Em uma entrada de escola qualquer em New York, EUA.

—Eae, yamma-kun.- Grita um jovem de porte razoavelmente magro, cabelo arrepiado, loiro e olhos azuis, enquanto acena com o braço para um jovem japonês. Yammamoto se aproxima e eles se cumprimentam dando um toque com a mão fechada com um soco.

—Você podia parar de me chamar assim, né Roger!? Afinal, eu sou japonês mas você não precisa por "kun" no final. - Diz Yammamoto, jovem japonês não muito gordo e com cabelo liso e franja típica usada bastante por japoneses.

—Me deixa em paz! Te chamo como quiser. - Se distraindo enquanto uma garota bonita passa- Olha ali! é gatinha!- Diz alto o suficiente e apontando pra menina enquanto ela virava.

— Seu maldito!- Yamma da uma porrada no braço de Roger abaixando ele- Olha pra menina e começa a rir junto com Roger.

—Mas e então, cara... - Yamma observa todo mundo entrando.- Estudou pra prova?

— Sim, mas não entendi muito bem, esse professor não sabe explicar - Roger apoia as costas ao lado do portão de entrada da escola coçando a cabeça - sem base fica complicado e eu fico preocupado.

—Verdade... esse professor quer comer a gente. Vai, vamos entrar e ver no que dá. - e os dois entram pelo portão já quase sendo os últimos do lado de fora e vão par a sala de aula. Trinta minutos depois Roger está olhando para o relógio em cima do quadro coçando a cabeça, enquanto Yamma está de cabeça baixa na mesa, aparentemente dormindo. Roger tira um pedaço de papel da prova e faz uma bolinha de papel, espera o professor virar e taca em Yamma. Se levantando com cara de sono, Yamma olha na direção da bolinha e vê Roger falando sem voz e perceber que é pra ler os lábios dele.

— Já acabou?- Diz Roger.

—Já, mas acho que ta errado. - Yamma também fala para ele ler seus lábios e vê Roger olhando pra ele com raiva.

— Se esqueceu que não sei ler lábios? sim ou não?- Então Yamma balança a cabeça com sinal de sim e Roger levanta o braço. - Professor! Acabei.- O professor se vira e vai em direção ao Roger e Yamma também levanta o braço.

—Eu também professor.- O professor recolhe a prova dos dois, confere se todas questões estão resolvidas e autoriza eles a saírem. Já no corredor...

— Foi bem, Roger?

—Nem... não fiz tudo, escrevi qualquer coisa, estava afim de sair.

—Você ein, não é mole! Tá cedo ainda, bora ficar sentados na cantina?

—ué, você estava quase dormindo lá, por que não vai pra casa?- diz roger virando em direção a cantina.

—To com muito sono, então to com preguiça de ir pra casa. Bora pra lá esperar um pouco comigo.

—Como você é chato ein, bora, bora.
Os dois sentam na mesa, sem comprar nada na cantina, Roger se jogando pra trás na cadeira como se estivesse com o pesso do mundo nas costas, e Yamma deitando.

—To cansado dessa vida, cara. Queria estar em casa jogando vídeo game. - diz Roger bufando de cansaço, parecendo que havia corrido 5km.

—Eu também, eu também. Fazer o que!?- Responde com a voz abafado por estar com a cabeça abaixada. Roger da uma porrada em cima da mesa com a mão mas Yamma n se mexe.

—Levanta a cabeça pra falar, porra. Assim não da pra ouvir direito.
Yamma vira a cabeça pro lado pra sua boca ficar pra bora- Dá pra me deixar em paz? Eu disse que também estou.

—Você nem pode reclamar, maldito. Você tira nota boa.

—Porque eu me importo em não sair de casa pra fazer um exame de Corpo de Delito.
Roger ri tentando segurar, enquanto imaginava Yamma apanhando.- Mesmo assim.

—Mesmo assim nada, da muito trabalho ter que pensar pra ganhar dinheiro e sobreviver quando crescer.- Diz Yamma agora levantando a cabeça com os olhos que não davam pra saber se eram sono, ou pura genética japonesa.

—Faria de tudo pra sair dessa... - Roger fica olhando por nada, e se levanta repentinamente.- Bem, vou pra casa, não to com paciência pra ficar aqui.
Yamma sai de cima da mochila.- Nem pra me esperar perder o sono, ein!? Mas também to cansado, se houvesse um meio, também faria.
—Beleza, flw. - E Roger da um toque de mão fechada pra se despedir.

***
No dia seguinte, no portão da escola estava Roger esperando Yamma, quando o vê e o cumprimenta como sempre. Então Yamma fica na ponta do pé por Roger ser uns 15cm maior que ele e põe o braço em volta do pescoço dele, puxando-o.

— Ei! - Diz roger saindo do braço.- Qual foi?

— Vamos, você não disse que se houvesse um jeito de sair dessa vida trabalhosa você não sairia?

— Matar a prova de Biologia e Geografia vai ajudar nisso? Diz olhando para Yamma com um olhar confuso.

— Acho que vai ein... Relaxa, só vem comigo.

— Mas pra onde? Assim você me come. - Desistindo já da prova que estava com "muita vontade de fazer", Roger começa a seguir Yamma.

—Calma amor, não se exponha. Você vai ver.

—Para com essas porras, vão achar que sou viado.- Roger bate com a parte superior da mão fechada no braço de Yamma.

—Ai!- e esfrega o braço - Ta na hora de ter noção de força, ein?
Roger olha ao redor e vê que estavam indo pro centro, aonde há uma concentração de lanchonetes e lojas. - Aonde vamos afinal?

— Ali. - Aponta Yamma para uma lanchonete.

—Seu fdp, não to com fome. Você me faz matar prova pra ir em lanchonete?

— Fica calmo, cara. Olha quem está entrando ali todo bêbado.

— Ué!? nosso ex-professor de história?

—Bingo.
Nesse momento Roger vê que ele devia realmente estar falando sério e segue ele quieto pensando em quais seriam sua intenções, entrando na lanchonete e sentando com ele na mesa de se ex-professor. Eles ficam sentados parados olhando pra cara do professor, sérios, e o professor com um sorriso aberto enquanto a garçonete colocava uma xícara de café na mesa. A lanchonete era comum como todas as outras, com poucas coisas diferentes, um balcão enorme no fim da loja para as garçonetes pegarem os pedidos e o caixa do lado. Aonde ficariam paredes, haviam vidros para ver o lado de fora, as cadeiras e mesas eram presas no chão e as garçonetes usavam patins para se locomover pela lanchonete.

— E então? O que vocês querem? - diz ele derrubando o café que tentou pegar e esticou o braço demais. Os meninos levantam rápido pro café não cair em cima deles.

— Já chega fazendo merda, depois não sabe porque foi expulso- Diz Roger puto.

— Em minha defesa eu sei sim, abusado- fala o professor apontando o dedo pra Roger.

— Não reclame Roger, graças a ele ser assim, tiravamos boas notas sem esforço.- comenta Yamma enquanto levantava o braço chamando a garçonete.

—Viu, Roger? aprenda com o Yamma-kunzinho.
Yamma senta á mesa calado enquanto a garçonete passavam pano na mesa, novamente, sérios, vendo o ex-professor co os cotovelos na mesa apoiando a cabeça nas mão e olhando a encarando.- Eae, docinho? quanto preciso comprar aqui pro seu telefone vir na nota fiscal?

—Por favor senhor, respeito com o meu trabalho.- Diz a garçonete.
Roger da uma porrada em cima da mesa com a mão, e fica encarando ele.

—Nossa, acabou o senso de humor de vocês?

— Fala logo, Yamma, pra que você nos trouxe aqui?- Roger ainda irritado por não entender nada.

—Então professor... - Yamma é ininterrompido.

—Por favor, me chame de Adrian, não sou mais seu professor.

— Enfim um bom senso.- Comentá Roger.

—Ok! Nos diga como funciona o esquema das provas, desde elas chegarem na escola, até o dia da aplicação.

—Por que dois jovens de apenas 14 aninhos querem saber, ein?- Diz Adrian tentando se encostar na cadeira mas quase caindo no chão por causa da tontura.

— Tome 100 dolares e desembucha, sem perguntas. - Yamma arrasta o dinheiro na mesa até ele, que fica encarando, mas então pega rápido. Roger olha espantado pra Yamma, e vê um olhar diferente, sua postura preguiçosa havia sumido e ele estava realmente sério com o professor. O fato de subornar o ex-professor só reforçava isso, Yamma sempre foi certinho e nunca gastou dinheiro atoa.

— Ahhhh...- Adrian levanta o dinheiro contra a luz pra confirmar a autenticidade.- É... Não sou mais nada daquela escola mesmo. Enfim, a princípio os professores levavam suas provas em um pen driver e imprimiam tudo no dia, mas isso dava muito trabalho. Além de ficarem dependentes do computador da escola, era uma fila grande e todos tinham que chegar com muita antecedência. - Yamma interrompe.

—Aonde fica esse computador?

—Ah, na sala dos professores, aonde mais? Continuando, depois de tanta confusão eles simplismente enviam ou usam com uma semana de antecedência o computador e vão imprimindo durante a semana.

A esse ponto, Roger já tinha em mente uma ideia do que Yamma queria, mas achou que seria uma loucura. - Yamma, você não está pensando em...- Roger é interrompido enquanto falava.

—Sim! Se ainda fosse do mesmo jeito quando Adrian entrou na escola, seria extremamente difícil, mas agora, agora parece razoavelmente tranquilo.- Explica Yamma colocando a mão no queixo enquanto pensava.

—Bem, esse é o esquema das provas... licença, eu estou atrasado pra uma aula. - Diz Adrian se levantando cambaleando e quase derrubando o resto de café da segunda xícara que a garçonete havia trago.

—E lá se foi o emprego dele... - Diz Roger.
Yamma se vira para Roger, sério, com um braço em cima do apoio da cadeira e o outro na mesa, o encarando. - E então? Você disse que faria qualquer coisa...

—Mas assim do nada? Sem ter ideia? Só com uma dica de um bêbado expulso?

—Não vou pensar em um plano com você na dúvida, só pode da certo se você se jogar.
Roger olhou pela janela da lanchonete, pensando e não querendo acreditar na proposta de Yamma, mas vê pessoas passando bem vestidas, indo ao trabalho a base de bocejos e caras feias, ele era jovem, o que tinha a perder? Ainda virado para a janela, fez o sinal com a mão fechada para Yamma tocar.- Bora. - Diz Roger.

—Assim que se fala.- Yamma cumprimenta. - Vamos esperar acabar as provas e semana que vem a gente pensa em algo.

—Beleza. - E os dois se levantam.
***
Na semana seguinte estava Roger como o de costume no portão da escola esperando Yamma, o horário de entrada era 7:30 am, quando o sinal toca e Roger e cansa de esperar Yamma, ele recebe uma mensagem no celular dizendo " Me espere para entrar. Yamma". Então resolveu esperar. Em 10 minutos Yamma chegou e eles entraram, proibidos pelo coordenador de subir para a aula pelo o atraso, foram "obrigados" a esperarem no pátio até o próximo sinal.

—Você chegou atrasado, pode falar.- Roger joga a mochila na mesa no pátio e senta.

—Por que acha isso?- Yamma mais calmo coloca a mochila e se senta olhando para Roger que apontava com o polegar para uma porta atrás a uns 15 metros de distância deles.

—A sala dos professores.

—Sim, detalhe, pelo o que fiquei sabendo o zelador é o primeiro a chegar e ele é quem tem a chave da sala.

—Então basta pegarmos a chave?- Roger abre os braços gesticulando- Só isso?

—Não é tão simples, se pegarmos ele não vai ter como fechar e provavelmente, como nossa escola é razoavelmente rigorosa, no dia seguinte iriam trocar a fechadura, encurtando nosso tempo para fazer seja lá o que for que iremos fazer.- Yamma coloca os braços em cima da mochila como se fosse deitar e deita só com a boca no braços enquanto fica olhando pra sala pensando em algo.

—Verdade, ficar desesperado, com pressa e medo é a ultima coisa que precisamos.- Roger cruza os braços e se encosta na cadeira virando e olhando para a porta.

—Poder ser que precisemos de mais pessoas.- Sugere Yamma

—O que? Quer mesmo confiar em outros aqui?

—Se nos entregarem, só vai acontecer a mesma coisa que aconteceria se formos pegos, ou até um castigo mais leve. Mas não é uma má proposta que alguém rejeite, basta escolher com cuidado...

—Certo, mas não pode ser todo mundo, e também precisamos saber do que vamos precisar e de quem.- Começa Roger a abrir a mente para mais possibilidades. Yamma levanta rapidamente com uma expressão de ideia.

—E o Taylor?

— Taylor? Do primeiro ano? Por que ele?

—Você se esqueceu? Ele treina mágica profissional, pode ser útil.

—Não se esqueça que mágicas são apenas truques.

—E você não se esqueça que as pessoas caem nelas porque é tudo planejado de forma que te faça não entender o que aconteceu.- Yamma da uma leve risada, sem esconder como sempre a sua felicidade em quando da bons argumentos à alguém, com um leve tom de "te peguei".

—É, faz sentido.- Roger fica olhando pro nada por uns 5 segundos e se levanta.- Bem, não lanchei em casa, vou na cantina e já volto.- Na volta da cantina, enquanto comia seu salgado, Roger vê criancinhas indo para suas salas com massinhas de moldar em mão e teve uma ideia, sentou de volta à mesa- E se dessemos um jeito de tirar o molde da chave e voltássemos a noite?

—Bem, pode ser que sim...-Yamma pensa por um minuto- Ou não.

—Por quê?-Roger diz de boca cheia, deixando cair o hambúrguer que comia, indignado achando que havia tido uma ótima ideia.

—Pensa bem, de noite, se as câmeras estiverem ligadas será uma evidência, de dia um aluno entrar na sala dos professores é mais normal. Se o gerador estiver desligado, e ligarmos ele só para usar o computador, pode chamar atenção, ou até mesmo soar o alarme da escola...no fim, se não faz sentido tirar a chave dele por um dia, não faz sentido tirar o molde.

—Oi?- Roger pergunta distraído.

— Oi o que?

—O que você disse?- levando o refrigerante a boca.

— Seu FDP! não prestou atenção? Adotado!- Nessa hora Roger cospe o refrigerante que estava bebendo em cima de Yamma.- Porra! você foi achado no lixo, só pode.- Roger estava rindo tão alto que o coordenador teve que vir da uma bronca nele. Quando o coordenador sai.- Me da esse refrigerante, também n vai beber merda nenhuma.
Segurando o riso ainda, Roger só pode dizer - Justo, Justo.- Quando finalmente se acalmou.- Foi mal, me distrai com a fome mas ouvi um pouco, se você foi contra, é porque não deve ter sido uma boa ideia mesmo.
Yamma olha pra ele encarando-o, se levanta e joga o refrigerante na lixeira. - Não conseguiu seu refrigerante de volta.

—NÃO!- Roger estica as mãos para a lixeira, e deixa corpo cair pra baixo, desmotivado. O sinal toca e eles são obrigados a subir.

—Vamos.- Chama Yamma- Na saída falamos com Taylor.
Subindo as escadas Roger indignado ainda.- Você me deve um refrigerante, só pra avisar.

—Você me deve levar umas cuspida na cara.

—Pode ficar com o refrigerante, é veneno mesmo.
***

Antes mesmo do sinal tocar, Roger e Yammamoto já estavam com o material guardado, esperando para saírem na frente e encontrarem Taylor antes dele ir embora. Após o sinal sendo os primeiros a levantarem, vão rápido descendo as escadas para irem pro portão, aonde Roger viu de longe e apontou para ele amostrando para Yamma, um rapaz não tão alto, com uma toca branca com uma estrela dentro de um circulo preto, que tampava as orelhas, um casaco preto e mãos nos bolsos.

—Yamma, vai conversar com ele aonde?

—Não sei, aqui não pode ser... Se ele aceitar ir naquela lanchonete.- Quando eles viram para o verem de novo se assustam.- Roger, você viu pra onde ele foi?- Roger olha assustado.

—Não, ué...

—É a lanchonete ali depois da esquina? - Diz Taylor de trás deles, eles dão um grito de susto e todos da saída olham pra eles estranhando.

—C-como?- Gagueja Yamma.

—Pensei que eu tivesse uma fama pela escola.- Taylor debochando.

—Só confirmou ela.- Yamma fica sério- E é sobre isso que queremos falar com você.- Roger repara de novo no olhar sério de Yamma, um pouco de inveja por tanta confiança, e surpresa por não conhecer esse lado de um amigo de anos.

—Opa! Partiu lanchonete. Lanche é livre?- Taylor sai andando balançando os braços como se estivesse correndo.

—NÃO!- Grita Roger e Taylor afrouxa o passo e abaixa os braços desanimado.
Já na lanchonete, sentados Roger e Yamma um ao lado do outro e Taylor à frente, a garçonete entrega um refrigerante a Yamma, se estica sobre a mesa e entrega o de Roger, e na volta Taylor já estava tomando o café dele tranquilo, fazendo a garçonete indo embora sem saber o que aconteceu.

—É obvio que ele pegou o café dela, mas a velocidade e sem ninguém perceber é que me deixa intrigado. - Comenta Roger.

—É por isso que faz sentido eu pedir café, já virei tantas noites treinando que o café virou meu melhor amigo.- Explica Taylor.- Mas qual é a boa?- enquanto dá um gole em seu café.
Yamma toma a frente.- Resumindo, tomar o controle do sistema do computador na sala dos professores e mexer, razoavelmente, a nosso bem entender.

— Por que não? preciso de mais tempo pra treinar mesmo.- Diz Taylor abrindo os braços com um sorriso malicioso.

—Tão fácil assim? Não vai perguntar nada? - pergunta Roger espantado.

—Não... O resultado é satisfatório, basta pensar no meio agora.- Taylor continua a tomar seu café tranquilo. - Vai ser muito útil se der certo, voces só precisam me explicar o que pensaram até agora. - depois de ouvir a historia toda deles Taylor acrescenta. - Acho que vamos precisar se mais um membro e conheço um de confiança pra ajudar a gente.

Yamma e Roger se olham e dão de ombros. viram pra Taylor e concordam com a cabeça.

***
Semana seguinte, dia de por o plano em prática. Taylor, Roger e Yamma chegam atrasados, após serem advertidos pelo coordenador, no qual eles não iam com a cara nem um pouco, Yamma foi passando despercebido pela sala dos professores até o banheiro logo após a porta. Taylor parou em frente a porta e fez sinal para que a diretora viesse até ele. Ao abrir a porta.

—Deseja alguma coisa, querido?- Diz ela gentilmente.

—Sim, quero fazer uma reclamação sobre o coordenador.

—O nosso coordenador? Mas o que poderia ser?- Ela põe a mão no peito espantada.

—Ele me chutou porque eu e meu amigo- Nesse momento ele aponta para Roger- Chegamos atrasados.- Roger acena que sim.

—Não acredito.- Ela sai pela porta e vai em direção ao coordenador enquanto Yamma sai do banheiro correndo e entra na sala dos professores.

—Ei! Coordenador!- Grita Taylor e ele vem até eles, antes de chegar,a diretora já estava falando com ele alto.

—Como assim você chutou um aluno pelo o atraso?- Diz a diretora indignada.

—Um chute!? Que absurdo.- Irritado olhando para Taylor, o coordenador. Taylor da a volta pela diretora e para do outro lado dela.

—É claro que me chutou, está doendo até agora!

—Olhe aqui garoto.- o coordenador vai até Taylor e aponta do dedo na cara dele- Respeito comigo e com o meu profissionalismo. - Taylor da um passo a frente o forçando a dar dois pra trás.

—Me desculpe então.- Taylor de vira e o coordenador acerta um chute em sua bunda.
Nesse exato momento na sala 1001, um telefone toca alto atrapalhando a aula do professor presente.

— Senhor Langford, Poderia desligar seu aparelho, por favor?

—Professor, pode reconsiderar? Meu pai está internado e minha mãe está me ligando, por isso deixei o telefone ligado, preciso atender.- Langford se levanta e pede por favor mais uma vez.

—Nesse caso por que veio à escola?- Diz o professor cruzando os braços.

—As provas passaram e eu não fui muito bem, preciso ainda melhorar como aluno, é o minimo que posso fazer pelo meu pai se ele sair do hospital.- o professor fica 10 segundos encarando o rosto preocupado de Langford, e resolve liberar.

—Tudo bem, saia de sala e atenda.
Já do lado de fora, olhando a briga lá em baixo. - Estou na linha.
Ao ver com seus próprios olhos o coordenador chutando o aluno, a Diretora fica muito furiosa e vai em direção a sua sala, enquanto o coordenador a gritava, dizendo que o pé dele foi puxado e começou a segui-la. Roger entrega o seu celular pra ela e diz.

— Aqui! Eu tenho o telefone do Dono, sou filho do amigo dele, fala com ele.- Roger pega a mão dela e põe o telefone.

— Alô? Senhor Vaughn? - Diz a Diretora indo de volta a sala dos diretores.

— Sim, Roger me contou tudo. Por favor, venha ao portão junto ao Coordenador para que eu possa adverti-lo.- Já com a mão na maçaneta da porta, a diretora para.

—O senhor não pode vir até aqui na sala dos professores para conversarmos a sós?

—Eu estou ouvindo ele gritando daqui, por favor, eu estou com pressa e aqui fora ele não irá se expor ai ridículo de gritar, isso se ele der valor ai seu cargo na escola.

—Sim, senhor.
A diretora fecha o celular, devolve o celular à Roger e segue a passos firmes sendo seguida pelo coordenador ainda querendo convencê-la de que ele não chutou. Yamma sai da sala dos professores e confirma que ocorreu tudo bem, eles dão um sinal de confirmação para Langford no terceiro andar, e todos voltam paras suas respectivas salas. Após Roger e Taylor serem chamados pela diretora e explicarem que foi apenas uma brincadeira que Taylor e Roger fizeram com seu fio incolor usado em mágicas, o que custou uma advertência e suspensão, eles foram obrigados a saírem da escola naquele exato momento, onde ficaram esperando na lanchonete por Langford e Yamma.

Ao se depararem com Taylor e Roger felizes comendo hambúrguer e tomando um copo enorme de refrigerante, pela janela, Yamma e Langford apertaram os passos para entrar e se sentar com eles.

—Eae, Yamma!?- Grita Roger ao vê-lo entrando no restaurante.- Executou o arquivo?
Yamma se senta à mesa- Sim. Espero que os 400 dólares que juntamos para pagar esse software tenham valido a pena.

—Não se preocupe.- Taylor somando um gole de refri.- Ele é de confiança, o conheço faz tempo.

—Bem, então está tudo certo?- Langford fala enquanto levanta o braço para as garçonetes o atenderem.

—Graças a sua lábia, o professor de química é rigoroso com uso de aparelhos eletrônicos e interrupções no meio da aula.- Acrescenta Yamma.

—Modéstia parte, faltou a parte em que eu fiz a diretora ir ao portão igual uma boba.- Langford é cutucado pela garçonete atrás - Ahh! Um lanche igual ao deles, por favor, e grande.

—Um double bacon-cheddar Grande pra agora!- Grita a garçonete para o balcão.

—E também por executarmos o plano no horário de aula, com todos os professores dando aula, não tinha como ter nenhum na sala, só a diretora mesmo.- Lembra Yamma.

—Você diz isso mas era muito incerto.- acrescenta Taylor.- Quando Roger e eu saímos da escola, vimos um professor chegando atrasado.

—Mas deu tudo certo, alias, pra casa do Yamma depois daqui, testar o software e "corrigir" nossas notas?- Pergunta Roger, ainda com sua mania de falar de boca cheia e cuspindo a comida.
Ao ver a cena e perceber que estava a frente de Roger, langford - Não se atreva a falar quando meu lanche chegar, não quero sua essência nele.- diz apontando para Roger.

—Ok, ok.- ainda derrubando comida.

— Vamos com calma, vamos testar, mas acho melhor começarmos a mudar nas próximas provas, não seria suspeito fingir que se dedicou a melhorar a nota anterior.- Explica Yamma. - Não vai ser bom aumentarmos nossas notas do nada. para não levantar suspeitas.

—Eu concordo.- Sem ninguém ver, Taylor já estava tomando café, e sua bandeja com a garçonete.
Assustado, Roger que estava ao seu lado resolveu perguntar.- Como você faz essas coisas, cara?

— O nome disso é "Miss Direction". Você tem a sua atenção desviada e eu trabalho nesse momento, treino muito pra isso.

—Ha! Viu, Yamma!? Tudo truque.- Diz Roger se gabando.

—Não deixa de ser impressionante, Roger. -Yamma usando seu sorriso de bom argumento. - Mas é isso pessoal, obrigado pela ajuda.

— Vai terminar por aqui?- Pergunta Langford.

— Bem, alcançamos nosso objetivo.- Diz Yamma.

—Acho que esse "objetivo" formou um grupo em potencial.- Diz Taylor tomando seu café.- Vamos ver no que vai dar.
A garçonete entrega o pedido deles e Yamma olha pela janela, vendo o mundo rodar.- é, vamos ver.