Mr. Medicine

Can I eat you?


Pov. Taylor

Noite de sábado.

Acho que eu nem preciso dizer que não pretendendo sair pra transar com um certo médico gostosão.

Mas isso não quer dizer que eu não vou ver o médico gostosão.

Ou pelo menos tentar.

Fui até o prédio de Jared, usando um vestido preto, curto e de manga comprida. Plataformas de sempre.

Eu entrei, cumprimentei o porteiro, subi até o 301 e apertei a campainha.

Ele atendeu.

Fitei-o, sem dizer nada.

- Hã... Taylor.

- Eu.

- O que faz aqui?

- Será que a gente pode conversar? – disse, entrando no apartamento dele.

Banana estava por perto.

Fiz um sinal para que ele se aproximasse, e peguei-o no colo.

- Não é uma boa hora. – Jared disse.

- Por que?

- Porque... Taylor...

- Eu sei que você não quer me ouvir, Jared, mas... – eu dizia, mas ai uma voz me interrompeu.

- Quem é ela? – disse uma voz feminina.

Olhei para trás.

Havia uma mulher, de uns 30 e poucos anos, morena, altura mediana, olhos castanhos e... usando uma blusa. uma blusa. Aliás, a mesma blusa que Jared me dera pra vestir, dois dias atrás, quando eu dormi em seu apartamento.

Maneiro.

Olhei-a de cima à baixo, e depois olhei para Jared.

Ele me encarava indiferente, ainda segurando a maçaneta da porta.

Coloquei Banana no chão e fui até a porta.

Antes de sair, puxei-o pela camisa e sussurrei em seu ouvido:

- Eu sei que você pensa em mim enquanto a fode.

Eu não queria voltar pra casa, e não queria ligar pra Lindsay, nem pra ninguém.

Eu só queria ficar sozinha um pouco.

Resolvi ir ao Central Park.

Apesar de passarem das 10 da noite, o Central Park ainda está cheio.

Afinal, as pessoas aqui não são do tipo que dormem cedo.

Caminhei pelo parque, admirando a paisagem, olhando as pessoas e observando os esquilos que subiam e desciam das árvores.

Andei e andei um bom tempo, até que, mais ou menos uma hora depois, resolvi voltar para casa.

Mas antes que eu pudesse sair do parque, esbarrei em um conhecido.

- Olá, Srta. Momsen. – ele me disse, sorrindo.

- Olá, doutor. – respondi, forçando um sorriso.

- Não precisa me chamar de doutor aqui. – ele riu. – Me chame de Jared.

Jared Padalecki era o cara que cuidou do meu pai nos últimos dias em que ele esteve no hospital. Ele era legal, atencioso, simpático. Usava um jeans e uma camisa pólo que realçava seus músculos.

- Taylor. – eu disse, esticando a mão para que ele a apertasse.

Padalecki apertou minha mão, esmagando-a.

- Taylor... você está bem? – ele perguntou, provavelmente se referindo as poucas lágrimas que eu não consegui segurar.

- Estou.

- Não está não. – ele sorriu de canto. – Você precisa de algo?

Não respondi, e então Jared me deu um abraço.

Eu o abracei também, e então, ele disse:

- Quer tomar um café e me contar?

- Tá, claro. – eu aceitei, e nos direcionamos ao Starbucks.

Pegamos uma mesa no canto, e uma garçonete veio nos atender.

- Boa noite. Qual é o pedido? – ela deu um sorriso cansado.

- Pra mim, um café puro. E pra ela... – Jared olhou pra mim e esperou que eu fizesse o meu pedido.

- Um café com leite desnatado e sem espuma, por favor.

Ela anotou o pedido e se retirou.

- Então...? – ele me disse.

- Bom, vejamos. Tem um cara, tem uma garota, que sou eu, e tem um outro cara, esse último você até conhece...

- Traição? – ele perguntou, indiferente.

- Não! Veja bem, você conhece Jared Leto...

Fiquei um bom tempo contando tudo com detalhes para o Dr. Padalecki, e isso rendeu 3 cafés com leite desnatado e sem espuma pra mim e 2 cafés puros para ele.

Era pouco mais de meia-noite, Jared e eu estavamos bem acordados por causa dos cafés e, quando eu acabei de contar (e ele foi bem legal e tentou me ajudar), ele pagou a conta e nós saímos do café, e andamos algum tempo sem rumo pelas ruas iluminadas de Nova York.

- Ei, sei como você se sente. – ele disse, num sorriso sincero. – Já passei por algumas experiências assim, e, acredite, o melhor é manter a calma, esperar e pensar antes de fazer as coisas.

- Tá, eu vou tentar. – sorri de volta.

Jared colocou uma de suas mãos em minhas costas, de um jeito protetor, e perguntou:

- O que quer fazer?

-Eu não sei... o que você quer fazer?

Ele riu.

- Eu quero te comer.

Escorreguei pra longe de Padalecki, fazendo com que sua mão escorregasse na parte de trás do meu corpo e depois caísse ao lado de seu corpo.

Encarei-o por um segundo.

Ele gargalhou, se aproximou e colocou um de seus braços em cima do meu ombro.

- Brincadeirinha.

Fitei-o por mais algum tempo, com a expressão num misto de indiferença e cara de wtf?.

- Doido. – disse, por fim, voltando a caminhar.

Jared riu.

- Tá bom, bonita, está entregue. Tenha uma boa noite. – Padalecki disse, em frente a porta da minha casa. Ele beijou meu rosto e depois afagou minha cabeça.

- Boa noite, obrigada. – sorri e beijei seu rosto também.

Entrei no prédio e Jared virou as costas para ir embora.

Entrei no meu apartamento, meu pai permanecia em seu quarto, provavelmente dormindo.

Tomei um banho e depois fui para o meu quarto.

Coloquei uma roupa pra dormir.

Dei uma olhada pela janela.

A janela estava fechada, mas dava pra ver entre uma fresta da cortina.

Jared estava sentado em sua cama, olhando pra mim.

Mostrei meu lindo dedo do meio para ele, fechei as cortinas e me deitei, sem sono, por causa dos cafés. Mas, apesar disso, dormi em pouco tempo.