More Than My Own Life

56. Nosso final feliz


Pov Renesmee

Eu estive pensando em todas as grandes e pequenas decisões que me levaram aquele instante, através da minha janela com vista por Rio Hudson eu me preparava para voltar para casa após um longo dia no escritório que havia montado a alguns anos junto a Jacob, Alec e Quil. Meu marido me prometeu me seguir para onde eu fosse, então após concluir direito eu resolvi que estava na hora de voltar a Nova Iorque e ele não discordou, na época nossa menina tinha uns três anos de idade.

- Doutora Black – Claire me chama, ela também resolveu que queria morar em uma cidade grande e eu não pensei duas vezes antes de contratar ela para trabalhar diretamente comigo.

- Já passou do seu horário de trabalho, Claire. Agora é só Nessie. – respondi

- Tudo bem, Nessie. Eu só queria te avisar que a minha afilhada aprontou algo na escola e a professora ligou para Jacob no lugar de ligar pra você.

Arfei. Jacob não era o tipo que tinha pontos fracos, ou que fechava os olhos para coisas erradas porém quando se tratava dos interesses de Sarah ele era como massa de modelos nas mãos hábeis da nossa primogênita de treze anos.

- Sabe dizer o que foi?

- Briga. O que mais seria? Sabe bem como Sarah é esquentadinha.

- Melhor eu ir antes que meu marido e o seu marido passem a mão na cabeça dela novamente. – grunhi, Quil que era padrinho da minha filha também era massa de modelos nas mãos dela.

Eu estive pensando na felicidade, em como corremos tanto atrás de algo que no está no final mas sim no caminho. Lembrei-me das últimas palavras de Renée pra mim “ A felicidade está no caminho” eu não entendi muito bem isso, achei que minha avó estivesse delirando em seus últimos momentos, mas agora analisando tudo com calma vejo que ela tinha razão. A felicidade não está no fim da nossa jornada, está na estrada até o fim.

Dirigi pelas ruas de Nova Iorque, sem me preocupar com muita coisa. Quando chegasse em casa eu enfrentaria duas pessoas que mais amo nesse mundo, colocaria a” casa em ordem “ como Benjamim costumava falar e em dois ou três dias eles não se lembraram de mias nenhuma palavra que saia da minha boca. Quase não tive tempo de abrir a porta, e o cachorro batizado por “ Merlim” que pertencia a Sarah e ao Jeremy, meu filho menos de quatro anos, quase me derruba pulando colocando as patas na minha cocha, manchando minha saia preta imediatamente

- Sarah, você ficou de dar banho nesse cachorro! – já reclamei de cara.

- Mamãe, mamãe- Jeremy exigia minha atenção e eu o peguei no colo. Ele as mãos e a boca até meu ouvido, como se estivesse tentando me contar um segredo.- Sarah foi má na escola.

- Perdão senhora, ele insistiu em saber o motivo da irmã estar em casa antes que a senhora chegasse.

- Tudo bem. – respondi a tranquilizando. – Onde está meu marido e minha filha?

- Bem aqui.. – responde Sarah.

- Nessie, pega leve. – pediu Jacob.- Sarah já pediu desculpas pro ter brigado, ela estava só defendendo uma das amigas.

Eu estava longe de ter uma família perfeita, isso não existe! Mas eu tinha sim a família perfeita pra mim. E não me referia apenas as que dividiam o teto comigo, mas todos aqueles que compartilham laços sanguíneos ou não, mas fizeram parte da minha história. Me ajudaram a construir essa minha versão e ainda estão por aí, torcendo por mim.

Jacob me abraçou, tocando gentilmente seus lábios nos meus como em todas as tardes quando eu chegava em casa. – Já disse hoje que eu te amo.? – balancei a cabeça negativamente. – Eu te amo, amo demais. – eu sabia que ele estava ganhando tempo para a filha, me fazendo ficar calma pra não brigar com ela, e sinceramente eu estava cansada demais para discutir então só aproveitei o momento que terminou na família inteira sentada no sofá, vendo desenho e comendo pipoca com refrigerante.

A felicidade bate a porta, está preparado para atender?

No fim destes dias encontrar você que me sorri, que me abre os braços, que me abençoa e passa a mão na minha cara marcada, na minha cabeça confusa, que me olha no olho e me permite mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro. Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem.”

Caio Fernando de Abreu

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.