Delegacia de Sakuyama
12:00 da tarde
– " O próximo será Ruega Nakamura " - cortou uma maça com brutalidade fazendo ecoar o barulho da lâmina na madeira após atravessar a maça
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– MIYU! O que pensa que está fazendo? - perguntou Suki se abaixando, mas a ruiva manteve o silêncio - MIYU! MIYU! - desvia novamente da lâmina que quase lhe cortou o pescoço
A ruiva subitamente parou e olhou para baixo, seus olhos estavam vermelhos sangue e brilhavam como olhos de um robô ou algo assim. A rosada vendo a garota parada pensou ser uma emboscada, mas se não fosse perderia a chance, então avançou e quando iria a ferir com outra faca, o moreno segurou seu braço e olhou ao redor
– O que vocês fizeram com o meu apartamento? - perguntou olhando o lugar todo bagunçado
– Foi culpa dela - Suki se defendeu e a ruiva continuava olhando para baixo
– Eu... Vou... Lhe proteger Senpai - o olhou de forma estranha, como se fosse fazer o contrário do que havia dito
O silêncio se instalou por uns segundos, até ser cortado pelo bate do corpo da ruiva no chão. Caiu inconsciente no tapete negro
– " Ainda preciso do diário dela, ela não pode morrer agora " - pensou o Yagami
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Ruega estava em sua casa na cozinha comendo seu bolo de chocolate com cenoura
– " Ela virá atrás de mim, mas... Quando? " - se perguntava Ruega olhando o celular em cima da mesa, que mostrava os crimes daquele dia
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Apartamento Yagami
08:00 da noite
A ruiva acordou e estava em cima do sofá, sua cabeça doía, tinha a impressão que ía explodir, várias imagens lhe passavam pela cabeça, eram muitas para acompanhar e começou a puxar os fios de cabelo se escolhendo, ficou assim um tempo, até ficar deitada reta no sofá branco com o braço direito para fora, sua franja tampava um pouco de seus olhos
– O que aconteceu? - murmurou
– Você perdeu a memória - respondeu Alexander
– Não, não perdi - respondeu a ruiva
– Meu diário... - tentou argumentar
– Está errado - interrompeu o garoto
– Não é possível, ele nunca errou - retrucou
– Tudo tem uma primeira vez - disse tampando os olhos com o braço que estava para fora do sofá
– Então o que explicaria? - perguntou Alexander
– Eu estava sendo controlada - respondeu - Simples assim
– Por quem? E por que? - perguntou o moreno
– Eles e... Não sei - respondeu rápida - Eu falava e agia involuntariamente, mesmo que eu quisesse não fazer ou fazer alguma coisa não conseguia
– Aquelas palavras tem algum significado? - perguntou o moreno
– Não sei - respondeu lembrando das palavras que sempre repetia quando o garoto estava em perigo - " Vou lhe proteger Senpai" - murmurou baixo, mas ele ouviu
– E Suki? - perguntou olhando a porta de seu quarto onde a garota dormia
– Você sabe desde o começo que ela estava mentindo - respondeu
– Era só para ter certeza - se justificou
– Por que será que ela fez isso? - perguntou a ruiva
– Talvez ganhar tempo - respondeu - Assim poderia matar nos dois e se não desse certo poderia dizer que estava sendo controlada e que não queria fazer isso, ou talvez ela dissesse a um de nós quando soubéssemos da morte
– Seria uma boa resposta para sair imune - analisou - Ela não é confiável
– Ninguém é - falou - Estamos num jogo de sobrevivência onde ninguém quer morrer, mas todos querem se tornar Deus, cada um tem suas ambições e são movidos a isto - disse o Yagami
– Como e quando descobriu? - perguntou a ruiva
– Quando vocês perderam a memória, queria saber o que tinha acontecido, lembra quando fomos até a casa dela para falar com os vizinhos? - olhou a ruiva manear a cabeça dizendo que sim - Ela ficou muito nervosa e insistia que não fossemos até lá
– Entendo, então aquele desmaio foi mentira - deduziu Miyu
– Não, não foi mentira, ela realmente desmaiou - afirmou o moreno - Desmaiou de nervosismo, estava nervosa e com muito medo de ser descoberta, e então acabou desmaiando - explicou - Em um dia, cabulei aula e fui terminar de fazer o que ía fazer e... Os vizinhos dela se lembravam dela, o que mostra que não havia acontecido com ela o mesmo com você - se levantou do chão perto do sofá onde Miyu estava e se retirou do apartamento se encostando na porta do lado de fora
– Suki - sussurrou o nome da rosada
No quarto a rosada estava atrás da porta ouvindo a conversa dos dois
– Miyu - sussurrou o nome da ruiva
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Ruega dirigia calmamente pelas ruas de Sakuyama, havia se acalmado um pouco sobre a história do jogo, mas o medo continuava junto a ele. Não queria morrer e nem queria matar ninguém, mas aquilo era como caçar e ser caçado era inevitável. As ruas estavam quase vazias, a noite estava fresca, muito boa para passeio
Em uma faixa de pedestre parou com o sinal fechado, esperou o semáforo abrir enquanto nenhum pedestre passava. Faltava pouco para o sinal abrir e então avistou alguém passar a faixa devagar. O sinal abriu, e a pessoa continuava a andar lentamente, parecia não estar com pressa e nem se importanto se podia ser ou não atropelada com o sinal aberto, passou pelo carro do rapaz, observou bem a pessoa de capuz e roupa totalmente preta para não chamar muita atenção na rua e a noite, mantinhas as mãos no bolso e seus passos faziam barulho no asfalto, por causa da sola do sapato que usava, parecia esconder alguma coisa dentro da roupa, observou melhor e percebeu que quem passava era Yuuki, metade de seu rosto aparecia por baixo do capuz, sabia que coisa boa não ia acontecer no dia seguinte e este era o seu dia de folga, sentiu medo e um pensamento lhe passou pela cabeça, como o dia seguinte era seu dia de folga não tinha problema ir dormir mais tarde naquela noite, pensava se devia ou não seguir seu pensamento decidiu fazer o que pensara, esperou alguns minutos enquanto seu relógio de braço fazia barulho ao ponteiro mudar de posição, e então decidiu, desviou o caminho que seguia, mesmo com medo... Iria seguir Yuuki
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