My Dear Stripper

Capítulo 8 - Gally and Relationships


Thomas’ POV

Saímos de casa depois de alguns minutos decidindo qual camiseta eu deveria vestir e algumas provocações vindas do loiro. Precisei de certo controle para resistir, mas não queria apressar as coisas. Não estava pronto para isso ainda.

A verdade é que já faria um mês que estávamos saindo e não havia nada fixo na nossa relação. Éramos amigos, ficantes, namorados? Tinha passado os últimos dias pensando em oficializar a relação, mas não sabia como.

– Vamos? – Newt estendeu a mão, que eu peguei, e saímos em direção ao apartamento do garoto.

Eu não tinha tido a chance de socializar muito com os amigos do loiro, mas o que eu vi já me dera uma ideia inicial – iriam me matar se acontecesse qualquer coisa a Newt. Para ser sincero, acho que ele teve um melhor “primeiro contato” com Brenda do que eu com Minho.

– Os meninos estão trabalhando – ele disse, como se lesse minha mente -, então não precisa se preocupar com companhia inconveniente.

Dei risada e subimos para seu apartamento. Assustei-me quando paramos subitamente na frente da porta.

– O que foi? – perguntei. Newt suspiro irritado.

– Gally.

Já tinha ouvido o loiro comentar sobre ele vez ou outra. Um dos três companheiros do apartamento que não trabalhava n’A Clareira, o único que Newt não suportava. Eu não conseguia imaginar alguém que irritasse tanto o loiro.

– Ah, então é por isso que você não queria ninguém aqui – ouvi uma voz sarcástica e estiquei o pescoço para encontrar o dono.

Gally não tinha nada de amigável. Estava largado no sofá da sala com uma postura relaxada. O cabelo era curto e preto, quase raspado, o nariz parecia uma batata e as sobrancelhas eram arqueadas e assustadoras. Ele parecia alto, por volta de 1,80m, e o sorriso que adornava seu rosto era ameaçador.

– Por favor, não comece – Newt tentou cortá-lo, mas o garoto tinha a língua afiada.

– Queria ficar sozinho com seu namoradinho? – e então ele finalmente me olhou, soltando uma gargalhada alta. – Que cara patético. Diga-me, Newt, ele realmente consegue fazer algo ou é você quem cuida de tudo, mesmo sendo a moça da relação?

Senti Newt tremendo ao meu lado e peguei sua mão, tentando lhe passar um pouco de calma. No fundo, eu podia socar o idiota de sobrancelhas arqueadas. Gally se levantou.

– Não se preocupem – ele passou por nós, esbarrando em Newt. – Não vou ficar por aqui. Divirtam-se.

Demorou alguns minutos antes do loiro se acalmar. Apertei sua mão e ele me olhou cansado.

– Desculpe por isso.

– Não foi sua culpa – argumentei, ainda olhando o local por onde o garoto itnha passado. – O que ele tem contra você?

– Ainda estou tentando descobrir – murmurou, entrando na casa e me puxando junto. Sentou-se no sofá, um pouco afastado, e puxei-o para perto.

– Não ligo para o que ele disse. Não é por isso que vou te deixar ficar longe de mim.

Ele me olhou sério por um segundo, e então pulou em cima de mim e iniciou um beijo desesperado. Me surpreendi, sorrindo e aprofundando o beijo. Conseguia sentir sua excitação crescente me provocando, me desafiando a me juntar a ele. Ainda assim, sabia que essa não era sua intenção original – foi por causa do que Gally disse. O que Newt queria era de fato apenas descansar, ficar junto e ver um filme. Relaxar.

– Newt... Eu não vou conseguir me controlar se você continuar assim, e acho que esse não é o melhor momento para algo acontecer.

Ele suspirou e parou na hora, se afastando. Peguei sua mão antes que ele saísse de perto e puxei-o de volta, beijando a ponta de seu nariz de leve.

– Eu odeio Gally – ele murmurou, e eu ri.

– Acho que concordo com você.

Newt’s POV

Não fizemos mais nada depois daquilo além de trocarmos leves beijos e pequenas provocações. Os meninos respeitaram meu pedido – exceto Gally, obviamente – e não voltaram para casa. Quando começou a ficar muito tarde e dar o horário dos garotos voltarem, decidi que era nossa hora de ir e saímos do apartamento.

– Tommy? Aonde estamos indo? – perguntei, vendo-o desviar do caminho e seguir para outro lado, me puxando pela mão.

– Vai descobrir – ele me direcionou um sorriso, e não consegui não sorrir de volta.

Não demorou muito e chegamos ao mesmo parque do piquenique. Ele me puxou para um balanço ali perto e nos sentamos, balançando lentamente. A noite estava agradável, com uma brisa suave e algumas luzes ao longe.

– Sabe – ele começou um pouco inseguro –, eu passei os últimos dias pensando bastante. Não sabia o que estava acontecendo direito, como definir o que estava acontecendo. Não cheguei nem a contar para Brenda. O fato é, quero decidir isso. Quero definir o que está acontecendo.

Prendi a respiração, sem nem saber por que. Estava com medo. Nunca tinha gostado tanto de alguém, mas quando conheci Thomas, me joguei de cabeça na situação. Concordava com o moreno, dizer que era amor era algo precipitado demais, mas me importava demais com ele. Com meu Tommy.

– Newt, isso vai soar ridiculamente clichê, mas quer namorar comigo?

Não consegui segurar um sorriso. Assenti, sem sequer conseguir falar, e abracei-o com força. Estava tudo bem.

Tudo perfeito.