Era domingo de manhã, fazia um bonito e ensolarado dia de primavera. Do seu quarto Hannah podia ouvir os pássaros cantando no jardim e se chegasse na janela poderia ver a profusão de gérberas, rosas e margaridas nos canteiros. Até mesmo a árvore de cerejeira que plantou com o nascimento de Willian floresceu pela primeira vez e um delicado perfume se desprendia das belas sakuras.

Se Hannah decidisse olhar pela janela, ela veria além das belas flores o gracioso gazebo que havia sido montado exatamente para aquele dia, umas poucas mesas com toalhas brancas e cordões de flores e velas que faziam um caminho até o pequeno altar.

Se olhasse pela janela ela iria se deliciar com a visão de um bonito bolo com dois bonequinhos sobre ele, rodeado de doces dos mais variados tipos.

Se ela realmente olhasse pela janela ela veria seus pais e amigos mais próximos, todos a espera da noiva. A espera dela.

Mas embora estivesse de frente a janela e olhando para o jardim, a única coisa que Hannah podia enxergar era o homem que amava, de calça e camisa social branca, de pé, em frente ao altar. Esperando a noiva. Esperando ela.

— Mamãe? – Will entrou correndo no quarto, despertando-a de seu devaneio.

— Oi meu amor?

— A vovó disse que tá hora.

— Chama o vovô para mim então querido.

— Tá bom mamãe. Eu vou chamar ele e depois vou ficar lá na frente com o papai.

Hannah sorriu com a fala do filho. Desde a volta de Darcy, há pouco mais de um mês, Will não se desgrudava dele por nada.

— Ah... – ele voltou como se tivesse esquecido algo – Mamãe?

— Oi?

— Você está linda, parecendo uma rainha.

Novamente ela sorriu.

— Obrigada querido. Mas sabe por que eu pareço uma rainha?

Ele olhou-a curioso.

— É porque meu filho é um príncipe. – respondeu beijando a face de Will.

Sorrindo o garoto foi chamar o avô.