20 - Continuação dia das Bruxas

Eu sempre me sinto viva quando estou com Patch, é como se todas as forças do meu corpo se renovassem, minhas vontades aumentassem mas principalmente meu desejo.
Eu estava rindo sem motivos, apenas por rir, enquanto eu corria de salto pela rua de Marcie e Patch balançava sua capa como uma daquelas crianças que colocam um lençol amarrado no pescoço para imitar super- homem.
- Como vai Sr. Zorro? - Eu parei e ele me pegou no colo.
- Melhor do que nunca, Señorita. - Ele disse, fazendo sotaque latino.
Ambos rimos.
Patch abriu a porta de trás do carro para por minhas asas, mas por acidente ele me deitou em seu banco e eu puxei seu corpo para junto do meu.
Eu podia sentir o peso do seu corpo contra o meu, nossos quadris estava encaixados , nossas respirações estavam entrecortadas, nossas batidas se intercalavam.
- Anjo… - Não esperei ele terminar a frase, puxei seu rosto para mais perto.
- Sabe o quanto eu esperei por isso? - Sussurrei - Sabe o quanto esperei por você? - Levei meus lábios ao seu pescoço e ele estremeceu de forma brusca ao meu toque.
Suas mãos encontraram as fitas do meu corset, seus dedos desataram um laço por vez. Quando ele estava quase terminando, desceu sua boca para o meu decote, seus lábios fazia sons sútis.
- Ah, Patch… - gemi. Eu não conseguia me mexer, meus membros estavam tão relaxados que pareciam inertes. Meu corpo estava incendiando em lugares desconhecidos, meus lábios só conseguiam sussurrar seu nome. - Eu sou tua. - Naquele momento o fogo também tomou conta do corpo de Patch, dos olhos principalmente.
Ele se sentou sobre meu corpo e colocou minhas mãos sobre seu peitoral. Nossa, eu estava sentindo falta daquilo.
Toquei cada músculo e depois abri botão por botão, mas quando estava chegando as suas costas ele travou.
- Anjo… - Patch voltou a fechar a blusa. - Não acha que deveríamos comemorar com classe? - Ele riu pra disfarçar sua tensão, mas nem por isso eu esqueci.
- Classe? - O que ele queria dizer com aquilo?
- Sim, algo que esteja quase a altura daquilo que você merece. - Ele me beijou mais uma vez e voltou a fechar meu corset. - Algum pedido especial?
- Quero jogar sinuca. - Sorri, eu queria relembrar os velhos tempos. - Quero que me ensine.
- Sinuca? - Ele tinha um olhar divertido, porem confuso. - Tudo bem.
Ele me deu uma das mãos para que eu me levantasse. Patch saiu e eu fui logo atrás, sentei no banco da frente mas ele foi até a mala.
Coloquei o sinto e ele me entregou uma blusa de botão preta, justa.
- Vista isso. - Ele disse com a voz firme. - Não quero motivos para sentir ciúmes.
Eu ri mas obedeci. Observei a graça com que ele dava a volta no carro, parecia flutuar.
- Pronta? - Ele sentou-se ao meu lado.
- Sempre. - Sorri em resposta.