Acordei na manhã seguinte com o Jasper a chamar-me. Não sabia que horas eram mas eu estava a dormir tão bem!
- Alice, acorda. Temos visitas. – Avisou o Jasper acariciando a minha bochecha. Abri os olhos calmamente e pisquei várias vezes para o sono ir embora.
- Então dorminhoca, como estás? – Perguntou o Edward dando-me um beijo na testa. Sorri para ele. Já estava com saudades. Desde que fui internada que não o via. Era a primeira vez que ele me vinha visitar.
- Estou melhor. – Respondi.
- Desculpa não virmos mais cedo. O Anthony adoeceu e não deu para vir cá. – Explicou ele.
- Mas já está melhor? – Perguntei preocupada.
- Sim, já está bom. Ficou a ver os bebés no berçário. Tivemos um pouco com o Will. – Disse o Edward. – Ele ficou deslumbrado com tantos bebés. Já deve estar aí a vir.
- Que bom! Quero ver o meu sobrinho. – Disse feliz.
- Eu vou chamar a Bella. – Informou o Jasper saindo do quarto. Eu e o Edward assentimos com a cabeça.
- Como está tudo? – Perguntou ele preocupado, sentando-se na minha cama.
- Está tudo bem. – Respondi para o descansar. E estava a ser verdadeira. Tudo estava a ficar bem. – Está-se tudo a recompor! Ontem, estive com a minha mãe. – Disse-lhe.
- E como correu? Ela tratou-te bem? – Perguntou ele ainda um pouco preocupado.
- Correu optimamente bem. Ela está diferente. Está mesmo arrependida, Edward. Eu estava com um pouco de receio ao inicio, mas agora não. Ela vai conhecer os netos dela e fazer parte da vida deles. Eu quero isso.
- Ainda bem que estás feliz, Alice. – Disse ele. Nesse momento, a Bella entrou no quarto com o Anthony no colo e com o Jasper atrás.
- Olá, Alice. Como estás? – Perguntou a Bella dando-me um beijo na bochecha.
- Estou bem, e tu? – Perguntei simpaticamente.
- Eu estou bem. – Respondeu ele.
- Ele está tão grande. – Comentei olhando para o meu sobrinho. Ele estava com cinco meses e cada vez mais bonito. Tinha os olhos cada vez mais verdes e o cabelo era tal e qual a cor do Edward.
- Cresce num instante, temos que andar sempre a comprar roupas porque as roupas deixam-lhe de servir de um dia para o outro. – Comentou a Bella sorrindo ternamente par ao filho.
- Posso pegar nele um bocado? – Perguntei sorrindo timidamente. Não pegava no meu sobrinho há algum tempo.
- Alice… - Disse o Edward hesitante.
- Eu ontem já andei, por isso, se eu pegar com cuidado, não vai fazer mal.
- Está bem. – Cedeu o Edward. A Bella chegou-se mais à cama e pôs o Anthony no meu colo. Ele veio de boa vontade. Sentei-o ao meu colo e beijei-lhe a bochecha rechonchuda. Fiquei a brincar com ele um pouco para o ouvir rir. O Edward e a Bella disseram que ele começou há pouco tempo a rir, mas ele tinha uma gargalhada deliciosa. Estava ansiosa para ouvir a do Will mas ainda faltava um pouco. Ele acabou por adormecer no meu colo.
- Bem, é melhor irmos. – Disse o Edward baixinho passado um bocado do Anthony adormecer. Ele pegou no filho e despediu-se de mim. – Prometo que agora te venho visitar mais vezes. – Disse ele rindo.
- Está bem. Pode ser que da próxima vez o Will já não esteja entubado, não vejo a hora de ele vir aqui para o quarto.
- Eu sei, Alice. Mas vais ver que está mesmo quase. – Respondeu ele. A Bella também se despediu de mim e depois de eles saírem, uma enfermeira veio trazer o meu almoço. Comi o que me deram e depois de almoçar, aconcheguei-me ao Jasper para descansar um pouco. A minha mãe acabou por chegar por volta das três.
- Como estás? – Perguntou ela, dando-me um beijo na bochecha.
- Bem. – Respondi sorrindo.
- Não tens dores? – Perguntou preocupada.
- Não, não tenho. Também já devo estar quase a tirar os pontos. – Respondi. – Vamos ver o Will? – Perguntei entusiasmada. Adorava os momentos em que estava com o meu filho.
- Sim, quero conhecer o meu neto. – Respondeu a minha mãe. O Jasper ajudou-me a levantar e pôs-me na cadeira de rodas para eu não fazer muitos esforços. O berçário ainda ficava um pouco longe para eu ir a andar. Quando chegámos ao berçário estava uma enfermeira com o Will, quando cheguei mais perto reconhecia-a. Era a Alyson.
- Olá, Alyson. – Cumprimentei-a simpaticamente.
- Olá, Alice. Como estás?
- Melhor.
- Pareces-me muito melhor. – Comentou ela. – Este pequenino também está melhor. Se continuar assim, daqui a dois ou três dias é desentubado. Ainda vai ter que ficar um pouco mais na incubadora, mas é só porque ainda é muito pequeno. – Sorri para ela.
- Que bom! Não vejo a hora de poder pegar nele.
- Está quase, Alice.
- Espero mesmo que sim.
- Bem, agora tenho de ir tratar de outros bebés. Gostei de te ver, Alice. – Despediu-se ela saindo de o pé de nós. Aproximei-me mais da incubadora do Will e vi que ele ainda estava acordado. A esta hora normalmente ele estava a dormir.
- Este é o Will, mãe. O teu neto.
- Ele é lindo, Alice.
- Eu sei. – Respondi orgulhosa. Ficámos com o Will até ele adormecer. Ele precisava de descansar para recuperar rápido. Eu queria-o ao pé de mim o mais rápido possível. Quando ele acabou por adormecer, voltámos para o quarto e a minha mãe ficou connosco mais um bocado, depois acabou por ir para casa.


Narrado na Terceira Pessoa
A Rose estava cada vez mais desesperada. Ela estava com medo que lhe tirassem a Amy. Rose já a considerava uma filha biológica, não saberia como viver se a retirassem. Já tinha falado com o Emmet em relação a isso. O Emmet ia representá-los em tribunal, visto que era advogada e estava a tratar das coisas na empresa com o maior cuidado possível para a família não descobrir o que se estava a passar. Rose e o Emmet concordaram em não preocupar a família, visto que já tinham preocupações suficientes.
A Rose estava em casa com as crianças. A Amber e a Liv ainda estavam com ela e com o Emmet. Estava na hora do lanche, por isso, a Rose estava a dar lanche a eles.
- Mãe, quando é que podemos ir ver a Tia Alice? Estou com saudades dela. – Perguntou a Amy com a boca cheia.
- Amy, não se fala de boca cheia. – Repreendeu a Rose. – O que achas de irmos no Domingo? – Perguntou a Rose mesmo não tendo a certeza que ter a Amy no Domingo. O julgamento era já amanhã. Os dias tinham passado num instante.
- Eu acho bem. – Respondeu a Amy.
- Sim, eu também já estou com saudades da Tia Alice. – Disse o Ray.
- Eu também quero ver a mamã. – Disse de seguida a Liv. A Rose prometeu às crianças que no Domingo ia levá-las a ver a Alice. Ela mesma já estava com saudades da Alice. Com isto tudo não tem ido visitá-la.
- Cheguei! – Pronunciou o Emmet do Hall de entrada.
- Estamos na cozinha, papá! – Gritou a Amy de volta. O Emmet dirigiu-se à cozinha e cumprimentou primeiro a Rose, com um beijo carinhoso. Ele sabia o quanto a mulher estava a sofrer com isto tudo, e por isso, queria demonstrar que estava sempre ali para ela.
- Como estão os meus filhos e as minhas sobrinhas lindas? – Perguntou o Emmet num tom brincalhão para as crianças.
- Bem. – Responderam todas em uníssono. Emmet sentou-se com elas à mesa e também comeu um pouco. Depois do lanche, as crianças foram todas brincar para a sala e o Emmet ficou um pouco com a Rose.
- Como estás? – Perguntou ele abraçando-a por trás.
- Mal. Não consegui deixar de prometer às crianças que ia com elas ver a Alice. Eu nem sei se a Amy estará connosco no Domingo. – Respondeu a Rose com uma voz chorosa. Ela não queria chorar.
- Vai tudo correr bem. Não sabemos bem o que eles querem connosco. Pode não ser nada de especial, Rose. Temos que ter esperanças. Eles não nos podem tirar a Amy assim do nada. – Disse o Emmet. Rose sabia que havia uma certa razão nas palavras do Emmet mas não conseguia deixar de ter medo. – Conseguiste descansar alguma coisa? – Perguntou o Emmet, sabendo que a mulher tinha dormido muito pouco de noite. Ela negou com a cabeça. – Vai descansar um pouco que eu tomo conta das crianças.
- E o jantar? – Perguntou a Rose.
- Encomendo pizzas.
- Está bem. – Concordou. O Emmet levou a Rose para o quarto e depois de ela deitar-se e tapar-se um pouco, deu-lhe um beijo na testa e saiu do quarto, encostando a porta.

Alice
Estava aconchegada no Jasper quando o telemóvel dele começou a tocar. Ele levantou-se da cama e foi buscar o telemóvel que estava no bolso do casaco.
- Estou? – Perguntou assim que atendeu o telemóvel. – O quê? – Perguntou surpreendido. – Mas eles podem fazer isso? – Perguntou. – Sim, eu vou estar lá. – Respondeu a qualquer coisa que lhe perguntaram. – Eu arranjo uma solução. Até manhã, pai. – Despediu-se ele desligando o telemóvel.
- O que se passou, Jasper? – Perguntei um pouco preocupada.
- O meu pai descobriu que amanhã, a Rose e o Emmet têm que ir a tribunal, tem qualquer coisa a ver com a Amy. Ele também não percebeu muito bem porque esteve a ler um relatório do Emmet.
- Eles podem tirar a Amy deles? – Perguntei.
- Não sei, mas acho que não. Espero que isso não aconteça. A Rose iria ficar arrasada.
- Pois ia.
- O meu pai pediu-me para eu amanhã ir a tribunal para lhes dar apoio. Eles não sabem que nós vamos. Vou dizer à Rose que vou buscar a Amber e a Liv de manhã para te verem e ficas aqui com a tua mãe. O que achas?
- Eu também queria ir mas visto que não posso, acho bem. Mal acabe o julgamento, ligas-me. Quero saber o que se passou.
- Sim, eu ligo, agora deixa-me ligar à Rose para a avisar que vou buscar a Liv e a Amber e depois vou ligar à tua mãe. Ela, amanhã não deve trabalhar. – Concordei com a cabeça. Estava mesmo preocupada com o que iria acontecer. Se tirassem a Amy da Rose, ela iria ficar muito mal. O Jasper voltou a entrar no quarto passados uns minutos e disse-me que a minha mãe iria ficar comigo amanhã. Amanhã, ela iria conhecer as suas netas.
Depois do jantar, acabei por adormecer com certa dificuldade. Estava muito preocupada com a Rose.