My Dear Love (Em Hiatus)

Capítulo 13 — Lembrança


Já era de manhã quando me levantei da cama, sai correndo do meu quarto para o de Newt, ele ainda estava dormindo, ri baixinho. Subi na sua cama e comecei a pular para que o mesmo acordasse.
— Newt, acorda - falei após um tempo - hoje a mamãe nos prometeu levar a gente para o campo.
— Evy, um dia eu vou te acordar assim é você não vai gostar - murmurou sonolento.
— Tudo bem seu chato - desci da cama e logo sai do quarto dele em busca da minha mãe.
— Evy, volta aqui, não vai acordar a mamãe por isso.
— MÃE - gritei.
Ela saiu do seu quarto com o olhar cansado, deu um longo suspiro, se apoiou no batente da porta pronta para ouvir uma boa explicação por eu ter acordado ela.
— O newt me falou que vai me... - parei de falar assim que meu irmão colocou a mão sobre minha boca para eu parar de falar.
— Não é nada de importante mãe, pode voltar a dormir, só me fala que horas vamos sair para a gente se arrumar.
— Não vamos mais sair, o pai de vocês piorou.
— Ah mãe, você nos prometeu.
— Não dá para sair com o seu pai assim Evy, pense um pouco.
Sai batendo os pés até meu quarto, deitei novamente na minha cama, eu estava chateada, já havia dois dias que deixamos de fazer as coisas pelas atitudes de meu pai, ele vivia brigando comigo por nada.
— Evy - chamou-me Newt.
— Não quero conversar com ninguém - joguei a coberta sobre meu corpo.
— Vamos Evy, conversei com a mamãe, e eu vou te levar até o campo, vou ser o seu responsável, o que você acha ? - sugeriu ele.
— Pode ser - concordei.
Esperamos quase o dia todo, já era as 5 da tarde quando fomos, me arrumei bem rápido, peguei minha mochila e coloquei algumas comidas. Saímos de casa, fomos andando pelo o caminho feito por nosso pai. Não era muito longe então cerca de 10 minutos já tínhamos chegado.
Era um lindo campo, o céu azul sem sequer uma nuvem, o sol quente nos fazia passar protetor a cada meia hora contra a minha vontade. Sugeri brigarmos de pega pega, foi quando Newt saiu correndo, eu era a pegadora.
Comecei a correr em sua direção, ele me dizia coisas bobas para me provocar, mas eu ria. Newt era maior do que então obviamente existia uma grande desvantagem, não liguei e continuei seguindo ele. Já estava cansada, quando Newt entrou dentro da floresta, parei bruscamente, ele também parou mais à frente.
— Vamos Evy, ou vai me dizer que está com medo dessa floresta ?
— Lógico que não Newt.
Ele então continuo a correr me forçando a fazer o mesmo, mas Newt estava indo em zigue-zague passando sobre uma árvore, e depois ir para a esquerda e voltar para a direita.
— Com essa sua rapidez você nunca vai me alcançar Evy.
— Boca fechada não entra mosquito.
O sol já estava se pondo, foi quando Newt parou de me provocar, os primeiros segundos pensei que ele tinha parado para descansar, mas o silêncio dele já estava me perturbando.
— Newt - chamei - para de brincadeira, já está escuro, vamos voltar para casa.
Lembrei de uma lanterna que guardava em minha mochila, assim que liguei percebi o quão assustadora era aquela floresta, dei a volta pela árvore, me assustei com o que eu estava vendo, meu coração parou por um milésimo, um corpo desacordado sobre o chão, o braço estava ensanguentado, e quando me pus para ver melhor, percebi que era Newt.