My Family
Ele se vai ? & Hospital ...
NOTAS INICIAIS IMPORTANTE ↑
Austin assentiu e ligou para a polícia. Dirigimo-nos para o quarto da Angie e pegamos ela e trouxemo-la para a sala. Deitamo-nos os três no sofá à espera que a polícia chegasse.
Foi quando a campainha tocou.
– Eu vou lá.- falou meu namorado.
– É melhor eu ir contigo, Austin ...
– Não, Ally ... Eu acho que não é a polícia. - falou um pouco alterado.
– Deixa-me ir contigo! - supliquei .
Aus assentiu derrotado e me deixou ir com ele. Afinal íamos apenas abrir a porta. Provavelmente ao homem mais psicopata que conheci em toda a minha vida. Porque é que não desiste? Até agora viveu bem sem nós.
Abrimos a porta e, num piscar de olhos em um segundo, tinha uma arma apontada à minha cabeça. Lágrimas começaram a escorrer pela minha face. Fechei os olhos e só desejei não estar ali.
– Moon, se você mexer um sentimetro e mato a tua amiguinha. - falou o desgraçado do Dallas.
– Que por acaso é mãe da Angie! - falou meu namorado.
– Não te preocupes, se essa desgraçada morrer em um " acidente " ela tem a mim ... - ele sorriu maldoso.
– D-Dallas ... P-por favor ... Pára c-com isto. - falei apavorada .
– Não enquanto tiveres a Angie do teu lado. - pressionou mais a arma contra a minha cabeça.
– Vá lá, Dallas ... Podemos resolver isto a bem com calma ...- Austin falou tentando se aproximar.
– CALA A BOCA SEU DESGRAÇADO .- Dallas gritou furioso .
Ouvi os carros da polícia a chegarem e suspirei. Eles vão ajudar-nos, eu sei que sim. Dallas continuou a pressionar a arma e as suas mãos tremiam. Aus começou a afastar-se quando a arma foi apontada para ele e novamente para mim. Ouvi a campainha tocar e ninguém se mexeu.
– Quem é? - berrou o pai de Angie .
– Polícia! Abram a porta, já!- gritaram do lado de fora.
– Não! Se não querem que ninguém saia morto, afastem-se!- falou Dallas.
Abra a porta imediatamente.
Dallas manteve-se quieto, como se estivesse a pensar. Austin tentava ler a sua expressão. O silêncio fez irritar os polícias que tentaram arrombar a porta. O Dallas ficou nervoso e notei que não sabia bem o que fazer. Quando, finalmente, a polícia conseguiu abrir a porta, a arma foi afastada da minha cabeça. Ouvi um estrondo e ficou tudo preto.
[...]
P.O.V. AUSTIN
O Dallas está a pensar em alguma coisa. Talvez em fugir ou no seu próximo plano. Angie continua deitada no sofá, aparentemente a dormir. A polícia continua do outro lado a tentar convencer o desgraçado a abrir a porta, mas sem sucesso. O silêncio enfureceu, de certa forma, a polícia, que tentou arrombar a porta. Dallas ficou assustado. Ele não pode fugir.Me meti na frente dele e ouvi a porta a ser arrombada, ouvindo um grande estrondo de seguida.
– NÃO! DALLAS! NÃÃO! - berrei levando as mãos à cabeça e caindo de joelhos no chão.- Ally ? Chamem a ambulância! JÁ!
Tenha calma ... Ela vai ficar bem. A ambulância já está a caminho.
– CALMA? ELA LEVOU UM TIRO! ONDE É QUE ELE ESTÁ PRA EU MATAR AQUELE DESGRAÇADO FILHO DE UMA PUTA ? - berrei respirando profundamente .
( P/A : Desculpem pelo palavrão )
– Foi detido. Tenha calma, por favor!
Senti uns braços a abraçarem-me por trás e logo reparei que era Angie. Peguei nela e abracei-a, não a deixando ver o estado de minha mulher. Um dos polícias avisou-me de que Ally já estava na ambulância. Avisei-o que iria ir ao hospital, depois de deixar Angie em casa da minha mãe. Era o melhor. Peguei numa mochila e pus lá a roupa dela e alguns brinquedos e roupas .
# CASA DOS MOON'S #
– Maninho! - sorriu. - Estivemos juntos há pouco, esqueceste-te de ... Austin ? Está chorando ?- perguntou minha irmã.
– Pode ficar com a Angie, por favor? Eu trouxe uma mochila com coisas dela e ... - falei, mas fui interrompido.
– Austin ! O que é que se passou? Onde é que está a Allys ? - Rydel perguntou.
– O-o Dallas, sabes quem é? Ele apareceu lá em casa com uma arma e acabou por disparar na ... - falei baixando a cabeça. - A Ally está no hospital.
Rydel levou as mãos à boca e lágrimas escorreram pela sua face. Pegou em Angie e na sua mochila e pediu-me para esperar uns minutos. Quando voltou, trazia um casaco e a sua carteira.
– Onde é que vais? - perguntei.
– Vou contigo. Não te vou deixar conduzir nesse estado. A mãe ficou com a Angie, não te preocupes, anda. - falou minha irmã.
Dei-lhe as minhas chaves do carro e deixei-a conduzir. Não consegui me controlar mais. Desatei a chorar de uma maneira incontrolável. Chegamos ao hospital e minha irmã abraçou-me. De seguida dirigimo-nos à secretaria.
– Somos familiares da Allycia Marie Dawson, precisamos de falar com alguém que esteja a tratar dela. - falei.
– Ela acabou de dar entrada no hospital, tem que entender que ainda não há informações sobre o caso dela. Têm que esperar que depois o médico vai falar com vocês. - falou a senhora que estava a minha frente .
– Esperar?! Só pode estar a brincar comigo! Eu preciso vê-la! Eu preciso de saber como é que ela está!!
– Acalme-se, por favor.
– Eu não a posso perder! A Angie não a pode perder! Eu tenho que saber como é que ela está!! - berrei.
– Ou se acalma ou vou ter que chamar a segurança ...
Rydel assentiu para a velha recessa a quem chamam de funcionária e puxou-me para a zona de espera. Sentei-me e escondi a cara com as mãos. A minha irmã sentou-se ao meu lado e abraçou-me.
– Austin, ela vai ficar boa. Hum ... O-onde é que ela levou o-o tiro ... ?
– No abdómen. - disse, sem tirar os olhos do chão.
– Ela vai ficar bem ...
– Eu preciso dela. Eu amo-a. - falei e olhei para a sua face.- Eu não posso perder ela. Ela já passou por tanta coisa ... Ela ia a tribunal por causa deste palhaço. Ele queria ficar com a Angie! Não tens noção de como a Ally andava nestes últimos dias. Ela perdeu o pai, perdeu a família. Eu próprio fui um otário e tratei-a mal. Ela não merece. Eu descobri que ela é a mulher da minha vida, apaixonei-me e não posso viver sem ela. - falei, uma lágrima escorreu pela minha face.- Rydel ... e a Angie? É como minha filha. Somos uma pequena família. Eu não posso perder isso.
– Você a ama mesmo, mano. Eu tenho a certeza que daqui a uns dias vamos estar todos em tua casa, numa mega jantarada, com a Angie a correr de um lado para o outro, a Allys a tentar acalmá-la, a mãe a cozinhar ... Aus , vocês agora não estão sozinhos. Eu e a mãe estamos aqui para vos ajudar. Vai tudo correr bem, sim? - falou minha irmã.
– Eu preciso mesmo de vocês ... Rydel ? Já sentiste um aperto no coração, como se te estivessem a roubá-lo e a destrui-lo aos poucos? Como se estivessem a roubarem-te o amor da tua vida, como se tudo fosse acabar, assim do nada? - perguntei.
– Ninguém te vai roubar a Allys ! Vamos fazer tudo para ela voltar a estar connosco de perfeita saúde! Tudo! - falou.
Encostei a cabeça ao seu ombro e fechei os olhos.
Ela vai ficar bem.
Vai correr tudo bem.
O que é que vou dizer à Angie?
Eu tenho que estar com ela, mais do que nunca.
Ela precisa de mim.
– Hum ... familiares de Allycia Dawson ? - perguntou uma senhor de jaleco branco com uma braxeta nas mãos .
Fale com o autor