Minha ruína

The fallen queen


O menino foi deixado sob os cuidados das criadas e amas de leite, ficou decidido que seria um cavaleiro, não um guarda real, mas ocuparia um lugar seguro e próximo.

—O que fez com a mãe dele? A rainha o olhou esperando que completasse a frase. -Majestade. Ele continuou.

—Ela não lembrará de nada.

—De certo lembrará que estava grávida.

—Mas não irá saber o que aconteceu.

—As vezes não saber é um fardo terrível.

—Não me importo com fardos a serem carregados, já basta o que você me fez trazer ao MEU castelo.-Ela deixou a palavra bem destacada. Henry,seu pai,suspirou de desapontamento.

—Que nome ele terá?

—Ele não é meu filho. Não precisamos nos preocupar com isto. Henry começou a pensar em qual seria apropriado. Regina virou de costas, antes de sua mente clarear.

—Já que deseja tanto assim nomeá-lo, acredito que Henry é um nome adequado. Seu pai a entreolhou.

—Bom,~ela continuou. -Ele só está vivo por insistência sua.

—Assim seja. Seu pai disse.

—Agora vamos.-Regina disse antes de caminhar para fora de seu aposento.

—Não quero me atrasar. O reino precisava conhecer sua rainha. E ela iria adorar cuidar pessoalmente de seus súditos, principalmente os que ainda fossem leais à Branca de Neve.

—Adeus pequeno Henry. Henry disse ao bebê que se encontrava num berço simples próximo da cavalaria.

—Cresça forte, e seja feliz. No momento em que ia embora, o bebê agarrou suavemente seu dedo. Ele sorriu, e então foi embora. Para sempre.

Regina não importou-se em se despedir do castelo, nem de ninguém. Partiu com seu pai para o castelo de verão que antigamente pertencia a mãe de Branca. Agora faria um bom uso dele, era em um ponto estratégico do reino. Enquanto cavalgavam ao lado da escolta, Regina, que estava à frente, parou. Automaticamente, seu pai quis saber o problema.

—Me pergunto se o que fiz não trará má consequências para mim.

—Está tão louca a ponto de acreditar que aquele bebê possa lhe fazer mal?

—Rumplestilstiskin disse...

—Não importa o que ele disse, você faz seu próprio destino, eu tento acreditar que você tem esperança, mas quando olho para você, apenas vejo sua mãe. Regina estremeceu momentaneamente, não era sua mãe, não se tornaria aquela criatura desprezível. Ouvir aquilo foi duro, mas por mais difícil que fosse admitir, ele estava certo. Os cavalos prosseguiram sem mais interrupções até o castelo.

17 anos depois...

O tempo passou devagar enquanto Regina governava o reino com mão forte. Suas leis eram rígidas, e o ódio que sentira por Neve, era transparecido no rosto da maioria de seus súditos. Não fazia diferença, ela era a rainha.

Mais tarde, recebeu uma notícia de que seu pai estava muito doente. Não se viam com frequência, mas ele amava sua filha mais que tudo no mundo. Ela desceu do trono e caminhou apressadamente para o quarto de seu pai, que se localizava nos primeiros andares do castelo. Ele realmente estava mal.

—Por que não fui avisada mais cedo? Ela gritou aos servos. Todos empalideceram.

—E-ele não quis incomodar, majestade.

—Eu não me importo com o que ele quis. Agora saiam daqui, todos vocês. Agora! Todos correram. Henry tossiu. Uma substância vermelha manchou sua mão.

—Pai. Regina o chamou e sentou-se ao seu lado na cama

—Filha.~Ele segurou sua mão~ Não seja como sua mãe, não se torne um mostro.

—O que está dizendo? eu posso curar você!Ela disse embora soubesse o que viria

—Por favor, Regina. Me prometa.

—Pai, eu posso curar você!

—Mas você não vai! Não permitirei que magia negra se aproxime de mim. Jamais.

—Não vou deixar que vá. Disse a rainha tentando manter os olhos secos.

—Estou indo em paz. Minha filha será feliz. Eu sei. Sei disso...

—Pai! Pai! Ela gritou.

—Regina... ele disse antes de fechar os olhos. E então, não disse mais nada. A rainha ficou parada, não sabia o que fazer, dizer, ou sentir. Estava um pouco mais morta por dentro. Lembrou-se de quando Daniel morreu, o buraco que se abriu em seu coração, e que agora fora aumentado. Chamou os servos, ordenou que preparassem o funeral e trancou-se no quarto. Pela manhã, uma batida leve na porta se fez ouvir facilmente, já que ela não tinha dormido absolutamente nada. Estava criando imagens com sua magia. As apagou quando a avisaram que estava tudo pronto. Ela colocou um vestido reto e completamente preto. Penteou os longos cabelos e desceu as escadas. Ao chegar e Henry esticado sob dúzias de flores, teve vontade de morrer. Mas tinha um reino para governar, e não iria desistir, não depois de tudo que passou. -Um momento. Ela disse ao criado que levaria o corpo para a cripta. E ele esperou fora dali, fechando a porta.

—Eu sinto muito. Ela sussurrou. A porta foi aberta.

—EU DISSE PARA SAIR DAQUI! Gritou sem olhar para a entrada.

—Por mais tristes que sejam as situações, amigos devem ser tratados com cordialidade, minha rainha. Rumple disse fechando delicadamente a porta.

—O que você está fazendo aqui?

—Sendo prudente, coisa que você não vem exercendo nestes últimos anos não é? Mas vejo que não mudou absolutamente nada. A magia, e seus benefícios. O humor ácido de Rumple estava a lhe dar enjoos cada vez que o escutava.

—A velhice é custosa. -Ele disse olhando para Henry.

— Tentei convencê-lo a me deixar ajudar,mas ele não quis se corromper.

—Nobre homem. Mas a magia traz mais possibilidades, embora seja um fato triste, a morte chegará novamente a esta família.

—Diga logo o que quer.- Regina falou, virando-se para o corpo de seu pai.

—Quero te mostrar o que está prestes a acontecer. Quando a rainha ia a seu encontro, ele já estava ao seu lado, e puxou-lhe a mão bruscamente. Neste momento, imagens pouco compreensivas que passavam rápido de mais ocuparam sua mente. Até que grandes olhos azuis se mostraram, e a última imagem era nítida. Mostrava uma mulher deitada, com o vestido colorido por sangue, a face desprovida de vida e estampada por terror. A rainha, havia caído. Ao soltar-lhe a mão Regina gritou desesperadamente e lágrimas lhe desciam.

—Não deveria ter poupado o o garoto. Agiu como uma criança tola. E fraca. Ela não conseguiu falar. -Se quer um conselho, enterre seu nobre pai, corra imediatamente até o palácio, e livre-se do cumpridor desta profecia, se ainda houver tempo,é claro. Ao dizer isto, desapareceu. Quando Regina abriu os olhos que haviam se fechado devido ao choque, ele havia sumido. Precisava agir, agora. Ordenou imediatamente que o enterro fosse realizado. Ao ser finalizado, foi trazido o cavalo mais rápido, e sem nenhum guarda, seguiu para o castelo sozinha. Já era quase a hora do por do sol quando conseguiu avistar o castelo. Perto dos muros, um cavaleiro afiava sua espada, estava de costas, mas seus cabelos muito pretos perdiam-se na armadura da mesma cor. Era magnífico. -Você, cavaleiro. Ela gritou ainda à uma certa distância. Só havia ele por ali, além dela. Ela fez o cavalo se aproximar.

—Sim. Majestade. Ele disse quando se virou.

—Quero saber onde se encontra um garoto, chama-se... Henry. A palavra lhe doeu. O cavaleiro ajoelhou-se perante ela.

—Está aqui,minha rainha.