My Family

Preguiça & Supresas maravilhosas


— Está na hora de acordar, amor. — falou Austin tirando os cobertores de cima de mim.

— Está frio! — abracei-me a ele, tentando-me aquecer de alguma maneira.

— Eu sei, mas tens que te levantar, preguiçosa! — gargalhou.

— Tenho mesmo que ir trabalhar? Não podemos ficar a dormir todo o dia?

— Não, Ally ... — disse e levantou-se e abriu as cortinas do quarto. — Vou fazer o pequeno-almoço e preparar a Angie. Se não estiveres lá em baixo em dez minutos, juro que vou buscar um balde de água gelada com cubo de gelos e faço de você um boneco de neve !

— Já vou Amor ... — falei soltando uma gargalhada.

Levantei-me e corri para a casa de banho para tomar um duche. Antes que o meu loiro entrasse pelo quarto a dentro com um balde de água gelada, decidi vestir-me e preparar-me o mais rápido possível.
Fiz a cama e arrumei as roupas que estavam espalhadas pelo chão. De seguida, peguei minha bolsa e dirigi-me ao escritório para pôr a papelada necessária para o primeiro dia de trabalho no ano.

Quando já tinha tudo pronto, fui para a cozinha onde encontrei a Angie a intuindo-se toda com cerelac e o Austin a fazer torradas.

— Bom dia! Deixa-me te ajudar, Angie. — pegando na colher e dando-lhe a papa à boca.

— O papá comeu da minha papa! — resmungou minha menina.

— Ai foi? O papá vai levar uma apanhada — gargalhei.

— Foi só para ver se estava quente demais! — pousando as torradas em cima da mesa.

— Mentioso! — pragueja a menina.

— Eu não sou mentiroso! — falou meu namorado que fez beicinho.

— Papá? — chamou minha filha, tentando olhar na cara de Austin .

— Sim? — fez de conta que chorava.

— Desculpa. — esticando-lhe os braços.

— Estás desculpada, filha. — falou Austin, a abraçando.

— E entretanto a Angie já papou tudo! — sorri e tirei-lhe a babádor.

Eu e o Austin acabamos de tomar o pequeno-almoço e, enquanto ele acabava de se arrumar, eu fui pondo a Angie no carro e entrei também, ficando à espera. Finalmente o loiro chegou e iniciamos a nossa viagem até a creche da Angie. De seguida dirigimo-nos para o nosso local de trabalho, chegando mesmo a horas.

Entramos e, depois do Austin cumprimentar a Trish e de se dirigir para o seu escritório, eu e ela ficamos a conversar sobre a passagem de ano e de como está a correr a sua gravidez.

— Bom dia, trabalhadoras! — gargalhou Mrs Adams.

— Bom dia, Mrs. Adams. Estava só a perguntar à Trish sobre o seu bebé. — falei sorrindo.

— Pois é ... — confirmou minha melhor amiga, passando a mão sobre a barriga.

— Estejam à vontade ... Desde que me entreguem as coisas a tempo e horas. — Mrs Adams sorriu e voltou para o seu escritório.

— Acho que vou meter as mãos ao trabalho. Até já! — Me despedi de minha amiga.

— Até já, Allyzinha !

Depois que entrei em meu escritório, sentei-me em minha cadeira e comecei a escrever o meu artigo semanal e, depois de almoçar, estive a tirar apontamentos de alguns artigos que a Mrs. Adams me pediu para ler.

No final do dia, sai do escritório, despedi-me da Trish, e dirigi-me para o carro onde o Austin já me esperava. Passámos pela creche para ir buscar a Angie e voltámos para o nosso lar depois deste dia de trabalho. Sentei-me no sofá e fiquei a olhar para o loiro que estava a desapertar os cordões das sapatilhas da Angie, des calçando-as de seguida.

— Angie, não ande descalça. — levantando-me e calçando-lhe a suas pantufas.

— Ally ? Vai se sentar, parece cansada. — falou meu loiro dando-me um beijo na testa e pegando na minha bolsa e no meu casaco.

— Obrigada, amor.

— Mamã, faz um desenho comigo? — perguntou, Angie pegando no seu bloco e levando-o para a mesa da sala.

— Claro, filha. Deixa-me só dizer uma coisa ao papá e já vou ter contigo.

Ela assentiu com a cabeça e sentou-se no chão, pegando nos lápis de cor e espalhando-os pela pequena mesinha. Enquanto isso entrei no escritório onde o Austin estava arrumar uns papeis.

— Austin ? Tenho uma coisa para te dizer ... — falei nervosa.

— O quê? Passa-se alguma coisa? — perguntou percebendo minha aflição.

— Sim e não. — encaro as minhas mãos.— Eu sei que antes de ontem te disse que não sentia nada de diferente, e continuo a não sentir, mas a verdade é que já estou atrasada quase uma semana.

— Oh meu Deus. Isso é muito tempo? — perguntou com um pequeno sorriso.

— Não, mas em mim não é normal, nunca costuma atrasar. — olhei-o nos olhos e sorri.

— Amor, tenho que ir à farmácia comprar- um teste de gravidez! — falou o loiro desesperado, saindo do escritório e calçando-se à pressa. — Não demoro nada!

— Calma, Austin.— gargalhei.

— Onde vais? Posso ir contigo papá ? — perguntou minha filha, saltando da cadeira e vindo a correr para a entrada.

— Não, filha. Não demoro nada, fica com a mamã! — saindo rapidamente.

A Angie ficou a olhar para mim estupefata e eu apenas encolho os ombros. Peguei ela nos braços e sentei-a na cadeira, incentivando-a a começar o seu desenho de seguida.

Passada meia hora deixei-a na sala a acabar o seu desenho, que por acaso era para o Austin, e decidi começar a preparar o jantar. Pus a mesa, e esperei que o jantar ficasse pronto e que o loiro chegasse com o teste.

Quando já tinha quase tudo pronto, ele chegou com um picolé do SpongeBob na mão, uma sacola da farmácia e uma caixa de canetas de cor.

— É pra mim? — perguntou com os olhinhos brilhando.

— Sim, o picolé é só para depois do jantar e as canetas ... bem, desde que não me pinte a parede, está à vontade! — dando-lhe a caixa.

— Obigada, papá. — dando-lhe um beijo na bochecha e voltando para a sala.

— Trouxe o teste? — perguntei.

— Claro! — falou puxando-me para o banheiro. — Faz e eu leio as instruções.

— Como é que queres que eu faça se não sei como é que isto funciona? Acho melhor eu ler primeiro as instruções! — falei.

— Oh, pois, certo!

Lemos as instruções e fiz tudo como aquilo mandava. Esperamos cinco minutos até saber o resultado, foi quando apareceu traços significa que estou grávida ou não.

— Então, amor? — perguntei nervosa.

— Eu ... acho melhor ver pelos teus próprios olhos! — sorriu e mostrou-me o teste.

— Ai meu Deus ! Austin, eu estou gravida, vamos ser pais! — gritei abraçando-o e beijando-o de alegria .