Fernando e Letícia finalmente chegam ao local dos sonhos em Cuernavaca. São prontamente atendidos. Como da outra vez, não levaram nada e compram as roupas lá. Ficam na mesma cabana que da outra vez. Dessa vez podem olhar para a cama sem culpas.

Lety liga para casa, por sorte quem atende é Julieta. Ela promete os ajudar com Erasmo e diz que podem passar o fim de semana tranquilos lá. Lety agradece sua mãe.

Fernando consegue finalmente assistir ao ritual de purificação até o fim. Dessa vez ele não sente mais culpas, não engana mais a ninguém. Tentam novamente fazer yoga mas Fernando acaba dormindo.

Fernando cisma de nadar e tenta convencer a Lety.

–Vem Lety. -Fernando diz enquanto salta na piscina.

–Não, seu Fernando.

–Por que não? Não me diga que está novamente com vergonha? Você já comprovou e eu não me canso de falar, você tem um corpo lindíssimo. Você é lindíssima.

Lety havia ficado sem graça com o comentário.

–Ai, seu Fernando, para. Não é nada disso.

–Então o que é, meu amor? Me diga.

–Eu fico sem graça.

–Fale, por favor.

–Tá bom, eu te conto. Não sei nadar.

Fernando começa a rir.

–Mas se for só isso não tem problema. Eu te ensino.

–O senhor vai me ensinar?

–Vou! Também não sou tão imprestável assim.

Fernando a puxa para a piscina com roupa e tudo. Ela esperneia um pouco no começo, mas dentro de alguns minutos Lety já está nadando bem graças a Fernando. Dessa vez ela sente confiança em ficar somente de maiô. Ela já não se sente feia e já não sente vergonha em se expor.

Ao anoitecer, após tomarem banho e jantarem, irão, finalmente, fazer amor.

–Como senti saudade do cheiro de sua pele. -Fernando diz enquanto a beijava o pescoço de Lety e lhe tirava a blusa.

Lety não conseguia falar nada, apenas correspondia as carícias que lhe eram dadas. Antes mesmo que percebessem, ambos já estavam nus. Fernando a deita, delicadamente, na cama, naquela mesma cama que não puderam se deitar na outra vez por culpa. Agora estavam casados, não havia nada nem ninguém que os impedisse. Naquela noite fariam amor como nunca haviam feito antes. O amor que fizeram foi algo sem pressa de acabar, dessa vez não se amaram na escuridão, já não tinha motivo para se esconderem. Fizeram amor como se suas vidas dependesse disso. Adormeceram abraçados um ao outro depois de terem suprido o desejo que lhes queimava.

No dia seguinte, ao acordarem, fizeram amor novamente. Tinham que aproveitar bem, iriam embora depois do almoço.

–Sabe, Lety, se não tivesse tanta gente lá, eu gostaria de fazer amor com você na mesma piscina dos nossos sonhos.-Fernando diz ainda deitado, abraçado a Lety depois de fazerem amor.

–Eu também, seu Fernando, mas não tenho coragem.

–É uma promessa, Lety, nós ainda faremos amor naquela piscina assim como no nosso sonho.

Após almoçaram, tiverem que voltar para casa. Ainda teriam que encarar seu Erasmo ao chegarem.

Continua.