My Sky Angel

Capítulo 2 - Anna


15 anos. O dia mais importante para um anjo. O dia que recebemos o nosso hiddick e abrimos as nossas asas pela primeira vez. Parecia que eu já sentia as minhas asas.

O Sol estava de uma cor alaranjada dando um toque mágico a tudo. Todos os dias, aproximadamente aquela hora a corneta soava para todas os anjos que fizessem anos naquele dia se reunissem e eu esperava ansiosamente aquele dia. Esperava ansiosa o dia em que atingisse a maturidade e como dizia a minha irmã o dia em que podia mudar e escrever o meu próprio destino.

Os meus dois irmãos, Hans e Merida, também faziam 15 anos hoje. Ambos de cabelo avermelhado faziam inveja a qualquer Adnis. Merida invejava todos com o seu jeito para o arco e flecha e pela sua bravura. Não tinha medo de nada. Ela já me tinha tentado ensinar a atirar mas pode-se dizer que eu era uma nódoa para aquilo. Ela dizia que era como ensinar um burro a ler e escrever e eu compreendia embora ela dissesse que eu com treino ia lá, talvez. Hans tinha talento nato para a espada e era ágil que nem um gato. É, era um animal que se assemelhava com ele: ágil, esperto, defensor do seu território e traiçoeiro. Não éramos irmãos de sangue, nenhum de nós, pois os nossos pais não podiam ter filhos.

Os meus dois melhores amigos também faziam 15 anos. Eram dois irmãos: Rapunzel e Kristoff. Rapunzel tinha uns cabelos longos que sempre os usava em trança. O seu cabelo suave parecia brilhar, principalmente em dias de sol como aqueles. Kristoff era um rapaz um pouco tímido, ligeiramente trapalhão e sempre com a mania de conseguir ser independente. Era um rapaz difícil de perceber.

Eu sempre fui criticada pela minha mecha de cabelo branca pois fazia duvidar se eu era realmente uma Adnis. Era muitas vezes chamada de impura.

Os Adnis são sempre morenos e têm o cabelo ruivo ou de um loiro vivo. Eu tinha todas as características menos aquela estúpida mancha branca. Eu já tinha tentado cortá-la mas ela crescia sempre rapidamente e branca como a neve e esconde-la, a minha única hipótese, nunca funcionou pois notava-se sempre. Sobressaía naquele meu cabelo ruivo.

Os meus irmãos ajudavam-me sempre. Embora Hans brigasse comigo e troçasse de mim defendia-me sempre assim como Merida. Como eu disse ele era protetor. Chegou a dar uma valente tareia a um garoto por dizer que eu era impura e que nem devia estar neste mundo. Talvez não devesse, não me sentia bem de qualquer forma. A minha irmã e Rapunzel estavam sempre a proteger-me. Kristoff, embora bastante irresponsável, e chato também me ajudava.

Mas o verdadeiro consolo eu ia buscar era quando tocava no meu colar. O colar pertencia aos meus pais verdadeiros e estava sempre comigo. Embora eu nunca os tivesse visto sentia-os lá. Era como se lá estivesse a parte que me sempre fez falta. Eu sentia-me incompleta e não sabia o porquê. O colar representava umas asas azuis e notava-se que havia outro colar que se encaixava o que me fazia pensar onde estaria. Ele era incompleto assim como eu. Eu nunca mostrara aquele colar a ninguém pois as asas azuis eram um símbolo Lufhins e eu todos os dias olhava para norte onde ficava Dufins pois havia uma força que me chamava para lá. Estava neste momento a olhar quando ouço Merida a chamar:

— Anna, onde estás?

— Estou aqui! - gritei de volta.

— Que é que tem aquela floresta para ti? - ela tinha seguido o meu olhar e eu decidi desvia-lo e olhei para ela.

— Como é? - perguntei tentando me fazer desentendida.

— Anna, - ela olhou-me com desdém - sabes que mentes muito mal? Eu sempre que te vejo estás a olhar perdida para a floresta.

Olho para ela impassível. Eu tenho um jeito horrível para mentir, principalmente porque detesto. Sinto-me mesmo mal. Por sorte apareceu o meu irmão Hans. Ele estava transpirado e bastante cansado.

— Ha - ele inspira fortemente - estão aqui!

— Então maninho, estás a perder a forma? - Hans olha feio para Merida. A rixa entre eles era enorme. Eu somente olhava tentando não rir às suas provocações.

— Eu tive que correr desde o átrio até aqui - ele reclama e eu aceno em concordância. O átrio era um pouco longe de casa - Vamos os gémeos já estão à nossa espera. Está quase na hora.

Os gémeos são Rapunzel e Kristoff. Sim, eles têm as parecenças entre pedra e água por fora e além de terem algumas parecenças interiormente, talvez na parte do tímido e talvez um pouco no que toca a independência, eles são gémeos.

— Vamos então! - eu falo vendo que vem briga entre aqueles dois.Andamos um pouco, estávamos quase a meio do caminho quando a corneta soou.

— Vamos não podemos chegar atrasados - e Merida começou a correr obrigando a mim e ao meu irmão a correr. Ai, ai maninha o que eu faço para te acompanhar!