My Family

Desmaios de preocupação & Amor ...


— O almoço estava ótimo! Aposto que foi o Dez que passou a manhã na cozinha! — gargalhei.

— Por acaso fui eu! — disse Trish fingiu-se de ofendida.

— Eu também ajudei! — disse o ruivo.

— Claro que ajudou ! — disse o latina meio zombeteira e piscou-me o olho, o que me fez rir.

— Bem, e o que é que vamos fazer agora? — perguntou meu namorado.

— Tinha pensado em ficarmos por aqui a ver um filme ou assim ... — interrompo o namorido de Trish .

— Filme ! Eu acho bem melhor !

— Vou buscar os filmes mais recentes que tenho! — avisou a morena de cabelos cacheados e negros .— Angie, quer vir comigo? — perguntou a mesma para minha filha.

— Shim!! — a pequena saltou da cadeira e foi a correr atrás de Trish.

A minha amiga e Angie voltaram com alguns filmes na mão e lá escolhemos ver o Frozen. A meio do filme, que por acaso é muito animado, Austin recebeu uma chamada e levantou-se para atendê-la. Quando voltou à sala vinha com uma cara que transmitia preocupação.

— Aconteceu alguma coisa , Amor ? Passa-se alguma coisa, Aus ? — perguntei preocupada .

Sera que aconteceu algo com Mimi e Rydel ?

— E-Eu vou ter que sair. — falou e vestiu o casaco e pegou nas chaves do carro , levantando-me e dirigindo-me a ele.

— O que é que se passou? — perguntei.

— Pede ao Dez que as levem para casa, por favor. — pediu.

— Se importa de ao menos me contar o que é que se passou, Austin ? Está me a deixar preocupada! — falei por fim.

— Eu depois conto. Não te preocupes, está tudo bem. — falou.

Quando ia responder ele interrompeu-me, dando-me um beijo na testa e saindo logo de seguida. Dez ofereceu-se logo a levar-nos a casa e eu agradeci e peguei na Angie rapidamente. Eu não faço a mínima ideia do que se passa e é claro que estou muito preocupada! E se aconteceu alguma coisa à Mimi ou à Rydel ? E se tem a ver com o emprego dele? Porra! Isto é frustrante!

Despedi-me de Dez e de Trish quando chegámos à nossa casa. O carro do Austin não está aqui, nem na garagem. Ele ainda não chegou, não atende as minhas chamadas e eu não faço a mínima ideia do que se está a passar.

— Mamã, posso ver televisão? — perguntou sentando-se no sofá.

— Pode meu anjo ! — falei.

— Mamã? — chamou minha filha.

— Sim?

— Estás chateada? — perguntou.

— Não, filha. — falei andando de um lado para o outro.

Ouvi o barulho da televisão e reparei que Angie já estava entretida a ver Disney Channel. Acho que andei de um lado para o outro durante o resto da tarde e acredito que o chão esteja desgastado. Tentei ligar para Austin umas cem vezes e nada. Pensei em ligar à minha sogra ou à Rydel, mas depois ia preocupá-las e desisti dessa ideia, pelo menos por agora.

Esquentei a sopa para a Angie e dei-lha no sofá, o que a fez ficar toda contente pois assim continuava a ver os desenhos animados.

— Não vais papar a comidinha mamã ? — perguntou minha filha.

— E-Eu já comi ... — menti .— Daqui a pouco vamos nanar, sim?

— Hmm Hmm. — assentiu minha filha com a cabeça enquanto olhava para a televisão.

Pus a louça na máquina e tentei ligar mais uma vez para o Austin, mas ele recusou a chamada. Já me estou cansada disso , essa coisa de sair de casa de repente sem nenhuma informação está me irritando, eu não aguento mais isto!

Voltei à sala e Angie já tinha adormecido, por isso levei-a para o seu quarto, vesti-lhe o pijama e deitei-a na sua caminha, dando-lhe um beijo na testa de seguida. Dirigi-me à casa de banho do nosso quarto e tomei um duche, vesti o pijama e voltei a pegar no celular para ver se tinha alguma chamada. Nada. Nenhuma ligação. Uma mensagem se quer.

Fui à cozinha preparar um chá de camomila e, depois de pronto, pus numa chávena e sentei-me no sofá da sala a olhar para a janela. Está a chover torrencialmente e ao longe consigo ver relâmpagos.

[...]

Acordei com o som da porta a bater. Senti uma dor nas costas e dei por mim deitada no chão da sala com o chá virado em cima de mim. Levantei-me lentamente e caminhei até à entrada onde encontrei Austin a tirar os sapatos silenciosamente. Quando se virou, deu um salto e arregalou os olhos, não contando com a minha presença ali, àquela hora.

— Te acordei ? — perguntou.

— Está a brincar com a minha cara , não estás? Que horas são?! — perguntei sem demostra qualquer sentimento. Ele olhou pro relógio e depois para mim.

— Três da manhã. — falou e engoliu em seco.

— Onde é que andou até esta hora? O que é que se passou? Eu estava extremamente preocupada contigo e nem as minhas chamadas atendeu ! — falei, furiosa.

— Desculpa. Podemos conversa sobre isso amanhã? — perguntou.

— Não, Moon! Eu quero saber o que se passou. Agora! — falei entre dentes.

Ele por sua vez parecia chocado, talvez por ter o chamado pelo sobrenome , ate porque ele sabe que quando o chamo pelo nome tenho raiva, imagine o chamando de Moon.

— Alls ... Amor ... E que ... A-A minha ex-namorada ligou-me e ... — eu o interrompo.

— Eu sou tão idiota! Eu estava aqui preocupada contigo, desesperada ! e você com a tua ex-namorada?! — berrei com lagrimas no olhos.

— Cala a boca e me ouve caramba ! — falou num tom mais alto, fazendo-me calar.— Eu não te traí, se é isso que estás a pensar! Ela me ligou me ameaçando, dizendo que se ia suicidar! O que é que queria que eu fizesse ? Que a deixasse se matar ?!

— N-Não. — senti uma tontura e uma forte dor na área do abdômen, segurei-me na parede. — E-Eu estava a-apenas preocupada c-contigo.

— Ally ? — me chamou, segurando-me.— Desculpa. Eu estou bem, eu liguei à mãe dela e ela ajudou-me a convencê-la a voltar para o hospital psiquiátrico. Demorámos horas e eu não te queria preocupar, amor. — parando e analisando meu rosto. — Ally ? Tu está a se sentir bem? Esta pálida !

— D-Desculpa, Austin ! P-Pensei q-que ... — agarrei-me mais a ele.— que te tivesse acontecido alguma coisa. E-Eu te amo tanto ... Meu anjo !

Senti as minhas pernas a fraquejarem e tudo se apagou.

()

Abri os olhos lentamente ... Reparei que estou deitada no sofá e não faço a mínima ideia de como vim aqui parar. Consigo ouvir passos no corredor da entrada e ouço a voz do meu namorado.
Levantei-me lentamente e senti a minha camisola molhada. Que raio? Oh, o chá! Caminhei até à porta da sala e consegui ouvir o que loiro dizia.

— Mas mãe ... não, eu não sei o que fazer! ... O quê? Mãe, ela desmaiou ! ... Não, eu já te expliquei que só não a queria preocupar ... Eu sei, eu sei ...

Ele está a falar com a mãe ao celular e está desesperado. Lembro-me da conversa que tivemos antes de eu desligar e sei que ele apenas a foi ajudar, mas é óbvio que eu fiquei preocupada! Ele não me avisou de nada!

Abri a porta e toquei-lhe levemente no ombro fazendo-o dar um pequeno salto. Virou-se para mim e suspirou, sorrindo de seguida.

— Mãe, ela acordou. Depois falamos. — desligando a chamada. — Amor, como é que está?

— Com dores nas costas ... — respondi. Sem dizer mais nada, Aus pegando em mim ao colo e levando-me para a cozinha.

— Já jantou ? — perguntou.

— N-Não. Não tinha fome, Aus.

— Vou te preparar alguma coisa para comer. Você me deu um susto! — falou e beijou-me a testa.— Deve ter sido uma quebra de tensão.

— Desculpa, amor. — suspirei. — Eu fiquei tão preocupada contigo, eu pensei o pior! — falei , Aus roçando os seus lábios nos meus me despertou mais.

— Shhh ...Eu estou aqui. — sorriu e beijou-me calmamente.

Depois de separar os nossos lábios, O loiro sentou-me em cima da mesa e começou a preparar sanduíches. Quando dei por isso já tinha seis sanduíches em cima da banca da cozinha, o que me fez arregalar os olhos.

— Que foi? Eu também tenho fome! — falou rindo e eu soltei uma gargalhada.

— Credo! Tu está esfomeado!

— Pode-se dizer que sim, Miss. t-shirt molhada. — fez um sorriso trocista e eu semicerrando os olhos
— A culpa de eu ter virado o chá por cima de mim é tua!

— Ai é? —arqueou a sobrancelha.

— Sim! Eu estava à tua espera, deitada no sofá, a beber o meu chá e acabei por adormecer. Quando tu chegaste eu estava deitada no chão com o chá virado na minha camisola. Ah! E dói-me as costas. Tudo por tua causa. — tentei não me rir.

— Acho que deve fazer uma lista com tudo o que te causei porque, tecnicamente, a culpa de ter desmaiado é minha. Ah! E amanhã não vai trabalhar porquê? Culpa do Austin ! — gargalhou. — Espero que o meu tapete não tenha chá virado!

— Desde já devo-te avisar que vou fazer essa lista ... E amanhã vou trabalhar na parte da tarde. A Mrs. Adams não se deve chatear muito ... O teu tapete tem uma enorme mancha. — desta vez fui eu que sorri de uma maneira trocista.

— Onde é que estão os venenos mortais? — fez-se de sério. — Vou pôr uma pequena quantidade nas teu sanduíches!

— Hmm ... O teu perfume é um veneno mortal. — falei. Aus pousou os sanduíches em cima da mesa, ao meu lado, e beijando-me de seguida.

— É,muito atrevida. — beijando-me o pescoço. — É meu dever informar que o teu perfume é muito mais venenoso que o meu.

— Oh, loiro, eu te amo ! — falei. Aus pegou um sanduíche e me deu.

— E eu amo mais ! Desculpao por tudo o que eu te fiz passar. Não foi por mal. — falou.

— Está tudo bem, amor.

Dei uma trinca na sanduíche e estava ótima. Comi-o rapidamente e peguei logo outro. Acabei por comer três e o loiro comeu as restantes. Caramba, não tinha dado conta que estava com tanta fome!
Dirigimo-nos para o quarto e eu tirei a minha t-shirt meia molhada e vesti uma do Aus. Ele ficou apenas em boxers e deitámo-nos na nossa cama fria. Abracei-o fortemente e fui espalhando beijos pelo seu peito, pescoço, maxilar, até chegar aos seus lábios. Beijei-o e as suas mãos começaram a percorrer as minhas costas, aquecendo-as. Passei as pontas dos meus dedos pelos seus boxers e ele logo percebeu qual era a minha ideia.

— Eu quero você — ele sussurrou.

— Eu quero você.

Depois de tiramos as nossas roupas desesperadamente, nos beijando com desejo e paixão .

Abri ainda mais minhas pernas e ele entrou em mim devagarzinho. Seus olhos se mantinham nos meus e gememos juntos quando ele estava por fim todo dentro de mim. Beijei sua testa, seus olhos
fechados, suas bochechas e sua boca, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Quando ele começou a se movera eu me senti no paraíso. Fazer amor com a pessoa que você ama é o melhor êxtase que alguém possa ter.

Ele beijava meus ombros, pescoço e meus mamilos duros.

Nossos corpos se encaixaram como uma luva, era como se ele fosse feito especialmente para mim e ninguém mais. Entramos em um ritmo que deixou eu me sentindo a mulher mais satisfeita do mundo. A maneira que ele me tocava, como ele me tomava, era o que eu sempre quis.

Acabamos por voltar a fazer amor, sem qualquer proteção, apenas voltámos a tentar alcançar o nosso grande objetivo.

Por serem quase 5 da manhã e por estarmos completamente esgotados devido ao dia complicado que tivemos, acabamos por adormecer.