Mitologia, Magia E... Pirataria?

Capítulo 10 - Welcome, to the Earth side..


Olá, não sei se vocês me conhecem. Meu nome é Lara, tenho 13 anos, e sou filha de um deus grego, Zeus. Vivo em um acampamento de verão que é moradia para várias outras pessoas como eu, semideusas. Há duas semanas, perdi uma aposta com umas bruxas loucas no meio de uma missão, e acabei sendo enviada para outro universo. Não sei o nome deste universo, mas sei que aqui existem também, pessoas com poderes, que são as portadoras de Akuma no Mi (Frutas do diabo), e as que sabem controlar os dois tipos de Haki, o de observação e o de armamento (soube que tem um raro também, que o Luffy, capitão dos piratas do Chapéu de Palha, sabe controlar, que te deixa com uma aura loucona que intimida os inimigos só de chegar perto). Tivemos poucas aventuras, mas elas me marcaram muito, isso é sério. Robin e Nami, as duas únicas tripulantes mulheres, estavam trabalhando em um portal para me enviar de volta, mas há uma semana, elas me revelaram que não seria possível. Mas, de qualquer forma, agora estou de volta ao acampamento. Muita coisa aconteceu durante essa semana, então vamos por partes:

1º dia: Um monstro enorme apareceu, chamado Rei dos Mares. Não, não era Poseidon. Quem derrotou: Zoro e Franky. Sanji-kun cozinhou e nos serviu logo depois, guardando as sobras para a noite, estava uma delícia!

2º dia: Somos atraídos para uma armadilha da Marinha. Fui capturada por um tal marinheiro chamado Smoker, e os outros não puderam fazer nada (estavam dormindo, e eu não costumo dormir muito aqui, já que o fuso-horário me confunde).

3º dia: Lembro-me que Robin me contou sobre uma prisão de piratas, Impel Down, e percebo que é para lá que estou sendo levada. Estou sendo mantida dentro de um quarto especial, envolvida por camadas e camadas de borracha, acho que aprenderam a parar os meus raios.

4º dia: Converso com a capitã Tashigi e ela me revela que ainda faltam três dias para chegarmos a Impel Down. Contei para ela da minha origem, mas ela não acreditou muito, porém continuamos a conversar, e ela me explicou mais ou menos a guerra que ocorreu em Marineford, e nós temos um mal-entendido porque não concordo com a política da Marinha desse mundo.

5º dia: Conheço um novo pirata, também mantido como prisioneiro, seu nome é Kyle, e ele tem a recompensa de 20.000.000 berrys. Ele me conta suas aventuras e eu conto para ele as minhas, com as pessoas do acampamento.

6º dia: Era o dia de chegar a Impel Down, mas não chegamos lá, pois encontramos com uma Schichibukai, uma das sete pessoas que comandam os oceanos, a Imperatriz Pirata, Boa Hancock. Ela para um tempo no navio, e quando me vê, vem conversar comigo, e pergunta se sou a nova tripulante do Luffy. Eu confirmo, com orgulho, e, achando que ia levar outra lição de moral, os olhos dela brilham e ela me revela que é apaixonada por ele. Ela promete me ajudar e me levar de volta ao navio, então derrota alguns marines e me captura. Peço para que ela liberte Kyle também, e ela o faz.

7º dia: Boa Hancock me diz que sabe sempre onde Luffy está, e me leva rapidamente de volta para o navio dele. No navio das piratas Kuja, sou tratada muito bem, as garotas são ótimas e me lembram das caçadoras. Quando nos aproximamos do navio, uma velhinha repreendeu Boa Hancock para que ela não entrasse nele, já que ela era contra piratas. Depois de muita discussão, eu agradeço e digo que posso ir voando para lá. Quando entro no Thousand Sunny, não reparo a movimentação, só vejo Luffy acenando para Hancock e agradecendo por me trazer de volta. Eles não me perguntam nada, absolutamente nada, então eu logo descubro por que. Atrás deles, tinha uma menina com o penteado meio punk deitada e com os olhos fechados. É óbvio que era ela. Era mais que óbvio. Quando ela acordou, antes que alguém falasse nada, apresentou-se:

Eu sou Thalia, filha de Zeus.

Eu não pude conter a emoção, e saí correndo para abraça-la. Ela sorriu o que é bem raro, e me contou que está trabalhando na minha busca desde sempre. Conseguiu conversar com umas seguidoras e filhas de Hécate, então me rastrearam e abriram um portal para cá, mas só duas poderiam passar, então ninguém veio com ela, já que eu deveria voltar. Eu comecei a chorar, mas não era por emoção. Era porque eu estava deixando os meus queridos companheiros.

Oferecemos comida a ela, mas ela negou de cara fechada, dizendo que enquanto todos estavam desesperados me procurando, eu estava aqui com novos amigos. Thalia sabia parecer má quando queria, e ela conseguiu amedrontar por completo o Usopp e o Chopper.

Alguns choraram também, junto comigo, Sanji-kun me deu uma mochila ENORME cheia de comida, Luffy até dividiu umas carnes comigo! Nami me deu a camisa que haviam pintado, Chopper deu um DenDen Mushi, e resolvemos tirar uma foto juntos, com o celular da Thalia, que suspirou e concordou.

Finalmente, abracei todos da tripulação, e fui com Thalia em direção ao portal. Com lágrimas nos olhos, soluçando, falei minhas últimas palavras a eles:

–Adeus, pessoal... Obrigada por cuidarem de mim esse tempo todo!

Isso causou uma comoção maior que o esperado. Só sei que desmaiei, assim que entrei no portal.

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Quando abri os olhos, estava no chalé de Zeus, com Thalia dormindo ao meu lado, e Jason, sentado e segurando a minha mão do outro.

–Olá, irmãozinho...

–Finalmente! – Ele disse, me abraçando. – Vamos para o Pavilhão, estão todos a esperando.

–Espera, tenho que tomar um banho antes!

Depois de tomar o banho, coloquei um short e minha nova camisa, dos Chapéus de Palha, e fui cumprimentar o pessoal.

Eu estava sentindo muita falta dali, aquele ambiente familiar e quentinho, com a fogueira de Héstia, E Héstia, todos... Assim que apareci, eles começaram a gritar, me cumprimentar, mas quando se calaram, a única coisa que pude pronunciar foi:

– Quíron, desculpe-me, por favor... Não consegui completar a missão. – E abaixei a cabeça, mas tudo o que fizeram foi começar a rir.

–Você morreu, e ressuscitou, estava desaparecida e foi encontrada, não vou brigar com você por causa de uma missão!

E todo mundo comemorou, todo mundo estava feliz, e eu também estava. Ou aparentava. No fundo, eu sentia muita falta dos meus queridos piratas.

No final da festa de comemoração, eles queimaram uma mortalha em minha homenagem, e um trovão ribombou no céu. Pelo menos Enel não estava com raiva de mim. Ops, Zeus.

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No outro dia, acordei cerca de quatro horas da manhã, ainda com problemas no fuso-horário e não consegui dormir de novo. Coloquei a mesma blusa da noite anterior, e fui até o lago, onde me sentei, e observei Apolo nascer. La no fundo, bem no horizonte, tive uma visão assustadora.

Três navios da Marinha vindo em direção ao Acampamento...