Capitulo 2.

Ponte. Que. Partiu.

- ROBERT! OOOOOH, ROBERT! - A voz da Kristen ecoava pela casa, mas ela vinha de um lugar muito próximo a mim... Ah não, eles não estavam fazendo aquilo no sofá?!

Os gritos/gemidos continuaram e eu vi.

Meu Deus, QUE HORROR! Aquilo era sexo ou... Nem tenho palavras pra dizer que raios era aquilo.

Robert deitado no sofá da sala de estar com a Kristen sentada em cima da cintura dele, ambos nus e fazendo... ARG!! QUE NOJOOOOO!

Olhei o show de putaria com os olhos do tamanho de pratos, ela sentada sobre ele rebolando tanto que parecia que o quadril ia deslocar, gemendo feito um bicho e ele sentado, segurando a cintura dela, chupando os seios dela e gemendo feito um cachorro no cio.

Acordei do transe quando ouvi ambos gritarem.

Fiquei aliviada quando percebi que eles não me viram, o grito foi por causa de outra coisa que eu ainda não tinha aprendido na aula de Ciências...

Sai correndo e subi as escadas em uma velocidade impressionante, assim que entrei no meu quarto eu tranquei a porta. Cai de joelhos não acreditando no que tinha visto.

Para mim sexo era amor, em uma Lua de Mel perfeita, com alguém que você ama, muito amor e carinho, beijinhos e caricias sem segundo sentido e dizer: Eu te amo sem medo, por que você sabe que aquela pessoa também está ali pelo mesmo motivo.

Ok, confesso que aquilo me traumatizou muito.

Fui até a minha penteadeira e peguei um pote de vidro cheio de chicletes coloridos, peguei uns cinco e enfiei tudo na boca aquilo era a única coisa que me acalmava. Chiclete.

Peguei o meu iPod novo e peguei aqueles fones de ouvido enorrrrrmes que cobrem até a orelha e que tinham um volume absurdo de alto, quase deixava você surdo. Coloquei Lifeline - Papa Roach para tocar tão alto que meus ouvidos doeram, mas se eu abaixasse o volume, eu ouviria os dois animais no andar de baixo.

Deitei na cama, peguei o meu MacBook Air - é um notebook da apple. -, liguei, comecei a vaguear sobre fanfics e deixei os gritos escurecedores de Kings And Queen - 30 Seconds To Mars dominarem a minha cabeça.

Joguei o chiclete fora quando a minha cabeça começou a doer de tanto mastigar, desliguei o meu MacBook, mas ainda com os fones na cabeça; eu virei de lado e dormi.

"Sonho."

O som dos meus pés colidindo com o chão era a única coisa que eu ouvia no denso silêncio da escura floresta, na qual eu caminhava. A fraca trilha que eu seguia me levava ao desconhecido-conhecido, eu sabia que estava em Forks, eu sabia que esse caminho iria dar na minha casa. Mas, como esse caminho daria na minha casa se a minha casa era ao Sul de Forks e eu estava indo em direção ao Sudeste?

Andei mais um pouco, o farfalhar dos meus pés era reconfortante e eu consegui avistar o quintal de uma grande casa ao longe. Mas tinha algo errado, o chão estava muito próximo de mim, meus braços estavam muito menores, meu cabelo mais claro e mais comprido; eu era uma criança de novo.

Adentrei no quintal da enorme casa e um homem loiro de branco estava de costas para mim, falando no celular. Abracei suas pernas e ele me pegou no colo.

"Calma, meu anjinho. Vai ficar tudo bem, eu prometo. "- Ele falou, mas sua voz era muda; como uma frase escrita na minha cabeça.

“Vovô, eu estou com medo."- Falei e ele me apertou mais.

"Nós nunca vamos te abandonar."

“ Vovô, eles me querem; eles não vão nos deixar em paz. Eles me querem de qualquer jeito." -Ele limpou a minha solitária lágrima que caiu e falou.

"Se eles te pegarem, nós pegaremos de volta. Nem que isto custe a nossa vida. Nunca iremos desistir de você, nunca desistiremos de nenhum Cullen, a família nunca desiste da própria família." -Falou e eu acordei.

Estava escuro, a única luz no quarto era o fraco luar que entrava pela janela aberta. Espera, aberta?! Eu sempre mantinha essa janela fechada.

Toquei a minha bochecha e notei que ela estava mais fria em algumas partes, como se uma mão gélida estivesse a acariciando. Olhei ao redor do quarto e percebi que não estava sozinha.

- Quem é você? - Comecei a me levantar, mas meu corpo foi jogado com violência na cama, eu fui coberta e a única coisa que eu ouvi e vi foi a voz doce de Carlisle dizendo para eu dormir e ele saindo pela janela.

(...)