Epílogo

Uma onda telecinetica abalou o Fantasticarro, mesmo o Quarteto Fantástico e o filho da Jean Grey estarem longe do castelo de Victor.

–O que foi isso? – perguntou Johnny, se levantando. Reed deu uma rápida olhada no radar e viu que o castelo havia desaparecido.

–Algo grande. – ele concluiu e virou a nave, voltando para o castelo.

Assim que chegaram, encontraram tudo destruído e carbonizado, como se tivesse havido um terremoto e um incêndio logo depois.

–Você acha que eles...? – perguntou Sue ao marido, o desespero estampado no rosto.

–Receio que sim, querida. – ele a abraçou enquanto ela chorava.

–Ela não merecia. Só estava tentando nos ajudar. – ela chorava. Johnny começou a remexer o entulho ainda com esperança. Mas a mesma se desfez assim que encontraram o corpo da menina sob um imenso pedaço de concreto.

–Ben! Me ajuda aqui! – gritou Johnny. Nicky havia ficado na nave, fechado no compartimento de carga para não causar problemas.

–O que foi, Johnny? – perguntou o amigo. Ele notou o corpo embaixo da pedra e a tirou do lugar com um empurrão. – Reed! Venha aqui! – chamou o grandão.

–Sim? Oh, meu Deus! – ele se abaixou e pegou o corpo da menina no colo. Ela estava com o vestido ensanguentado, um fio de sangue descendo pelo rosto e os cabelos, antes ruivos, estavam brancos como neve. – Temos que levá-la para algum hospital! – eles correram de volta para a aeronave e a deitaram no banco.

–Vai ficar tudo bem. – Johnny murmurou para si mesmo enquanto colocava o cinto.

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–Ela acordou. – avisou a enfermeira. Havia passado uma semana desde o confronto entre Mirella e Victor, mas ela ainda não havia acordado. Não precisava mais de aparelhos ou coisa do tipo, apenas dormia tranquilamente no leito de hospital. Johnny foi o primeiro a levantar.

–Eu quero vê-la. – ele se adiantou e correu para o quarto da garota. Ela estava sentada com os olhos fechados e uma lágrima escorria silenciosa. – Mira? – ele chamou. Não sabia descrever o alívio por vê-la acordada e bem.

–Johnny? – ela sorriu ao vê-lo ali, são e salvo, apenas espiando ela porta e se preocupando com ela.

–Se sente bem? – ele se aproximou dela com um leve sorriso. Ele se sentou na cama e pegou sua mão. – Você está fria.

–Estou bem, só meio tonta. – ela sorria de forma triste.

–O que foi? – ele perguntou, preocupado. Seu rosto ficou sério e ele a fitou com pesar.

–Eu fui a causa da morte da minha irmã e nem sei o que ela fez de mal pra mim. É como se eu tivesse matado uma completa inocente com um tiro na cabeça! – ela apoiou a cabeça no peito dele e chorou. Vinte minutos passaram com eles conversando sobre o que aconteceu no castelo, até que ela tocou em um ponto importante.

–Como vocês escaparam da prisão? – ele suspirou.

–A sua irmã nos ajudou. Ela estava nos mostrando o caminho para sair de lá quando ouvi você gritar e disparei atrás de você sem olhar para trás. Ela ia te tirar de lá quando seu pai não estivesse vendo, mas parece que não funcionou. – ela abaixou a cabeça e fitou o chão.

–Eu sou um desastre. – ele levantou o rosto dela pelo queixo.

–Não, não é. Sabe, faz um tempo que eu quero fazer isso. – ele a beijou de forma calma e gentil, sem pressa, um beijo simples e romântico. Quando o ar faltou e eles se afastaram, ele pode ver o brilho nos olhos dela. Um brilho único.

–Johnny... – ela sussurrou, maravilhada. Havia sido seu primeiro e melhor beijo. Único. Ele sorria de forma infantil, como se houvesse ganhado um presente que há tempos vinha pedindo. Ele pegou a mão dela e colocou por entre as suas.

–Eu te amo, Mirella von Doom, você é única e perfeita pra mim. – ele dizia, a olhando nos olhos. Ela apenas sorriu e o abraçou.

–Eu também te amo, Jonathan Storm.

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Fazia um ano que tudo havia acontecido e Sue se sentia culpada por não saber o que dar para a garota. Ela embrulhou o presente que havia comprado e preparado e foi para o quarto da menina. Ela bateu na porta de leve e entrou.

–Mira? – ela se sentou ao lado da garota na cama e a abraçou de leve.

–Oi, Sue. – ela respondeu, triste. Seu rosto refletia o pesar por aquele dia.

–Querida, eu tenho uma coisa pra você. – ela entregou o presente para a menina e olhou pela janela. A noite estava estrelada no céu de Nova Iorque, uma coisa linda de se ver.

–Sue... E-eu amei! – ela abraçou a mulher loira sorrindo. Havia sido o melhor presente, sem sombra de dúvida!

–Que bom, querida. Tenho que fazer o jantar. Desça logo. – ela falou e se levantou, saindo. Mira passou em frente ao espelho e viu a mesma menina loira de sempre. A Fênix parou de tentar assumir o poder depois do incidente no castelo von Doom e seu cabelo voltou ao normal. Ela colocou o presente no criado mudo e desceu para o jantar. O melhor presente de todos. Um porta retratos com a foto de família que haviam tirado no ano anterior. Um dos melhores dias da sua vida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.