Fernando não aguentava ver Aldo com Aurora então, na intenção de separar-lhes, ele bate palma no ar, assustando o Aldo que acaba soltando as mãos da Aurora.

–Foi um mosquito! -Fernando responde, sem graça e batendo novamente palmas. -De novo, acho dessa vez o peguei.

–Aurora, já vou. Mais tarde nos falamos. -Diz Aldo se despedindo de Aurora com um beijo no rosto.

Fernando por trás dele finge matar mais dois mosquitos.

–Isso aqui tá cheio de mosquitos. -Fernando inventa.

Aldo se retira e Atílio entra na casa rindo.

Fernando estava com ciúmes, Lety pensou.

–Obrigada pelas flores de ontem. Nem te agradeci. -Diz Lety tentando cortar o silêncio que havia se formado.

–Por nada. Espero que tenho gostado. -Fernando responde tentando parecer indiferente.

–Eu gostei. Violetas são minhas preferidas.

Dalhe Fernando! Fernando 1, loirinho de olhos verdes 0. Fernando pensa e comemora mentalmente.

–Fico contente que tenha gostado. Aurora, não sei, estava pensando, será que você não gostaria de sair hoje?

–Hoje? -Lety pergunta num tom assustado.

–É, se não tiver nada o que fazer.

–Não sei, tenho que ver.

O Fernando se aproxima de Lety que estava sentada na cadeira de balanço. Ele se agacha para ficar, mais ou menos, na altura dela e segura sua mão.

–Por favor. Não precisa ter medo de mim. -Ele pede enquanto lhe beija a mão.

Lety por dentro está radiante, o que mais quer é aceitar o convite, mas tem medo. Ela então se lembrando que Aldo e Maria lhe aconselharam, para dar uma segunda chance a Fernando. Essa não seria uma segunda chance, mas uma forma de saber as reais intenções dele. Ela pensa.

–Tudo bem, aceito se o senhor não querer dançar de novo, eu não danço. -Responde Lety com firmeza.

–Aceita? Vamos aonde você quiser. Só espera eu tomar um banho rápido, estou fedendo a peixe. -Diz Fernando se levantando afobado e correndo para o banheiro.

–Seu Fernando, tão lindinho! Como eu queria poder acreditar em você.

Continua.