a casa. Ela tinha orgulho dos seus talentos de decoração, para ser honesto foi ela quem decorou meu apartamento. – Eu decoro no meu tempo livre.

– Bem, seu gosto é espetacular. Você até poderia fazer isso profissionalmente.

– Sério?

– Claro. – Megan pareceu sincera, depois de mais um sorriso para mamãe, ela voltou a comer sua salada.

Continuamos a comer em silencio por alguns minutos até Gláucia quebra-lo novamente.

– Megan, deve ser tão excitante... você sabe... namorar um Reis... com todo esse dinheiro. – ela disse, bebericando o vinho. – Quero dizer, não é todo dia que você se encontra em um relacionamento com um dos herdeiros mais cobiçados do Brasil. – ela finalizou, encarando Megan, que a encarou de volta com uma expressão inexpressiva.

Porra. Talvez eu devia ter dito a Megan exatamente no que ela estaria se metendo. Sendo completamente honesto, não era algo que eu gostava de falar e o assunto nunca foi realmente abordado entre a gente. Não é como se eu fosse me apresentar a uma garota e dizer “ Oi, meu nome é Davi e eu venho de uma família muito rica a propósito.” Não gosto de falar sobre os negócios da minha família.

– Pra ser honesta. – Megan começou após um pequeno silêncio. – Nós realmente não falamos sobre isso. Dinheiro tem uma forma de fazer as conversas ficarem um pouco frígidas. Não acha? – Ela questionou, voltando para sua salada.

Percebi meu pai olhar para minha mãe e depois os dois voltaram para mim radiantes.

– Você parece ser muito inteligente. – Gláucia continuou. – O que seus pais fazem para viver?

– Chega de falar sobre mim. – Megan disse sorrindo. – Sinto que estou monopolizando a conversa. Danusa Ferreira, o Davi me contou que você é restauradora, acho essa profissão realmente fascinante. – ela elogiou.

– Obrigada. – Danusa sorriu. – Eu sou apaixonada por história e simplesmente me apaixonei pela profissão, poder recuperar obras de artes, monumentos ou documentos históricos é totalmente incrível para mim.

– É aparente. – Megan disse. – A forma como você fala, deixa clara a sua paixão pelo trabalho, se você tiver fotos de alguns dos seus trabalhos eu adoraria vê-las.

– Oh. – ela pareceu um pouco surpresa, mas contente ao mesmo tempo com o comentário de Megan. – Claro, depois lhe mostro alguns.

– Você não respondeu a minha questão. – Gláucia praticamente rosnou.

– Eu sei. – Megan disse se virando para ela. – Esse foi apenas um jeito educado de me recusar a respondê-la.

– Cuidado. – ela avisou. – As pessoas podem achar que esconde algo.

– Cuidado. – Megan sorriu de volta. – As pessoas podem achar que você é pretensiosa.

O som de talheres parou no mesmo instante.

– Bem. – Gláucia arfou, olhando ao redor. – Eu apenas estou querendo conhecer a garota que conquistou a atenção de Davi, não acho que isso é ser pretensiosa.

– Isso é quando você somente faz perguntas para distinguir se compartilho ou não o mesmo status social que você... – Megan continuou, tomando um pouco do seu suco de laranja. – Portanto, você está tentando medir se eu... valho ganhar alguma atenção real.

Não pude deixar de notar que a mesa parecia que tinha virado um publico de uma partida de tênis, olhando entre Megan e Gláucia.

– Por favor. – Gláucia resmungou, passando seus dedos por seus colares de ouro. – Se você não for rica, não importa. – ela zombou. – Não somos esse tipo de pessoa.

– O que me leva à perguntar. – Megan parou, tomando mais um gole do seu suco. – Se a minha conta bancaria não importa, por que você quer tanto saber? – questionou enquanto limpava sua boca com o guardanapo. – Hum? – ela perguntou, depois de um longo silencio.

– Bem... – Mamãe se intrometeu quando percebeu que ninguém falaria mais nada. – A sobremesa será servida na varanda. – anunciou, levantando da mesa.

– Ela é muito inteligente. – papai sussurrou com um pequeno sorriso enquanto íamos para fora. – Eu aprovo.

– Como estou indo? – Megan perguntou em meu ouvido.

– Ótima. – sorri, abraçando-a de lado.

– Nós não nos conhecemos oficialmente ainda. – Disse Matias se aproximando. – Meu nome é Matias. – ele balançou um pouco a cabeça parecendo pesadoro. – Lamento ter pegado toda a boa aparência e você ter fica presa a ele. – terminou apontando para mim.

– Por favor. – ela revirou os olhos, me dando um selinho. – Eu tenho o homem mais sexy e lindo pelo que estou interessada.

– Aquela com certeza foi a refeição mais divertida que tive. – Disse Danusa sorrindo.

– Tive a sensação que Gláucia ia explodir depois da sua ultima resposta. - disse Luene rindo.

– Ainda não consigo acreditar. – comentou Arthur. – Gláucia estava basicamente dando a Megan a porra de uma entrevista.

– Estou bem. – disse Megan.

– Aqui vamos nós, pessoal. – mamãe falou seguida pela empregada com uma enorme torta de prestigio. – Eu sei que é a favorita. – ela sorriu.

– Sim! – Matias parecia criança indo em direção a torta para pegar um pedaço.

Enquanto uma fila se formou, Megan olhou a redor e se sentou em um banco no canto.

– Megan. – minha mãe se aproximou dela levando um pedaço da torta. – Aqui querida, para você.

– Obrigada, mas não precisava se preocupar, só estava esperando a fila diminuir um pouco. – disse com um pequeno sorriso. – A propósito a sua comida estava maravilhosa, há tempos não comia bem assim.

– Obrigada querida. Sua mãe não cozinha? – percebi que Megan fez uma pequena careta.

– Hum.. não, ela sequer chega perto da cozinha.

– Sinto muito querida.

– Está tudo bem.

– Quer dividir? – perguntei me sentando ao lado dela, enquanto mamãe se afastava.

– Não consigo comer isso tudo sozinha. – ela disse sorrindo, mamãe realmente tinha colocado um pedaço generoso pra ela.

– Hum... isso é muito bom. – Megan gemeu provando a torta.

– Mamãe é a melhor cozinheira que eu conheço.

– Está simplesmente perfeita. – ela continuou elogiando, enquanto pegava outra garfada.

– Sim. – disse sorrindo e olhando para minha família, era bom estar em casa! – Megan...

– Dona Rita. – Vander disse alto. – Esta torta é boa pra caralho... sério.. nunca comi nada assim!

– Um.. Obrigada? – minha mãe disse se encolhendo um pouco pela linguagem.

– Que stupid. – Megan sussurrou e apenas balancei a cabeça concordando. – O que você ia me dizer?

– Hum.. A sim, só te agradecer por ter vindo comigo. – Megan apenas sorriu.

Tivemos que aturar os Yanes por mais trinta minutos, antes que eles fossem embora. Era próximo de uma da manhã, quando decidimos ir dormir, meus irmãos iriam ficar aqui hoje.

– Boa noite, tio Davi. – disse Belle vindo me dar um beijo.

– Boa noite.

– Boa noite, Megan. – disse dando um abraço nela.

E sorri com isso, minha sobrinha esta se dando bem com ela, ainda mais pelo fato de que a minha sobrinha não gostar da Manuela.

– Sua sobrinha é completamente fofa. – Megan disse enquanto descansava sua cabeça no meu ombro enquanto subíamos as escadas.

– Hum.. Megan... – disse quando chegamos ao meu quarto. – Eu não tive a oportunidade de ti dizer isso, mas os meus pais colocaram você para dormir comigo.. é que... eles assumiram que como a gente esta namorando, que a gente dormi junto e tudo mais... Mas não precisa se preocupar, eu posso dormir no sofá, ou até mesmo no chão... – ela me interrompeu colocando um dedo nos meus lábios.

– Está tudo bem Davi, somos adultos. Acho que podemos dividir uma cama. – ela disse sorrindo. – Vou apenas me trocar.

Ela disse se afastando em direção a sua mala e pegando um conjunto, aproveitei que ela estava no banheiro para poder me trocar também, optando por uma regata branca e uma calça de moletom. Arrumei um pouco a cama e fiquei sem saber se Megan preferia um dos lados para dormir, ouvi quando a porta do banheiro se abriu.

– Megan, você... – parei de falar quando a vi, ela estava vestindo uma regata listrada preta e branca com shorts preto curto, ela estava absolutamente sexy. Ela usava sutiã? Não parecia pra mim... caramba estou parecendo um pervertido agora.

– Davi? – ela questionou me tirando do meu transe.

– A sim, eu ia ti perguntar se você tem preferência pelo lado da cama.

– Oh, não. Para mim tanto faz, normalmente durmo no meio então.. - disse com um dar de ombros.

– Tudo bem então. – eu disse escolhendo o lado esquerdo, ela logo se deitou também, se ajeitando nas cobertas.

– Boa noite, Megan.

– Boa noite. – disse apagando a luz.

Acordei com o sol batendo no meu rosto, tinha me esquecido de fechar as cortinas ontem pelo visto. Olhei ao redor e vi que já era pouco mais das nove da manhã. Me virei e vi que Megan estava envolta em meus braços. Fiquei um pouco chocado com isso, de alguma forma durante a noite eu e Megan nos entrelaçamos. Ela se aconchegou um pouco mais no meu peito e eu senti o cheiro dos seus cabelos, era um cheiro de frutas vermelhas. Ela cheirava maravilhosamente bem, ela é tão bonita. Tirei um pouco do cabelo dela do rosto o colocando atrás da orelha. Ela era ainda mais linda dormindo.

– DAVI! – qual era o problema do meu irmão, que tinha que estar sempre gritando? Bem o grito dele me tirou dos meus pensamentos, ainda mais quando ele entrou sem pedir licença no quarto.

– O que? – Megan gritou, acordando assustada olhando para os lado.

– Desculpe te acordar assim. – Matias disse rindo um pouco.

– A vovô, mandou vocês descerem para o café. – Minha sobrinha disse entrando correndo no quarto e pulando na cama.

– Ok, pequena. Já vamos descer. – Eu disse enquanto dava um beijo nela.

– Uau, Megan. – Belle disse encarando os seis de Megan. – Você tem seios grandes.

Matias, apenas riu achando hilária a observação da sobrinha.

– Hum.. Obrigada? – ela respondeu um pouco sem graça enquanto cobria seus seios com a coberta.

– O que é engraçado? – questionou Danusa entrando no quarto, sério vou ter que ter uma conversa seria com esse pessoal, entrando assim no meu quarto.

– Nada...

– Tia Nusa.. – Belle me interrompeu. – Megan não tem seios grandes?

– Bem... – Danusa começou, puxando um pouco da coberta. – Sim, ela tem. – ela disse para a sobrinha.

– Obrigada? – Megan com certeza estava achando que a minha família era louca, no momento até eu estou achando isso.

– Vamos lá pessoal. – disse Luene entrando no quarto também. – Hora de tomar o café da manhã.

– Sim! – disse Matias praticamente gritando e saindo do quarto arrastando a noiva.

– Vamos. – disse Belle puxando minha mão. – Você também Megan. – disse puxando a mão dela também.

Apenas balancei minha cabeça enquanto descíamos.

– Bom dia! – mamãe saudou assim que entramos.

– Bom dia! – respondendo juntos.

O café da manhã foi bem tranquilo, o assunto predominante era o casamento.

– Os Yanes estão vindo hoje? – Megan me perguntou.

– Não.

– Graças a Deus. – Luene e Danusa disseram juntas, me fazendo sorrir.

– Seus pais não importaram de você viajar Megan?

– Na verdade, só meu pai sabe que viajei. E não eles não se importaram. – o sorriso de mamãe murchou um pouco. – Esta tudo bem, não precisa se preocupar. – disse Megan baixo. – Tenho tomando conta de mim há algum tempo já.

– Bem... – mamãe parou por um momento. – tenho certeza que eles sentem sua falta.

Megan deu uma risada um pouco triste, que não combinava com ela antes de perguntar.

– Você se importaria de me passar a geleia, Arthur? – ela questionou dando por encerrado esse assunto.

Naquele momento, me senti um pouco triste por Megan. Ela é uma garota incrível, merecia ter pessoas que realmente se importassem com ela.

– Está tudo bem? – sussurrei em seu ouvido. – Eu não comentei com eles que seus pais são separados. Desculpa.

– Não tem do que se desculpar Daí, você tem sorte pela família que tem. – ela disse, comendo uma colher da salada de fruta.

O café da manhã terminou rapidamente. Limpamos a cozinha antes de voltamos para o quarto para nós trocarmos para o dia.