My Dear Babysitter - Concluída
Prólogo
P.O.V Da Sam
— O quê? Como assim? A senhora não pode fazer isso comigo! - Olhei para a minha mãe indignada.
— Você não consegue parar em emprego algum! Não vou mais te sustentar, Samantha! Já é maior de idade, então se vire! Na minha casa você não fica mais, não mesmo! - Praticamente jogou a grande mala com os meus pertences aos meus pés.
— A culpa não é minha! Ah, quer saber? Eu que não vou implorar para ficar. Você só liga para aquele seu namorado nojento que te trai! E eu vou rir muito quando ele te passar a perna, Pam! Ele é um baita de um cretino que só está com você por dinheiro, mesmo você recebendo uma mixaria que você chama de salário! - Falei o que estava entalado na cara dela.
Pam arregalou os olhos e abriu a boca, pasma.
— Dobre a língua quando for falar do Jean, ele...
— ELE DÁ EM CIMA DE MIM, MÃE! E CEGA COMO VOCÊ É, NUNCA PERCEBEU! - Gritei irritada, apanhei minha mala vermelha e lhe dei as costas.
— SAMANTHA, VOLTE AQUI! - Esbravejou, a ignorei e fui embora sem olhar para trás.
Minha própria mãe tinha me expulsado de casa, só porque eu estava desempregada e não podia ajudá-la com as despesas. Mas juro que a culpa não era minha, tentei até o último segundo me manter firme naquele emprego, mas realmente não deu... Infelizmente não deu.
Não podia ficar a vida toda servindo como garçonete, sendo assediada pelos clientes pervertidos, e tendo que aturar desaforos, e reclamações do meu chefe... Que ser humano aguenta tantas humilhações?
Por isso dei um basta naquilo, pedindo demissão. E claro, Pam não aceitou muito bem. Ficou com raiva e começou a pegar no meu pé dia e noite, me impondo pressão e eu tentei, porém, não estava conseguindo arranjar nenhum emprego... De jeito nenhum.
E naquela noite, fui bater no apartamento de Carly, minha melhor amiga. Era inconveniente da minha parte, e infelizmente eu não tinha mais para onde correr. Somente Carly poderia me ajudar e me acolher. E foi o que a amiga fez. Carls morava com o namorado, Gibby. Era um cara legal, de um coração enorme, e fui recebida tão bem por eles.
Mas eu tinha que sair de lá, não poderia passar o resto da vida morando com eles, certo? Eles tinham que ter a privacidade deles e tudo mais, e eu não poderia abusar da gentileza de ambos, vivendo sob o teto deles sem fazer nada para ajudá-los com as despesas, e de jeito algum eu queria ser um fardo para a minha amiga e seu namorado carregarem.
Comecei a sair pela cidade, todos os dias à procura de um emprego. Poderia ser qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Estava desesperada para arrumar um serviço e sair do apartamento de Carly.
Já era maior de idade, e aos 22 anos, eu tinha que tomar rumo na vida e me estabilizar. Era o certo a se fazer.
Por quê era tão difícil arrumar um emprego?
Carly e Gibby sairam numa sexta-feira para algum programa em casal, e eu fiquei em casa, sempre ajudava nas tarefas domésticas e claro, cozinhava para todos nós. Minha amiga trabalhava num salão de beleza e seu namorado era gerente numa loja de auto-peças.
Peguei o notebook dela e entrei num site à procura de alguma vaga. Acessei em uma Agência online e cadastrei meus dados, e enviei meu CV.
E duas horas depois, recebi uma notificação no meu E-mail.
Havia uma vaga. Uma bendita vaga.
Respondi a notificação toda esperançosa, havia um pedido de dados básicos e um link com o endereço e o horário da entrevista.
'Vaga para babá: Confirme seus dados e sua resposta novamente.'
Confirmei tudo e pronto... Já tinha uma entrevista de emprego para babá, era melhor que nada.
Anotei o endereço da casa direitinho no bloco de notas do meu iPhone 5 e coloquei o celular para despertar às 06:00h.
Tinha que estar lá às 07:00h. E como eu não era a pessoa mais pontual do mundo, era melhor me precaver e acordar cedo.
Saí do site e fechei o notebook da Carly.
Era uma oportunidade e eu tinha que conseguir aquela bendita vaga.
Se eu tinha alguma experiência com crianças? Claro que não. Nenhuma. Porém, o desespero e a necessidade me fizeram tomar aquela atitude, e de acordo com os dados daquela vaga, o tal de Sr. Benson não tinha nenhuma exigência... O pobre homem só poderia estar desesperado por uma babá e aquela era a minha chance.
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