Would you bleed for me?

Michael's POV

O maldito policial que estava me interrogando/torturando, agarrou meu cabelo e forçou minha cabeça para baixo, afundando-a num enorme balde cheio d'água. Meus pulmões ficaram sem ar rapidamente e eu me desesperei; comecei a me contorcer, até que ele me puxou para cima. Retomei rapidamente o ar para meus pulmões e ouvi alguém gritando por mim, e eu soube que era Lillia. Virei meu rosto para ela e lutei para dar meu melhor sorriso.

"Eu amo você", gesticulei com a boca, sem produzir som. Ela me fitava assustada, e respondeu com um grito:

— Eu também te amo!

O policial acertou meu rosto com um soco, fazendo-me olhar para ele. Eu o fiz, com ódio.

— Onde está o resto do seu bando? — Perguntou impaciente.

Não respondi, permitindo-o ter um acesso de fúria. Ele estava prestes a me socar novamente, quando Lillia gritava para parar, fazendo ele voltar a atenção a ela.

Ele baixou a mão e deu seu melhor sorriso diabólico.

— Tudo bem, continue calado.

O policial se dirigiu à porta, acendendo uma chama de desespero em mim, perguntando-me aonde ele iria. A porta da sala em que Lillia estava se abriu, passando o policial por ela, e a fechando em seguida.

— NÃO! NÃO, POR FAVOR! — Eu berrava e me contorcia para me soltar, mas ele aproveitava de minha dor. Era inútil.

O homem deu inúmeros tapas no rosto de Lillia, que começara a chorar de desespero e dor.

— Você vai falar ou não?! — Ele levantou a mão, ameaçando bater nela novamente.

Resista, Lil, não entregue o jogo.

Ela arfava, não aguentaria mais.

— E-eu... — Lillia começou, mas baixou a cabeça em seguida. — Faça o que quiser. Eu nunca vou entregá-los.

Para minha surpresa, e ela acertou um chute na intimidade do policial, fazendo-o cair no chão e gemer de dor.

Kat's POV

Estávamos em um dos arsenais dos garotos. Eu andava de um lado para o outro, imaginando Lillia na prisão, não aguentando no primeiro dia. Bati com força na mesa, fazendo todos me olharem assustados.

— Dá pra sair a droga de um plano no meio de todo esse lixo?!

Calum pegou um papel e o abriu sobre a mesa, revelando uma planta.

— Essa é planta do departamento em que Mikey e Lillia estão. Michael está aqui. — Ele apontou para o lugar onde existe uma sala. — E Lillia está ao lado. Estão sendo interrogados e os policiais farão de tudo para arrancar o nosso paradeiro deles. Temos que ser rápidos, eu e Luke vamos resgatar o Mikey. Ashton e Katherine vão pegar a Lillia... — Determinou. — Meu medo é que Lillia seja estúpida o suficiente para nos entregar.

— Ela nunca faria isso! — Protestei.

— Sua amiga é fraca. — Ele se virou e pegou um fuzil. — Se não chegarmos antes, seremos presos também. Quem dera se Lillia fosse durona igual a você, Katherine.

Permaneço em silêncio. Ele estava certo. Lillia não aguentaria a pressão. Pegamos armas necessárias para invadirmos o lugar e recarregamos todas. Peguei granadas e facas. Ashton foi até seu carro e esquentou o motor.

— Vamos nessa. — Disse Luke, jogando as armas dentro do carro e entrando no banco de trás.

Entrei em seguida, sentando-me ao lado de Luke, que sorriu. Calum pegou sua Magnum Sniper Rifle AWP. Ergui uma sobrancelha e cedi à curiosidade.

— Pra que a Sniper?

— Nunca se sabe quando eu vou precisar. — Respondeu Calum.

Ashton acelerou e dirigiu até o Departamento de Polícia. Levamos uns quinze minutos até chegarmos. Ainda com a Lamborghini em movimento, coloquei parte do meu corpo para fora da janela e puxei o pino de uma granada, atirando a mesma na entrada do lugar. Ashton estacionou e saímos do carro. A explosão havia estragado o sistema de alarme da entrada e algumas câmeras.

Calum chutou a porta e retaliou os policiais e funcionários que ali estavam, sem dó nem piedade. Fui com Ashton para o segundo andar, onde Calum disse que estaria Lillia. Atirei em alguns policiais que estavam no caminho e olhava de relance para trás.

— É aqui. — Disse Ashton.

Chutei a porta e me deparei com um deles batendo em Lillia.

— Ei, seu merda. — Chamei e ele se virou.

Abri um sorriso irônico e acertei uma bala no meio da testa do policial.

Michael's POV

Eu estava desesperado, até que alguém chutou a porta e acertou o crânio do homem. Eram Kat e Ashton. Uma chama de felicidade acendeu-se em mim. Mas as surpresas não pararam por aí. A porta da sala em que eu estava fora aberta e Luke e Calum passaram por ela.

— Cara, não temos muito tempo, anda! — Falava Luke, enquanto Calum me desamarrava e jogou um fuzil para mim.

Fomos todos correndo até a saída. Lillia estava desmaiada nos braços de Ashton, que exigia cobertura enquanto corria até o carro conosco. Entramos todos e Kat pisou no acelerador.

Em meio à perseguição, cutuquei Calum, que estava no banco do passageiro.

— Hum? — Ele me olhou.

— Temos um amigo nosso em Portugal, né? — Perguntei.

— Temos, por quê?

Abri um sorriso. Iríamos escapar desse inferno.

— Amigo? Está mais pra amigo da onça. — Defendeu Ashton, bufando.

— Tem um avião partindo para Portugal daqui a alguns minutos. Kat vai pro aeroporto.

— O quê?! Não podemos ir para Portugal! — Questionou ela.

— Não podemos ser condenados à pena de morte! — Disse Calum.

Ela pareceu hesitar por um momento, mas fez o que pedi. Kat conseguiu despistar as viaturas da polícia o tempo suficiente para que entrássemos no lugar onde partiam os aviões. Apontei para o avião que iria destino a Portugal e corremos até o mesmo; subimos as escadas e entramos. A comissária de bordo pareceu assustar-se e veio até nós. Quando ela estava prestes a falar algo, Calum a interrompeu:

— Ei, vamos precisar dessa banheira voadora, então temos que acertar as passagens em cima da hora. — Ele deu seu melhor sorriso sedutor e eu me segurei para não rir.

Os dois caminharam pelo corredor do avião, com Calum pondo uma pistola contra a costa da mulher. Os dois entraram no banheiro e sabe-se lá o que rolou depois. Nos sentamos nas cadeiras do meio e Ashton colocou Lillia do meu lado e eu a envolvi num abraço apertado, fazendo-a acordar assustada.

— Não! Pare, por favor!

— Ei, ei. — Chamou Luke, do lado dela. — Somos nós.

Katherine abriu um sorriso para confortá-la e Lillia me fitou, abraçando-me forte em seguida.

— Mikey...

— Sei que, nem se pedisse mil desculpas, você iria me perdoar pelo que eu a fiz passar hoje... — Disse.

— Está tudo bem. Eu amo você. — Ela apertou a bochecha contra meu peito, fazendo-me sorrir.

— Eu também amo você.

Calum saiu do banheiro e veio até nós. A moça estava com o batom borrado e o uniforme desorganizado. Luke soltou uma gargalhada e disse:

— Seu zíper está aberto, amigo.

Calum olhou para o zíper e o fechou, sentando-se na cadeira ao lado de Ashton.

— Como foi a compra das passagens? — Perguntei, com um ar brincalhão.

— Ótima. Ela sabe como fazer negócios. — Respondeu, rindo.

Lillia havia dormido em meus braços. Encostei a cabeça na dela e resolvi dormir também, até que chegássemos ao destino.