–Eu preciso de você. - a voz dela saiu como um sussurro.
Aquilo era demais para Erik. O desejo explodiu em seus olhos, com furor, enquanto seus lábios voltavam para os dela. Seus dedos deslizavam com maestria pelo espartilho, desfazendo o laço. Anna gemeu em alívio, sentindo o instrumento de tortura sendo retirado de seu corpo e o ar entrar em seus pulmões livremente. Por baixo do espartilho, que agora estava no chão, Anna usava apenas uma camisa fina de linho, branca.

Os dedos da menina já estavam na camisa de Erik, desabotoando-a. "Rápido demais", Erik pensou. Suas mãos foram para a cintura de Anna, e dessa vez ele podia sentir o calor de sua pele por debaixo do tecido leve, a textura macia de seu corpo. Ele puxou o corpo da menina para si, e começou a plantar-lhe beijos no pescoço. Os dedos de Anna se entrelaçaram no cabelo de Erik, e gemidos suaves escaparam seus lábios.

"Muito bom para alguém que mal se acostumou a ser tocada.", o Fantasma pensou, "Talvez ela realmente confie em você desse jeito." Tudo o que ele queria ouvir era Anna gemendo seu nome. As mãozinhas de Anna pousaram sobre o peitoral agora nu dele, descobrindo a pele e sentindo o calor que emanava de seu corpo. Erik tinha algumas cicatrizes antigas sobre a pele. Duas pequenas sobre o ombro, uma maior, rasgando o peito esquerdo. Devia ter doído bastante quando foi concebida. Será que ele era mesmo como ela? Será que o teriam feito sofrer como fizeram com ela? Ah, pobre Erik.

Já as mãos de Erik passaram por baixo do tecido da camisa dela, sem se dar ao trabalho de arrancá-la, e deslizava as mãos pelas cosstas macias de Anna, descobrindo várias cicatrizes, enquanto seus lábios acariciavam o calor de seu pescoço.
–Mas será que eu posso saber o que é isso? - o forte sotaque de Madame Giry ecoou pelo quarto.

"Ah meu deus.", Anna pensou. Ela não sabia se seu carisma conseguiria fazer com que ela se safasse dessa situação. Talvez ela não quisesse se safar - se ela não fosse culpada, Erik ficaria com o peso todo para ele. O silêncio se fez presente por um longo momento, enquanto Erik ainda me segurava Anna pela cintura e as mãos dela ainda repousavam sobre a pele quente de seu peito nu. Eles se entreolharam, cuidadosos, e então seus olhos se voltaram para Madame Giry.

-E então? - ela indagou, sem passar da porta.

-Antoinette, - Erik começou - quem te deu permissão para entrar assim na minha casa?

Madame Giry pareceu um pouco despreparada para aquela pergunta, mas escondeu em questão de segundos.

-Você sumiu com Anna, acho que a melhor coisa que eu podia fazer era procurar por ela, alguma coisa podia estar errada. Pelo que vejo, meu pressentimento não falhou.

-Não tem nada de errado acontecendo a não ser a sua interrupção, Antoinette. - Erik replicou.

Anna estava feliz em poder ficar quieta. Ela era nova demais e não saberia argumentar sobre a questão com a mesma maturidade e calma que o Fantasma mantinha.

Antoinette olhava para o casal em completa indignação.

-Minha interrupção? Erik, ela é uma criança. Não pode seduzí-la.

-Eu não a seduzi, Antoinette. Na verdade, talvez tenha sido o contrário. - Ele apenas sussurrou a última frase, mas Mme. Giry escutou-o do mesmo modo.

-Isso é verdade, Anna?

Anna apenas assentiu, corando.

-Como você pôde, Anna? Eu lhe disse para ficar longe dele, não disse?

Anna apenas encolheu os ombros, enquanto Erik apertou sua cintura mais forte por um momento, protetoramente.

-Eu salvei vocês dois do inferno que era a vida de vocês antes, e é assim que sou retribuída? Me esquecem, me deixam de lado, para ficar....

-Chega! - o Fantasma interrompeu, subindo a voz. - Isso já foi o suficiente. Antoinette, vocês nos salvou e acho que falo por Anna também quando digo que somos gratos. Mas se vai ficar jogando na nossa cara que estamos aqui graças a vocês pelo resto de nossa existência, Anna e eu nunca teremos uma vida.

Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Mme. Giry, e ela parecia nervosa e com remorso.

-Eu só queria protegê-lá e...

-E agora, - Erik interrompeu mais uma vez, - eu agradeceria se deixasse minha casa nesse exato momento. Asseguro-lhe que enquanto Anna estiver comigo, ela estará segura.

Madame Giry hesitou, mas depois que Erik a fuzilou com olhar uma vez mais, ela olhou ressentida para Anna e voltou para onde ela veio, fechando a porta atrás de si.

O Fantasma e Anna se entreolharam uma vez mais. Ela tinha certeza de que quando saísse do covil de Erik, Madame Giry cairia matando em cima dela. Tinha alguma coisa que Madame Giry parecia esconder, que fazia tudo parecer muito mais dramático. Infelizmente, ambos desconheciam seu segredo.

-Por pouco. - Anna sussurrou, nervosa. Seu corpo estava tremendo, sua mente tinha quase parado de raciocinar. - Pensei que ela fosse tentar me levar embora junto com ela.

-Eu também. - Erik murmurou, tão nervoso quanto ela, só um pouco mais irritado. - Mas eu não deixaria que isso acontecesse.

Um pequeno sorriso escapou dos lábios de Anna, e ela tocou seu rosto.

-Isso é ótimo.

O Fantasma beijou os lábios da morena frágil em seus braços e quando perdeu o fôlego, voltou a beijar a pele macia de seu pescoço. Anna voltou suas mãos para a pele macia e levemente machucada de Erik. Como se Madame Giry nunca tivesse aparecido pela porta. Erik lentamente começou a desabotoar a camisa de Anna, enquanto as mãozinhas dela vagavam pela barriga musculosa e pelas costas largas do Fantasma. Em poucos segundos, as roupas dos dois estavam no chão ao lado da cama. Anna fechou os olhos, desfrutando ao máximo da nova experiência, enquanto deixava os dedos de Erik vagarem por sobre sua pele nua, brincando com os bicos de seus seios juntamente com seus lábios. Estes mesmos lábios depois traçaram uma trilha de beijos por sua barriga, enquanto as mãos de Anna subiam lentamente por seu pescoço, acariciando a linha do queixo e depois indo para a nuca, se entrelaçando com um tanto de força em seus cabelos. A garota já gemia o nome do Fantasma antes mesmo de Erik penetrar. Quando ele o fez, foi com calma e movimentos leves, deixando Anna se acostumar. Enquanto isso, as mãos dele acariciavam o rosto dela, que mantinha os olhos fechados e gemia constantemente. As unhas dela arranhavam suas costas levemente.

Aquele era o momento mais perfeito da vida dos dois.