My Happy Ending

Capítulo Único


Algumas semanas haviam se passado e o aniversário de Ivan se aproximava a cada dia, Marina estava animada e com a sua conta bancária se reerguendo do vermelho várias ideias de temática para a festa lhe passavam pela cabeça. Clara até tentava convencer a namorada a desistir daquilo, mas nada parecia mudar a decisão da fotógrafa. Após fazer algumas “pesquisas” perguntando a todos e inclusive a Ivan em um assunto qualquer durante o almoço na piscina, a morena descobrira que o personagem favorito do pequeno era o Super Homem, tendo assim uma base para a festa que vinha planejando.

— Marina, não acha que isso é muito exagerado não? – perguntou Clara pela milésima vez ao visitarem o terceiro salão de festas naquele dia.

— Claro que não, amor. Esse aqui está perfeito! Já consigo imaginar tudo, um bolo ali, balões espalhados aqui, aqui, e aqui, um painél ali. – Marina apontava cada canto com os olhos brilhando em excitação ao imaginar o local devidamente decorado. — Vou ficar com esse aqui. – disse para a dona.

— Ótima escolha, senhorita Meirelles. – sorriu. — Me acompanhe para acertarmos o preço, por favor.

Após alugar o local a fotógrafa estava ainda mais animada, fazendo com que Clara se animasse também. — Você é impossível, sabia? Fazendo tudo isso pelo meu bichinho. – dizia enquanto sentia a respiração quente da morena em seu pescoço.

Depois de alugarem o local as duas passaram por uma praia deserta e decidiram parar para admirar a vista, sentaram-se a poucos metros do limite do mar e Clara sentou-se à frente, sendo abraçada por Marina enquanto observavam o vai e vem das ondas. — Eu amo o Ivan como se fosse meu, Clara. Não posso deixar o aniversário dele passar em branco, o bichinho merece uma festa daquelas. Sei que ainda não estou em condições de dar a festa que ele merece, mas o que eu puder fazer para essa festa ficar a melhor possível, eu farei.

A dona de casa se emocionou com a pureza e sinceridade daquelas palavras, sabia que Marina amava seu filho verdadeiramente e isso a deixava encantada. Sem saber como responder a tamanho afeto para com seu bichinho, a morena inclinou o pescoço para trás e beijou carinhosamente os lábios da fotógrafa. — Eu te amo, Marina. – sussurou no intervalo entre um beijo e outro. — Eu também te amo, meu amor. Amo muito.

Permaneceram ali por mais alguns minutos, ora admirando as ondas, ora trocando carícias, até que a fotógrafa se levantou com a desculpa de que ainda precisaria organizar algumas coisas antes de irem buscar Ivan na escola. O dia passou rápido já que se mantiveram ocupadas escolhendo decorações e o bolo para a festa.

Após buscarem o pequeno na escola Marina os levou para almoçarem em um restaurante fino, mas simples considerando os lugares que costumava frequentar. Marina e Ivan se divertiam enquanto a morena tentava ensiná-lo a ler o nome das comidas do cardápio, deixando Clara constrangida pela cena que os dois faziam. — Parem vocês dois! Todo mundo está olhando pra cá.

— Ai, amor, deixa olharem! Aposto que tudo o que estão vendo é como somos felizes e nos amamos. – Marina estendeu a mão sob a mesa até encontrar a da namorada, onde depositou um beijo calmo.

— Marina, Marina! Vamos pedir esse aqui? Parece gostoso. – pedia o menino.

— Claro! Tudo o que você quiser, pequeno. – a fotógrafa beijou-lhe o topo da cabeça e fez o pedido ao garçom.

***

Durante todo o dia as duas mulheres deram atenção total à Ivan, que estava amando passar tanto tempo junto com as duas. Marina resolvera de última hora ir à um parque de diversões, fazendo com que Clara ficasse louca de preocupação enquanto via o filho e a namorada saírem de um brinquedo a outro que ela considerava ainda mais perigoso. Quando finalmente os dois começaram a se sentir enjoados resolveram arrastar a dona de casa por todas as barraquinhas com jogos ou alguma outra atividade.

Ivan e Marina pararam em uma barraca de tiro ao alvo, onde o objetivo era derrubar caixinhas de papelão da estante usando uma arma que lançava rolhas. O menino chamou a fotógrafa e cochichou algo em seu ouvido, obtendo uma resposta positiva e deixando Clara curiosa sobre o que teriam falado. A morena levantou-se e pagou ao barraqueiro, posicionando-se atrás da arma e mirando nos alvos. Marina derrubou um, dois, três alvos dos cinco tiros que possuia, e na hora de escolher os prêmios seguiu a dica de Ivan e escolheu o panda grande para a amada, depois escolheu um macaco e um robô também de pelúcia para o pequeno.

Clara ficou comovida pelo gesto simples da namorada e sem se incomodar com os outros à sua volta, agarrou firme a cintura da outra e a beijou. Após alguns minutos Ivan pigarreou, fazendo as morenas se separarem aos risos e voltarem a segui-lo pelas barracas que ainda não haviam ido.

***

Durante toda a semana Marina continuou a organizar pessoalmente cada item da decoração da festa de Ivan, certificando-se de que tudo estaria perfeito para o dia. Dia esse, que finalmente havia chegado. O convite fora feito apenas para familiares e amigos de Ivan, deixando a festa bem reservada.

Marina estava sentada na cama esperando a amada sair do banheiro, sentia-se ansiosa para saber a reação do pequeno ao ver a festa surpresa. Era um sábado à noite e haviam dado a desculpa de que sairiam para jantar, o que pareceu convencer Ivan a se arrumar com um terninho – que Clara não entendeu bem o motivo de tamanha produção, mas Marina pediu que não questionasse pois já havia conversado com o garoto sobre a escolha da roupa. — Amor, vamos logo! Todos os convidados já devem ter chegado. – gritou pela terceira vez.

— Já vou, Marina! – gritou de volta. — Olha só, não sei para quê tanta ansiedade, amor. – dizia enquanto abria a porta do banheiro.

Marina deixou seu queixo literalmente cair, a dona de casa estava simplesmente deslumbrante a seu ver. Trajava um vestido longo de cor azul bebê, a parte superior do vestido era rendada e as costas eram nuas. — Meu Deus, amor, você está magnífica! – levantou-se e caminhou até a namorada, abraçando-lhe pela cintura. — Juro que se não fosse a festa justo do Ivan eu te jogava nessa cama agora e não te deixava sair nunca mais.

Clara sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha e mordeu o lábio maliciosamene. — Olha quem fala hein, Marina. Você está um arraso! – afastou-a e a fez dar um pequeno giro. A fotógrafa trajava um vestido tomara que caia que ia até os joelhos, o tecido era preto com exceção do laço branco que pendia na cintura. O salto era da mesma coloração do vestido e possuía alguns detalhes brancos na lateral, e por fim, completou o look com o batom vermelho que Clara achava incrivelmente sexy na morena. — Gostou? – perguntou após terminar de dar a voltinha.

— Amei. – respondeu sensualmente e avançou nos lábios da namorada. — Sabe que eu amo quando você usa esse batom vermelho? – disse entre mordidas e chupões nos lábios da outra.

— Amor... – gemeu ao sentir os lábios de Clara descer pelo seu pescoço. — Não faz assim porque se não eu não resisto.

Clara riu com o rosto ainda colado ao pescoço da outra, fazendo-a se arrepiar. Se afastou e voltou a encarar o rosto da fotógrafa, limpando com o dedo o batom levemente borrado. — Você tem razão. Agora vai retocar esse batom que eu to te esperando lá embaixo. – deu-lhe um beijo de esquimó e saiu do quarto, deixando a fotógrafa alheia ao que acabara de acontecer.

***

Durante todo o caminho até o salão de festas Ivan mantinha-se ansioso, sabia dos planos de Marina para a noite mas imaginava que ocorreriam em um restaurante e se quer imaginava a festa que lhe esperava. Quando estavam se aproximando do local a fotógrafa pediu que Clara vendasse o filho, que após alguns protestos se deixou vencer.

Chegando ao salão Clara e Marina ajudaram o pequeno Ivan a descer do carro e o conduziram até o lado interno do espaço. Toda a família de Clara, famílias dos amiguinhos de Ivan e amigos íntimos dos Fernandes estavam no local, todos permaneciam em silêncio enquanto as duas mulheres conduziam o pequeno para o meio do salão. Marina se colocou atrás do pequeno e levantou três dedos, abaixando-os numa contagem regressiva, ao término removeu a venda e em uníssono, todos os convidados gritaram: “Surpresa!”.

Ivan ficou maravilhado com a surpresa de ver todos que amava reunidos naquele espaço, ainda admirado, o pequeno começou a rodopiar pelo salão captando cada detalhe da decoração. O ambiente estava decorado com a temática do Super Homem, com balões vermelhos e azuis espalhados pela escada que levava ao segundo andar e por todo o espaço, banners com a figura do super-herói estavam arrumados em um local com enfeites reservados para fotos e próximos à mesa do bolo de dois andares, que era decorado com o desenho de uma cidade na parte de baixo e com o símbolo do Super Homem na de cima, possuíndo ainda um boneco do herói em cima de toda a estrutura. Haviam diversas estruturas preparadas para entreter as crianças, como também mesas do lado esquerdo do salão para que os pais pudessem aproveitar a festa e conversar enquanto as crianças se divertiam.

O pequeno estava extasiado com tudo e assim que terminou de analisar o espaço se jogou nos braços de Marina, deixando todos comovidos pela amizade dos dois. — Obrigado, Marina! Meu Deus cara, tá muito legal! – deu-lhe um beijo estalado na bochecha.

— Não precisa me agradecer, Ivan. Agora toca aqui! – a fotógrafa levantou a mão e o pequeno imitou o gesto, animado. Ivan se virou para a mãe e correu para abraçá-la, sussurando agradecimentos e dizendo o quanto a amava, enquanto a morena enchia seu bichinho de beijos.

Depois de agradecer as duas, o garoto correu para perto da avó e cumprimentou a todos, agarrando-se em especial ao pai, que havia comparecido à festa acompanhado de Verônica. Apesar de ainda um pouco receosa, Marina conseguiu convencer Clara a mandar o convite para Cadu, já que o gourmet era pai do garoto. As duas morenas começaram a cumprimentar os convidados enquanto Ivan arrastava o pai de um canto à outro do salão mostrando cada detalhe.

De canto de olho Cadu viu quando as duas mulheres se aproximaram de Verônica, engatando as três em uma conversa descontraída. Decidiu que aquela seria a oportunidade perfeita e deixou o filho brincando com os amiguinhos, caminhando a passos receosos até as três mulheres. Marina contraiu o corpo quando o gourmet se aproximou, não sabia como ele iria agir ou como ela própria deveria se comportar diante de sua presença, então optou por se manter calada.

— Oi. – disse timidamente. — Hm, Marina, será que posso falar com você um instante?

Clara sentiu o corpo da namorada tremer um pouco diante da pergunta inesperada, apertou firme as mãos que agora soavam frio e se adiantou na resposta. — Sobre o que quer falar?

— Bem, gostaria que a conversa fosse em particular.

— E por que não pode ser aqui? – manteu-se na defensiva.

— Clara... – Marina passou a mão livre no braço da outra numa tentativa de acalmá-la. — Não vamos fazer escândalo no aniversário do Ivan. – virou-se para Cadu. — O que tiver de falar, por favor, fale na frente de todos. Não tenho nada à esconder da Clara.

Cadu suspirou e se rendeu, estava ali com um objetivo e não era brigar. — Bem, eu... – abaixou o rosto por um momento, sentindo-se envergonhado e voltou a encarar os olhos da fotógrafa. — Eu gostaria de me desculpar pelo que fiz à você, Marina. Sei que nada justifica o que fiz e que isso é algo com o qual eu e você teremos de conviver, mas gostaria que você pelo menos tentasse me perdoar. Se não por mim, tente pelo menos pelo Ivan. Aceito que perdi a Clara pra você – Marina ia dizer algo mas o gourmet a interrompeu. — Me deixa terminar, por favor. Como eu ia dizendo, aceito ter perdido a Clara pra você e admito que o meu filho te ama de verdade, o que significa que nada do que eu fizer vai mudar isso. Então eu queria pelo menos estar bem com vocês duas – olhou para Clara e novamente para a fotógrafa. — Eu realmente sinto muito pelo que eu fiz à você, me desculpe.

Marina deixou que duas lágrimas lhe escapassem contra a vontade, secou-as com cuidado para não borrar a maquiagem e encarou os olhos do gourmet, sentindo a sinceridade do que ele acabara de dizer emanar por seus olhos marejados. — Eu te desculpo, Cadu. E eu fico muito feliz por você estar disposto a ter uma convivência tranquila conosco, eu realmente espero que você encontre alguém que te ame e que você seja muito feliz.

— Bem, acho que isso eu já encontrei, Marina. – o gourmet sorriu e passou o braço ao redor da cintura da musicista, deixando-a envergonhada e surpreendendo Clara e Marina. — Eu e a pianista aqui estamos morando juntos faz algum tempo.

— Bem, felicidades aos dois então! – Marina sorriu largamente com a noitícia, pegando uma taça de champagne da bandeija do garçom e propondo um brinde.

Os outros a acompanharam e juntos, os quatro brindaram ao amor, à felicidade futura que esperavam ter e à saúde e felicidade de Ivan, que agora se tornara o elo entre os dois casais.

— Cadu, será que eu... hm, será que eu poderia te dar um abraço? – perguntou a fotografa.

Apesar de terem se acertado a pergunta o pegou de surpresa, mas concentiu e entregou sua taça para que Verônica a segurasse, Marina fez o mesmo entregando a sua para Clara. Deu um passo encurtando a distância que os separava e se aninhou ao peito do gourmet, sentindo os braços dele lhe envolverem o corpo. A pianista e a dona de casa trocaram olhares cúmplices e sorriram, comovidas pela cena.

Ivan observou a cena ao longe e sorriu largamente ao ver o pai e Marina abraçados e se dando bem, correu na direção dos dois e se jogou neles, fazendo-os se afastarem do abraço e rirem.

***

Já eram quase meia noite e Clara e Marina permaneceram conversando animadamente com Cadu e Verônica sobre coisas aleatórias, até verem novamente Ivan se afastar dos amiguinhos e caminhar na direção deles. O pequeno sussurou algo no ouvido de todos, com excessão ao de Clara e piscou para a fotógrafa, arrastando a mãe pelo braço em direção à escada que levava ao segundo andar. — Vem, mãe!

— Ivan, calma! – ria. — Pra que tanta pressa, meu filho?

O menino continuou a puxá-la escada à cima e a levou até o ponto onde se era possível observar todos os convidados que estavam no andar de baixo. — Por que me trouxe aqui, Ivan? – perguntou, curiosa pela atitude do filho.

— Você vai ver, mãe.

Antes que a dona de casa pudesse protestar todas as luzes do salão se apagaram e uma música que a dona de casa bem conhecia começou a tocar ao fundo, era The Way You Look Tonight, a música que uma vez dançara com Marina no estúdio. Mas o que aconteceu a seguir pareceu confundir ainda mais Clara, um a um pequenos holofótes foram se acendendo e iluminando apenas os convidados, que agora seguravam folhas de papel com palavras escritas, até mesmo Cadu e Verônica seguravam, sorrindo.

Ao final de todas as luzes a dona de casa conseguiu visualizar a frase que se formou, fazendo seu coração acelerar. Marina estava sozinha no centro do salão enquanto uma luz vermelha a iluminava, formando o desenho de um coração ao seu redor. A fotógrafa mantinha a cabeça erguida enquanto segurava uma pequena caixinha preta nas mãos. Rapidamente Clara processou todas as informações e deixou que lágrimas escorressem por seu rosto, levando as mãos a boca numa tentativa falha de conter o sorriso que se formava em seus lábios.

Leu novamente cada folha que os convidados seguravam enquanto tentava controlar as batidas descompassadas de seu coração.

“Mesmo no escuro e no meio de toda essa gente, eu seria capaz de te reconhecer pelo cheiro, pelo tato. Clara Fernandes, quer se casar comigo?”

A dona de casa apoiou-se no corrimão da pequena sacada do segundo andar e inclinou o corpo para frente, gritando a plenos pulmões para que todos pudessem ouvir. — Sim! Sim! Sim! É claro que eu aceito me casar com você, Marina Meirelles!

Marina sorriu de uma orelha a outra e permitiu que as lágrimas lhe molhassem a face. Estava nervosa e ao ouvir a resposta da amada disparou escada a cima em seu encontro, quase caindo nos degraus pelo nervosismo.

Quando estavam próximas o suficiente a fotógrafa entregou a caixinha para Ivan e delicadamente pegou a mão de Clara, removendo a aliança de namoro que havia lhe dado. Entregou a aliança de namoro ao pequeno e abriu a caixinha, pegando a aliança de noivado. A jóia era feita de ouro branco com um pequeno diamante no centro, pelo lado de dentro havia o desenho de uma câmera e a frase “Eu te encontrei” talhados.

Marina segurou firmemente a mão trêmula de Clara e colocou a aliança, depositando um beijo na mão e no dedo anelar. A dona de casa imitou o gesto da outra e ao final as duas sorriram largamente, a felicidade transparente nos olhos das duas. Clara segurou o rosto da agora noiva entre as mãos e a puxou para um beijo apaixonado, arrancando aplausos dos convidados enquanto pétalas de rosa despencavam do teto. A assistente se afastou para olhá-las e riu, encostando sua testa com a da fotógrafa.

***

O resto da festa prosseguiu-se animada e as duas desfilavam sorridentes enquanto exibiam as alianças, recebendo os parabéns de todos. Faltavam dez minutos para o término do dia e Marina anunciou a hora do parabéns, fazendo todos os convidados se reunirem ao redor da grande mesa enquanto Ivan pulava animado atrás desta. Após cantarem o parabéns Clara ajudou o filho a cortar o bolo, deixando ele decidir a quem dar o primeiro pedaço.

— Bom, eu não consigo escolher apenas uma pessoa para dar o primeiro pedaço do bolo. – começou ele com o pequeno discurso. — Então eu vou dá-lo ao meu pai e as minhas mães. – Ivan cortou o pedaço em quatro partes, entregando uma para cada um dos pais que agora possuía.

Todos os quatro trocaram olhares emocionados e se aproximaram do pequeno, enchendo-o de beijos e carícias. Ivan pegou um pouco de glacê e colocou na ponta do nariz dos pais, rindo da cara que Marina fez. Helena aproveitou o momento de carinho entre eles e sugeriu uma foto em família, sendo tirada primeiro a foto com os cinco brincando e depois com todos os Fernandes amontoados atrás da mesa de bolo e sorrindo largamente. Aquele era o marco da formação de uma nova família, uma enorme e boba família.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.