Pov Rogers

— Então como estamos? - Alex me pergunta entusiasmado depois de passar pela porta.
— Onde conseguiu isso?
— É fácil, você se voluntariou para esse experimento.
— Eu era diferente.
— Com certeza.

Ele vai até uma das caixas, abre, e pega várias fotos, e as mostra pra mim.

— Veja esse era você antes de virar o Capitão.

Pego a foto e me vejo totalmente diferente de hoje. Eu era magricela, doente, ele disse a verdade.

— O que você quer de mim?
— Sua memória restaurada.
— E depois?
— Quero que seja o nosso melhor soldado de volta, o meu parceiro, meu amigo.

Ele pega no meu ombro.

— Acho que deve descansar por hoje é só. Pegue essa caixa e eu pego a outra. Pensei que estivesse bem, mas mudei de idéia, vou te levar para o seu quarto venha.

— E quanto a ela? - me refiro a Peggy na outra sala.
— Ela também vai descansar, ela está segura aqui, não se preocupe.

Sigo o Alex pelos corredores, e ele me deixa na porta de um quarto.

— Chegamos. Está tudo do mesmo jeito que você deixou, apenas o limpamos todo o dia.
— Obrigado.

Entro no quarto ligo a luz e observo o ambiente, tem paredes azuis e o teto branco, tem fotos dos meus pais e eu quando era mais novo. Está tudo muito confuso, e embaraçado eu sei que era a minha voz na gravação, ainda assim me sinto bloqueado de alguma forma. Seja lá o que for tenho que continuar. Me sento na cama e abro as caixas está cheias de fotos e com os meus desenhos? Paisagens, os meus pais, e a Peggy. Como conseguiram tudo isso? Como entrei nesse lugar? Abro a segunda caixa e tem um álbum de casamento e tem fotos minhas com a Peggy, parecemos felizes juntos o que aconteceu comigo?

Escuto batidas na porta, eu levanto seguro a maçaneta e abro a porta e me deparo com uma mulher mascarada.

— Pois não?
— Senhor Rogers?
— Sou eu, em que posso te ajudar?
— Tenho uma mensagem do comandante. Posso entrar?
— Claro.

Ela passa e fica de costas para mim.

— O que quer me dizer...
— Rodrigues.
— Tudo bem Rodrigues, qual a sua mensagem.
— De uma mulher chamada Natasha.
— Natasha? ela está aqui?
— Sim e quer falar com você.
— Como vou saber se está falando a verdade?
— Eu a encontrei na Cabana do Wolverine depois do ataque, ela me enviou para te dizer que logo ira tira-lo daqui.
— Como ela está?
— Está bem, em breve vocês irão sair desse lugar.
— Diga a ela que eu quero descobrir o meu passado primeiro, quero saber quem eu fui e como me tornei essa pessoa agora.
— Vou avisa-la.
— Vai estar sempre aqui?
— Sempre, conte comigo.
— Certo.
— Boa noite Capitão.

Ela vai até a porta abre e vai embora. Como a Natasha convenceu alguém daqui para nos ajudar? Ela tem um poder de persuasão incrível. Tomo um banho em seguida e tento dormir para amanhã ver outro pedaço do meu passado.

Dia seguinte sala do interrogatório.

— Bom dia Capitão.
— Bom dia Alex.
— Está pronto?
— Espero que sim.
— Hoje não vou poder ficar com você, negócios da base, mas te deixo com uma das nossas agentes, essa é Rodrigues.
— Muito prazer.
— Igualmente senhor.
— A gravação está no pause, sente e assista o quanto quiser, até mais tarde.

Alex sai, e eu me sento na cadeira.

— Ainda está do meu lado?
— Com certeza.
— Qual o seu propósito aqui?
— Usar a força caso fique inquieto, e neutraliza-lo se necessário.

Dou play na gravação e ela se inicia.

Incrível é o que eu posso dizer o soro funcionou, agora eu sou alto, forte e respiro muito bem, uma mudança de vida e devo tudo isso a essa instituição. O combate agora é muito melhor, eu aprendo as coisas muito mais rápido, e minha memória é fotográfica como eu disse Incrível.

A fita acaba, e outra se inicia.

Faz dois anos que eu recebi o soro, a minha vida não mudou testes e mais testes e a única coisa que eu faço é ser o bobo da corte de festas do exército a guerra continua, mesmo depois desses anos ela não se tornou militar, mas ambos os países estão proibidos de receber estrangeiros e estão falando de uma expulsão dos Russos nos Estados Unidos e os Americanos da Rússia. Quero participar, conversei com o coronel Philips e aguardo a sua resposta de manhã.

Próxima parte.

Eu fui aceito. Me colocaram na missão para lutar contra os soviéticos, eu estou animado. Essa guerra vai acabar de uma vez, e o governo tomou uma decisão, ganhando ou perdendo vamos expulsar os Russos do nosso país. Tudo começou quando o governo soviético revelou que iria trabalhar com o DNA humano dizendo que iriam melhorar o nosso genoma, até então tudo bem parecia inofensivo porém, quando os testes começaram soubemos que estavam fazendo armas para tomar o controle das armas nucleares do nosso país, e isso gerou desconfiança e medo nas pessoas cada lado do mundo se isolou e por anos, não tivemos incidentes e começamos a nos fortificar, e nos preparar, para qualquer ataque retiramos todos os russos de suas casas, e os prendemos, os acusando de traição, desembarcamos com o exercício em Magadam e começamos a invasão. A cada mês que avançávamos, eu observava a expressão das pessoas assustadas, como se fossem inocentes, que estivessem lutando por obrigação para se defender. Em dois meses já tínhamos conquistado metade do pais, pessoas morreram era o custo da guerra, enfim podia dar orgulho ao meu velho pai e paz a minha mãe que tinham se aposentado a pouco tempo. Na capital Berlim, atacamos o Quartel General dos Russos e não havia nada lá, praticamente o local estava vazio e quando atravessamos o outro lado do pais, milhares de pessoas foram mortas pensando nos horrores que iriam passar. Eu me senti responsável e queria saber o porque daquilo. Assim que voltei, pedi respostas aos meus superiores que simplesmente me deixaram na enfermaria esperando, era assim lutávamos as suas guerras, mas não tinha reconhecimento pelo seu sacrifício filhos, pais todos mortos em vão então comecei a me questionar. Será que eu estou do lado certo? A operação Rorke do necessária? Eu não tinha certeza assim que tudo acabou queria ir para casa e descansar, mas não consegui assim que pisei na saída fui barrado e me colocaram pra dormir. Eu não sei quanto tempo passei naquela cama, o que eu sabia era que estava em um mundo diferente fizeram alguma coisa comigo, minha cabeça doía e quando tentava tirar as devidas satisfações, eu apagava e só me lembro de matar pessoas, varias delas que estavam no meu caminho e de novo e de novo sem parar, como se eu não tivesse controle sobre mim mesmo. E quando tentava resistir eles me reiniciavam. Por 5 anos me deixaram viver como um civil, conheci a Peggy Carter uma agente Inglesa e o seu irmão Buck Barnes, um sargento do exercício britânico ele se tornou o meu amigo, melhor amigo. Só que com ela era diferente eu estava apaixonado, não demorei a pedir ela em namoro e depois de 6 meses nos casamos, era perfeito ela tinha o sorriso mais lindo que já vi, eu sempre realizava os seus desejos, quando ficávamos brigados, mas sempre fazíamos as pazes da melhor forma possível, a Rússia tinha se reerguido e não queria guerra os deixamos em paz, e os EUA nunca iria cofiar neles, estavam avisados que se aprontassem alguma coisa sofreriam as consequências. E eu queria viver em paz, com a minha esposa até que fui convocado e recusei a oferta, só que recusar não é aceito e ameaçaram a minha esposa de morte caso eu negasse. Sem nenhuma vontade passei por tudo aquilo e me quebraram de um jeito que fiquei violento e frio. De volta no meu casamento eu mandava Peggy nunca sair perto de mim, tinha ciúmes dela, eu nunca bati nela, só queira que tudo fosse como antes, e ela se cansou de tudo e me deixou, eu sabia que tinha virado um monstro e não merecia o amor dela, caiu a noite e me ofereci pra leva-la a estação de trem, fomos no carro com o Buck, que sabia da briga. Em uma parte do caminho sofremos uma emboscada da Hidra, me tiraram o exército, paz, meus pais, anos de vida, meu melhor amigo que levou uma pancada na cabeça e caiu no chão e sangrava, estava morto. E eu via tudo isso acontecer diante dos meus olhos enquanto tentava me soltar dos braços dos soldados, ouvindo os gritos dela me chamando com medo. Me deixaram impotente, sozinho, vazio. Assim que voltei para a base me disseram que um desastre estava perto de acontecer e que eu devia me preparar para o que ia acontecer, e que não devia ter nenhum vínculo com esses anos que passaram, e me mostram uma câmera de segurança mostrando um homem atirando na cabeça da minha esposa, eu gritei, tentei matar todos, mas sabia que iriam fazer me reiniciar e por isso deixo essa mensagem para você eu de agora, você pode ter sido um monstro no passado mais isso não define quem você é. Talvez aquele magricela corajoso ainda esteja ai dentro você, só precisa deixar ele sair e acabar com esses filhos da Puta nojentos. Eu diria se vingue, mas faça justiça por tudo o que tiraram de nós boa sorte.

A gravação acaba e me sinto enojado. Como puderam fazer tudo isso comigo? Eles não eram do exercício americano eram da Hidra! Ela me feriu, feriu os Soviéticos e agora feriram o nosso mundo. Tenho que achar a Natasha e sair daqui o quanto antes. Me levanto e olho para a Rodrigues.

— Então não foi você? - Rodrigues me pergunta.
— Eu o que?
— Que expulsou os Russos daqui?
— Não, eu não sei, não era eu, foi a Hidra me controlando é isso que ela faz, e quero me livrar disso, ainda tenho fragmentos para juntar.
— Ainda não se lembra?
— Não, e vou destruir todos eles. Está comigo?
— Sem dúvida.