Mês de Novembro

Capítulo 4 – Falando sobre ele...Pensando nela...


Mais tarde...

- então quer dizer que aquele gato bateu no pivetinho e pegou seu celular? – perguntava Michelle aflita.

- sim. Foi exatamente isso.

- nossa! Deve ter sido um sonho. Imagine só, Gerard Way meu herói.

- não é pra tanto Michelle. Ele não é nenhum “homem aranha”, mas foi um ato muito corajoso, ele poderia até perder a vida por ter feito isso, sabia?

- e como sei. Nossa! Isso tinha que ter acontecido comigo. Você nem conhece o cara. É sempre assim, as coisas sempre acontecem praqueles que nem dão a mínima.

- ai Michelle! A gente não escolhe ser assaltada não, ta? É uma coisa horrível. Nem deseje algo desse tipo. Mas estou tão feliz dele ter recuperado meu celular. – disse olhando meu celular. – eu ainda to pagando a terceira prestação.

- você tem que estar feliz por ter sido salva pelo Gerard Way isso sim.

- Deus! Pare de falar nisso.

- ok, mas me responde uma ultima perguntinha, você vai ligar pra ele?

- eu realmente ainda não sei, Michelle.

- como não sabe? Ele é um Deus grego.

- sim, ele é muito bonito, mas você sabe como sou traumatizada depois de sofrer várias decepções amorosas. Já sofri muito nessa vida, mais do que muita gente por aí.

- lógico. Só vive sonhando em casar ou ter filho. Isso é coisa de louco. Você ainda é nova pra isso.

- você que é louca demais. Quer casar aos quarentas ter filho aos cinqüenta.

- ai! Como você é burra.

- ai! Quer saber? Não vou ficar mais aqui te ouvindo me criticar.

- burra! Bobona! – dizia Michelle querendo me irritar. Na verdade ela sempre gostava de me dizer essas coisas e depois ficava rindo da minha cara quando eu me irritava.

Cheguei no meu quarto e olhei pro celular e o número de Gerard na tela. Talvez Michelle estivesse certa, esse meu desespero afastava os homens de mim, o problema estava mesmo em mim e não neles.

Enquanto isso não tão longe dali...

- fala pessoal. Desculpa a demora aí, mas tive alguns imprevistos. – disse tirando a jaqueta e jogando na cadeira que estava vazia. Ray e Frank jogavam baralho.

- mulheres??? – perguntou Frank enquanto decidia qual carta jogar.

- na verdade... É...Também.

- huuuum. Quem é a vítima da vez? – disse Ray e ele e Frank ficaram rindo.

- vítima não. Eu não sou nenhum galinha se é o que está tentando insinuar.

- não, que isso... – continuou Ray.

- só o que acontece comigo é que as mulheres de hoje em dia não querem nada, só querem se divertir. – Gerard parou de falar e riu ao lembrar que já havia ouvido essa frase naquele dia. – bom, vamos deixar isso pra lá e começar a ensaiar.

- ok, vou chamar o restante da banda. – disse Frank jogando as cartas na mesa e indo chamar Mikey e Bob que estavam em outro cômodo da casa.