Mundos Entrelaçados

Bem vindos. Errado.


POV Harry

Desculpe desapontá-los, mas eu não queria voltar tanto assim a Hogwarts. Aquela coisa feia e rosa destruiu minha casa e transformou num tipo de prisão com aulas.(NA: Uau, parece a escola normal. NH: Não, minha escola antiga não parecia uma prisão. NA: Harry, você só ficou até os 11 anos na escola normal. Não pode falar nada! NH: Ok, ok.) A única coisa mesmo que me fazia com vontade de voltar era a AD, era a única coisa que eu realmente estava gostando na escola no momento.

Parecia que esse sentimento era mútuo, ninguém parecia estar muito feliz também. O resumo de nossos últimos dias de férias era ficarmos cada vez mais depressivos enquanto o dia de retornar a estação se aproximava. Sério, nem Snape era tão odiado assim, e olha que ninguém com bom senso gostava dele. Acho que se ela, por algum motivo, não estivesse mais lá... seria o alívio mundial! Quero dizer, até os que não tem bom senso a odeiam. Isso diz muito sobre a pessoa interior ou exterior dela, sei lá. Uma dessas.

Bem, eu só estou enrolando. O que eu quero dizer é: ela é uma pessoa muito ruim, e enquanto ela estiver em Hogwarts não vamos ter sossego.

–Até Pichi parece desanimado...- Disse Rony com a pequena corujinha na mão. -E olha que ele fica animado com tudo.

–Vai ver ele está com fome.- Disse Fred.

–É, não seria a primeira vez que o deixa sem jantar.- Completou Jorge.

–Não, até quando ele tá com fome ele fica animado.- Ele olhou para a pequena corujinha quietinha olhando pra ele. -Será que está doente?

Rony não tinha um bom histórico com bichinhos doentes. Quando o último bichinho dele ficou assim, ele parecia estar ficando esquizofrênico, ficava se escondendo nos cantos com medo de tudo e o stress estava derrubando os seus pelos. Parecia seu leito de morte. Então ele fugiu deixando uma toalha ensanguentada para trás para Rony pensar que o gato o matou, então quando o achamos, ele se transformou em um homem. Mas isso é outra história. Pichi ficar doente não era algo bom.

–Tenho certeza de que são só as pilhas dele que estão fracas.- Disse a ele. -Um descanso pode fazê-lo melhorar.

–Certo... pilhas? Como assim?-Perguntou.

–Esquece.- Falei fechando a minha mala. -Amanhã ele vai ficar bom.

Sirius foi a estação conosco, ele ficou tão feliz de sair daquela casa. Claro que foi em forma de cachorro, a forma humana ia chamar um pouco de atenção, não? Afinal, que assassino procurado não chamaria? Enfim, ele estava lá, em forma de cachorro, e estava correndo por ai que nem um doido. Fomos a estação, nos despedimos, entramos no trem, e fomos embora. Os semideuses foram de trem conosco, mas não ficamos nas mesmas cabines, pois ficava muito lotado.

Chegamos em Hogwarts, fomos até nossos dormitórios e ficamos por lá. Ninguém estava muito animado pra passeios.

POV Narrador

Não se sabia se era verdade ou apenas um sonho, pois nunca os alunos da Grifinória ficaram tão felizes.

Estava chovendo muito forte, somente os relâmpagos conseguiam iluminar o céu escuro, e estes eram seguidos por trovões, que pareciam martelos gigantes batendo nos telhados da escola. Alguns davam a impressão de destruir o teto. Era segunda feira de manhã, eles estavam nas masmorras, preparando poções na aula, mas... Snape adoecera e estava incapaz de dar aula.

Mesmo tendo deixado uma tarefa que valia nota a ser feita, somente sua ausência era o bastante para um sorriso surgir no rosto de cada Grifinório. Ao contrário destes, os Sonserinos estavam quietos e irritados, pois o professor que adoravam, pois este os deixavam em paz, não estava lá. Os únicos neutros eram os semideuses, que estavam um pouco preocupados com o supervisor que os observava sem nenhum interesse aparente. Ele ficava observando a sala em um canto, mal pronunciara palavras desde que entrara, e os semideuses podiam jurar que ele não piscou uma única vez.

Mas ele não desviava seu olhar da parede oposta, como se todos os alunos estivessem nela, o que era estranho. Alguns semideuses ficaram tão atentos que não estavam prestando nenhuma atenção ao que faziam.

–Percy?- Chamou Hermione -O que está fazendo?

–An? O que?- Perguntou ele tirando os olhos do sujeito e vendo que estava cortando a colher com a faca. -Ei, quando eu peguei essa colher?

Hermione riu, atraindo a atenção de Rony que se irritou.

–Aquele idiota...-Disse.

–Rony, se você for ter mais um desses ataques de ciúmes, eu vou ter que costurar sua boca. Por que eu não aguento mais você.- Reclamou Harry.

–Que ciúmes o que, só não quero que ela fique mal acompanhada. Ela é minha amiga, certo? E sua também.

–Mal acompanhada? É o Percy, cara. Ele é legal.

–Ele é um mentiroso.

–Porque ele esconde a identidade dele pros mortais? Nós fazemos a mesma coisa com os trouxas.

–Mas... mas...

–Já lhe avisei, costuro sua boca.

Rony ficou incrivelmente calado depois dessa conversa. Mas depois de um tempo pegou o caderno, amassou uma folha e arremessou contra a cabeça de Percy. E não foi só na dele, ele arremessou em todos os semideuses que estavam perto deles. Quando Harry achou que ele tinha finalmente enlouquecido, Rony apontou para o lado loucamente, ele queria mostrar algo.

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–Você é muito bom em poções.- Disse a garota um pouco tímida. Ele gostava das tímidas, a maioria era fácil de conquistar, e essa tinha alguma coisa que ele não sabia dizer o que era.

–Ah, não sou tão bom assim, só gosto da matéria.- Respondeu.

–Não seja tão modesto, valorize seus dons.- Tinha algo nessa garota, as palavras dela pareciam embaralhar o cérebro de Michael.

–Ah, obrigado.

Assim que a aula acabou, eles saíram. Michael não prestara atenção no caminho dos corredores e acabou se vendo em uma área deserta do castelo. A garota sorria docemente e começou a puxá-lo pelos braços. Michael somente sorria de volta e a acompanhava, ele estava feliz de vê-la alegre. Seu cérebro ainda estava embaralhado.

–Michael, espere!- Gritou uma voz conhecida.

Harry corria na direção dos dois, Michael estranhou não ter ouvido o som de seus passos já que soavam tão altos agora no corredor vazio. Ele ficou irritado, Harry estava atrapalhando! O que é que ele queria? Ele parou perto dos dois e Michael olhou pra ele com raiva.

–Só um minuto, querida.- Disse ele para a garota. "O que? Desde quando as chamo assim?"–O que você quer?- Perguntou baixo entre os dentes.

–Ah, queria perguntar se podiam vir comigo.- Respondeu ele.

–Não dá, estamos ocupados.- Disse Michael voltando-se para a garota.

–Então eu vou com vocês.- Falou Harry acompanhando os dois. "Que cara intrometido!"

–Querido...- Disse a garota sorrindo e abraçando seu braço. O cérebro de Michael, que estava mais claro, embaralhou-se outra vez. -Ele pode vir, se quiser.- Ela se virou para Harry e sorriu.

Ele sentiu uma sensação parecida com a do seu irmão. "Foco, Harry, foco!" Ele pensou. Seu cérebro desanuviou e ele os seguiu por trás enquanto o irmão e a namorada a frente sorriam imbecilmente um para o outro. Ela continuava agarrada ao braço dele, como se fosse um bicho de pelúcia comprido que uma garotinha de cinco anos acabara de ganhar. Assim que chegaram ao local, a única coisa que pode fazer foi gritar para seu irmão se abaixar.

Uma flecha com a ponta de bronze celestial passou raspando pela sua cabeça. Ela não ia machucar Michael, mas Harry avisou pois ele estava no caminho da flecha a impedindo de acertar o alvo. Ele praticamente pulou por cima da garota, então o plano falhou. Após se levantarem, estavam cercados de semideuses armados, e Rachel. Zoë apontava uma flecha em seu arco para eles.

–Mas o que é isso?- Michael perguntou se levantando.

–Ela é um monstro, Michael!- Disse Percy.

–O que? Não! Vocês a estão confundindo!- Ele respondeu.

–Michael, ela te enganou. É um...- Tentou dizer Rachel.

–Não, vocês estão enganados!- Gritou ele de volta.

–Você...- Uma voz esquisita falou a suas costas. Ele olhou na direção e viu a garota, mas ela olhava para Harry com uma raiva nos olhos que nunca pensou que veria. Ela parecia que ia saltar em cima do seu irmão, o que é que estava acontecendo? Harry engoliu em seco. -Era uma armadilha! Você me LEVOU PARA UMA ARMADILHA!- Ela gritou.

Enquanto ela perdia o controle, parecia que a raiva estava a transformando. As unhas cresceram absurdamente, seus olhos ficaram vermelhos, presas enormes apareceram. Michael já tinha ouvido falar que algumas meninas brigavam com as unhas e as vezes com dentes quando ficavam com muita raiva, mas aquela ali estava exagerando esse conceito.

–MORTAL INÚTIL!- Ela berrou pulando em cima de Harry, o derrubando e o agarrando pelo seu pescoço.

Harry não conseguia respirar, aquela mão o agarrando era muito forte. A empousai o olhava com toda a ira em seus olhos por ele ter lhe privado de uma ótima refeição. Ela levantou a outra mão próxima de seu rosto, Harry viu que suas garras eram maiores que seus dedos. Ela queria destroçar seu rosto antes de começar a sugar-lhe o sangue ou só estava querendo assustá-lo? Sua raiva dizia ser a primeira opção.

–Eu devia...- Ela parou, pareceu estar cheirando, ou farejando.-Que cheiro...?

Ela disse somente isso antes de se transformar em um punhado de pó dourado. Harry se sentou cheio daquele pó, ele parecia ter virado uma daquelas bonecas que as menininhas trouxas tinham com roupas cheias de gliter e porpurina. Se bem que ele não sabia a diferença de nenhum dos dois mesmo. Fora Bianca e sua faca de emergência que o salvaram, ela estava parada em pé ao seu lado e o ajudou a levantar.

–O que... o que foi isso?- Perguntou Michael. -Eu chamei ela de "querida"? Por que? Eu não chamo ninguém de "querida"!

Você só está preocupado com isso?- Perguntou Percy.

–Mas... mas... eu...- Ele gaguejou enquanto seu cérebro voltava ao normal.

–Vou lhe explicar o que aconteceu.- Disse Thalia -Ela fez a mesma coisa que você faz com todas as garotas. Te enganou e ia tirar proveito disso. Te fez de otário. Sabe, garotas também fazem isso. Mas a gente chegou e te salvou. Ok? De nada.- Ela deu um tapinha em seus ombros e saiu acompanhada pelos semideuses.

Eles voltaram aos corredores principais e encontraram Frank, Piper, Leo, Annabeth e Reyna.

–O que aconteceu?- Perguntou Annabeth ao ver Harry cheio de pó dourado, ele ainda não conseguiu tirar tudo.

–Belo visual. -Disse Leo -Mas acho que você exagerou um pouco no brilho.

–Ha, ha, ha. Hilário.- Respondeu Harry.