Desconfiança

– Ai! Que susto! –ela disse

– Geralmente quando estamos fazendo algo errado e somos pegos fazendo isso nos assustamos. – eu disse tentando fazê-la deixar “algo escapar”

– É que... Eu... Estava pensativa e você chegou devagar. – ela disse gaguejando

Marques entrou olhando para as suas mãos que estavam cheias de sangue:

Eu consegui esconder o resto, mas... – ele olhou para mim e congelou

Do que você está falando? – eu perguntei

É... – ele foi interrompido por Ingrid

Umas roupas velhas! Ela disse quase gritando

E porque suas mãos estão cheias de sangue? – eu perguntei

Ele rapidamente colocou as mãos na lavanderia que estava ao lado dele:

– Era tinta de umas roupas vermelhas. – ele respondeu

É claro que eu não tinha acreditado, mas Ingrid não me deixou questionar:

– Pronto, explicado, Vamos dormir! – ela disse

– E suas roupas? – eu perguntei

– Eu lavo amanhã! – ela respondeu pegando no ombro de Marques e no meu e nos empurrando para dentro de casa.

Meu plano era esperar mais ou menos meia hora e correr para lavanderia para ver se a roupa estava com sangue. Esperei e fui em direção á lavanderia a procura da roupa. Quando cheguei, era tarde, a roupa não estava mais lá. Estava quase indo embora quando senti um cheiro de algo queimando fui ao jardim e procurei pelos lados da casa e, finalmente encontrei o que estava queimando, era uma blusa parecida, não era igual, era a blusa de Ingrid. Voltei ao quarto e adormeci.

Acordei no outro dia, era mais ou menos uma 8horas da manhã, escutando risadas vindas do andar abaixo. Desci e encontrei todos, desta vez sem exceção, sentados, rindo com as histórias contadas por Henrique. Estranhei muito o fato de Henrique todos rirem das histórias dele (pois ele é “sem graça”) e Marques está triste.

– Bom dia Philip. – foram dizendo todos que estavam na mesa, em exceção de Marques.

Tomamos café com um clima meio legal (apesar do fato de Ingrid está tentando “fazer de conta” que nada aconteceu) e até que Henrique contou umas histórias meio engraçadas.

Fui para a sala assistir televisão, mas Letycia e Zain estavam melosos e então fui ao jardim e fiquei olhando a paisagem, depois de uns cinco minutos Júnior chega:

– Tem algo estranho acontecendo, eu percebi e sei que você também percebeu. Diz-me, o que você viu? Eu vou contar o que eu vi também.