Virei-me e sorri para como Davi parecia em paz. Ele era tão... sexy. Sério, como este homem poderia já ter pensando que ele era suficiente e feio estava além de mim.

Seu cabelo levemente bagunçado, com aquele aspecto de acabei de sair da cama.

Seu sorriso...

A forma como ele mexia no cabelo quando ficava frustrado...

A maneira fofa que erguia as sobrancelhas quando ele ficava confuso...

Essas eram apenas algumas das coisas que eu... amava sobre ele.

Sim.

Eu estou apaixonada por Davi.

Eu não estou realmente certa quando isso aconteceu. Acho que foi quando meus pais foram embora. Davi estava... lá. Ele me segurou e enxugou minhas lágrimas. Não era como se ele estivesse apenas esperando por mim terminar minhas reclamações. Ele estava me deixando desabafar e realmente me ouviu. Ele estava lá... ele realmente estava lá. Quando olhei em seus olhos, de repente, me senti diferente. Nosso fodastico, dia no parque meio que concretizou isso.

Eu fiquei admirando o seu rosto e me perguntei o que diabos eu faria agora. Eu estava na extrema necessidade de orientação. Eu depositei um leve beijo na sua bochecha e sai da para poder pensar.

Eu andei pelos corredores e ouvi uma risada. Sentido-me intrometida, eu andei mais a frente para descobrir Camilinha. Ela estava sentada em sua cama rindo de algo no seu celular.

– O que é tão engraçado, às sete horas da manhã? – questionei, caminhando para me sentar na beira da cama.

– Acabei de enviar uma foto para Caio da minha camisola. – ela disse sorrido, colocando o celular sobre a cama.

– Muita informação.

– Você que queria saber.

– Eu não quero saber disso. – retruquei.

– Nós tivemos sexo por telefone ontem à noite. – ela admitiu sorrindo, e ficando do meu lado na cama.

Eu não queria saber isso também.

– Ele foi embora ontem. – argumentei. – E você compartilha demais.

– Me processe. – ela suspirou. – Você sabe, ele ama uma conversa suja mais do que eu... quase. – ela disse com um sorriso malicioso.

– Camilinha.

– Vamos lá. – ela revirou os olhos. – Já está na hora da gente discutir alguma putaria. – ela insistiu. – Ria. – disse me cutucando. – Ele estava todo, Eu vou comer...

– Eu estou apaixonada pelo Davi. – eu soltei, cortando-a.

– O quê?

– Eu estou apaixonada pelo Davi. – repeti.

– Você está sorrindo. – disse cutucando minha bochecha.

– Acho que eu estou.

– Finalmente. – ela resmungou.

– O que isso significa? – questionei confusa.

– Você finalmente admitiu. – ela piscou.

– Hã?

– Vocês dois estiveram ao redor um do outro por um tempo. – ela disse como se fosse obvio. – Vocês estão finalmente na mesma arena.

Na mesma arena? O que ela queria dizer com isso? Isso significava que ele se sentia da mesma maneira? Eu pensei nos últimos dias. Ele tinha sido mais carinhoso e legal... mas ele meio que sempre foi assim. Ele admitiu gostar de mim, mas isso não quer dizer que me amava.

– Eu nunca me senti assim antes. – eu admiti. – Eu nunca pensei que eu ia ter que lidar com isso.

– Considerando sua formação e como você foi criada, de algum jeito, por duas pessoas que em última análise desprezam um ao outro... – ela parou pensando. – Não é à toa que você pensa dessa forma.

– Não vamos trazer meus pais para isso. – eu implorei. Eu ainda estava chateada com eles e sinceramente não via como poderia perdoá-los por isso.

– Megan. – ela começou novamente. – Davi é muito querido. Sério, se eu não tivesse o Caio e gostasse de caras legais, eu tentaria roubá-lo. – ela brincou. – Leve seu tempo com ele. Deixa acontecer naturalmente. Não force. – ela deu um tapinha no meu ombro quando o telefone tocou. – Oh! – praticamente gritou animada pegando o celular.

Eu me senti melhor. Eu ainda estava morrendo de medo, no entanto. Eu nunca estive apaixonada... nem mesmo cheguei perto disso. Para ser honesta, sempre achei que o amor era para idiotas.

– Olhe! – Camilinha empurrou o celular na minha cara. – Olha o que o Caio me enviou.

– Não! – fechei os olhos. – Se ele lhe enviou uma foto de cueca ou de seu pênis...

– Eu não compartilharia isso. – ela riu. – Eu tenho alguns limites. Vamos lá! – ela insistiu.

– Tudo bem. – suspirei abrindo meus olhos para ver uma mensagem de texto.

Quando você chegar eu vou te foder tão forte que você não será capaz de andar no dia seguinte.

– Ele não é doce? – ela suspirou emocionada, virando o celular e começando a digitar.

– Que romântico. – brinquei.

– Eu aposto que Davi gosta de um pouco de conversa suja. – ela riu.

– Camilinha...

– Ele provavelmente é muito bom em comer b...

– Estou indo embora. – disse já perto da porta.

– Não seja assim. – ela riu. – Ele tem lábios carnudos... e que beicinho. Não pode simplesmente imaginar...

– Pare com isso! – sai do quarto rapidamente, ainda era capaz de escutar aquela doida rindo.

Voltei para o quarto e me deitei novamente. Davi se aconchegou perto de mim.

– Senti sua falta. – ele sussurrou, dando um beijo no meu pescoço.

Eu te amo.

– Eu estava falando com Camilinha. – passei meus braços em torno dele. – Eu senti a sua falta também.

– Eu quero um beijo de bom dia. – eu o senti sorrir contra meu pescoço.

– Quem sou eu para impedi-lo? – perguntei, me afastando um pouco para encará-lo.

– Bom. – ele se inclinou mais perto e conectou seus lábios nos meus. Logo nosso beijo passou de um cumprimento a um mais necessitado, nossas línguas massageando.

– Davi. – eu me encontrei choramingando, movendo meus quadris nos seus enquanto suas mãos avançavam sob a minha camisa.

– Sim? – ele me deu um sorriso torto quando ele começou a massagear meu...

– Tio! Tia! – eu ouvi Belle nós chamando através da porta seguida por uma batida.

Murmurei um porra, antes de ambos respondermos.

– Sim?

– Tia Danusa, mandou eu dizer para vocês pararem de safadeza e descerem para o café da manhã. – ela cantarolou.

– Ok. – nós respondemos, Davi saindo de cima de mim.

Depois de recuperarmos a compostura, nós escovamos os dentes e descemos as escadas.

– Se não são o nosso casal. – Rita sorriu, do seu lugar na mesa.

– Filho. – ouvi Plínio sussurrar para Davi. – Eu espero que você tenha usado o que eu comprei para você...

– Por favor, pare. – Davi se afastou, sem dúvida, pensando sobre o incidente do preservativo ontem. E eu tive que reprimir uma risada.

– Só estou dizendo. – ele deu de ombros, voltando para seu café da manhã.

– Como foi seu dia ontem? – Luene perguntou, cortando a comida de Belle. – Eu não ti perguntei.

Eu apenas descobri que estou apaixonada pelo seu irmão... de verdade.

– Foi ótimo. – Davi respondeu, puxando a minha cadeira.

– Hum... – sorri, me aconchegando perto dele. Ele prontamente passou o braço em volta de mim. – Ele me surpreendeu me levando para o parque.

– Qualquer coisa para minha namorada. – ele sorriu, depositando um beijo na minha cabeça. Eu sorri e depositei um beijo na bochecha dele.

– Eu que sou a recém casada e vocês dois que parecem estar em lua de mel. – Danusa brincou. – Mas tenho que admitir, vocês são tão bonitos. – disse sorrindo.

– Sim, ela é. – Davi riu, depositando um beijo no meu pescoço. Eu não pude me conter. Eu ri. De verdade.

Os membros da mesa riram comigo e eu rapidamente me perguntei sobre Davi e eu.

Será que ele sabia o que eu sentia por ele?

Se ele sabia, como ele se sente sobre isso?

– O amor jovem. – Plínio suspirou.

– Não há nada como isso. – Rita olho para nós sorrindo.

O que Plínio e Rita viram quando eles olharam para nós?

Será que eles sabiam?

– Megan. – Rita chamou a minha atenção. – Eu sei que vocês vieram apenas para o casamento, e saibam que eu fiquei muito feliz com a presença de vocês aqui em casa, - ela disse com um sorriso. – A sua também Camilinha. – minha amiga apenas sorriu. – Mas eu queria saber se vocês não poderiam ficar um pouco mais.

– Oh!

– É que amanhã tem um baile de gala e gostaríamos que vocês fosse com a gente e daqui a dois dias eu e o Plínio – ela disse sorrindo para o marido. – Estaremos fazendo uma pequena comemoração. São as nossas bodas de Coral.

Olhei para Davi, que sorriu para mim.

– Será um prazer Rita. – eu teria apenas que ligar no escritório e avisar que estenderia um pouco mais as minhas férias. Ela sorriu radiante com a minha resposta.

Como eu estava cansada do dia anterior, porque eu realmente me divertir muito naquele parque aquático eu não estava muito animada para sair hoje, Davi concordou e no final passamos a tarde fazendo um bom proveito da sala de cinema que eles tinham, entre filmes de animação, escolhas da Belle, um de ação, escolha dos rapazes e um de comédia. Posso afirmar que o meu dia foi muito agradável, ainda mais porque eu e o Davi podemos nós agarrar um pouquinho, afinal era isso que um casal fazia no cinema, né?

– Seus pés ainda doem? – ele sussurrou no meu ouvido, depois que a sessão cinema acabou. Eu fiz um beicinho como resposta.

Vamos apenas dizer que subir escadas repedidas vezes para descer o toboágua pode ter suas consequências no outro dia.

– Ok. – ele sorriu, me pegando no colo e me levando para o quarto.

– Ooh.. – suspirei olhando para ele quando ele me colocou na cama. – Eu adoro ter um namorado forte. – pisquei para ele.

– Eu não sou forte. – rebateu, subindo em cima de mim. – Você que é pequena. – ele disse começando a distribuir beijos no meu pescoço.

– Continuando de onde paramos?

– Exatamente. – respondeu, com as mãos de volta sob minha camisa.

– Hey! – Camilinha bateu na porta. – Vistam-se.

– Sério? – reclamei, descansando minha cabeça na curva do pescoço dele.

– Um dia desses, vamos ter algum tempo realmente sozinhos. – ele me deu um beijo e saiu de cima de mim.

Eu te amo.

– Fechem as suas calças e preparem-se! – Luene gritou através da porta.

– Arg. – resmunguei.

Camilinha tinha decidido que como ela não participou de nenhuma das despedidas de solteiro iríamos para uma boate hoje a noite, segunda ela nós descansamos o dia todo então Boate séria. Plínio e Rita cuidariam da Belle.

Tomei uma ducha rápida e vasculhei minhas malas atrás de algo para vestir. Optei por um conjunto preto que eu ganhei da Camilinha ano passado no meu aniversario ele era sexy e saltos prateados.

Percebi meu celular piscando avisando que eu tinha uma mensagem.

Dad: Vou me encontrar com a família Obama. Deseje-me sorte!

Eu não poderia me importar menos.

Me: Foda-se

Apertei o botão de enviar e fui terminar de me arrumar. Adicionei alguns colar e brincos.

– Você está bonita. – Davi disse saindo do chuveiro. Ele não tinha nada além de uma cueca boxer preta. Ele parecia bom com ela... realmente bom.

Cara, ele é grande!

– Uh...- eu estava olhando descaradamente para seu pau. – Obrigada. – disse quando finalmente encontrei minha voz.

– Então, novamente. – ele sorriu, colocando um par de jeans. – Você sempre parece bem. – ele piscou.

Ele tinha feito isso de propósito.

– Provocador. – o acusei.

– Não é minha culpa que somos interrompidos toda vez que estamos juntos. – ele respondeu ironicamente, colocando uma camisa de manga comprida azul.

Eu olhei para ele e sorri. O Davi que eu conhecia de meses atrás não teria feito algo tão ousado assim. Inferno, Hell! O Davi de alguns dias não teria também. Ele tinha surtando quando o vi nu. Eu sinto como se ele tivesse mudado, nós tínhamos mudado, uma vez que estávamos aqui. Eu gostava disso.

Eu amava isso.

Eu amava ele.

– Estou precisando urgentemente de um Cosmo. – Camilinha disse, passando pela porta. – Eu preciso ficar bêbada. – ela alertou.

– Eu acho que todo mundo sabe que isso não vai ser um problema. – Davi riu, terminando de calçar seu sapato e abrindo a porta.

Nós esprememos no carro de Matias e fomos para um clube.

Eu tive que ir sentada no colo de Davi, vocês não vão me ver reclamando sobre isso. Ele que por sinal estava dando beijos no meu pescoço.

– Eca... – Luene grito com nojo. – Eu juro, Megan, você está sempre molestando meu irmão.

– Não é abuso sexual, se é consensual. – Davi respondeu, voltando a beijar o meu pescoço. Eu apenas rir.

Eu o amava.

– Vocês são nojentos. – Luene riu junto com Camilinha, mas Camilinha estava rindo por um motivo diferente.

Demorou uns 20 minutos para chegar ao clube. Uma vez que entramos no estacionamento, eu vi que a boate parecia ser legal.

Estamos nos encaminhando para entrada quando ouvi a voz horrorosa de Manuela atrás da gente.

– Hey, Davi.

Virei-me e vi que ela estava com um vestido decotado, curto de cor Pink. Esse se encaixava melhor que as outras roupas que eu a vi usando. Não me interpretem mal, no entando. Ele ainda estava apertado como o inferno.

Cadela.

– Olá, Manuela. – Davi respondeu.

– Você fica sexy com essa roupa. – ela sorriu.

– Eu sei. – coloquei meus braços em volta de sua cintura e inclinei meu corpo para bloquear qualquer aproximação dela. – Eu mostrei a ele como eu achava que ele estava sexy antes de virmos para cá. – eu sorri, minha voz exalando insinuações. Eu ouvi Davi suspirar atrás de mim. – duas vezes.

MEU!

– Uruu. – Matias explodiu, antes de rir.

– O quê? – Danusa voltou. – O que eu perdi?

– Eu estava apenas admirando Davi. – a cretina teve a coragem de dizer. – Você tem malhado? - Ela perguntou, tentando se aproximar.

– Uh.. – Davi começou, olhando para mim.

– Se você chama fazer sexo com Megan de malhar. – Camilinha brincou, olhando entre Davi e eu. – Ele vai ter um tanquinho rapidamente. – acrescentou, fazendo com que o grupo começasse a rir.

– Costumávamos malhar antigamente. – Manuela arqueou uma sobrancelha para mim.

– Você não deveria estar em um fest food? – questionei, ficando irritada com a presença dela. – Boate normalmente não serve nada além de aperitivos.

– Toooooooma. – Arthur disse começando a rir.

– Sério? – Camilinha suspirou, virando-se para Davi. – O que você estava pensando? – ela perguntou, apontando pra Manuela. – Sério?

– Vadia!

– Bunda gorda! – defendi a minha amiga. Ninguém tinha permissão para chamar Camilinha de vadia além de mim.

– Eu não estou gorda!

– Se isso faz você dormir melhor à noite, mantenha se dizendo isso. – Camilinha acenou pra ela.

– Manuela! – a irmã dela gritou. – Apresse essa sua bunda gorda! Não vamos ti esperar pra sempre. – ela ordenou. Ela parecia tão irritada com Manuela como eu estava.

Para minha felicidade, elas estavam indo embora e não chegando na boate.

Suspirei, quando a vi se afastando. Davi me apertou em seus braços esfregando o nariz no meu pescoço, fazendo com que uma faísca passasse através do meu corpo.

Eu amava isso.

Nós caminhamos para dentro da boate e estava completamente escuro, com exceções das luzes ocasionais. Você só pode ver vislumbres da multidão devido às luzes que piscavam muito rápido. Eu olhei para cima para ver uns lustres pendurados no teto do que provavelmente seria a área vip. Sofás de couro branco junto as paredes e as janelas de vidro fosco ficavam entre os bancos e a pista de dança.

– Estou em casa! – consegui ouvi a voz de Camilinha apesar do som alto. – Vou até o bar. – ela disse já saindo de perto.

E isso começou.

– Fique perto de mim, viu? – Davi disse no meu ouvido. – Está muito lotado. Eu não quero perder você. – ele pegou minha mão e levou-nos para a pista de dança.

– Eu amo essa musica! – disse me virando para começar a dançar com ele.

Davi ficou mais confortável enquanto dançávamos e suas mãos começaram a vagar por meu corpo. Eu movi minha bunda para ele ainda mais, percebendo sua ereção me cutucando.

Humm...

– Eu acho que estou pegando o jeito. – ele disse no meu ouvido, movendo os quadris mais rápido.

– E você disse que não era um bom dançarino. – o provoquei, levando meu braço para trás e correndo meus dedos por seu cabelo.

– Você é tão macia. – ouvi ele respirar, inclinei a cabeça para ele me acariciar mais perto. Suspirei quando senti seus lábios beijando ao longo do meu pescoço e chupando o ponto pulsante abaixo da minha orelha.

– Você está tão duro. – Me virei para encará-lo e pousei minha mão no seu pênis.

De onde isso estava vindo?

Eu não me importava. Era incrível.

– Megan. – seus quadris empurraram na minha mão.

– Hey Davi! – Arthur gritou. – Nós estamos indo para a área vip, Luene mandou chamar vocês.

– Vou pegar uma bebida. – Davi suspirou resignado, tirando a minha mão delicadamente de suas calças.

– Vou ao banheiro rapidinho. – avisei com um beicinho, parecia que sempre tinha alguém para atrapalhar.

Cheguei ao banheiro e como esperado tinha uma pequena fila. Logo depois de lavar minhas mãos fiz meu caminho de volta para Davi. Estava chegando a área principal, o meu movimento parou quando senti uma mão agarrar meu braço.

– O quê? – questionei, virando.

– Hey. – Vander sorriu, dando um passo mais perto de mim.

– Sim? – recuei, tirando suas mãos de mim.

– Eu não vi mais você. – eu podia dizer que ele estava bêbado pelo hálito que me atingiu.

– Estive ocupada. – me afastei. Ele puxou meu braço novamente.

– Você está sexy hoje! – seu sorriso se alargou enquanto se aproximando de mim.

– Vá procurar a sua namorada! – disse irritada, tentando soltar meu braço.

– Nuh.. – ele negou com a cabeça. – Ex-namorada. Ela terminou comigo. – ele sussurrou amargamente.

– Que droga pra você. – eu disse, tentando soltar meu braço. – Eu vou voltar para o meu namorado.

– Calma, vamos conversar! – ele disse ainda segurando meu pulso.

– Quer me soltar. – disse. – Você está machucando meu pulso.

– O que há de tão especial em você? – ele perguntou, olhando meu rosto. – Você é tudo o que eles falam. Você é gostosa também. – ele sussurrou.

– Foda-se!

Eu lhe dei um tapa com o meu braço livre que chegou a doer a minha mão, o que era bom pois eu tenho certeza que ele acordaria com cinco dedos na cara. Aproveitei que seu aperto no meu pulso afrouxou e me afastei dele. Conseguir dar alguns passos até senti ele segurar meu pulso novamente.

– Me deixei em paz! – gritei.

– Vamos lá. – ele sorriu de forma sinistra. – Manuela me contou sobre o quanto Davi é fraco na cama. Ele não pode satisfazê-la.

– Davi é mil vezes o homem que você jamais vai ser. – disse tentando puxar o meu braço. – Quer me soltar. – disse quando ele começou a me puxar para um local mais afastado, próximo ao banheiro. Quando ele me imprensou contra a parede comecei a me preocupar... - Me larga - gritei.

– Megan? - Davi se aproximou, quando ele viu a cena - Eu acho que a minha namorada disse para você soltá-la! – disse tirando Vander de perto de mim.

– Oh. – Vander revirou os olhos. – Veio resgatar sua princesa. – ele começou a rir.

– Juro por Deus, se você machucá-la...

– O que você vai fazer sobre isso? – Vander perguntou rindo.

Davi se virou para olhar para mim.

– Você está bem? – perguntou, me analisando.

– Estou bem. – o abracei. – Agora eu estou bem. – beijei seu rosto sentindo seus braços apertando em torno de mim. Suas mãos começaram a tremer, enquanto eu continuava a sussurrar, que estava bem.

– Vamos embora. – eu disse, para mim essa festa estava mais do que encerrada. – Eu estou bem! – afirmei tocando seu rosto. Ouvi a respiração de Davi acelerar e segui sua linha de visão para as marcas de dedos visíveis no meu pulso. – Vamos apenas embora. – eu implorei a ele. Eu não queria que ele brigasse. – Por favor. – seus olhos ficaram mais suaves e ele pegou a minha mão e se virou.

– Tudo bem. – Vander disse com a voz arrastada. – Pode levar a sua putinha...

Antes que eu percebesse, o punho de Davi voou para o nariz de Vander, enviando-lhe direto para o chão. Eu acho que ele o tinha quebrado.

– Sinto muito. – Davi disse olhando para mim com os olhos culposos. – Eu deveria ter lhe acompanhado até o ....

– Davi! – eu gritei quando vi Vander mover-se atrás dele, dando um soco em sua mandíbula.

Davi conseguiu se recuperar rápido do choque e se defendeu o acertando em seguida o fazendo cair no chão desacordado dessa vez.

– O que aconteceu? – ouvi Arthur se aproximando correndo da gente, apontando para um Vander inconsciente.

– Foda-se. – Camilinha disse olhando ao redor. – As pessoas estão vindo! – ela disse, agora eles vinham né?? Onde eles estavam quando precisei de ajuda para me livrar desse idiota. – Aqui! – Camilinha me entrou um chaveiro. – É do apartamento do Caio, daqui a pouco ti mando o endereço por sms. Vocês precisam sair agora antes que acusem vocês de agressão.

Davi logo pegou a minha mão e me puxou dali.

– Você está bem? – perguntei a Davi, assim que chegamos ao estacionamento. – Você precisa ir para um hospital?

– Não. – ele fez uma careta, tocando seu queixo. – Estou bem.

– Você tem certeza?

– Sim. – ele se sentou em um banco que tinha ali perto, reparei que era uma para de ônibus. – Não foi nada demais.

– Ele deu um soco em você.

Eu estava tão fodidamente irritada com aquele idiota.

– Isso acontece. Ele com certeza ficou pior.

– Você não tinha que fazer isso. – eu disse a ele. – Eu estava bem.

– Não, você não estava. – ele apontou para a marca vermelha de dedos no meu pulso.

– Olha. – apontei para a ambulância e o carro da policia indo para o clube. – Devemos ir.

– Para onde?

Assim que ele disse isso, meu celular vibrou. Como ela tinha prometido o endereço do apartamento do Caio, ela avisou que tinha ligou para o condomínio avisando que estaríamos indo para lá.

– Aqui. – disse lhe mostrando a mensagem com o endereço.

– Oh. – ele suspirou. – É uma caminhada de trinta minutos daqui. Você consegue? Ou você prefere que eu chame um táxi?

– Eu estou bem. – sorri para ele e agarrei sua mão.

Quando ele levantou passou os braços pelos meus ombros e eu passei meu braço em volta da sua cintura e assim começamos a caminha. Nós não dissemos uma palavra. Nossa comunicação era apenas alguns beijos ocasionais... Ou ele cheirando meu cabelo... ou correndo o nariz ao longo do meu pescoço.

Eu o amava.

Chegamos à portaria do prédio e eu procurei no molho de chaves qual que abria o portão. Quando entramos o porteiro nós cumprimentou e questionou em para onde estávamos indo, apenas disse que ficaria no apartamento 505 do meu amigo Caio, ele assentiu falando que a Dona Camila tinha ligado avisando que uma amiga e o namorado ficariam ali aquela noite.

Caminhamos para o elevador, assim que as portas se fecharam Davi me abraçou apertado e eu me encolhi em seu peito sentindo seu cheiro.

Saímos do elevador e encontramos o apartamento. Não analisei muito o apartamento. Neste ponto, eu só queria descansar.

– Eu vou procurar o quarto. – anunciei, tirando os sapatos.

– Eu estou bem atrás de você. – ele concordou, tirando a camisa.

Uau.

Olhei para seu peito e senti-me envergonhada por me sentir chocada. Eu tinha visto ele daquele jeito praticamente todos os dias desde que chegamos ao Brasil, mas nunca ficava velho. Encontramos o quarto principal, mas optamos pelo quarto de hospedes ele também tinha uma cama de casal. Tirei minha saia, o casaquinho e as joias e depois entrei com Davi na cama. Ele estava em sua cueca. Eu olhei para meu cropped preto de renda e minha calcinha estilo short e me senti autoconsciente.

Nós víamos um ao outro todos os dias. Por que eu estava nervosa agora?

– Posso te abraçar? – Davi me perguntou.

– É claro. – cheguei mais perto dele. Eu me senti aliviada com a sensação de estar completa que veio sobre mim quando ele me abraçou. – Hum... – mexi um pouco, ficando mais confortável.

– Eu sinto muito. – desculpou-se, beijando meu pulso. – Eu não posso acreditar que eu...

– Não foi culpa sua, Davi. Além disso, não está tão ruim...

– Olhe para seu pulso! – ele apontou as marcas. – Se eu vê-lo novamente, eu vou matá-lo.

Por que ele estava tentando levar toda a culpa?

– Você já deu uma dura nele. – eu disse a ele com um pequeno sorriso. – Tenho certeza que você quebrou o nariz dele. - Ele deu um leve sorriso. – E antes eu tinha dado uma dura nele também.

– O quê? – ele questionou, seus lábios formando um sorriso perfeito agora.

– Sim. – disse com orgulho. – Ele provavelmente ficara com a marca de cinco dedos na cara por alguns dias.

– Bom. Essa é a minha garota. – ele me puxou para mais perto dele. Ele inclinou meu queixo para cima para poder me beijar. Nós brevemente nos separamos e ele olhou nos meus olhos. Tinha algo diferente nesse olhar. Era... muito mais.

– Obrigada por me salvar. – eu o beijei.

– Eu não podia ir embora. – ele sussurrou para mim. – Quando eu vi ele segurando seu braço daquele jeito... ti imprensando contra a parede...– ele fez uma pausa, seus olhos lagrimejando. – Ele machucou você, Megan.

– Davi...

– Ele poderia ter dito ou feito qualquer coisa contra mim... mas eu não permitiria... eu não deixaria que ele fizesse nada com você. – uma lagrima caiu de seu olho até o travesseiro.

– Davi. – agora eu estava prestes a chorar.

Ele se importava. Ele realmente se importava. Ele se preocupava mais comigo do que qualquer outra pessoa que eu conhecia.

– Eu te amo, Megan. – ele sussurrou, olhando para mim. Seus olhos extremamente brilhantes e não era por causa das lagrimas.

Ele disse isso.

ELE DISSE ISSO!

DAVI ME AMA!

Olhei em seus olhos, de repente, tomada de alegria. Olhei para ele por cerca de um minuto até que eu percebi que eu não tinha dito nada de volta.

– Está tudo bem. – ele começou novamente. – Eu sei que você...

Eu o silenciei com meus lábios, minha necessidade por ele assumindo. Eu quis dizer Eu também amo você, mas algo mais saiu.

– Faça amor comigo.