Apartamento do Yagami

A sala tinha uma mesa com vários líquidos e órgãos, a janela estava fechada e a claridade era barrada pela cortina preta

Alexander estava no quarto sentado no chão enquanto olhava a parede branca, se assustou com o barulho do celular, o futuro havia mudado, desde o outro dia ele mudava, mas ele não prestava muita atenção, pois mostrava as coisas de uma pessoa que havia visto no dia anterior, pegou o celular e o primeiro nome que viu foi o de Miyu

–claro, agora vou saber onde estão, mas o que aconteceu? A mãe da Miyu não atendeu o telefone nem ontem e nem hoje, Miyu também não – olhou direito a tela do celular - hm...? na casa da Suki? Por que? O que foram fazer lá? Se Suki é perigosa fora de sua casa, imagine na casa – pegou uma faca e uma arma, escondeu na blusa e saiu

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Residência Tsukishiro

–está com fome? Pois eu estou –diz Suki olhando a cama, mas não ouviu resposta, agora os celulares iluminavam um pouco o local já que estavam ligados, mas não dava para ver direito o que tinha na cama, foi até ela e se sentou, as correntes fizeram barulho –olha o aviãozinho – diz ela brincando com a colher, mas não abriram a boca para ela colocar o alimento – é feio deixar comida no prato sabia? Mamãe vai ficar chateada – dizia ela – abra a boca assim ó – abre a boca e depois fecha, tenta colocar comida na boca, mas de novo ela não foi aberta – tudo bem se não quiser não coma – se levantou, colocou o prato em cima da mesa e saiu do quarto

A luz de fora adentrou no quarto, mostrando Miyu acorrentada pelas correntes um pouco enferrujadas, seus braços estavam presos na cabeceira, eles estavam todos marcados com arranhões, cortes e roxos, as pernas estavam presas em baixo no mesmo estado dos braços, no chão tinha um pouco de sangue, seus logos cabelos ruivos estavam jogados e algumas mechas caiam em seu rosto, seus olhos vermelhos estavam semi abertos mas se fecharam totalmente depois, a luz logo foi embora, Suki fechou a porta, mas a pouca claridade continuava no local, os televisores das câmeras instaladas na casa iluminavam um pouco, eles denunciaram Alexander pelando o portão e se escondendo, Miyu abriu os olhos e olhou as câmeras, seu olhar estava sem vida

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–hm... ela é má e meu diário não fala nada sobre ela, o que acontece? – olhava a janela enquanto descascava uma maça

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Alexander estava no quintal

–"Suki está descascando uma maça na cozinha e Miyu está em um quarto escuro da casa" o que ela ta pensando? – abre a porta principal e a fecha cuidadosamente

Na cozinha

O celular de Suki faz barulho, ela o pega e lê

–"Alexander entrou na casa", então aqui será seu tumulo –diz com um olhar psicótico enquanto tombava a cabeça para o lado, foi em direção ao quarto em que Miyu estava e antes parou no quarto de seus pais e sussurrou – desculpe pelo barulho, papai, mamãe não me castiguem – passou no quarto do irmão – o mesmo vale para você, mesmo depois de tudo que me fez –fala Suki voltando a andar, abriu a porta e se sentou na cadeira que estava de frente a mesa – vamos nos divertir um pouco? – sorri, olha para Miyu – você está acordada, poderá ver o espetáculo, ele é mau também, ele quer acabar com meus plano, briga com ele também – termina de fala e volta sua atenção para os monitores – ele terá uma grande surpresa

Alexander andava pelos corredores e viu varias portas abriu a primeira e não tinha nada alem de uma cama, nos corredores havia algumas portas as olhou e viu nomes nelas, decidiu abrir a segunda e viu Miyu acorrentada em uma cadeira, entrou no quarto sem olhar o diário, seu pior erro, a porta fechou no mesmo instante ele tentou abri-la, mas não conseguiu, foi ate Miyu quando tocou ela caiu

–um boneco – disse para si mesmo, olhou o local em que estava e viu botijões de gás e uma câmera que parecia estar ligada, ela também tinha um microfone e um pequeno alto falante embutido, ouviu uma risada descontrolada – Suki

–estava pensando o que quando veio aqui, hein? –tentava se controlar sem sucesso, mas isso fazia sua voz ficar estranha, assustadora

–você esta com ela não é? – ele pergunta olhando a câmera

–e por que se importa? Isso não faz diferença, mas já que ira morrer irei lhe responder, sim estou com ela, será um portador a menos depois, ficaria mais fácil, por que se importa? –pergunta a rosada novamente

–você é totalmente louca – olha seriamente a câmera

–louca eu? Quem veio dar uma de herói? Quem é que tira órgãos das pessoas? Me responde Alexander Yagami – fala irônica

–tsc...ela estava confiando em você, e você fez isso

–ela estava confiando em você também, creio que você iria matá-la quando menos esperasse, então eu não sou a única vilã aqui

–eu não disse a ela para confiar em mim – continuava Alexander

–não me interesso por isso, bye bye – diz dando um pouco de risada e apertando um botão que fez com que os botijões liberassem o gás

Alexander tampou o nariz com a manga da blusa e tenta pensar em algo, pois não poderia contar com seu diário, pois o mesmo só lhe contava coisas sobre as pessoas que lhe feriam, olhou a parede e viu um duto de ventilação, pegou o boneco e tacou na câmera com força e a quebrou, subiu em cima da cadeira, pulou em cima dela e conseguiu tirar a grade, pulou novamente e se pendurou na entrada começou a entrar dentro do duto com dificuldade, mas conseguiu, quando estava longe o suficiente a sala explodiu, decidiu ir mais rápido

–"alguém já traiu minha confiança uma vez também, mesmo que não seja comigo, não vou deixar que ocorra outra vez" – pensava Alexander enquanto se rastejava pelo duto, olhou o celular que dizia que Suki estava o procurando pelas televisores das câmeras – "pelo jeito ela não acreditou que eu morri"

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–ele não morreu, você também acha isso não é Miyu? – olha a ruiva deitada na cama

–"Alexander? O que ta acontecendo? O que a Suki fez comigo? Por que eu to aqui?" – se perguntava em pensamento, tentou falar, mas não conseguiu, ao invés da voz um gemido saiu – "por que minha voz não sai? Por que não consigo falar? – uma lagrima cai de seu olho, mas Suki não percebe – "é igual aquela vez, minha tia chegou bêbada em casa e me espancou, depois me acorrentou" – mais lagrimas começaram a cair

A grade do duto caiu, fazendo bastante barulho Alexander a havia chutado, no mesmo instante Suki se vira e vê Alexander apontando a arma para ela

–é...você não poderia ter morrido tão fácil, mas poderia ter poupado esforço e sofrimento – dizia Suki o olhando com tédio – vamos fazer um joguinho, já que você chegou mais cedo – diz o olhando com um sorriso no rosto

–fale – disse ele com um olhar frio

–eu tenho essas chaves – abre a mão revelando ter duas chaves – eu lhe dou elas se você sair daí – diz ela ainda sorrindo

–e se eu não fizer? – pergunta o moreno

–quem sofrera as conseqüências será Miyu – tira a faca da barra da saia e colocando no pescoço de Miyu e fazendo um pequeno corte – você quem decidi – olha Alexander e depois Miyu