- Estive pensando, talvez seja bom para você esse nosso período por aqui. – comentou Renée para Renesmee enquanto a garota escolhia as batatas inglesas avó e neta estavam longe de serem boas cozinheiras, e já que a tarefa de cozinha sempre acabava para Bella, era a tarefa delas fazer as compras no mercado toda semana. Agora que estavam em Forks, não seria diferente.

Renesmee tinha completado seus dezoito anos na semana anterior, comemorou em alto estilo como sempre com seus amigos de Nova Iorque. Mas agora, estava presa nessa cidade minúscula e nem podia realmente reclamar com a mãe, já que havia um motivo bem forte para elas estarem ali : Charlie estava enfrentando um tratamento de câncer. Ela escolheu as batatas, e caminhou em direção às cenouras sendo seguida por sua avó.

- Detesto ser a garota novata, não sabe o tormento que foi hoje sendo apresentada a todos como algum tipo de animal raro. – bufou fazendo Renée sorrir

- O animal raro mais lindo, certamente.- brincou.

Elas continuaram com as compras, e já estavam indo em direção ao caixa quando uma voz feminina chamou por Renée. Embora já fizesse bastante tempo que não via, jamais esqueceria de alguém que cuidou como uma filha. Leah Clearwater era filha de Sue, que era uma das grandes amigas de Renée. Hoje Leah era uma policial, trabalhava em Seattle mas havia sido mandada para Forks para investigar algumas situações.

- Renée Dwyer!

- Leah, minha menina – elas se abraçaram, Renesmee se manteve em silêncio esperando se apresentada. Mas não pode deixar de notar a arma por baixo da jaqueta que Leah usava – Como você cresceu, e como está linda. – Renée segurou nas mãos de Leah, sentido o peso da idade.

- E essa deve ser a filha de Bella, certo?

- Isso mesmo. – Renée concordou, Leah estendeu a mão.para cumprimentar Renesmee, que retribuiu o gesto.

Renée continuou seu falatorio com Leah, queria saber como ela estava, o que fazia, onde morava. E Leah parecia feliz em responder cada pergunta dela. Leah sempre gostou de Renee e de Bella, Renesmee não saia mas Leah era a única pessoa além de Bella que sabia quem de fato era o seu pai. E no que dependesse de Leah, a promessa feita a Bella se seguiria : Renesmee nunca saberia.

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Jacob Black, promotor em Seattle caminhou pelo escritório indo direto até a sala de Quil Ateara, defensor público e amigo de infância. Estranhou o fato da secretária dele não estar em seu lugar e como já conhecia bem o amigo e a secretária resolveu bater antes de entrar. Meche na maçaneta só para se certificar que a porta estava mesmo trancada.

- Entre – a voz tensa do advogado Ateara o entregou de imediato. Ele entrou, sorriu maliciosamente ao ver Camille tentando disfarçar. Obviamente era final de expediente, não havia quase ninguém ali e todos já sabiam do rolo que existia entre Quil e Camille.

- Olá, doutor Black. Como vai?– Camille o cumprimentou gentil como sempre.

- Não tão bem quanto meu amigo aí, pelo visto. – Camille imediatamente corou, abaixando os olhos envergonhada.

- Com licença. – ela se retirou.

- Você é um babaca, Black. – Quil cuspiu as palavras assim que a secretária fechou a porta. – O que quer?

- Te convidar pra beber, diferente do seu dia, o meu foi péssimo.

- Ok. Devo convidar alguém em especifico? – Quil jogou a isca, ele sabia que Jacob estava se interessando por Leah. O grande problema é que Leah tinha interesse em outro.

- Não. – respondeu Jacob.

Cada um em seu próprio carro, eles dirigiram até um bar bastante conhecido dos mesmos, e bem frequentado. Ocuparam a mesa de sempre, Jacob se sentou no banco acolchoado em formato de U, de um jeito que pudesse observar todo o movimento. Não estava armado, quando saia pra beber sempre deixava a arma ou no escritório dele ou na própria casa, e isso só o fazia ficar ainda mais atento a qualquer movimento. Jacob estava ativo na promotoria a dois anos, e já tinha feito inimigos que adorariam ver ele sete palmos abaixo do chão.

- Uma dose de tequila – pediu a garçonete.

- Não exagera Jake, ainda é terça-feira - advertiu Quil.

Depois de uma boa conversa, Jacob percebeu que havia uma garota loira olhando para eles de longe. Ele não soube dizer com certeza, mas achava que já tinha a visto em algum lugar.

- Claire Young – Lembrou-se de onde a conhecia.

- Quem?

- Claire Young não para de olhar pra você em específico. – Jake murmurou, tomando outra dose da tequila.

Quil se virou, olhando para a direção que Jacob indicava. Não podia negar, a poria era belíssima. Mas, parecia jovem demais, talvez até menor de idade e não estava nenhum pouco afim se se meter em problemas desse tipo.

- Bonitinha, mas não parece ter idade para estar aqui.- disse Quil com desdém

- Claire tem dezenove. Não se preocupe, eu não conto pra Camille.

Quil avaliou as possibilidades, se a garota que o encarava era mesmo maior de idade então não haveria problema nenhum. Até porque nunca prometeu exclusividade para Camille.

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Charlie assistia a uma reprise do jogo de basebol que havia passando enquanto tô ele estava em uma das suas sessões de quimioterapia. Billy Black estava ali, fazendo uma visita ao velho amigo. Bella na cozinha começava a preparar o jantar quando ouviu o barulho do carro de Renée sendo estacionado em frente a casa.

- Billy, conheça a garota mais linda do planeta, minha neta Renesmee Swan. – Charlie murmurou todo orgulhoso assim que ela passou pela porta trazendo com ela algumas sacolas do mercado. Renée vinha logo atrás. – Renesmee, este é Billy Black um grande amigo.

- É um prazer conhecer você, senhor Black

- Pode me chamar de Billy, querida.

- Que surpresa boa, Billy! – exclamou Renée, realmente feliz por ver ele aqui. – Vai ficar pra jantar?

- Não perderia por nada. – as mulheres foram deixar as coisas na cozinha, e Billy não perdeu a oportunidade. – Como é voltar a morar com a ex-mulher?

- É como estar casado novamente, mas sem sexo. – ambos gargalharam. Era bem isso mesmo, Renée tinha voltado aquela casa a menos de uma semana e já parecia que nunca tinha ido embora. Já estava até reclamando dos hábitos de Charlie.

Mesmo que os motivos de ter as três mulheres nessa casa não fossem bons, Charlie estava feliz em ter elas por perto. Como a família que nunca deveriam ter deixado de ser.