Capitulo - Nascimento de Dana I

Adrien se virou para ver Marinette de pé na janela da sala olhando para o jardim acariciando lentamente sua grande barriga, as contrações estavam cada vez mais frequentes e mais intensas. Movendo-se rapidamente, Adrien caminhou até sua esposa e envolveu-se em torno dela acariciando sua enorme barriga e disse suave em seu ouvido:

"Eu te amo"- ela se virou para ele pressionando seus lábios nos dele.

“Eu também te amo.” – e direcionou seu olhar para os gêmeos dentro do cercadinho tentando fugir, ela fez uma careta com a dor que sentiu, ele perguntou preocupado:

"Uhn tudo bem Bugboo?"

"Essa foi um pouco mais forte!"

"Que tal ir se sentar então? Enquanto termino de arrumar as coisas para deixar as crianças nos seus pais!”

“Ok.”

Emma deu uma risadinha e esticou os bracinhos em direção a sua mãe, rapidamente seguida por Louis. Adrien se abaixou para olhar nos olhos dos pequenos e disse numa voz suave:

"Não, meu amor, mamãe não pode pegar vocês agora." – ele ia dizer mais alguma coisa quando a ouviu chamar, havia medo em sua voz:

“Adrien”- virando a cabeça, o loiro olhou para sua esposa.

“Minha bolsa estourou ...”

Apartamento de Alix

Alix estava com quase oito meses, ela gemeu baixinho, esfregando suavemente sua enorme barriga, e se virou sorrindo se lembrando de Max que vivia lhe perguntando se ela estava carregando só uma irmãzinha mesmo, seus olhinhos brilhando cheios de expectativa para que a resposta fosse não.

Ela estava em casa há alguns dias já, pois Dana estava agitada demais a impedindo de fazer qualquer coisa como heroína, ela iria mais atrapalhar do que ajudar então era Luka quem estava tomando conta da TOCA sozinho.

Era engraçado que essa ideia tenha sido uma coisa improvisada que eles haviam dito a Ladybug quando trocaram os miraculous, mas foi à solução perfeita para resolver este impasse, agora ele conduzia a TOCA até que bem, isso a deixava mais tranquila para poder terminar sua gravidez e ficar um pouco com sua pequena, a este pensamento Dana chutou forte novamente, e ela passou a mão sobre o ventre, isso vinha ocorrendo há três dias já, a pequena parecia impaciente chutando cada vez mais forte.

Luka dormia ao seu lado, olhando para ele, Alix se inclinou e moveu alguns fios de cabelo de sua testa, ele dormia imperturbável. Eles haviam passado por tanta coisa nos últimos anos e Dana era a cereja em cima do bolo.

Ela nem acreditava que depois de tudo que passaram finalmente a sua pequena estava a caminho, Luka estava radiante, e ele fazia todas as vontades de Alix, todas mesmo, ela sabia que tinham que ter cuidado com o que faziam e Luka plena consciência disto também e desde ontem eles estavam no apartamento terminando de arrumarem as coisas que precisavam para se mudarem para a mansão, e aproveitaram para passar o dia namorando e assistindo filmes e se abraçando como a um tempinho não faziam, Luka fez todas as suas vontades, o que, diga-se de passagem, ela adorava, ele era especial e ela tinha plena consciência disso.

Qualquer outro teria desistido dela a muito tempo, mas ele não, ela sabia que ele nunca desistiria delas. Alix sente o incomodo crescer novamente, olha para o relógio já era quase dez horas da noite, normalmente ela estaria dormindo agora, exausta devido ao dia, assim como Luka estava, mas ela estava desconfortável e não se sentia bem, seu abdômen e parte inferior das costas doíam, mas ela não queria acordar Luka, ele estava dormindo tão tranquilo.

Ela sorriu suavemente e se inclinou, beijando-o na ponta do nariz, ele nem se mexeu, ela sorriu antes de rolar da cama e sair do quarto. Ela olhava para a grande lua azul pela janela, era um fenômeno raro e muito mais raro ainda em conseguir vê-lo a olho nu, como hoje e a Lua estava tão linda, suspirando, ela foi até a cozinha e decide por não voltar para a cama não iria conseguir dormir mesmo.

Pegando um copo de água gelada, ela cambaleou até o sofá e pegou um de seus livros, sentando-se desajeitadamente, ela moveu os pés para que ficasse deitada de lado, ligeiramente enrolada, e começou a ler. Bebendo a água, ela esfregou a saliência suavemente, sentindo leves pontapés em seu lado quando uma leve dor a atingiu. Ela inclinou a cabeça para trás, suspirando enquanto a pequena dor se acalmava depois de alguns minutos.

"O que você está fazendo?" – levantando o olhar ela viu Luka de pé a poucos metros de distância, vestindo apenas com a calça de moletom folgada.

"Lendo." - ela disse simplesmente colocando a água na mesinha ao lado do sofá e esfregando a barriga, a pequena dor não indo embora.

Luka acenou com a cabeça e indo até ela segurou a parte superior de seu corpo enquanto deslizava para trás e a deixando relaxar contra ele, ela suspirou, inclinando a cabeça para trás contra o ombro dele, sentindo uma mão grande esfregando sua barriga.

"Confortável?"

"Melhor." - ela disse aconchegando-se no calor de sua pele.

Ele acenou com a cabeça novamente, empurrando sua camisa para esfregar sua pele lisa, sentindo um pequeno pé que chutava suavemente sua mão quando finalmente o corpo dela parou de ficar tenso e ela suspirou novamente, mas não relaxando totalmente contra ele.

"A dor ainda não acabou?"

Alix acenou com a cabeça negativamente, ele achou estranho e há afastou um pouco para se levantar e pegando-a nos braços como se estivesse a embalando disse suave:

"Vamos para a cama, você deve estar cansada." - ela realmente estava, mas simplesmente não conseguia dormir. No entanto, ela não disse uma palavra e se permitiu ser carregada para a cama deles.

"Precisa de alguma coisa?" - Luka a deitou e perguntou suavemente quando se deitava ao seu lado cobrindo ambos com o edredom.

Alix começou a balançar a cabeça negativamente, mas parou e decidiu:

"Você." - ela disse tentando se aproximar dele para o conforto de que precisava agora. Luka riu e suavemente a acomodou em seus braços, sentindo-a envolver-se em torno dele, a cabeça sobre seu coração e a perna em volta de sua cintura, reivindicando-o. Pressionando um beijo em sua testa, ele envolveu seus braços grandes e fortes em volta da cintura dela, acariciando suavemente suas costas.

Luka estava hipnotizado, mesmo depois de todo esse tempo, ele não conseguia acreditar que seria pai, o berçário na mansão estava pronto para receber os dois pequenos, eles irão ficar juntos e mesmo com tudo acontecendo tão rapidamente seu cérebro ainda não havia processado direito o fato de que sua filha estava prestes a fazer sua entrada neste mundo em no máximo em um mês, se é que chegasse a isso, se realmente o que aqueles dois disseram continuar nesta linha do tempo, a qualquer momento eles podem chegar, a qualquer momento ele teria sua pequena em seus braços. Ele só esperava que pudesse ser um bom pai, assim como ele tentava ser para Max.

Luka sentiu Alix relaxar em seus braços mais uma vez, então ele também relaxou e voltou a dormir, apenas para ser acordada cerca de quarenta minutos depois, por Alix segurando-o com força, o rosto enterrado em seu pescoço, ela estava tensa, gemendo em seu pescoço.

Ele levou alguns segundos para registrar o que estava acontecendo suas mãos se moveram para sua cintura na parte inferior de sua coluna e estômago, massageando suavemente as áreas na esperança de acalmá-la.

"Shh." - ele disse pressionando um beijo em sua testa - "Estou aqui, está tudo bem." - ele murmurou de olhos fechado ainda meio adormecido.

Ela não respondeu apenas continuou inspirando e expirando, assim como Marinette lhe ensinou a fazer, dizendo que ajudaria até que a dor finalmente parou e ela relaxou o aperto e o corpo, suspirando baixinho.

"Tudo bem?" - ele murmurou , a seu ver as contrações estavam frequentes e estranhas neste ponto ele achou que sua filha estava querendo vir ao mundo antes do combinado, mas guardou isso pra si, pois não queria deixar Alix mais tensa do que ela estava.

"Mhum uhum." - ela engoliu em seco, tendo uma sensação incômoda de que não eram mais apenas contrações de Braxton Hicks, mas que Dana estava querendo ver este mundo antes do combinado, as contrações eram diferentes, como a médica havia lhe dito naquele dia, mas ela não quis alarmar Luka e então tentou relaxar o máximo que pôde, ela adormeceu novamente e ele tentou fazer o mesmo.

Foi assim nas horas seguintes, com Alix acordando constantemente reclamando de dores e ele segurando sua mão e massageando suas costas, até que às três da manhã, quando ela saltou de um sono tranquilo, sentando-se segurando e apertando as unhas no braço dele e se retraindo de dor, Luka foi arrancado de seu sono e ficou alarmado com Alix curvando-se e fazendo sons de dor.

"Alix, o que há de errado?"

"O que você acha? Sua filha!" - ela rosnou, fazendo-o sair de seu estado não totalmente consciente para um que tinha sua total atenção.

"Ok, mantê-lo em uma superfície firme, nós estamos indo para o sofá" - ele tento se mexer para tirá-la da cama, mas o olhar mortal que ela lhe deu o fez não se mexer ela rosnou para ele:

"Não me mova quando estou contraindo." - ele aguentou firme enquanto ela fincava ainda mais as unhas em seu braço, ela ofegou com a contração, deixando escapar gemidos cheios de dor, até que se acalmou e ele perguntou inseguro.

"OK? Podemos ir?” - ela acenou com a cabeça e ele a pegou como fez algumas horas antes e a levou para o sofá.

"E agora?"

"Agora temos que esperar!" – ele a olhou incerto, ela lhe devolveu um olhar tão assustada quanto o dele e disse num tom arrependido:

“Desculpe!” – ele sorriu gentilmente:

“Tudo bem!”

“Pode pegar um copo de agua gelada, por favor!”

A espera não foi tão longa, ele estava pegando o copo para ela, quando ela de repente se inclinou para frente e gemeu alto de dor o assustando, de onde ele estava pode ver que ela agarrou o apoio de braço do sofá com tanta força que os nós dos dedos chegaram a ficar branco.

Luka deu graças a Deus que não era sua mão que estava ali e correu para o outro lado e segurou sua mão rapidamente, enquanto ela choramingava, mas então ela engasgou alto quando viu um monte de água cair de repente, espirrando contra os ladrilhos do chão.

Ela jogou a cabeça para cima, respirando com dificuldade e olhou apavorada para Luka que não parecia exatamente calmo, ela chorou:

"Minha bolsa estourou!"