O caminho até casa deles foi feito num silêncio agradável. Rose repassava os momentos que esteve com o pequeno Peter. Ele era perfeito. Também estava muito feliz por poder amamentá-lo. Emmet também passou o caminho todo com um sorriso nos lábios. Ele estava mais do que feliz. Saber que ia ter mais um filho, deixava-o assim. Quando chegaram a casa deles, Emmet estacionou o carro na garagem e depois entraram os dois dentro de casa. Eles tinham que dar a notícia aos outros dois filhos. Tanto o Ray como a Amy não sabiam que iam ter mais um irmão. Ambos iam preparados para dar a notícia mas algo os surpreende. Em casa deles, estava a família toda, menos a Alice e o Will que ainda se encontravam no hospital. As crianças estavam a brincar todas juntas e os adultos estavam a falar, sentados no sofá da sala.
- Querida, já voltaste! – Exclamou a Esme para a filha. – Como correu? – Perguntou sorrindo ternamente.
- Correu bem. – Respondeu a Rose com os olhos a brilhar. A Esme percebia o quanto a sua filha estava feliz por ir ter outro filho. – Ele é perfeito, mãe.
- Acredito. – Disse a Esme feliz. – Como é que ele se vai chamar?
- Peter.
- Nome bonito. – Comentou a Esme. – E ele como está? – Perguntou agora mais preocupada.
- Ele está a sofrer. – Disse a Rose com o semblante agora um pouco mais triste. – Como a mãe biológica era viciada em drogas, ele também o é e agora o organismo dele ressente-se. Quando lá cheguei, ele não parava de chorar e estava muito agitado.
- Coitadinho. Mas vai melhorar, não é?
- Sim. A enfermeira diz que o organismo dele se há-de desabituar. – Respondeu a Rose. – Mãe, a enfermeira disse que eu poderia amamentar! – Comentou a Rose maravilhada.
- Como? – Perguntou a Esme curiosa.
- Se eu estimular a produção de leite, os meus seios vão começar a produzi-lo. Ela explicou-me como havia de o fazer e eu vou tentar.
- Fico tão feliz por ti, querida. – Disse a Esme para a filha beijando-lhe a testa. De seguida, as duas juntaram-se aos restantes que estavam a conversar animadamente. O Emmet estava a falar como era o Peter e o que a enfermeira tinha lhes dito. Todos ouviam atentamente.
- Rose, trouxe ali umas roupas novas de bebé. Eram para o Thony mas ele cresceu grandinho e nunca lhe serviram. Devem servir ao Peter. – Disse a Bella acariciando carinhosamente os cabelinhos castanhos claro do filho que se encontrava ao seu colo. Ele ainda era um pouco pequeno para brincar com os primos e preferia estar no colo da mãe.
- Obrigada, Bella. – Agradeceu a Rose.
- Rose, também trouxe algumas do Will. Ele tem tanta roupa. Não íamos conseguir vesti-la toda. E na vinda do hospital para cá, parámos no shopping e compramos mais roupinha. – Informou o Jasper.
- Já estou a reformular o quarto para o Peter. Dá-me apenas uns dias que fica pronto. – Disse a Esme. Rose estava emocionada com o que a sua família estava a fazer por ela e pelo seu filho.
- Obrigada. – Disse ela com a voz embargada pelas lágrimas. Passaram o resto da noite em casa da Rose e do Emmet. Encomendaram umas pizzas para jantar. Só por volta da meia-noite é que foram todos para as respectivas casas. O Jasper foi para casa da mãe, pois a Amber e a Liv iam ficar agora com os avós. A Rose protestou por causa disso, mas ela também sabia que agora ia ter mais trabalho com o Peter. Quando todos saíram de casa, a Rose e o Emmet levaram os seus dois filhos para a sua cama. Já estavam todos prontos para dormir, mas a Rose e o Emmet queriam contar ao Ray e à Amy que iam ter mais um irmão.
- Queridos, eu e o pai queremos contar-vos uma coisa. – Começou a Rose.
- O quê, mamã? – Perguntou a Amy curiosa. A menina estava aconchegada no colo do pai, tal como o irmão estava no colo da mãe.
- Vocês vão ter mais um irmão. – Disse o Emmet acariciando os cabelos da Amy.
- Sério? – Perguntou a Amy entusiasmada.
- Sim. O pai e a mãe ficaram a saber hoje.
- Tem quantos anos, mamã? – Perguntou o Ray. O Ray à sua forma sabia que a mãe não lhe podia dar um irmão como a tia Alice tinha dado um à Amber e à Liv. A Rose e o Emmet já lhe tinham explicado isso quando decidiram adoptar a Amber.
- Ainda é pequenino. Tem dias, querido. – Respondeu a Rose abraçando o filho.
- Um bebé pequenino? – Perguntou a Amy ainda entusiasmada por ir ter um irmão.
- Sim, princesa. – Respondeu o Emmet.
- Vamos ter um irmão, Ray! – Comemorou a pequena com o irmão que também se apresentava muito feliz com a notícia.
- Mais gente para brincar! – Disse o Ray. – Claro, quando ele crescer. Agora, ele não consegue brincar, não é mamã? É como o Thony.
- Sim, querido. Ele agora, ainda é muito pequenino, mas daqui a uns tempos já podem brincar com ele.
- Como é que ele se chama, mamã? – Perguntou a pequena.
- Peter. – Respondeu a Rose para a filha.
- Amanhã, podemos ir vê-lo, mamã? – Questionou o Ray bocejando um pouco.
- Podem. Amanhã, eu e o pai levamos-vos lá para o verem. – Disse a Rose. – Mas agora vamos dormir. Já está tarde e vocês estão cansados.
- Podemos dormir aqui? – Perguntou a Amy infantilmente.
- Podem. – Concedeu a Rose. Deitaram-se os quatro na cama, ficando as crianças no meio, entre a Rose e o Emmet. Eles não podiam estar mais feliz. Adormeceram os quatro num instante.

Alice
Acordei, no dia seguinte, muito cedo. A minha mãe ainda estava a dormir no sofá. Eu bem insisti para que ela fosse para casa. Eu ficava bem sozinha. Já estava muito melhor, mas ela não me quis ouvir. Agora, só faltava o Will ao pé de mim. A médica dizia que ele estava a melhorar muito rápido mas ele ainda não tinha saído da incubadora e ainda estava entubado.
- Bom dia. – Disse o Jasper entrando no quarto sem eu dar conta. Sorri instantaneamente. Ontem, tinha estado muito pouco tempo com ele, por causa da sessão no tribunal. Ele tinha contado resumidamente que o juiz queria perguntar à Rose e o Emmet se eles queriam adoptar o irmão pequenino da Amy e que a Rose e o Emmet tinham aceitado. Eu estava imensamente feliz pela Rose. Eu sabia o quanto ela queria ter mais filhos e como se sentia impotente por não poder engravidar mais.
- Bom dia. – Disse sorrindo abertamente. Ele chegou-se ao pé de mim e beijou-me apaixonadamente.
- Como foi a tua noite? – Perguntou.
- Foi boa. Dormi bem e tu?
- Também. Levei a Amber e a Liv para casa dos meus pais. Daqui a um dia ou dois, o Peter vai para casa e a Rose não vai conseguir tomar conta deles todos.
- O bebé chama-se Peter? – Perguntei sorrindo.
- Sim. Nem sabes como a Rose está feliz. E a enfermeira disse que havia uma técnica que fazia com que ela produzisse o seu próprio leite para amamentar o Peter. Ela está maravilhada.
- Isso é muito bom. A Rose merece isso.
- Pois merece. Ela já sofreu demais. – Comentou o Jasper. – Queres ir ver o Will? – Perguntou o Jasper. – Já estou com saudades dele, ontem mal o vi. – Explicou ele.
- Sim, quero. – Respondi sorrindo. Eu adorava sempre ir ver o meu bebé. O Jasper ajudou-me a descer da cama e depois fomos os dois em direcção ao berçário. Eu já conseguia andar maiores distâncias e já conseguia ir até ao berçário a andar. Já não tinha tantas dores e estava quase a tirar os pontos. Quando chegámos lá, estavam a médica e uma enfermeira de volta do Will. Fiquei imediatamente assustada. Será que se tinha passado alguma coisa?