Miracolo

O Natural e Perisáltico


Eis agora um segredinho… algo mais esquecido do que guardado, mais perdido que escondido mas enfim, revelado:

Aquela Flor… nunca desabrochara.

Abre e fecha… Dorme. Acorda… abre, e então fecha. Mas era tão somente isso. Abrir e fechar. Um enorme enigma circunda o verdadeiro desabrochar, mantendo-o como aquele encanto típico de poemas e poesias. Conhecido, clichè...

Mas misteriosamente digno do enaltecimento de seus admiradores.

E eis que um dia acordou… e não conseguiu mais abrir.

Pobre, pobre, Flor… Entrou em desespero!... Dependendo só de si para fazê-lo, descobriu-se presa... sufocando... cativa da delicadeza das próprias pétalas! Nunca, tamanha banalidade no ato natural de uma flor poderia ser-lhe tão custoso...

Pois não sabia desabrochar.

Ela não sabia... como desabrochar!…

Vozes distantes ecoam no vazio. Chrome acordava.

Durante as primeiras horas da manhã meio fria na casa de praia, já longe dos sonhos, mas ainda não completamente desperta, a guardiã se deparara com os travessos risos conspiratórios de suas amigas.

Kyoko e Haru estavam de bem. Não fora só um sonho.

Ah... ainda bem...

Depois das coisas estranhas que vinham acontecendo, a menina começava a se questionar se era só com ela ou se todos os seus amigos vinham sofrendo de alguma forma… Tratando-se de Mukuro, era impossível ter certeza de por quanto tempo ele estaria em bons termos com o Boss e os outros.

Seu plano de jogar o mundo em sombras podia estourar a qualquer momento…

Mas não fora o caso. O que quer que tenha acontecido, não envolvia seu ódio à máfia…

Não. Era algo que dizia respeito a ele e somente ele…

Bocejou. Chrome perguntava-se se um dia lhe contaria o que estava acontecendo... Um conforto esquisito dominou o peito por uns minutos, só o suficiente para relaxar e cair num rápido cochilo tranquilo.

Quando acordou de vez, no entanto, as primeiras palavras com as quais fora recebida no mundo dos diurnos fuzilaram aquele singelo conforto de seu peito, dissipando-o feito cinzas ao vento.

“Chrome!” cumprimenta o irmão mais velho de seu Chefe de forma constrangedoramente sugestiva, sentado de pijamas numa rodinha de conversas no chão de seu quarto. “Então…. você e Kyouya, hein? Quem diria!”

!

Não...!

NÃO….!

***

“Nee… sabe o que eu tava pensando...?” perguntava Kyoko, alguns minutos antes, toda encolhida debaixo dos dois cobertores que pegaram para acomodar todas em uma só cama. “Dino-san ainda não terminou aquela história…”

“Hahi! A do amor proibido?!”

Com a mente completamente flutuante, a pequena guardiã tenta, vagamente, se recordar do que estavam falando. As palavras amor, proibido, flores e morte dançando em seus devaneios, criando imagens como a de uns muitos filmes, muito, mas muito, muito chatos aos quais ela nunca conseguira terminar de ver, não importando quantas vezes Mukuro ‘alugasse’ a sala inteira do cinema para acomodar seu grupo…

Chrome simplesmente não gostava de dramas românticos.

Bocejou. Os pensamentos se perderam.

...Aquela história toda soava... familiar… …um pouquinho...

...mas não suficientemente interessante para prender o pensamento, voando livremente feito sua box de volta para Kokuyo Land, onde voltaria aos dias divertidos com Ken (que sempre chorava naqueles filmes chatos), Chikusa (uma verdadeira incógnita ambulante) e os dois Mukuros (homem e coruja)...

Como que para incentivar as outras a aprontar, dois dos subordinados batem à porta, servindo o café. Percebendo o cansaço da Dokuro, elas lhe avisam que já voltam, deixam-na acomodada debaixo das cobertas e se preparam pra entrar em ação. Esconderam-se próximas à porta.

Cordiais batidas são novamente ouvidas.

E é Ipin quem vai recebê-los.

Buon Giorno, pequena! Estão todas dormindo ainda?” pergunta Romário, sorrindo.

“Dino!” diz a menor, ao que os dois riem, explicando que o chefe ainda dormia no quarto.

“Dino!! Quarto!” grita para as outras, e sai o trio em disparada para ir buscá-lo.

Doces sonhos de cavalinhos, coelhinhos, renas e coelhos com chifres de rena foram abruptamente interrompidos por três sequestradoras. Claro que em ciscunstâncias normais, ele usaria da diplomacia e a dose exata de charme para convencê-las a sair e, por mais que puxassem, insistessem e implorassem, ele educadamente as faria voltar pro quarto para deixá-lo dormir.

Só que não eram circunstâncias normais.

E o pobre Cavalo Selvagem é pego no flagra babando em seu travesseiro feito um moleque de cinco anos, se atrapalhara todo na hora de arrumar uma desculpa e, quando puxado, sua trapalhice típica colaborou contra ele mais uma vez, fazendo-o refém do próprio cobertor, tornando o trabalho delas ainda mais fácil.

O respeitado Décimo Chefe da famiglia Cavallone, The Bucking Horse… derrotado por três menininhas e seu cobertor.

Tsk, tsk, tsk...

Buon Giorno, chefe.” cumprimenta um encabulado Romário, abrindo a porta do quarto das meninas a fim de evitar mais transtornos.

“Me ajudeeeee...” choramingava Dino, vendo o mundo rodar e rodar enquanto é rolado para dentro feito um burrito gigante e loiro.

E lá estavam agora. Hana, Bono Brutus e Ivan já haviam se unido ao grupo, todos sentados em roda no chão, tomando café e esperando umas boas explicações do Cavallone.

“Chrome!” cumprimentou-a energeticamente. Pronto. Já tinha a atenção de todas desviada, agora era só aproveitar o gancho e matar sua própria curiosidade. “Então…. você e Kyouya, hein? Quem diria!”

A expressão de horror que acometeu a pobrezina tão instantâneamente lhe dera vontade de rir. Como pensava… seu aprendiz não estava causando uma boa impressão.

Sem perder tempo, Ipin, Haru e Kyoko logo começaram com o interrogatório, trazendo-a para a roda e oferecendo-lhe o desjejum que, só depois de muita hesitação é que a menina aceitou, reagindo a tudo meio travada…

Completamente chocada.

Comeu um pouco, respondeu um pouco e, depois de vários suspiros seguidos de um curioso olhar repleto de determinação, lhes contou tudo o que vinha se passando.

O sumiço do Rokudo… As estranhas visitas de Hibari…

As instruções…

“Disse que não é pra me afastar, ou, ou... entrar no mar…” ok... isso era esquisito… até para Kyouya. “E disse que se algo ruim acontecesse, e-eu, eu deveria chamá-lo…!”

Estava se esforçando tanto para se abrir com eles, em busca de uma resposta... Havia sim, coisas que não contava, que não entrava em detalhes, disfarçava, mas Dino decidiu que não seria boa ideia forçá-la a dizer o que quer que ainda não estivesse pronta pra compartilhar.

“Isso é certamente um comportamente atípico...” diz Romário servindo-se de uma xícara de café e passando o açúcar para Ivan. “De todos, acho que o mais habilitado a falar de Hibari seria o senhor, não é mesmo, Boss?”

As cinco meninas e os quatro subordinados sentados na roda o encaram de repente, esperando um veredicto do especialista.

Dino separou um segundo para pensar e a verdade absoluta à qual conseguia chegar era:

“Certamente… estamos diante de um tardio, porém muito esperado florescer de meu pupilo...”

E nas cabeças de todos se formava as mais variadas imagens de Hibari apaixonado, Hibari se declarando, Hibari se casando e constituindo Hibariszinhos, e, numa única exceção morena que faz ‘Hahi’... Hibari brotando do chão, fazendo fotossíntese.

Na mente da própria vítima, no entanto, o único retrato que surgia era o de total... destruição.

Não que tivesse algo contra o rapaz mordedor e violento em si... Estava até meio acostumada com pessoas agressivas, o problema era que aquele agressor em particular era o mais odiado em Kokuyo Land, e isso desde o primeiro encontro.

Fora ódio à primeira vista.

No geral, Chrome evitava se deixar levar pelos sentimentos de Mukuro que, por sua vez, odeia todo mundo. Por isso mesmo tentava ser o mais neutra possível, mas… aquelas cenas… as lembranças que seu tutor fazia mais questão de dividir com ela eram, no minimo, preocupantes.

Em suas lembranças compartilhadas a menina via os olhos de Hibari… Duas orbes cinzentas, feito lâminas prontas para derramar sangue… Só de lembrar sentia vontade de correr até seu tridente e abraçá-lo com toda a força, consolando a coitada da arma de estimação que por muito pouco não se tornara o alvo daquela aura medonha.

Mukuro-sama nunca fora de conversar. Sobre coisa alguma. Mesmo com ela com quem “dividiam o corpo”. Por mais palavras que trocassem, a verdade era que o homem só interagia através de ordens e instruções, isso quando não cismava em tornar as últimas tão enigmáticas quanto seu sadismo permitia, o que tirava até a pequena Dokuro, sua seguidora mais devota, um pouquinho do sério… Contudo, se havia algo sobre o qual o seu bem-feitor nunca, nunca, mas nunca se cansaria de falar, ainda que muitas vezes… conversando consigo mesmo, cruzando os braços, balançando a cabeça devagar, sem acreditar, refletindo consigo mesmo em voz alta durante silenciosas noites de expectativa em Kokuyo Land… era seu desprezo….

E seu espanto.

Assustador… ele dizia, sorriso nos lábios enfatizando o desagrado para com as palavras,ao recordar o modo como o garoto se erguera do chão para lutar, feito mal encarnado, feito vis criaturas com as quais Mukuro se deparara em mais de uma de suas outras vidas. Mesmo depois de tantos ossos quebrados, mesmo com a dor agonizante, dor de morte, dor que expulsara o próprio Rokudo de dentro daquele corpo no instante que o possuira… Hibari se erguera e o fizera para matar.

Um sujeito definitivamente... assustador.

Cometera o erro de subestimar um oponente uma única vez… E não se permitiria cometê-lo de novo.

Sim, se havia algo a se afirmar, era o quanto ele detestava o colega guardião. E não custou à ela muito tempo perto do Skylark para ter a certeza de que aquele ódio, aquela ânsia por extinguir a existência um do outro, era recíproco.

‘Florescer...’

Céus! Diante de tão assombrosa perspectiva, a pobre Chrome soube que se tivesse estudado sobre o funcionamento dos olhos... ela choraria. E agora também se arrependia tremendamente disso, pois, pensando agora, não teria como descarregar suas emoções enquanto não os desvendasse.

Só as acumularia.

Algo lhe dizia… que ia ainda passar muito sufoco antes de ver sua situação resolvida.

De repente uma pergunta aleatória quebra seus pensamentos:

“Haru, como seus pais reagiram ao Gokudera-kun?” Kyoko estoura o silêncio feito tiro de espingarda.

Para seu alívio, as meninas decidiram que era hora de mudar de assunto e assim fizeram.

***

O tempo estava meio bucólico. As nuvens escuras hora ameaçavam, hora sumiam, implicando com as expectativas dos jovens o dia inteiro. Estando tão próximo do fim do ano, não exatamente fazia um calor que lhes desse coragem para se banhar no mar, mas ainda era uma excursão na praia. Então cada um deles largou de frescura, pôs a roupa de banho e se dirigiu ao mar que, mesmo um tanto frio para entrarem, ainda seria melhor opção de paisagem do que assistir à tortura ao vivo dos meninos…

Assim elas disseram.

Para falar a verdade, não era nem o clima nem sua situação que incomodavam Chrome, mas os próprios treinos.

“Treinos”...

Bombas, tiros, espadas, tubarões, gritos, mais tubarões…! Era preciso ser muito doido para querer participar disso…!

Enquanto se arrumava numa cabine do vestuário, uma mistura de alivio e inveja inundou-a à medida que lembrava os guardiões conversando sobre seus temores quanto ao rigoroso e insano programa de Reborn. Em nenhum momento chamaram por ela, de modo que seria poupada de muito sofrimento causado especificamente para atender ao sadismo do bebê que, diziam uns, era até pior do que o de Mukuro (ao que tinha suas dúvidas, mas prefiria não discutir sobre isso).

Ninguém são da cabeça gostaria de ficar passando por essas provas, claro… Mas não era pelo prazer e conforto que o faziam… Era por uma... determinação, certo?

E Chrome... era uma guardiã!! Bom, não exatamente, Mukuro era o Guardião, mas ele não estava lá! Ela ainda era sua representante, não era? Então não deveria participar de, bom… de alguma coisa com eles?

...qualquer coisa…?

A parte de gritar talvez?…

Não, com apenas um pulmão de verdade, até isso não se imaginava fazendo direito.

Bufou, frustrada.

Depois de vestir o biquíni, um conjunto rosa em baixo e azul bebê em cima, presente muito estranho de Ken, apesar do próprio rapaz se referir ao gesto como “sua obrigação para com o meio de comunicação de Mukuro-sama”, e fitando a pequena e magra criatura no reflexo, foi com certo desapontamento que compreendeu porque seus colegas não a chamariam para participar de coisa alguma relacionada à máfia.

Estava ficando menor… mais magra. Ainda não sabia de cor todos os nutrientes a separar e absorver e, os poucos que sabia ela misturava, confundia as formas ou as quantidades… O porte ‘pettit’ sempre lhe foi característico, mas aquilo

No reflexo à sua frente, uma pequena garota de cabelos roxos toca o tapa-olho. Estava exausta e estava desnutrida. Pesava um pouquinho menos a cada dia. Chrome esticou a mão para alcançá-la, para tocar-lhe a face e dizer:

“Nagi…?” chamava, sem ter muita reação “Nagi-chan…?”

Obeservava a expressão em branco, incapaz de se identificar um mínimo que fosse com o nome com o qual nascera. Não, seu nome não lhe dizia nada.

“Para o caso de não ter percebido…” e, talvez, se percebesse, começasse a fazer algo a respeito… “Eu… eu não queria te dizer isso, Mukuro-sama e o Boss também não sabiam como te contar, mas encaremos os fatos…” suspirou, reunindo forças para encarar a verdade, cutucando a testa da pobre desinformada com o um impaciente indicador “Você… é um bocado inútil, sabia?”

E morreria antes de conseguir conquistar um sonho que fosse, provavelmente.

Mas era só uma observação.

Ela era simplesmente… tão… ...frágil!! Poderia malhar, tomar uns suplementos, quem sabe…? Claro que pra isso precisaria de entranhas de verdade… e lá vinham mais nomes e formas e coisas para decorar e isso só serviria para estressá-la ainda mais.

Bufou de novo. O jeito seria se virar com o que tinha.

Ok… e o que é que a Dokuro tinha?...

Ilusões?... Pfff, como se tivesse energia para alimentar células com a imaginação e imaginações com mais imaginação, tudo simultâneamente…

Não era capaz.

A menina se pegou agonizando diante da imagem real de sua própria fraqueza. Deixou sua pequena totalidade escorregar pelo vidro incólume até o chão do trocador e lá se sentou.

Queria ajudar. Não através da força de alguém… mas da própria. Chrome queria servir!! Era só por isso que buscava ser independente…

Droga!...

Enquanto, ainda no chão, recolocava a saia verde militar, percebeu uma agitação no Anel Vongola... e depois a extensão de todo o braço e as pernas. Estava arrepiada. Da cabeça aos pés, a menina estava arrepiada... Sem querer, provavelmente pelo frio do vidro com suas costas.

Uma reação involuntária.

Não sentia o toque do vidro e, ao que indicava a constrangedora verdade, Chrome também não era sentida por ele... e também não sentia o arrepio acontecendo, mas… ele acontecia. Seu corpo ainda funcionava… mesmo que só um pouquinho.

Não estava completamente isolada.

Talvez aquele afastamento fosse uma oportunidade...

Ainda dava pra ser útil… Não como o Boss, ou como o guardião de cabelos prateados com explosões, nem como o Varia de cabelos longos e brancos com gritos… De uma outra forma!

Chrome precisaria apenas de um bom lugar pra treinar.

Mas primeiro… ela se certificaria de uma coisa...

***

Caminhou com muita cautela pelos quartos, corredores, no refeitório…. e nada. Não estava em parte alguma.

Foi quando se lembrou de algumas das conversas com suas amigas.

O telhado.

Subindo a escadinha externa, não precisou chegar nem no meio do caminho para perceber que era lá mesmo que ele estava.

E lutando.

Pra variar…

Os sons de confronto cresciam, mesclando-se com gritos do Cavallone que, hora ria, hora gritava de medo, e hora… ... não, não… era só isso mesmo. O que quer que estivesse tentando falar, o pobre loiro era completamente bloqueado pelos golpes do agressivo guardião.

Hibari lutando... era uma visão meio dúbia… quase polêmica. Era como... ver um leão ou um lobo caçando. Sim, acreditava que era isso mesmo. Não importa quanto desconforto alguém sinta em ver morte ou sangue no abate... quando se assiste a caçada… o rigor, a estratégia, habilidade e execução, cada traço da agressividade de sua natureza toma propósito, tornava até mesmo a vil selvageria, em algo belo. Natural.

Isso, claro, se você não for a presa (Dino haveria de concordar).

Chrome olhou para o braço com o qual subia outro degrau.

Arrepiada. E não era frio, disso tinha certeza, pois o peito batendo rápido, apavorado, ela também conseguia sentir.

Para sua alegria, ambos pareciam muitíssimo ocupados, talvez pretendessem ficar naquilo por algumas horas, se desse sorte.

Yosh… a menina teria pelo menos um tempinho, o quanto Dino suportasse (torcia para que fosse muito), para ficar em paz. Pegou sua bolsa e foi até a praia.

Bastou colocar um dos pés na areia para se lembrar das palavras dele assim que chegaram.

Não entre no mar… dissera-lhe o rapaz.

Que tipo de instrução tão específica era aquela, afinal?

...estamos diante de um tardio, porém muito esperado florescer de meu pupilo...

Estaria Hibari… com ciúmes que outros a vissem com roupa de praia…?

!!!

Foi parando de correr, cambaleando, quase tropeçando nas próprias pernas. Ah, céus… A cabecinha roxa rodopiou e ela quase desmaia, do jeitinho que acontecia sempre que seu sangue subia rápido demais até o rosto.

Não! Se concentra!! Se concentra!! Gritava pra si própria em sua mente, enquanto massageava o rosto quase dolorido com a quantidade de sangue, esperando o coração desacelerar.

Ugh!… Chrome detestava ficar com vergonha! Ficava até zonza. Quando finalmente se acalmou, observou as ondas, provavelmente geladas, indo e vindo convidativamente.

Fechou o olho, ainda segurando o rosto com ambas as mãos, como se a cabeça fosse cair. Ok... Chrome só não entraria porque não sabia nadar nem nada assim… Não porque tinha muito medo mesmo dele…

Mas aproveitaria a chance para obedecer e… não provocá-lo.

“Ohh, se não temos uma piratinha tímida aqui...”

!!

Abriu o olho. Não conhecia nenhum daqueles caras.

E não gostou nada dos sorrisos a rasgar os rostos de cada um deles.

Uma sombra fria cobriu-os todos.

Estava em perigo! E é quando está sozinha diante de todos os seus medos, a vil sombra volta a se estender sobre a Flor com densas trevas de fúria e devastação... devolvendo-lhe alívio e um refugio, como já quase esquecia da existência.

Diante deles, nenhum outro senão...

...

“Hibari-san?!...”