Na fuga se reencontrou; Na mentira, sobreviveu.
Capítulo 31
Fernando e Aurora aproveitaram como puderam o momento. Ambos, com seus diversos receios, tinham medo que aquilo acabasse no momento em que contassem a verdade por trás de seus passados.
Eles, de tamanha felicidade que estavam, acabam adormecendo abraçados na rede.
No dia seguinte, Fernando se levanta para ir para o mar com seu Atílio e deixa Aurora dormindo tranquilamente em sua rede. ela nem percebe que ele saiu.
Já no mar, Fernando e Atílio conversam:
–Aurora te fisgou, hein! -Atílio comenta rindo de Fernando.
–Fisgou sim, seu Atílio. Agora eu sei que a amo.
–E o que aconteceu com o que sentia pela Letícia?
–Acho que eu nunca a esquecerei. Sempre a amarei, mas preciso me libertar, deixá-la descansar em paz.
–Pode parecer uma pergunta estranha, Fernando, mas, se a Letícia voltasse, por qual das duas optaria?
–Se ela voltasse, se estivesse viva eu, sinceramente não sei. Ainda não deixei de ama-la, mas também já sinto algo muito forte pela Aurora.
–E a aurora, já sabe sobre quem você era?
–Eu queria lhe contar, mas tenho medo dela não me perdoar. Fiz muitas coisas ruins. Eu mesmo ainda não me perdoei.
Na casa, Lety acorda e se dá conta de que passou uma noite inteira ao lado de seu Fernando. Não fizerem nada, apenas aproveitaram a companhia um do outro. Aquela noite havia sido mágica. Ela realizara um de seus antigos desejos de dividir a cama, no caso a rede, com Fernando por uma noite inteira sem interrupções.
Maria que tinha ido alimentar as galinhas, vê Lety acordando e começa a conversar com ela.
–Bom dia, bela adormecida- Brinca Maria.
–Bom dia dona Maria.
–Acho que posso concluir que você perdoou o Fernando.
–Sim, o perdoei. Já não tenho mais mágoa, rancor ou qualquer outro sentimento ruim de seu Fernando. Eu o amo, dona Maria. Preciso dele pra viver.
–Você o ama, mas já contou a verdade para ele?
–Ele ama a Aurora, não a Lety. Tenho medo de que quando contar ele não me perdoe.
–Mas a Aurora é a Lety, menina! E ele não terá nada que perdoar. Seu pecado foi menor que o dele.
–Não sei, Fernando é muito imprevisível e agora necessito demais dele.
Nesse momento chega a Priscila, amiga do Aldo.
–Oi gente. Tudo limpo? posso ir aí? -Pergunta Priscila.
–Claro que pode, filha. -Responde Maria já a abraçando.
–Aurora, né? -Priscila pergunta para Lety que faz sinal afirmativo com a cabeça. -E o plano, deu certo?
–Deu sim. Não sei como agradecer a você e ao Aldo. -Lety agradece.
–Seja feliz com o homem que ama. Essa é a melhor forma de nos agradecer. -Priscila responde.
–Sabe, Priscila, ainda tem alguém dormindo. Será que você não quer ir lá jogar um balde de água? -Maria fala fazendo referencia ao Aldo que ainda não tinha acordado.
–Vou lá acordar aquele preguiçoso agora. -Priscila responde já correndo para a casa.
Mais tarde, Fernando e Atílio estava em alto mar e uma tempestade ameaçava cair. Eles decidem voltar, mas um infeliz imprevisto acontece:
O motor do barco havia parado de funcionar.
Continua.
Fale com o autor