Capitulo 6.

‘Sonho.’

Estava confortável, muito confortável e quente. Eu estava ao pé uma grama fina no início da pequena clareira. Era toda florida com várias cores e tipos de flores e perfeitamente redonda, mas sem nenhum tipo de desmatamento aparente. Desci das costas de meu pai e minha mãe passou um dos braços sobre os meus ombros.

- Esse será o nosso cantinho, só nosso. – Papai falou baixinho abraçando a nós duas naquele pequeno paraíso no meio da floresta.

* * *

- Meu anjo? – Uma mão fria tocou meu rosto e percebi que havia dormido – Está com fome?

- Não, vovó... – Abri os olhos e percebi que tinha bagunçado a cama que antes estava simetricamente arrumada.

Dei um pulo da cama e tentei – em vão. - arrumá-la. Consegui chegar perto do que estava antes... Ok, deu para dar uma enganadinha... AH VÁ! Nem igual dos dois lados ficou.

Olhei para a vovó que sufocava uma risadinha e murmurei.

- Isso, vai. Ri da minha desgraça. – Ela gargalhou e eu abaixei a cabeça, infeliz.

- Calma, meu anjo. Depois eu arrumo. – Sorriu para mim e eu dei um sorrisinho tristonho.

- Ok né... Eu nem vou discordar por que eu tenho certeza que você fará um trabalho melhor que o meu. – Olhei para a cama ainda bagunçada e ela deu uma risadinha. – Que horas são? Caramba! Aliás, quantas vezes eu já perguntei isso para você?

- Duas ou três. – Abriu um sorriso doce e falou. - Hora do seu almoço, então o que quer comer? – Passou um braço ao redor do meu ombro e me conduziu até a cozinha.

- Nossa! Eu dormi tanto assim?! E... Eu não estou com fome. – Sorri amarelo.

- Bom, quanto ao dormir muito, você tem justificativa; você acordou muito cedo, ou dormiu pouco dá na mesma. E a sua falta de apetite: Você não sai dessa casa enquanto não almoçar. – Bateu o pé de forma delicada, mas decidida que me fez rir.

- Estamos risonhas hoje, não? – Vovô apareceu ao pé da escada de braços abertos e jaleco branco, acabou de chegar; deduzi.

- VOVÔ!! - Corri até ele e o abracei e ele me abraçou de volta, vovó veio logo depois e ele deu um selinho nela e um beijo na minha testa. – Ouvi dizer que uma garotinha ruiva que está aqui nessa casa não quer comer... Estou certo? – Vovô falou e eu assenti, depois completou. – Por quê?

- Por que essa ‘garotinha’. – Fiz careta ao pronunciar a palavra. – Comeu panquecas demais mais cedo, e está completamente satisfeita. – Revirou os olhos e senti um petelecozinho na minha nuca.

- Ok então garotona. – Ri. – Eu só vou ficar por meia hora, que é o tempo que eu tenho para ‘almoçar’ mas, depois eu volto para o hospital. – Fiz biquinho. – Mas, como você tem uma linda e atenciosa vovó, ela vai ficar com você. – Começou a fazer cócegas em mim e eu comecei a gargalhar e tentar – inutilmente. – fugir deles.

3 minutos depois.

- ÁGUA! ÁGUA! EU IMPLORO! – Murmurei, deitada no chão com eles me segurando e fazendo cócegas em mim. – POR FAVOOOR! – Eles pararam e se deitaram do meu lado.

- Então querida, o que quer fazer hoje à tarde? – Me sentei e vovó também, mas vovô foi colocar outro jaleco; por que ele acabou se sujando na hora da perseguição.

- Sei não... O que podemos fazer?

- Podemos ir ao shopping mais tarde e quem sabe ir ao cinema mais à noite?

- Boa idéia... Mas, podemos passar na minha casa antes? Eu não quero ir assim. – Apontei para as minhas roupas de andar na floresta amassadas e simples demais para ir a um shopping.

- Claro meu anjo. Agora vamos, as melhores roupas nos esperam! - Se levantou e me puxou pela mão até uma BMW X6 preta e me colocou – Deus sabe como. – Lá dentro antes que eu dissesse ‘Eu Consigo fazer isso sozinha.’ Ok, não é uma frase tão curta assim, masssss... Whatever (n/a: amo muito falar isso!)

Ela dirigia rápido pela estreita estrada que levava a casa dos Cullen – agora minha casa também. – e Forks.

Parou em frente à minha outra casa e falou:

- Não demore.

- Vem comigo! Aí você não precisa ficar esperando! – Ela estacionou o carro em uma pequena vaga e foi comigo até o meu quarto.

Parei em frente ao meu closet de tamanho mediano e me vi em um impasse: o que eu visto?

(...)