Na manhã seguinte, acordei entusiasmada. Era hoje que eu poderia ir para casa e eu não podia estar mais feliz. Sentia tanta falta de casa. De estar com as minhas princesinhas e com o Jasper e agora com o meu pequeno. Tudo estava composto agora. Tudo parecia que ia dar certo e eu tenho tantas esperanças que isso aconteça. O Jasper já tinha contado para a Amber e para a Liv que em princípio íamos, hoje, para casa. Elas não poderiam ficar mais felizes com isso.
Quando acordei, o Jasper e o Will ainda estavam a dormir, por isso, aproveitei e fui tomar um banho bem demorado. Desde o acidente que não tomava um banho como deve de ser por causa dos pontos, já tinha saudades disso. Demorei algum tempo debaixo de água e quando decidi sair, enxuguei-me e vesti umas roupas que a Esme me tinha trazido já há algum tempo. Saí da casa de banho sorridente e deparei-me com o Jasper com um Will inquieto, ao colo.
- Bom dia. – Disse alegremente.
- Bom dia. – Disse o Jasper chegando-se ao pé de mim para me beijar. Quando nos beijámos ouvimos um pequeno resmungo, vindo do Will. – Estás com ciúmes, hã? – Perguntou o Jasper divertido. – Mas sabes que esta bela mulher é minha esposa. – Disse o Jasper para o Will. Ele continuou a resmungar ao colo do Jasper.
- O que foi, amor? – Perguntei-lhe. – Está na hora de mamares, é? – Perguntei, pegando-lhe ao colo para lhe dar de mamar. Já estava na hora. Sentei-me na poltrona e amamentei-o. Quando ele já não quis mais mama, fiz com que ele arrota-se e depois mudei-lhe a fralda que já estava suja. Vesti-lhe uma roupinha lavada e depois fiz com que ele adormecesse. Estava à espera da médica para ela me dar alta. Estava tão ansiosa para ir para casa. Nem podia acreditar que ia passar esta noite em casa com as pessoas que mais amo. – Jasper, será que ela demora muito? – Perguntei ansiosa.
- Calma, Alice. Ela deve estar a ver outros pacientes, já cá chega. – Disse ele carinhosamente para me acalmar. Passados uns minutos, alguém bateu à porta do quarto. Disse para entrar. Era a médica.
- Já tem alta, Alice. – Disse a médica sorrindo. – Já pode ir para casa.
- Obrigada, doutora! – Disse abraçando-a.
- Não é preciso agradecer, é o meu trabalho. – Disse ela. – Fiquem bem. Só vim aqui avisar que já podem ir embora, tenho que ir de imediato para o bloco operatório.
- Adeus, doutora. – Despedimo-nos eu e o Jasper. Ela acabou por sair do quarto e eu e o Jasper fomos guardar as coisas para nos irmos embora. O Will ainda estava a dormir quando eu o depositei na alcofa para o transportarmos até ao carro. Quando estava tudo arrumado, eu peguei na alcofa do Will e o Jasper pegou na mala que tinha as nossas coisas. Saímos do hospital e fomos em direcção ao carro. Aconcheguei o Will na sua cadeirinha e depois sentei-me à frente. Estava tão ansiosa de chegar a casa e abraçar as minhas duas princesinhas. Já não as via há alguns dias e já tinha saudades.
- Já estamos quase em casa, Alice. – Comentou o Jasper sorrindo para mim.
- Quase. – Disse baixinho para ele. Ele pôs as chaves na ignição e dirigiu até casa. Pelo que o Jasper disse, a Amber e a Liv já lá estavam com a Esme e o Carlisle. O caminho até nossa casa foi rápido, quando dei por mim já estava à porta. Saí do carro e fui buscar o Will, enquanto o Jasper tirava as malas do porta-bagagem. Nós nem tivemos tempo de chegar à porta de casa. A Amber e a Liv saíram de lá a correr.
- Mamã! – Exclamou a Liv abraçando-se às minhas pernas.
- Óh, minha linda! – Exclamei abraçando-a com o braço livre. – Que saudades! – Senti o Jasper a tirar-me a alcofa do Will da mão. Assim que a Liv viu que eu tinha as mãos livres, esticou os bracinhos para eu lhe pegar. – Não achas que já estás grandinha para eu te pegar ao colo? – Perguntei a brincar com ela.
- Não! – Respondeu ela negando com a cabeça. Ri-me. Peguei nela e aconcheguei-a ao meu colo. Vi que a Amber estava ao pé de mim e da Liv com um sorriso no roso.
- Como estás, princesinha? – Perguntei para a Amber.
- Bem. – Disse ela vindo até a mim feliz.
- Tive tantas saudades tuas. – Comentei acariciando a sua bochecha. Ela deu-me aquele sorriso absurdamente igual ao do Jasper e eu sorri com isso. Como eu sentia a falta de casa. – Vamos para dentro? – Perguntei, estendendo-lhe a mão para ela pegar.
- Sim! – Exclamou ela feliz. – Quero ver o Will.
- Eu também! Eu também! – Disse a Liv entusiasmada. Ri-me. Elas estavam as duas tão felizes e isso fazia-me feliz. Fomos as três para dentre e dirigi-me para a sala, onde estavam a Esme, o Carlisle, o Jasper e o Will ainda a dormir na alcofa.
- Assim vou ficar com ciúmes. Só sentiram a falta da mãe. – Provocou o Jasper na brincadeira. A Liv remexeu-se no meu colo como sinal para eu metê-la no chão. Fiz o que ela queria, e ela saiu a correr para o Jasper, tal como a Amber.
- Papá, também tive saudades tuas! – Disse ela abraçando-o. – E o que é ciúmes? – Perguntou ela curiosa.
- É um sentimento que irás entender quando fores mais velha. – Respondeu o Jasper beijando de seguida a bochecha rechonchuda da Liv.
- Papá, também senti a tua falta! – Disse a Amber. – Senti a falta dos dois!
- Eu sei que sim, princesinha. – Respondeu ele beijando a testa dela.
- Como te sentes, Alice? – Perguntou a Esme.
- Sinto-me muito bem e feliz por estar de volta a casa. Estava tão ansiosa para isso.
- Eu sei. – Respondeu ela sorrindo.
- Elas deram muito trabalho? – Perguntei preocupada. A Amber e a Liv tem estado com a Esme.
- Não, claro que não. Adoro tê-las comigo. A casa fica sempre mais alegre. – Respondeu a Esme. Sorri para ela.
- Ele é tão pequenino, pai. – Ouvi a Liv comentar para o Jasper. – Eu também era assim? – Perguntou curiosa.
- Não tão pequena, mas sim. Quando nasceste, eras um bebé assim.
- Que giro! – Disse ela. Senti alguém a pegar na minha mão. Era a Amber. Olhei para ela e sorri, ela também sorriu para mim.
- Está tudo bem? – Perguntei-lhe.
- Sim. – Respondeu ela. – Só quero estar ao pé de ti. – Continuou ela.
- Anda. – Disse, dirigindo-me ao sofá e metendo-a ao meu colo. Eu sabia como ela tinha estado a sofrer com isto tudo. Ela percebeu o que se estava a passar à sua volta, ao contrário da Liv. Ela iria lembrar-se destes momentos para sempre. A Maria iria perseguir-lhe para o resto da vida, mas eu queria que fosse apenas uma breve memória e que não se torna-se num pesadelo.
- Senti muito a tua falta. – Disse ela baixinho.
- Eu sei, princesinha. – Respondi-lhe. – Amo-te, muito. Nunca te esqueças disso. – Disse beijando a sua testa.
- Também te amo, mamã! – Disse ela sorrindo.
- Bem, nós vamos indo! – Comentou o Carlisle.
- Já? – Perguntei.
- Sim. Agora o momento é apenas vosso, não queremos interromper. – Disse ele a sorrir. – Aproveitem o dia para matarem as saudades.
- Claro. – Respondi sorrindo. – Obrigada por terem ficado com elas. – Agradeci.
- Não deu trabalho nenhum, querida. É sempre um prazer tomar conta dos nossos netos. – Disse a Esme. – Adeus e até amanhã. – Despediu-se ela beijando-me a bochecha e de seguida a bochecha da Amber. O Carlisle também se despediu de mim e da Amber e depois de se despedir do Jasper e da Liv, foi embora com a Esme.
O resto do dia passou a correr. Depois da Esme e do Carlisle irem embora, eu fiquei mais um pouco com a Amber e depois fui fazer o almoço. Depois de almoço e de dar de mamar ao Will, estive a brincar com as minhas princesinhas no jardim até elas se cansarem. Por volta da hora do jantar, encomendámos umas pizzas e comemos entre risadas. A Amber e a Liv acabaram por adormecer, a seguir ao jantar. Deitei-as na cama e depois fui para o meu quarto. Também iria dormir. Daqui nada tinha que acordar para dar de mamar ao Will. O Jasper veio comigo. Deitei-me aconchegada a ele e adormeci. Só voltei a acordar, com o choro do Will para amamentar.