NO DIA SEGUINTE :

julie acordou ao som altíssimo do seu despertador , não queria sair da cama , mas ela sabia que precisava , se levantou foi até o banheiro e lavou seu rosto e ficou se encarando no espelho .

ficava pensando no que aconteceu no dia anterior , lembrava das palavras de Daniel '' vamos amor '' , julie se fazia várias perguntas , '' por que ele disse isso ? '' , sera´que ele terminou um namoro recentemente e por puro descuido me chamou de amor ?'' ou será que ele gosta de mim ? .

a mesma balançou a cabeça afastando esses pensamentos , terminou de fazer sua higiene , e desceu para cozinha e foi preparar o café da manhã , foi até a sala abriu as curtinas e as janelas e o sol iluminou todo local a mesma sorriu parecia um dia de sol perfeito .

Julie abriu os braços diante a janela sentindo a luz do sol no seu rosto, sorriu, e ao fechar os olhos a primeira imagem que lhe veio a mente foi o rosto de Daniel, rapidamente quis ignorar esse pensamento, foi para a cozinha terminar de preparar o café, arrumou a mesa para Natália e suas filhas, em seguida tomou o seu café, e se arrumou pra sair, ao abrir a porta teve uma agradável surpresa.Ana, a mãe de Edu, estava na frente de sua casa saindo do carro.

– Oi dona Ana. bom dia. - Julie a cumprimentou sorridente.

– Ola Julie, bom dia. - Ana respondeu e se aproximaram para um abraço.

– então Julie, você sempre foi uma grande amiga do meu filho, até já cheguei a pensar que vocês tinham uma relação mais do que isso. - riu pausando - não que eu não goste da idéia, mas enfim, vim aqui por outro motivo, eu estava querendo fazer uma festa surpresa de boas vindas pro Edu lá em casa esse fim de semana, o que acha? - Ana perguntou animada.

– é uma ótima idéia dona Ana, o Edu vai amar, se a senhora quiser, eu posso ajudar.

– Ah querida, eu vou adorar ter a sua ajuda. - Ana concordou sorrindo. Julie sorriu também, até que ao virar o seu rosto olhando em volta da rua, viu Daniel se aproximando, o mesmo usava uma bermuda jeans escura, camisa azul, óculos escuros, e um sorriso que fez Julie se derreter,até perdeu a noção do tempo lhe acompanhando com o olhar, dona Ana certamente percebeu.

– Aquele é o seu Namorado ? - Ana perguntou despertando Julie do "transe".

– Namorado ? - Julie corou.

– ah não, esse é o Rafael, é apenas um amigo. - suspirou tristemente com suas palavras.

– Oi Juh, bom dia. - Daniel a cumprimentou carinhosamente chegando até onde as duas estavam.

– Oi Rafael. - se aproximou para dar um demorado beijo no rosto do loiro. O mesmo corou.

– Rafa essa é a mãe do Edu, a dona Ana , você já conhece ela do aeroporto né? - Daniel assentiu, e estendeu a mão para a Ana, a mesma retribuiu sorrindo.

– Rafael, a dona Ana tava comentando comigo agora, que ela quer fazer uma festa de boas vindas pro Edu nesse fim de semana. não é ótimo? - Julie o contava animada.

– é... Claro. - já Daniel não demonstrou a mesma animação.

– Bom, Julie eu já vou indo, mais tarde a gente combina mais coisas sobre a festa, tchau queridos. - e Ana mandou beijos pros dois e saiu acenando. Daniel se virou pra Julie sorrindo.

– não tá esquecendo de nada não Julie? - Daniel perguntou sorrindo sugestivamente.

– o que ? o que foi? - Julie estava confusa.

– o meu abraço sua bobinha. - respondeu sorrindo docemente.Julie retribuiu o sorriso envergonhada, pensando com ela mesma, o quanto aquele rapaz a fazia sentir tão bem com poucas palavras.

Se abraçaram fortemente, Daniel enlaçou sua cintura, e Julie pousou suas mãos na nuca do loiro, enrolando os cachos do rapaz entre seus dedos, fechou os olhos afundando a cabeça entre o ombro e o pescoço do loiro , sentindo o seu perfume, era um aroma forte, marcante, intenso. Daniel carinhava os longos cabelos da morena com uma mão, e com a outra alisava a sua cintura a puxando mais pra ele. Qualquer um que passasse pelos dois naquele momento, poderia afirmar que eram um casal de namorados.

Bem lá no fundo dentro de casa perto da escada Thalita observava Julie abraçada á Daniel , a mesma pensava várias coisas ‘’ ué quem é esse garoto ?’’ é mais um dos amigos da Julie ? ‘‘’ parece ser mais do que amigo ‘’ várias dessas perguntas se passavam na cabeça da loira , até que foi despertado por Natália descendo as escadas

– bom dia mãe – Thalita cumprimentou, Natália parou na escada e encarou Thalita

– bom dia filha – ela respondeu , mas logo uma expressão confusa se formou em seu rosto

– o que faz ai perto do pé da escada ?- ela perguntou terminado de descer os últimos de graus

– ah nada só observando o mais novo TALVEZ casal – Thalita respondeu destacando bem a palavra e lógico se referindo a Julie e Daniel que conversavam animadamente na porta

–do que está falando ?- Natália perguntou confusa, a loira apenas indicou a porta com a cabeça , Natália olhou e viu a morena conversando com Daniel

– quem é ele ?- a mesma perguntou encarando Thalita a mesma deu de ombros

– não faço a menor idéia – pausou – eu acho que deve ser namorado da insuportável ali , por que eles estavam numa melação agora pouco – ela disse com cara de nojo

– Namorado !? – Natália exclamou de um modo um pouco irritado – como ela pode ter um namorado e não me falar nada ?- perguntou indignada

– você acha mesmo mamãe que se ela arrumasse um namorado ela iria te falar ? – pausou e deu um sorriso irônico – ela sabe que a senhora não iria deixa-lá namorar

– mas é claro que não , dá ultima vez que ela arrumou um namorado era um daqueles moleques irresponsáveis - reclamou irritada , Thalita apenas segurou o riso

– do que esta rindo ? ,isso serve pra você também viu – pausou – se me aparecer dizendo que esta namorando um desses perapados eu vou ...- Thalita a interrompeu

– mãe , eu não sou do grupinho da Julie - Thalita falou , Natália apenas a olhou com um olhar que parecia dizer ‘’ bom mesmo ‘’

– eu vou resolver isso agora – Natália disse indo em direção a porta da sala , onde Julie conversava com Daniel , Thalita ainda ao pé da escada tentava segurar o riso da confusão que iria acontecer em menos de um minuto , Julie nem percebeu a aproximação de sua madrasta

– ram-ram – Natália tossiu forçado chamando a atenção dos dois , Julie ficou tensa

– ah madrasta esse é o meu amigo o Rafael , Rafael essa é a minha madrasta a Natália – Julie apresentou

– prazer em conhece-la senhora Natália – Daniel estendeu a mão , mas Natália apenas o olhou com desprezo, e encarou Julie ignorando a mão estendida de Daniel

– você não tem trabalho a fazer Julie ?- Natália perguntou de uma forma ameaçadora que fez Julie tremer por inteira , não que ela tivesse medo de sua madrasta , mas tinha medo que Natália acabasse com seus sonhos de ir pra faculdade.

– sim , eu já vou, só vou me despedir do Rafael – Julie se explicou , Natália apenas se virou e saiu com um olhar que Julie conhecia muito bem ,o típico olhar que Natália usava quando queria dizer ‘’ depois teremos uma conversinha ‘’ , Julie acompanhou com os olhos Natália indo para conzinha, depois a mesma se virou pra Daniel

– desculpe a minha madrasta – Julie disse envergonhada , detestava a maneira como Natália a fazia se sentir constrangida e envergonhada perto de seus amigos.

– tudo bem – Daniel respondeu sorrindo.

– já vi que você tem uma madrasta bem amável - ele disse de uma forma irônica fazendo Julie soltar um pequeno riso

– quem dera – a morena falou sorrindo.

– bom , eu já vou afinal eu tenho um compromisso importante pra resolver – Daniel falou enquanto olhava em seu relógio de pulso rapidamente, e voltou seu olhar para o de Juliana

– tudo bem então , nós vemos depois – Julie disse se aproximou de Daniel e lhe deu um beijo demorado no rosto fazendo o mesmo corar.

– thau – Julie disse por fim e entrou pra dentro fechando a porta , Daniel se virou e começou a caminhar em direção a Rua , o mesmo mantinha um sorrisinho bobo no rosto , ele não entendia, nenhuma garota nunca conseguiu fazer com que ele se sentisse assim, para Daniel era um sentimento novo que ele queria muito descobrir mais, se aprofundar mais nesse sentimento ,que fazia ele se sentir tão bem e feliz .

Talita continuava no pé da escada, estava adorando aquela cena, quando viu Julie se virando pra entrar, a loira rapidamente subiu as escadas quase tropeçando nos seus próprios pés e foi para o seu quarto, a curiosidade a remoia por dentro, queria saber quem era o "pretendente" da sua meia irmã.

se jogou em sua cama pensativa, ao virar o rosto incomodada com o calor que fazia em Campinas, avistou um caderno, o folheou em frente ao seu rosto com a intenção de se abanar, quando caiu algo de dentro do caderno, ela se levantou pra ver o que era, o papel estava bem dobrado, quando abriu o mesmo, viu que era um pôster, desses que vem em revistas, era da banda Apolo 81, um rapaz em específico chamou a atenção de Talita: Daniel. "Ele! ele se parece muito com o menino que estava com aquela insuportável." Talita pensavaolhando atentamente a foto de Daniel no pôster.

"Ah mas se eles forem a mesma pessoa eu vou descobrir, ah se vou!" pensou enrolando a ponta do seu cabelo loiro com o dedo indicador, aos poucos se formava um sorriso vingativo em seu rosto.

[...]

Julie estava terminando de lavar a louca do almoço, seu pensamento se encontrava longe, a sua distração tinha um nome, mas ela negava a si mesma que esse sentimento crescia a cada dia no seu coração. Com esses pensamentos a morena quase deixou um prato cair. Até que é interrompida pelo toque do seu celular. Julie correu pra atender.

– Alô? - Julie atendeu.

– Oi Julie. É a Ana. Será que você poderia vir aqui na minha casa?

– Oi dona Ana. Posso sim. Estou indo pra aí. Tchau, até daqui a pouco.

– Ok. Obrigada querida. Beijos.

– beijos. - e a ligação se encerrou. Julie foi se arrumar e saiu rapidamente, antes que Natália acordasse do sono que dava depois do almoço.

A casa de Edu era um tanto longe, logo ela não poderia ir a pé , andou até o ponto de táxi, ao chegar viu que não tinha nenhum disponível, resolveu sentar um pouquinho no banco ali próximo pra esperar.

Já havia se passado quase meia hora e nada, Julie já estava aflita, mas só lhe restava esperar, já que o único meio de chegar a casa de Edu era de carro. Estava apoiando o rosto com suas mãos, quando viu um carro preto com insulfilm passar bem devagar por ela, a morena estremeceu, com a incidência de violência ela logo pensou que era um assalto. Até que o carro parou frente a ela, o vidro do motorista se abria lentamente.

– Julie ? o que você tá fazendo aí? - era Daniel. Julie respirou aliviada.

– Aí Rafa, que susto! - Julie disse com a mão no coração. - eu to esperando um táxi aqui a meia hora.

. - a mãe do Edu pediu pra que eu fosse a casa dela, só que é do outro lado da cidade, só da pra ir de carro. - disse um pouco apressada.

– Calma Juh. - Daniel riu um pouco. Deixando Julie irritada.

– E você fica rindo aí ne. aff.- se fingiu de indignada.

– Desculpa tá, entra aí, eu te levo. - Daniel propôs sorrindo.

– Eu nem devia aceitar. Já que você tava mangando de mim. - virou o rosto emburrada. Daniel balançou a cabeça negativamente, saiu do carro e foi até Julie.

– Vem, vamos logo Juh. - estendeu a mão para a Julie, mas a mesma ignorava.

– olha, eu vou ter que te carregar. - se aproximava, até que Julie cedeu e levantou, Daniel em um gesto rápido, abraçou Julie por trás.

– vamos logo amor. - sussurrou no ouvido da morena, a mesma se arrepiou da cabeça aos pés. "Ele tá fazendo de novo, me deixando completamente encantada." pensou e automaticamente abaixou a cabeça completamente corada

– Tá ,eu vou. - cedeu. e se soltou do abraço entrando rapidamente no carro, sua mente se enchia de perguntas "porque ele me chamou de amor de novo? será que se confundiu novamente? será que foi o calor do momento? aí queria tanto saber." pensava angustiada.

Se segurava pra não perguntar ao loiro. Uma hora depois eles chegaram a casa de Edu. Várias vezes durante o caminho os seus olhares se cruzaram e era seguido por um silêncio constrangedor.Saíram do carro, e Julie tocou a campainha.

– Oi. Nossa Julie, eu pensava que você não vinha mais. - Dona Ana reclamou.

– pois é. Acho que nem viria se não fosse pelo Rafael, ainda pegamos um engarrafamento na estrada. - contava. - mas enfim, o importante é que chegamos não é . - riu forçado. Dona Ana então pediu pra que entrassem.

– Então. Já que os dois vieram, acho que até foi melhor por que eu iria pedir pra Julie. Daqui a pouquinho vão vir o pessoal do buffet que eu contratei pra festa, vamos decidir a comida e a decoração também, será que vocês poderiam enterter o Edu fora de casa durante esse tempo? quando tiver tudo certo, eu ligo. Aceitam? - dona Ana pedia. Daniel bufou, não suportava a presença de Edu nem por um minuto. Quem dirà a tarde inteira!

– Tudo bem dona Ana . Será um prazer. - Julie se pronunciou aceitando.

– Ótimo então. - Ana sorriu. nesse instante Edu apareceu descendo as escadas.

– meu filho. Olha, os seu amigos vieram chamar você pra um passeio. - dona Ana avisou.

– hum..que bom que veio Julie. - Edu disse enfatizando o nome da morena. Fazendo Daniel revirar os olhos irritado. Estava claro ali que Edu não gostou da presença do loiro . Os três saíram, passearam a tarde inteira pela cidade, foram ao cinema, onde Edu fez questão de sentar entre Julie e Daniel. Já eram quase 5 da tarde, os três já estavam entediados e nada da mãe do Edu ligar.

– Quer saber eu vou pra casa. Não sei porque vocês estão me prendendo aqui. - Edu reclamou. Ele estava no banco de trás do carro de Daniel.

– Qual é. Fica na tua cara. - Daniel retrucou estressado.

– Então acho melhor eu ir pra casa. Já que não sou bem vindo aqui.- Edu ironizou se preparando para descer do carro. Daniel trocou olhares com a Julie. "Calma" Julie sussurou sorrindo.

– Opa opa! pode ficar aí Edu. Você não vai a lugar algum. - Daniel tentava o impedir

– Quem vai me impedir? - os dois estavam estressados com o momento. Trocavam faíscas pelo olhar.

– hein? Quem vai me impedir? você ? por favor né. - Edu riu pelo nariz e saiu do carro sendo seguido pelo loiro . E sem Daniel esperar, Edu o empurrou, o mesmo caiu no chão. Julie rapidamente saiu do carro também e foi socorrer o loiro que já havia se levantado e trocava socos com Edu.

– Ei ei! podem parar. Para gente. Por favor. - Julie se colocava no meio deles tentando sem sucesso separá-los.

– Por mim! parem. - Julie gritou com toda a sua força. Só assim conseguiu chamar a atenção de ambos. Nesse momento o celular de Julie tocou.

– Alô? - Julie atendeu prendendo o choro.

– Julie?! o que aconteceu? - era Ana.

– Nada dona Ana . Já podemos voltar? - Julie desconversou.

– Sim. Eu liguei justamente pra isso. - Dona Ana estava desconfiada mas deixou pra lá. Julie voltou pra onde Edu e Daniel estavam.

– Que papelão esse de vocês hein?! olha, Edu, vamos voltar pra sua casa, vocês que dêem o jeito de vocês pra explicar esses machucados. Só espero que isso nunca mais se repita viu. - Julie os repreendia. Os dois assentiram envergonhados. Entraram no carro e foram o caminho inteiro sem trocar uma palavra.

– Meu Deus! o que aconteceu com vocês?! - Dona Ana observava Daniel e o seu filho.

– Foi assalto mãe. - Edu mentiu. - nos reagimos e batemos nos caras, não levaram nada, fugiram com medo. Não foi Rafael? - Edu voltou o seu olhar pra Daniel como se dissesse "vai ver se contar a verdade".

– é. - Daniel confirmou a versão de Edu. Dona Ana continuava desconfiada mas não falou nada. Edu entrou em casa. Daniel e Julie foram para o carro.

–Ainda não acredito no que você e o Edu fizeram. Pareceram dois moleques de rua. - Julie dizia chateada.

– não esperava isso de você Rafael. - com essas palavras Julie conseguiu acabar com Daniel . O loiro abaixou a cabeça envergonhado.

[...]

Daniel parou o carro na pracinha perto da casa de Julie.

– porque parou aqui? - Julie perguntou o olhando desconfiada.

– Vem, precisamos conversar. - a chamou para segui-lo saindo do carro. Sentaram em um banco mais afastado para conversarem melhor.

–Vai. Fala logo o que você quer. - Julie disse se ajeitando no banco.

– Julie me perdoa. Foi o Edu que me provocou, ele queria ir embora e iria estragar a surpresa que a mãe dele quer fazer, apesar dele não merecer né, mas enfim, eu fiz isso pra mãe do Edu não brigar com você . - Daniel se defendia.

– Agora você vai dizer que a culpa é minha? - Julie não cedia.

– Não. A culpa é do mal agradecido do Edu. Vai Julie, me perdoa por favor, eu detesto te ver com essa carinha linda triste. – Daniel continuava. Pegou a mão de Julie e beijou a mesma. Conseguiu derreter a morena com suas palavras.

– Tá Rafa. Eu te perdoo. - sorriu.

– até porque eu não consigo ficar brigada com esse doce que é você . - admitiu sorrindo envergonhada.

–Ah Juh. - se abraçaram fortemente. Ambos queria que esse abraço durante pra sempre. Se separaram, Daniel levantou puxando Julie pela mão, agarrou a cintura da mesma. Julie estremeceu com a pegada. Se perderam no olhar um do outro. Como um impulso Julie levou suas mãos pra nuca do loiro, foram se aproximando. Quando deram por si, já estavam com os lábios colados em um selinho. Se deliciavam com os lábios um do outro. Daniel mordia e chupava o lábio inferior de Julie , e a morena retribuia. Sorriram ao cessar o selinho.

– Acho melhor eu ir pra casa. - Julie disse envergonhada.

– Eu te levo. - Daniel correu para abrir a porta do carro para Julie, a mesma agradeceu. E em menos de 5 minutos chegaram.

– Bom, eu já vou indo Rafa. Tchau. - Julie se despedia. Estavam de pé em frente a casa de julie escorados no carro de Daniel .

– Tchau. Boa noite amor. - Daniel disse sorrindo abobado. Quando Julie ia entrando, Daniel a puxou pela cintura e trocaram mais um selinho, mas que logo se cessou, Julie sorriu mais uma vez envergonhada.

– Boa noite amor. - Julie sussurou sorrindo ao ver Daniel entrar no carro.

[...]

Passou-se uma semana, e essa noite seria o tão esperado baile de boas vindas para o Edu. Julie e Daniel não tocaram no assunto dos beijos que trocaram, Daniel procurava as palavras para se declarar, já Julie era muito tímida, porém ambos carregavam em seus corações a certeza de estavam apaixonados.

O dia foi para os últimos preparativos . Julie ainda não tinha roupa para ir ao baile, Daniel até se ofereceu para lhe comprar um vestido, mas ela não aceitou. Aproveitou que após o almoço Natália sempre ia descansar e foi a edicula da casa, onde ficava o baú com as coisas de seus pais. Tossiu um pouco ao abrir o baú, já que o mesmo estava bastante empoeirado.

Remexeu um pouco, até que no fundo do baú, encontrou uma caixa branca , a curiosidade lhe invadiu e ela pegou a caixa, e ao abrir a caixa teve uma agradável surpresa, era um lindo vestido branco, longo, todo bordado e com pedras incrustadas ao tecido, lindo, e atrás era todo trançado, junto com o vestido achou um par de luvas, e curiosamente, uma máscara daquelas antigas, porém linda que serviria perfeitamente pra festa , afinal era um baile de mascaras . Julie ficou muito feliz, discretamente a morena subiu com as coisas, correu para o seu quarto e trancou a porta.

[...]

Já era noite, e Julie terminava de se arrumar, dava os últimos retoques na maquiagem, usou o baby liss que Bia havia emprestado , e fez um lindo penteado. Por fim, colocou a máscara. Na casa de Edu, foi preciso muita insistência para que Edu fosse levado para a festa, mas ao descer ficou muito feliz com a surpresa.

Por volta das oito horas da noite, Daniel chegou a festa, o mesmo estava lindo, vestia um terno preto, calça jeans escura, um tênis Nike, e uma máscara preta também. Tocava uma música qualquer, quando todos voltaram sua atenção para linda moça que chegava, era Julie. Daniel e Edu ficaram boquiabertos com a beleza de Julie, Daniel foi recebe-lá.

– Nossa Julie, você sempre é linda. Mas hoje, você está incrivelmente linda. - Daniel disse beijando a mão da morena.

– Obrigada. Você também tá lindo. - agradeceu envergonhada. Daniel não desgrudou de Julie por nada desde que a morena chegou. Até que tomou a coragem que procurou a semana inteira.

– Julie, vem aqui comigo na varanda. - Daniel a chamou. Pegou sua mão e os dois foram para a varanda, por sorte não tinha ninguém lá.

– Tá vendo como a lua tá linda hoje. - Daniel comentou contemplando a vista.

– É verdade, sabe, meu pai me falava que quando tinha uma noite de lua cheia assim, era sinal de que algo muito bom iria acontecer. - Julie disse e suspirou com a lembrança de seu pai. O vento mesmo fraco balançava os cabelos de Julie, a deixando mais linda na opinião de Daniel.

– Só tem uma coisa que é mais linda do que essa noite com luar. Você. - Daniel disse sorrindo torto, tirou uma mecha de cabelo da morena e a botou atrás da orelha. Nesse instante começou uma música lenta no salão.

– Você me concende essa dança? - Daniel perguntou lhe estendendo o braço.

– Sim. - Julie aceitou. Daniel a tomou em seus braços.

Dançavam bem juntos e lentamente ao som da canção. Julie estava com a cabeça deitado no ombro do rapaz e os braços envolvendo o pescoço de Daniel que segurava firmemente a cintura da morena. Ao terminar a música não se separaram totalmente.

– Julie, sabe, a uma semana eu venho tentando me encher de coragem para te falar uma coisa. E acho que hoje eu encontrei o momento perfeito. Mas antes eu quero que me prometa que vai me deixar falar, quietinha tá minha linda. - Daniel começou segurando as duas mãos de Julie.

– Tudo bem. Mas vai logo, eu to ficando curiosa.

– Tá. , Julie. Sabe, desde que eu te conheci tive certeza de que você era especial, e com a nossa aproximação só me fez ter certeza plena disso. E você me conquistou com o seu jeitinho lindo, me encantou, eu to gostando de você Juh, de verdade, eu to apaixonado. - Julie ouvia atentamente a cada palavra, as lágrimas já desciam incontrolavelmente pelo seu rosto.

–E-e-u.

– Shh. - Daniel a interrompeu.

– não fala não. Só me deixa te beijar. - e então selaram seus beijos em um selinho, que logo virou um beijo de verdade, suas línguas estavam furiosas desvendando o local desconhecido. Viravam seus rostos de um lado para o outro aprofundando o beijo. Julie encaixou os seus dedos entre os cachos de Daniel o trazendo mais pra ela. O beijo já se desacelerava, Julie cessou o beijo com dois selinhos.

– Rafa. Eu escondi de mim mesma por muito tempo esse sentimento, mas agora eu sei, a grande verdade é que eu também to completa e incondicionalmente apaixonada por você! Obrigada, obrigada por trazer mais luz pra minha vida. Eu te amo! - Julie declarou com lágrimas nos olhos.

– Você não sabe o quanto me faz feliz com suas palavras. Eu também te amo. amo amo amo. Eu te amo ! - gritou a última frase.

– Bobo! Meu bobo! vem cá. - se beijaram de novo. Um beijo apaixonado, com sentimento, os dois sentiam isso. Foi um beijo tão bom quanto ou até melhor que o primeiro.

– E então, quero te fazer uma pergunta amor. - Daniel avisou depois de dois selinhos.

– Pode me perguntar o que você quiser. - sorriu com brilho nos olhos.

– Quer ser minha? quer namorar comigo?