POV Autora

Seis meses se passaram desde o sacrifício da Ladybug e havia chego uma data dolorosa a todos, o dia que a Marinette estaria completando 16 anos, os amigos próximos foram até a casa dos pais da Marinette passar o dia com eles, durante o café da manhã um comunicado foi feito.

— Nós precisamos contar uma coisa a vocês - o senhor Dupain começou e a esposa segurou sua mão dando incentivo para continuar - Nós iremos vender a casa e a padaria.

— O quê? - Adrien surpreso

— Iremos morar perto da família da Sabine - o senhor Dupain falou

— Não sentimos que essa casa é o nosso lar desde que a Mari se foi - Sabine falou olhando-os - Precisamos de um recomeço.

— Entendemos - Nino falou compreensivo

— Se tem certeza de que será o melhor a ser feito - Adrien falou olhando-os - Desejo felicidades aos dois.

Eles passaram mais algumas horas com os Dupain antes de irem para a floricultura. Cada um comprou um pequeno arranjo para levar ao cemitério, Alya comprou lírios que é símbolo de amizade e lealdade, Nino comprou orquídeas que também é símbolo de força e pureza e o Adrien comprou rosas vermelhas símbolo de amor.

O motorista de Adrien os levou ao cemitério, eles desceram e caminharam em silêncio até a lápide da Marinette.

— Seis meses - Nino falou pondo as flores junto a lápide da amiga - Você faz falta, Mari.

— Acham que eles abrirem mão de tudo é o melhor a se fazer? - Adrien perguntou olhando os amigos

— Todos temos que seguir em frente - Alya falou pondo as flores ao lado das no Nino - Se para isso eles precisam ir para outro lugar, então sim, é o melhor a ser feito.

— A gente também tem que seguir em frente - Nino falou ao lado da Alya - Ela não iria gostar de saber que paramos no tempo.

— Porque não fazemos algo aqui - Alya falou nos olhando - Vamos escolher um objetivo e fazer tudo para alcança-lo, por ela.

— É uma boa ideia - Adrien colocou as rosas na base da lápide

— Eu começo - Alya falou olhando a lápide - Irei me formar em jornalismo e me tornar a melhor repórter investigativa de Paris.

— Vou me formar na faculdade de música e me tornar o melhor Dj do país - Nino falou e o casal olhou pro Adrien

— Vou me formar em administração e pedirei aos meus pais pra produzir uma coleção com os desenhos da Marinette, o valor dessa coleção revestir pra quem precisa - Adrien falou e os amigos sorriram

— Ela iria adorar essa ideia - Alya falou olhando-o

— E vai realizar o sonho dela, ter sua própria coleção - Nino falou e Adrien assentiu

— É o mínimo que eu poderia fazer - Adrien falou olhando a lápide.

Adrien conseguiu os desenhos da Marinette com os pais e o senhor Agreste produziu a coleção especial. Os Dupain venderam o prédio e se mudaram do País. Alya, Nino e Adrien começaram a fazer a sua parte pra cumprir a promessa feita em frente ao túmulo da amiga.

Dois anos se passaram, eles estavam com 18 anos, era a data do aniversário da Marinette, eles haviam se formado no ensino médio, fizeram as provas para admissão na faculdade, quando eles receberam a carta com resposta decidiram abrir no mesmo local que fizeram a promessa. Os três seguiram com seus arranjos de flores e as cartas da faculdade em mãos. Colocaram as flores junto a lápide.

— Tá na hora da verdade - Nino falou e os outros dois assentiram

Ao mesmo tempo os três abriram os envelopes e olharam as cartas. Eles haviam sido aprovados, eles conseguiram cumprir uma parte do que haviam prometido há dois anos.

— Conseguimos - Alya falou e eles se abraçaram

— Ela estaria muito orgulhosa da gente - Nino falou sorrindo

— Imagino até como seria a reação dela - Alya falou rindo - A gente tem que comemorar no melhor estilo Marinette.

— E o que isso significa? - Nino perguntou e Adrien sorriu entendendo a ideia da Alya

— Comemorar com muito sorvete - Adrien falou - Vamos?

Alya e Nino olharam mais uma vez para lápide se despediram. Adrien tocou a lápide

— Feliz aniversário, My Lady - ele sussurrou e começou a acompanhar os amigos

Eles não haviam percebido, mas estavam sendo observados por uma pessoas que estava atrás de uma árvore alguns metros de distância da lápide.

— Não poderia estar aqui - um rapaz se aproximou falando

— Eu sei - a pessoa falou sem olha-lo

— Você está debilitada - o rapaz assegurou - Deveria estar descansando, Mestre

— Eu sei, Guilhermo - a pessoa respondeu

— O que viu? - Guilhermo perguntou olhando a pessoa

— Eles estão seguindo em frente - a pessoa respondeu

— Era isso que esperava ver? - Guilhermo perguntou

— Era - a pessoa respondeu simplesmente

— Vamos embora - Guilhermo falou pegando o celular e fez uma ligação - Precisamos de uma carona pra casa.

Atrás deles um portal que os levariam de volta para a casa se abriu e eles passaram.

Dois Anos Depois

POV Adrien

Hoje já completou quatro anos que a Marinette morreu. Estava sentado no banco do jardim com meus pensamentos a mil.

— Meu filho? - Minha mãe me chamou trazendo-me de volta a realidade

— Oi, mãe - sussurrei quando ela se sentou ao meu lado

— Aconteceu alguma coisa? - ela perguntou me olhando e fiquei em silêncio - Tem a ver com a sua namorada?

— Ex-namorada - corrigi e ela ficou surpresa

— Vocês terminaram? - ela perguntou me olhando e assenti - O que aconteceu?

— Não consegui gostar da Kagami da mesma forma que ela gosta de mim - respondi olhando-a

— Não entendo - ela falou me olhando

— Passou mais de três anos pra eu me conformar com a perda da Marinette e Kagami se mostrou uma grande amiga nesse período sempre me apoiando - comecei a falar - Comecei o namoro achando que com o tempo iria me apaixonar por ela, mas não consegui.

— Então preferiu terminar pra ela seguir em frente - Minha mãe falou e eu assenti

— Ela merece ser feliz e eu não poderia fazer isso - falei olhando-a

— Em algum lugar, tem uma mulher que vai ser sua alma gêmea - minha mãe falou com carinho - E vocês serão muito felizes juntos.

Seis Anos Depois
POV Autora

Finalmente eles haviam terminado a faculdade, eles se passaram em primeiro lugar, na formatura eles decidiram os diplomas a Marinette, afinal graças a ela, eles podiam viver em paz.

Alya e Nino estavam morando juntos em um apartamento e Adrien passou a morar sozinho depois que começou a faculdade, eles estavam caminhando rumo a independência. Nino trabalhava em uma casa noturna como DJ nos fins de semana, Alya estava estagiando no jornal de Paris, Adrien começou a trabalhar com o pai na Agreste's Company.

Adrien estava na praça em frente a floricultura, esperando a Alya e o Nino para irem ao cemitério levar as flores, hoje ela estaria completando vinte e seis anos. Adrien começou a pensar em como a estaria a vida da Marinette se ainda estivesse entre eles. Pegou o celular e começou a olhar as fotos da Marinette.

— Queria poder te ver só mais uma vez - ele sussurrou olhando a foto da garota que nunca saiu dos seus pensamentos.

— Desculpa a demora - Alya falou se aproximando de onde ele estava e Adrien bloqueou o celular

— Tudo bem - Adrien falou pondo o celular no bolso - Onde está o Nino?

— Já está na floricultura - Alya respondeu - Vamos?

Adrien assentiu e eles atravessaram a rua e entraram na floricultura. Compraram as flores de sempre e foram caminhando até o cemitério que ficava a poucas quadras dali.

— E aí, cara? Como está o solteiro mais cobiçado de Paris? - Nino perguntou brincando

— Não começa, Nino - Adrien repreendeu

— Ele tem razão, desde a Kagami você não namorou mais ninguém - Alya comentou - No máximo alguns amassos com algumas garotas na época da faculdade.

— Eu estou mais focado no trabalho - Adrien falou sem olha-los

— Te conheço o suficiente pra saber que isso é desculpa - Alya falou olhando o amigo - O que realmente tá acontecendo?

— Eu não consigo me envolver com ninguém - Adrien admitiu - Sempre que eu tento é como se meu coração dissesse que é errado, que não deveria ser assim.

— Adrien - Nino falou e suspirou antes de continuar - A gente sabe que você amou muito a Marinette, mas você precisa seguir em frente.

— Já se passaram dez anos e você ainda não conseguiu superar - Alya falou olhando-o - Por mais que a gente queira, ela não está mais com a gente.

— E você acha que eu não sei? - Adrien perguntou olhando-a

Eles ficaram em silêncio e seguiram o caminho até o cemitério, foram até o lápide da Marinette e se surpreenderam ao ver um buquê de jasmim no túmulo da amiga.

— Jasmim? - Alya perguntou se aproximando, pegou as flores e as cheirou - Estão frescas, não estão aqui há muito tempo.

— Jasmim representa sorte - Nino falou e eles ficaram surpresos

— Quem além de nós sabia do segredo dela? - Alya perguntou intrigada

— Kagami - Nino respondeu

— Impossível - Adrien falou - Kagami está na China há mais de dois anos.

— Isso está estranho - Alya falou colocando as flores junto a lápide, Nino fez o mesmo

— Quem colocou essas flores aqui? - Adrien perguntou colocando as rosas junto as demais

— Fui eu - eles se viraram e viram um rapaz que aparentava ter a mesma idade que eles

— Quem é você? - Adrien perguntou se levantando

— Me chamo Guilhermo - ele falou olhando-os - Venho a pedido da guardiã dos Miraculous.

— Não sabemos do que está falando - Alya falou tentando disfarçar

— Vocês são Chat Noir, Rena Rouge e Carapace - Guilhermo afirmou olhando-os.

— É por isso que sabia sobre a Mari? - Nino perguntou

— Mais ou menos - Guilhermo respondeu - Precisamos de ajuda

— Qual o problema? - Adrien perguntou

— Temos que recuperar um Miraculous que foi roubado - Guilhermo respondeu - Peço que me acompanhem.

— Para onde? - Alya perguntou curiosa

— Para o templo - Guilhermo respondeu

— O que Ladybug e eu trouxemos de volta quando destruímos o amok? - Adrien perguntou

— Não, algumas coisas mudaram nos últimos anos - Guilhermo falou - Garanto que explico tudo se forem comigo. Cada segundo é precioso.

— Como vamos saber que podemos confiar em você? - Nino perguntou

— Não vão saber nada ficando aqui - Guilhermo respondeu firme - Preciso saber se ainda estão dispostos a serem os heróis que eram.

Os amigos se entre olharam, em uma conversa silenciosa

— O que fazemos? - Nino perguntou olhando o Adrien e a Alya

— A pergunta certa é: O que a Mari faria? - Alya falou olhando-os e Adrien suspirou baixo e olhou na direção do Guilhermo

— Nós iremos com você - Adrien falou firme e Guilhermo assentiu pegando o celular e fez uma ligação

— Eles concordaram... Vou precisar de uma porta - Guilhermo falou e encerrou a ligação

No instante seguinte um portal que os levaria para o templo foi aberto.

— Podemos ir? - Guilhermo perguntou olhando-os e eles assentiram

Guilhermo foi o primeiro, seguido de Adrien, Alya e Nino. Quando passaram o portal foi fechado, os três heróis se surpreenderam com o que viram, não era um templo, era uma casa, ampla de pelo menos três andares. Um garoto que aparentava ter 15 anos, desfez a transformação do Miraculous do cavalo, fez uma breve reverência e entrou as presas

— Esse é o templo? - Alya perguntou intrigada

— Chamamos de templo mais por tradição - Guilhermo falou começando a caminhar - Depois do incidente que destruiu o antigo templo e quase causou a extinção dos Miraculous, acharam mais seguro espalhar as caixas dos Miraculous pelo mundo.

— Como assim? - Nino perguntou olhando-o

— Em várias partes do mundo existem um lugar como esse - Guilhermo começou a explicar - Um centro onde jovens são enviados com o propósito de se tornarem guardiões ou portadores dos Miraculous.

— E um centro de treinamento? - Adrien perguntou

— Basicamente, eles aprendem a respeitar o equilíbrio do universo, aprendem a respeitar o poder que lhe é confiado - Guilhermo respondeu - Assim como foi feito com a Rena Rouge e Carapace.

— Nossa, esse lugar parece incrível - Alya comentou enquanto o Guilhermo abria a porta

— Vão achar ainda mais quando verem as dependências - Guilhermo falou e deu passagem para eles entrarem

Havia uma sala com alguns uns sete adolescentes conversando, mas se calaram ao ouvirem o baque da porta sendo fechada, Guilhermo começou a caminhar e os três o seguiram.

— São eles mesmo? - uma garota murmurou pro garoto ao lado dele

— Os membros da última equipe Miraculous - outro garoto murmurou

— Parece que aqui todos sabem quem somos - Alya murmurou pro Adrien e Nino

— Ainda não nos explicou porque precisam exatamente da nossa ajuda - Adrien falou ainda desconfiado e olhando o Guilhermo

— Acredito que seja melhor a guardiã falar diretamente com vocês, irei avisar a ela que chegaram - Guilhermo disse e abriu a porta de uma sala - Mas acredito tem seres sentindo saudades de vocês.

Quando eles entraram no que parecia ser um escritório, sobre a mesa haviam três caixas dos Miraculous abertas, estavam lá os Miraculous do Chat Noir, Rena Rouge e Carapace.

— Fiquem a vontade - Guilhermo saiu fechando a porta

Os três se aproximaram da mesa e pegaram seus respectivos Miraculous, fazendo os kwamis aparecerem.

— Adrien! - Plagg falou animado e foi na direção do Adrien e se aninhou como se o abraçasse

— Plagg, senti muito a sua falta - Adrien falou envolvendo o kwami em sua mão e sorriu ao ver seu velho amigo de volta

— Eu também - Plagg admitiu e se afastou - Trouxe alguma coisa pra mim?

— Sempre pensando em comida - Adrien riu olhando o kwami

Nino fazia o antigo toque dele com o Wazzy, Alya abraçava a Trix feliz por vê-la depois de tantos anos.

— Como você está? O novo portador cuidou bem de você? - Alya perguntou a pequena raposa

— Não tive nenhum portador depois de você - Trixz respondeu e Alya a olhou surpresa

— Nenhum de nós três teve - Wazzy comentou olhando-os

— Vocês ficaram presos nos Miraculous por dez anos? - Adrien perguntou surpreso

— Não, a guardiã põe o Miraculous apenas para que possamos sair - Plagg respondeu

— Ela parece ser bem legal - Alya comentou

— Realmente é - Trixz falou empolgada

— Falando em guardiã, onde está o Mestre Fu? - Adrien perguntou e Plagg baixou o olhar assim como os outros dois kwamis

— Ele já estava em idade muito avançada - Plagg comentou com pesar - Depois de tudo que aconteceu, ele ainda teve tempo de preparar um sucessor antes de partir.

— Quem é essa nova guardiã? - Nino perguntou curioso

— Irão vê-la em breve - Wazzy respondeu sereno como sempre

A porta foi aberta pelo Guilhermo fazendo os três heróis virarem na direção do porta.

— Desculpa interromper o reencontro, mas a guardiã irá recebe-los - Guilhermo falou e eles saíram do escritório

Seguiram o Guilhermo pelo corredor, havia um pequeno elevador com capacidade de até seis pessoas, eles entraram e subiram até o último andar. Quando o elevador se abriu eles se viram em um curto corredor, Guilhermo saiu bateu na porta e a abriu entrando acompanhado dos heróis de Paris.

Era uma espécie de sala de estar, toda a decoração indicava que era uma casa separada do resto do centro.

— Aqui é onde a guardiã mora, ela virá em breve, sentem-se por favor - Guilhermo falou os olhando - Aceitam alguma coisa, uma água, suco, chá, um calmante.

— Só uma água - Alya falou olhando-o

Os três ficaram confusos com a tentativa de humor do Guilhermo, enquanto os kwamis deram um sorriso discreto. Os três foram se sentar enquanto o Guilhermo seguiu em direção a cozinha

— Obrigada por virem - A guardiã entrou na sala fazendo os três se virarem na direção dela - Bem-vindos ao novo Templo dos Miraculous.