Pov's Molly

Eu tentava alcançar Gina, que corria pela casa animada. Por onde ela passava, os móveis saíam do chão e flutuavam baixinho. Os gêmeos criavam e soltavam bombinhas pelo quintal, assustando seus outros irmãos e sua tia que tentava lhes acertar com seu salto a todo custo.
Arregalei os olhos ao sentir cheiro de fumaça.

—ARTHUR, O RONY. -alertei enquanto continuava tentando alcançar Gina

—AH MEU MERLIM, RONY SAIA JÁ DE PERTO DESSA CHURRASQUEIRA, VOCÊ QUER NOS MATAR? -gritava meu marido desesperado

—Te peguei! -comemorou Gui pegando Gina, que fechou a cara emburrada, fazendo os móveis voltarem ao chão.

—Seu chato. -falou ela

—Salvou minha vida, Gui. -sorri

—Ao seu dispor, mãe! -falou ele me entregando a caçula e indo para o quintal

—Agora você, mocinha, vai tomar seu banho. -falei para ela

—Tá. -levei-a para o andar de cima, onde ficava o banheiro, estranhamente senti cheiro de queimado outra vez

—AMOR, O RONY. -alertei aos gritos por causa da distância

—JÁ VI. -respondeu ele

—O Roniquito está botando fogo nas coisas, outra vez? -perguntou Gina, incrível como ela só tem 4 anos.

—Como sempre, minha filha.

Pov's Lily

—James, você viu o Harry? -perguntei preocupada

—Não, você viu a camisa do meu uniforme? -perguntou meu marido

—Não. -respondi frustrada

—AI, FILHO DA MÃE. -praguejou Sírius no andar de cima, fazendo eu e meu marido corrermos até lá

—O que foi? -perguntei indo até ele

—Escorreguei neste sabão que estava no chão- explicou ele- Tá doendo a minha...

—Sem detalhes, Almofadinhas. -pediu James- Harry deve estar por perto.

—Não está, não. -respondeu uma voz de criança

—Tem certeza de que ele não está por perto? -perguntei sorrindo marota

—Sim! -respondeu ele outra vez

James sinalizou para Sírius que se transformou em um cão enorme e farejou o cheiro de Harry, ao encontra-lo, ele se transformou novamente em humano e apontou para o armário de limpeza.

—Que pena que o Harry não está aqui, porque nós vamos para a casa dos tios dele. -comentei tentando faze-lo sair

—É uma pena mesmo. -respondeu, sério que ele só tem 5 anos?

—Lily, fala sério. -falou James revirando os olhos- No lugar dele, eu também não sairia.

—Para de ser bobo, o Harry adora os tios dele, não é mesmo, filho?

—Não. -respondeu a minha cria

—Pensei que o Harry não estivesse aqui. -falou Sírius

—E não está. -respondeu

—Então com quem estamos falando? -perguntou James

—Com o........Bob Esponja! -respondeu ele nos fazendo rir

—Mas o Bob Esponja mora embaixo d'água, dentro de um abacaxi. -falou Sírius

—Eu estou visitando Londres. -falou Harry

—Então, se abrirmos esse armário, vamos encontrar o Bob Esponja? -perguntou Sírius novamente

—Sim!

—Mas não queremos o Bob Esponja -falou James- queremos o Harry Potter, porque vamos tomar sorvete...

Ele mal terminou de falar e Harry apareceu ao nosso lado, vestindo a camisa do uniforme de seu pai, ele pulou no colo de James.

—Nós vamos tomar sorvete? -perguntou com os olhinhos brilhando

—Não, Bob Esponja, nós adultos, vamos tomar sorvete com o Harry. -falei brincando

—Mamãe, sou eu! O Harry! -falou ele nos fazendo rir

—Eu sei, mas nunca mais faça isso. -pedi em um tom severo

—"Isso" o quê, mamãe?

—Brincar usando a sua invisibilidade. Precisamos saber onde você está sempre. Nunca mais faça isso com a gente, filho. Ok?

—Ok!

—Quem quer tomar sorvete?! -perguntou Sírius empolgado

—Eu! -respondemos nós três animados

Pov's Bonnie

Vamos, Bonnie! -chamou minha irmã no corredor

—Estou indo! -falei largando meu caderno de desenho e os lápis de cor.

—Se continuar demorando, vamos ser as últimas a chegar. -alertou

—Eu estava desenhando. -falei ao alcança-la no corredor

—Desenhando o quê?

—Uma flor que eu vi! Achei tão linda!

—Que legal! Vamos, ou a irmã Cristina vai nos dar uma bronca por chegarmos atrasadas para o jantar.

—Quer apostar uma corrida? -sugeri marota

—Você não vai ganhar!

—Veremos.

Ela se transformou em um ratinho e eu saí correndo, ela iria pelos buracos que tem aqui, tenho certeza.

Ela parou bem ao meu lado, quase perto do salão, ela se transformou em humana novamente, antes de sermos vistas. Chegamos no local, onde já se encontravam várias crianças. Paramos logo na porta, onde estava a irmã Cristina.

—Não me assustem mais assim, procurei vocês por toda parte. -falou ela aborrecida

—Desculpe, irmã Cristina, eu estava observando a Lua e as estrelas, acabei perdendo a noção da hora. -explicou minha irmã

—E eu estava desenhando, desculpa. -falei

—Tudo bem, estão desculpadas. Meninas, depois do jantar, a madre Dolores quer falar com vocês duas.

—Tá. -assentimos juntas

—Vem, Bonnie! -chamou Luna me puxando de leve para a mesa.

(...)

Pov's Bonnie

Depois de jantar, fomos para a sala da madre Dolores, pois ela queria falar conosco. Chegamos em frente á sala e minha irmã bateu na porta, ouvindo um entre logo em seguida.

Entramos e a madre Dolores acenou para nos sentarmos.

—Senhoritas Luna e Bonnie Lovegood, hoje dois pais vieram aqui, eles observaram as crianças e disseram que gostaram bastante de vocês duas, porém, eles conhecem o método que usamos aqui e sabem que só podem adotar apenas uma criança. -falou ela- Eles voltarão amanhã para dizer quem escolheram.

—Então, eles vão escolher uma de nós? -perguntou Luna espantada

—Mas, nós somos irmãs, somos uma família. -falei- Não temos mais ninguém...

—Posso ser sincera com você? -perguntou e eu assenti- Está mentindo. Vocês duas tem sim mais pessoas presentes em suas vidas, e eu lhe repito, senhorita Lovegood...-falou se virando para mim- Sim, ele vão adotar apenas uma de vocês amanhã.

Ficamos em silêncio, cabisbaixas, pois iríamos ser obrigadas a nos separar e viver vidas completamente diferentes dali em diante.

—Qual o problema? -perguntou a madre- Pensei que quisessem uma família...

—Queríamos sim, mas juntas. -falou Luna

—Bom, eu não posso fazer nada, não fui eu quem criou as regras...

—Está mentindo. -acusei- A senhora sabe que está mentindo e, assim como a senhora diz, não se deve contar mentiras.

—Chega, senhorita Lovegood, vá para o seu quarto. -ordenou irritada e eu levantei obedecendo.

Troquei um olhar acolhedor com minha irmã, que moveu os lábios dizendo, sem emitir qualquer som, um "vai ficar tudo bem, apenas ignore", sorri e fui em direção ao meu quarto.

(...)
No dia seguinte...

Pov's Luna

Fui chamada novamente na sala da Madre Umbridge porque ela disse que o casal que queria adotar a mim e a minha irmã, queriam me ver. Entrei após ouvir a permissão da madre e vi o casal que aparentavam estar nos seus 40 anos, eles estavam com sorrisos gentis em seus rostos.

—Bom dia, senhorita Lovegood. -cumprimentou a madre Dolores- Esses são Peter e Julianne Thompson, são eles que querem adotar você e a sua irmã, a propósito, onde ela está?

—Com a irmã Cristina. -respondi tranquila

—Por que? Eu não chamei as duas?

—Não.

—Tenho certeza de que chamei, mas não tem problema. -sorriu ela

Entendi, ela quer me empurrar para esse casal para que eles me adotem e minha irmã fique sozinha, como vingança por ser tão teimosa, já que não é a primeira vez que Bonnie e a madre Umbridge trocaram farpas.

—Com licença. -pediu minha irmã entrando na sala- Me disseram que Luna estava aqui e eu vim....Oh, me desculpem.

—Senhorita Lovegood. -sorriu Umbridge, forçada- Que bom que veio, sente-se.

Minha irmã se sentou ao meu lado, sorrindo tímida ao notar os olhos do casal sobre si.
Eles começaram a conversar e Bonnie segurou minha mão, logo seus olhos se tornaram lilases.

—Por que está tão nervosa? -perguntou sussurrando voltando seus olhos ao tom azulado.

—Porque quero que a Umbridge abra uma exceção para eles, para sermos adotadas juntas. -respondi também aos sussurros

—Sabe que ela não vai fazer isso, não é?

—Eu tenho esperança!

Não entendi quando seus olhos se tornaram verdes, mas logo voltaram a ser azuis.

—O que foi isso? -perguntei preocupada e confusa

—Sei lá, acho que tive algum tipo de.......visão. Mas acho que talvez não tenha sido...

—Por que? Seus olhos ficaram verdes, acho que pode ter sido uma visão sim. O que você viu?

—Luna Lovegood, meus parabéns! -sorriu a Umbridge- Você foi adotada!

Imediatamente, meus olhos começaram a marejar, minha irmã estava da mesma forma.

—Isso. -respondeu Bonnie para mim, deixando suas lágrimas caírem pelo seu rosto, assim como eu.

(...)
Desci do carro, admirando a linda fazenda em que estava com os senhor e senhora Thompson.

—Gostou? -perguntou Peter

—Muito! -sorri, mas logo fiquei triste novamente- Uma pena a Bonnie não estar aqui.

—Tentamos adotar as duas, mas Umbridge não cedeu. Ela disse que poderíamos adotar mais uma criança depois de alguns anos. -explicou ele

—Isso é injusto. -falei levemente irritada

—Sabemos, mas não pudemos fazer nada, querida. -falou Julianne

—Mas, mudando de assunto, temos que lhe mostrar seu quarto. -falou Peter

Eles me levaram para dentro de sua casa e então subimos para o segundo andar, onde apresentaram um lindo cômodo com paredes azuis, uma janela grande iluminando todo o quarto, ela tinha duas cortinas que estavam abertas permitindo entrar luz. Havia uma cama bem ao lado da janela, uma televisão, guarda-roupas e um cantinho com vários brinquedos.

No centro do quarto, havia um tapete fofinho e acima dele estava um pequeno lustre simples e muito lindo! Abaixo de onde se encontra a TV, que fica numa parede oposta a janela, estava uma mesa com vários lápis de cor, de escrever, canetas e folhas. Também haviam várias prateleiras com diversos livros.

—O que achou, querida? -perguntou Julianne

—Adorei! -sorri animada- Obrigada senhor e senhora Thompson!

—Querida, pode me chamar de tio Pete!

—E pode me chamar de tia Ju!

—Ok, tios!

Fui para fora da casa com tio Pete, para ver os animais que eles tinham. Ele tinha várias galinhas, dois cavalos, um porquinho pequeno e muito fofo, uma vaca, alguns coelhos, um gato e um cachorro.

—Gosta de animais? -perguntou tio Pete

—Eu amo! -sorri me aproximando do porquinho e fazendo carinho em sua cabeça

—Vejo que gostou do Josh!

—Esse é o nome dele? -perguntei sorrindo

—Sim!

—Achei uma graça!

—Que bom que gostou! Vou pegar o almoço para toda essa turminha! -ele foi em direção a um celeiro próximo e eu fui até um dos cavalos que se encontravam ao lado do mesmo. Estavam um de cada lado da porta de entrada, dentro de um cercado.

Subi na cerca e encarei o cavalo a minha frente.

—Oi amiguinho! -sorri quando ele veio em minha direção- Eu sou a Luna!

—Seja bem-vinda, Luna! Eu sou o Bob. -falou o.......cavalo?

—O que disse? -perguntei de olhos arregalados

—Tudo bem, Luna? -perguntou tio Pete preocupado aparecendo na porta do celeiro

—Sim, está tudo bem.

—Ok.

Voltei minha atenção para o cavalo.

—Você fala? -perguntei espantada

—Você entende o que eu digo? -perguntou e eu assenti- Que máximo! Nunca conversei com um humano antes!

—Ela não te entende, doidão. -falou o cachorro se aproximando- Eu te falei para você parar de comer tanta grana

—Você também fala?! -perguntei novamente e descendo da cerca

—Claro que eu falo, todos aqui falamos, vocês que não nos entendem......espera, você me entendeu? -perguntou o cachorro. Vocês não fazem ideia de como isso é estranho.

—Sim, não sabia que animais falavam. -comentei

—Geralmente, os humanos não nos entendem, você é a primeira com quem conversamos.

—Eu sabia que podia me transformar em animais, mas nunca me comuniquei com nenhum.

—Espera, você é uma mutante? -perguntou Bob

—S-sim, mas não contem para ninguém. -pedi- "Meus tios" não podem saber disso.

—Não contaríamos nem se tentássemos, eles não nos entendem, esqueceu? -perguntou o cachorro

—Ah, é mesmo. Desculpe.

—Por que está se desculpando com o Mike? -perguntou tio Pete

—Pisei na pata dele sem querer. -menti

—Não deve tê-lo machucado muito, ele não gritou nem nada.

—É, acho que não.

—Quer me ajudar a alimentar eles?

—Sim! -sorri pegando cenouras e indo até os coelhinhos.

Pov's Hermione

Estamos, eu e meus pais, assistindo um filme. Estava numa cena muito triste, o que fez eu e minha mãe começarmos a chorar, logo, começou a chover.

—Filha, acalme-se, vai ficar tudo bem! -falou papai

—M-mas o cachorrinho morreu, p-papai. -solucei

—Mas é apenas um filme, nada disso é verdade.

Os créditos do filme começaram.

—"Esse filme foi baseado em fatos reais..."

—O que isso quer dizer, papai? -perguntei após ouvir isso da TV

—Quer dizer que........o cachorrinho está bem, ele está vivo, em casa, com a família, feliz e saltitante justamente porque não é nada de verdade nesse filme.

—Ah, tá! -me acalmei, fazendo o clima voltar ao normal.

Pov's Dumbledore

Esses são apenas alguns dos jovens que possuem dons com quem convivo, em breve eles irão me conhecer, não vai demorar.

Eles tem um grande potencial, serão ótimos alunos!