Mosli a História

Capítulos 43 - Cumplices


Carmem entra no quarto e fecha a porta.

Carmem: repete Marian eu não ouvi direito.

Marian (meio nervosa): é que... Olha dona Carmem não é o que está pensando.

Carmem (da uma risada): calma Marian não se exalte (pega na mão da menina) você está muito nervosa vamos conversar (e a leva até a cama escrivaninha e as duas sentam).

Marian: dona Carmem eu não estou te entendendo.

Carmem: eu vou te confessar uma coisa, mas você promete guardar segredo.

Marian: claro você pode confiar em mim.

Carmem: eu também não suporto a Mili.

Marian (se sente aliviada): sério? O porque?

Carmem: lógico. Aquele jeitinho meigo dela não me engana eu prefiro mil vezes você que é astuta e pelo que sei você tem potencial. Eu me identifico muito com você.

Marian (sorrir): nossa eu achei que jamais ouviria isso de alguém.

Carmem: a minha proposta é o seguinte você topa ser meus olhos e meus ouvidos nesse orfanato?

Marian: você está me pedindo para ser sua cúmplice? Te contar tudo o que acontecer aqui?

Carmem: exatamente.

Marian: claro que eu aceito.

As duas riem.

Marian: mas eu vou querer algo em troca.

Carmem: calam você vai ter a sua recompensa eu tenho bom gosto na hora de escolher presentes. Você só tem que ter mais cuidado porque paredes têm ouvidos.

Marian: eu prometo tomar todo o cuidado do mundo.

Carmem: e eu acho bom. Mas e aí você sabe alguma coisa a respeito de alguém aqui?

Marian (pensavita): deixo eu lembrar aqui. Eu sei de um segredo da Mili.

Carmem (sorrir): da Mili ainda por cima? Conta logo.

Marian: você se lembra de quando a Cintia queria levar a Mili para outro orfanato longe daqui?

Carmem: eu lembro sim. Aí a idiota fugiu do orfanato.

Marian: então ela atacada por um maníaco ou bêbado eu sei lá o que era. Daí ela tomou trauma de tinha vários pesadelos.

Carmem (pasma): eu não acredito. A songa monga foi violentada. (rir) Que legal.

Marian: bom não foi bem assim. Na noite em que eu acordei com a Mili tento um pesadelo ela desabafou tudo comigo e me disse que ele não chegou a estupra ela, mas a agarrou e a beijou a força por sorte ela conseguiu escapar dele.

Carmem: nossa e tanta tempestade só por causa de um beijo?

Marian: é que aquele foi o primeiro beijo dela e foi forçado. Você já sabe como é a anta da Mili é cheia de não me toque.

Carmem: que raiva a Mili não era para ter conseguido escapar, mas aquele homem é um imbecil mesmo ele tinha que ter agarrado ela de uma vez e violentado a princesinha.

Marian (rir): ai Carmem é só você mesmo.

Carmem: minha querida a papo está muito bom, mas eu preciso ir embora tenho mais o que fazer. (ela se levanta)

Marian (também levanta): tudo bem e qualquer coisa eu te mantenho informada.

Carmem: assim que eu gosto. Mas tenha muito cuidado para ninguém ficar sabendo da nossa parceria. Ouviu!

Marian: sim dona Carmem.

(Cena 02)

No instituto Cida e Daniela já estavam reunidas com as crianças na sala.

Cida: isso todos sentados em seus lugares que as aulas já vão começar.

Cida ainda estava organizando tudo na sala enquanto lá fora Mili chega e para a surpresa de Daniela que é a diretora do colégio deles ela vê Mosca.

Daniela (sorrir): nossa é muito bom vê vocês aqui.

Mili: Obrigada. E eu trouxe o Mosca comigo.

Daniela: é eu estou vendo. E aí Mosca tudo bem?

Mosca: tudo sim Daniela.

Daniela: vocês esperam só um minutinho que a Cida já vai chamar.

Mili: espero.

Mosca: ok.

Mosca: o Daniela eu espera que ia ter mais crianças. São só aquelas que estão na sala?

Daniela: sim. É que infelizmente não é fácil você trazer uma criança para cá. Em primeiro ela tem que querer aprender.

Mili: e nós vamos nos esforçar para consegui isso.

Mosca: isso ai sim, mas é muito melhor trabalhar com crianças que realmente quer aprender do que uma que nega se ajudada.

Daniela: infelizmente você tem razão, mas outro negocio que eu quero te pedir?

Mosca: o que?

Daniela: para você se apresentar para as crianças como Felipe e esquecer o Mosca pelo menos aqui dentro.

Mosca: se você acha melhor assim.

Mili: e eu posso me apresentar como Mili?

Daniela: Mili pode. E outro assunto vocês tenham paciência com essas crianças e principalmente com a Erica e o Lucas.

Mosca: e o que têm a Erica e o Lucas?

Daniela: a vida de nenhuma criança aqui foi fácil o Lucas, por exemplo, sofria maus tratos dentro da propria casa e fugiu e foi morar nas ruas.

Mosca: eu também já morei nas ruas e sei o que é isso.

Daniela: e a Erica a mãe dela não tem juízo mora em uma república com um bando de jovens irresponsáveis e lá a menina sofreu abusos foi estuprada. E por isso ela tem medo de quase tudo.

Mosca: e essas crianças moram aqui não é?

Daniela: agora sim.

Mili: pelo menos isso essas crianças não podem ficar com essas pessoas.

Mili se sentiu mal em ouvi o que aquelas crianças já haviam passado e principalmente a Erica, pois Mili já passou por uma situação parecida e sabia o quanto foi horrível. Mosca também se sentiu mal e por isso teve mais incentivo para ajudar aquelas crianças.

(Cena 03)

Carol estava à sala de sua casa assistindo Tv e Junior chega a sala e já estava pronto para ir trabalhar.

Junior: até que em fim você tirou esse dia de folga.

Carol: pois é hoje eu acordei meio indisposta, mas não tem problema o Chico e a Ernestina cuidam muito bem das crianças.

Junior: meu amor eu estou indo trabalhar e não quero que você fica sozinha em casa.

Carol: não precisa Junior.

Junior: mesmo assim eu ficaria mais tranqüilo sabendo que você está com alguém. Vai para o orfanato.

Carol começa a sentir uma dor na barriga.

Carol: Aí.

Junior (vai até ela): que foi meu amor?

Carol: está doendo muito. Acho que é o bebê?

Junior: vamos para o hospital.

Junior leva Carol para o hospital.

(Cena 04)

A noite todos já estavam jantando no orfanato a cozinha estava um silêncio apesar de ninguém saber de nada parecia que estava sentindo. Um tempinho depois o telefone toca.

Ernestina: eu já acabei deixa que eu atendo.

Ernestina vai até a sala atender ao telefone e os outros continuam na cozinha. Alguns minutos depois Chico percebe que Ernestina está demorando e vai atrás dela e quando voltam para a cozinha alguns notam que eles não estão bem.

Mili: está tudo bem Ernestina?

Ernestina: está.

Pata: não é o que parece.

Chico: é melhor a gente contar logo.

Cris: é sim uma hora ou outro nós vamos saber mesmo.

Ernestina: você tem razão Cris. Eu vou contar.

Nessa hora todos ficam apreensivos, pois sabiam que não era uma noticia boa.

Ernestina: a Carol... Ela perdeu o bebê.

Todos ficam muito tristes, pois sabiam que a Carol e o Junior queriam muito um filho.

Mili: e como a Carol está?

Ernestina: está fora de perigo, mas muito triste por ter perdido o bebê.

Pata: e tem como a gente ir para o hospital agora?

Chico: mas há essa hora?

Mosca: Chico, por favor, nem é muito tarde?

Chico: tudo bem vamos para o hospital?

Todos vão para o hospital para apoiar Junior e Carol.

(Cena 05)

No quarto do hospital Carol estava na cama ela estava chorando e Junior tentava ser forte para apoia-la mais não conseguia. E a médica chega ao quarto.

Carol: e aí doutora eu vou poder engravidar de novo?

Cláudia: olha Carolina seus exames já estão prontos e felizmente você está fora de perigo, é saudável e vai poder engravidar de novo e quantas vezes você quiser.

Junior e Carol ficam mais aliviados, mas não contentes.

Junior: então porque ela perdeu esse filho.

Cláudia: algumas coisas acontecem e não tem explicação. A gente fica tentando achar uma resposta, mas se não foi é por que não era para ser foi porque Deus quis assim.