Mr. Medicine

He could be my father, but I don't give a fuck.


Pov. Jared

Eu a encarei.

- Tá, sei. – disse, e voltei a agarrá-la.

Ela nem reclamou (muito).

- Então, - comecei, olhando-a nos olhos. – você não tá afim...

Ela riu, me cortando.

- Ir pra sua casa, comer alguma coisa, ver um filme, conversar, até estarmos bêbados e você me levar pra cama...

- Bom, se você quiser assim, eu juro que não reclamo. – eu forcei um risinho e pisquei.

- Você é tão engraçado, haha. – ela ironizou.

- A menina lá do hospital acha.

- Ah é? Então por que você não convida ela pra ir pra sua casa, comer alguma coisa...

Porque ela não é você.

- Sei lá. – eu disse, por fim.

- Sei... – ela mordeu o lábio pra não rir.

- E então? – disse.

Pov. Taylor

Ele me olhava esperançoso.

Eu quase aceitei.

Quase.

Mas eu consegui resistir.

- Leto... – o brilho no olhar dele foi murchando. – não vai dar não. Como eu disse antes, não é porque eu não quis transar com Jensen, que eu vou querer com você.

- Ah, por favor. – ele disse. – Você pensa que me engana, é, menina mimada?

- Eu não quero enganar ninguém. O que sai da minha boca é toda a verdade, somente a verdade e nada mais que...

Bom, ele me agarrou de novo, e eu não pude continuar a falar isso.

Mas que mania hein, Jared.

Mania que eu adoro, vale dizer.

Ele estava me apertando contra seu peito, e brincando com o piercing na minha língua.

Mas aí, pra estragar a felicidade geral da nação, alguém bateu no meu ombro.

Com a ponta de um guarda-chuva.

Afastei meu rosto do rosto dele, e me virei.

Era uma velinha.

E algo me dizia que ela queria sorvete de flocos.

Talvez porque nos estavamos nos agarrando bem em frente à geladeira de sorvetes.

- Ah, desculpe. – eu disse, e puxei Jared pra longe da geladeira.

Ele riu e me olhou, pensativo.

- Que foi? – perguntei.

- Ela deve estar achando que eu sou seu pai.

- E quem liga? – eu disse, e dei outro beijo nele.

Ele sorriu, fofo.

- Você não está com fome?

- Sim.

- Então por que você não que ir pra casa comigo?

- Porque pedofilía é crime.

- Eu não faço nada se você não quiser...

Como se eu não quisesse.

Pareceu que ele tinha lido minha mente.

- Mas você quer. – ele riu, malicioso. – Eu já sabia, Tay.

- Não me chama de Tay, eu não quero nada!

- Tá bom. – ele riu. – Sem problemas.

- É. – eu disse. – E... eu vou pra casa.

- Então tá.

- Até mais... tchau. – eu disse, e saí andando. A essas horas eu não queria mais saber do meu carrinho de compras.

Ele agarrou meu braço.

Me virei.

- O que é?

- Não tão rápido. – ele sorriu, pervertido e lindo.

- Então talvez você possa ir... – ele tentava me persuadir, enquanto beijava e mordia meu lábio e meu pescoço.

Sinceramente, eu não sei como os seguranças ainda não haviam pedido pra que nós nos retirassemos do supermercado.

- Não não...

- Pode sim...

- Posso.

Ele me encarou.

- Mas não vou. – dei um sorriso esperto.

- Af, Taylor Momsen. – ele disse, enquanto andava comigo até o estacionamento. – Tudo bem. Você não vai resistir por muito tempo.

Ele me deixou do lado da porta do motorista do meu carro.

Me encarou por um segundo, depois piscou rapidinho e saiu correndo pro carro dele.

Ainda bem que sabe que não vou resistir por muito tempo.