Paulina foge depressa, não sabia exatamente para onde estava indo, mas continuou caminhando até esbarrar novamente em alguém.

— Me desculpe. - diz a pessoa em que ela havia batido.

— Carlos Daniel! - exclama ela surpresa o olhando.

_ Oi linda, até que enfim te achei! - diz ele sorrindo com os olhos brilhantes.

— Estava me procurando? - pergunta ela com o coração acelerado.

— Sim, fui até a Fazenda e sua mãe me disse que estaria aqui, eu precisava tanto te ver. - conta ele a detalhando com carinho.

— O que quer comigo? Algo relacionado ao divórcio? - pergunta ela com medo da resposta.

— Será que podemos conversar? - pede ele com expectativa.

— Tudo bem. - concorda ela após pensar por alguns segundos, estava nervosa, sempre ficava assim quando o via.

— Vem, vamos tomar alguma coisa. - convida ele envolvendo os braços em sua cintura, e a guiando até uma barraca de bebidas.

— Boa noite, o que vão querer? - pergunta o atendente da barraca.

— Pra mim uma cerveja. E você meu amor, vai beber o quê? - pergunta ele olhando para Paulina que estremece só de ouví-lo a chamar assim.

— O mesmo que você. - pede ela anestesiada, sem nem escutar o que ele havia pedido.

— Não sabia que você bebia. - conta ele um tanto surpreso.

— Bebo pouco, quase nunca bem na verdade. - diz ela sem tirar os olhos dele.

— Bom, então neste caso, me traga duas cervejas, por favor! - pede ele educadamente.

— Anotado, aguardem só um minuto! - diz o atendente e saindo logo em seguida.

— Veio sozinha? - pergunta ele a fitando fixamente, e sua vontade era de agarrá-la, mas se conteve.

— Vim com duas amigas, mas em algum momento me perdi delas. - explica ela um tanto sem jeito pela forma predadora que ele a olhava.

— Você está tão linda! - elogia ele passeando os olhos pelo corpo dela.

— Obrigada, você também está lindo! - diz ela tímida, sendo interrompida pelo atendente que chega com as bebidas.

Carlos Daniel lhe entrega o dinheiro e agradece com um aceno de cabeça, voltando toda sua atenção para ela.

— Como você está? - pergunta ele, dando um gole em sua bebida.

— Estou bem, na medida do possível. - responde ela suspirando. _ E você, está bem? - pergunta ela o olhando.

— Mais ou menos, digamos que estou sobrevivendo. - conta ele com sinceridade.

— O que você tem? - questiona ela com os olhos arregalados, pensando que se tratava de algo grave.

— Estou morrendo... - insiste ele vendo que Paulina havia ficado preocupada. _ Mas é de saudade de você! - finaliza ele rindo.

— Ah Carlos Daniel, não faz essas coisas. - respira ela aliviada dando um leve tapa no peito dele.

— Mas é verdade, é assim que eu me sinto, estou com muitas saudades de você. - confessa ele se pondo sério.

— Te entendo perfeitamente. - diz ela bebendo sua cerveja, sem tirar os olhos dele. _ Você veio sozinho? - pergunta ela curiosa.

— Sim, resolvi vir para ver se encontro alguma pretendente, aliás, agora eu sou um homem solteiro. - brinca ele a provocando.

— Ah é? - pergunta ela fingindo estar brava. _ Solteiro você não está querido, lembre-se de que eu ainda não assinei nenhum papel de divórcio! - rebate ela cheia de ciúmes.

— Não assinou, e nem vai assinar. - retruca ele confiante.

— Continua me irritando pra ver se não! - ameaça ela escondendo um sorriso.

— Olha que vai ser difícil você encontrar outro marido lindo, gostoso, e compreensível como eu. - diz ele convencido.

— Hoje você está cheio de gracinha não é? - pergunta ela rindo, adorava o jeito brincalhão dele.

— É que quando estou a seu lado, meu senso de humor é outro. - justifica chegando mais perto, a deixando nervosa pela aproximação. _ Sinto sua falta! - declara ele calmamente, pousando uma das mãos na cintura dela, a trazendo para mais perto.

— E eu a sua! - confessa ela olhando no fundo dos olhos dele.

— Vamos dançar? - convida Carlos Daniel, pois ali onde estavam, haviam vários casais dançando ao som de uma banda, que tocava em um pequeno palco improvisado.

— Eu não sei dançar. - mente ela fazendo charme, ela sabia dançar muito bem.

— Eu não acredito, você sabe fazer tudo tão perfeitamente! - diz ele tentando a convencer.

— Tudo? - pergunta ela instigante.

— Tudo o que eu conheço, e o que eu não conheço, eu tenho certeza que faz muito bem também! - rebate ele com malícia, a apertando ainda mais contra si.

— Vamos dançar então, se eu não souber você me ensina. - pede ela tentando acalmar os ânimos dele.

Carlos Daniel a conduz até o meio dos casais, e a puxa para perto, colando seus corpos, e começam a dançar calmamente, conforme o ritmo da música.

— Engraçado, achei que não sabia dançar. - comenta ele a pegando na mentira.

— Aprendi agora, acredita? - pergunta ela se fazendo de cínica.

— Ah claro, então neste caso, você está me saindo uma excelente aluna. - diz ele entrando na brincadeira.

— Pra você ver como eu aprendo tudo muito rápido. - zoa ela o olhando travessa.

— E eu estou louco para te ensinar outras coisinhas mais, aposto que aprenderá rapidinho também. - dispara ele má intencionado.

— Será? - rebate ela com um olhar penetrante, enquanto passava a língua por seus lábios para umidecê-los.

— Eu preciso beijar essa boca, estou me segurando desde que cheguei, mas você não está colaborando. - sussurra ele olhando para os lábios dela.

— E o que está esperando? - pergunta ela lábio contra lábio.

Carlos Daniel sem mais delongas a agarra com força e invade sua boca com a língua com uma necessidade fora do comum, Paulina correspondia na mesma intensidade, e não se importava com as pessoas que estavam a sua volta. Era um beijo regado de amor, saudade, desejo, e só se separaram quando foram interrompidos por Júlia e Marcela.

— Até que enfim achamos você! - exclama Marcela fazendo Paulina se afastar de Carlos Daniel rapidamente.

— Eu estava atrás de vocês duas! - conta Paulina ainda ofegante.

— É estamos vendo. - debocha Júlia deixando Paulina corada.

— É verdade, rodei esse lugar todo e nada de encontrá-las. - insiste Paulina tentando transmitir sinceridade.

— Dançando é que você não ia nos achar amiga! - dispara Júlia com intimidade, sabia que Paulina não ficaria brava pois se conheciam desde pequenas.

— Ai Júlia, deixa de ser incoveniente! - pede Marcela rindo.

— Credo gente, até parece que não me conhecem! - diz Júlia com um sorrisinho.

— Onde vocês estavam? Eu me virei por um minuto e quando eu me dei conta, já estava sozinha. - questiona Paulina curiosa, pois realmente havia procurado as amigas por todos os cantos, mais não encontrou nem o sinal delas.

— Estávamos por aí, e nem vem que sozinha você não estava não... - comenta Marcela fitando Carlos Daniel.

— Ah é, deixa eu apresentar, essa aqui é o Carlos Daniel. - apresenta Paulina olhando para ele.

— Sim, o seu marido, prazer me chamo Júlia! - cumprimenta Júlia simpática.

— Eu sou Marcela, é um prazer finalmente te conhecer, sempre te víamos aqui na cidade, mas nunca tínhamos visto vocês dois juntos. - diz Marcela também muito simpática.

— O prazer é meu, e sim, eu estava sempre por aqui, mas logo consegui o que queria e voltei para a capital. - explica ele se referindo a Paulina.

— Sabemos bem o que você queria... - comenta Júlia fazendo todos ali rirem.

— Bom amiga, já que está com seu marido, nós vamos indo. - diz Marcela olhando para a amiga.

— Vocês já vão embora? - pergunta Paulina olhando para elas.

— Não, vamos continuar andando, vai que temos a mesma sorte que a sua, de encontramos algum bofe por aí. - responde Júlia sem pudores, puxando Marcela pelo braço.

— Tchau! - dizem as duas em uníssono.

— Nem ligue, elas são disso aí pra pior. - conta Paulina olhando para Carlos Daniel.

— Elas parecem ser legais. - observa ele.

— E são! - afirma ela sorrindo.

— Huum, onde estávamos mesmo? - pergunta ele a centímetros de beijá-la.

— Vamos pra outro lugar? - sugere ela baixinho no ouvido dele, o fazendo se arrepiar por inteiro.

— Você quem manda! - concorda ela a puxando pela cintura, indo até o estacionamento onde estava seu carro.

O estacionamento estava cheio, carros entravam e saíam a todo momento, Carlos Daniel estava atônito, ele vai até seu carro e abre a porta para que Paulina possa entrar, e em seguida entra também.

— Onde vamos? - pergunta ela vendo ele ligando o carro.

— Para um lugar mais afastado, aqui não temos privacidade. - responde ele a olhando rapidamente e voltando sua atenção ao volante.

Ele a leva para um lugar mais reservado, onde haviam muitas árvores e estava um pouco escuro, ali não havia ninguém e também não era um lugar perigoso. Carlos Daniel estaciona o carro, e sem delongas se vira para a esposa e a beija com vontade, ele estava cego e o desejo falava mais alto, ele a trazia para mais perto, mas não era o suficiente, ele interrompe o beijo e a puxa para seu colo, a fazendo sentir sua presente ereção.

Paulina já não raciocinava mais, e ao sentir o membro do marido entre suas pernas, não se conteve e gemeu baixinho, e em um ato involuntário deslizou seu corpo o estimulando ainda mais, ela nunca havia o sentido tão intimamente.

— Paulina, Paulina, não me faça perder a cabeça... - murmura ele lábio contra lábio com uma mão em seu pescoço e a outra estava firme em sua coxa, a sentindo cada vez mais precisa.

— Se você soubesse quantas vezes me segurei para não me entregar a você. - sussurra ela o olhando, ela estava mais solta e já não sentia mais vergonha dele.

— Não deveria, estou há meses desejando esse momento, te ver nua novamente como na nossa noite de núpcias, você é tão gostosa, que eu não sei como eu aguento me segurar toda vez. Mas o dia que eu te pegar de verdade você vai ver. - diz ele em seu ouvido com a voz rouca, ele morde sua orelha e chupa seu pescoço a deixando rendida.

— Carlos Daniel... - geme ela mais uma vez, estava descontrolada e não conseguia se conter, ela busca pelos lábios dele desesperada e o beija, tentando abafar os sons que escapavam de seus lábios.

— Me diz que sim, que eu te faço minha agora! - propõem ele após o beijo.

Paulina não tinha forças para dizer nada, estava ofegante e seu coração batia desenfreado, ela apertava os braços dele tentando descontar todas as novas sensações que seu corpo estava sentindo.

Carlos Daniel passeava suas mãos pelo corpo dela com ousadia, ele aperta a bunda dela entre seus dedos a fazendo se agarrar em seus cabelos e enterrar seu rosto entre os seios dela.

— Por favor Carlos Daniel... - geme ela, assim que ele aperta um de seus seios.

— Você gosta não é? - pergunta ele se livrando da camiseta dela rapidamente, sem a dar tempo de contê-lo, Carlos Daniel faz menção de tirar o sutiã mas Paulina o detém, pegando seu braço e colando em sua cintura, ele não perde tempo e a prende enquanto roça seu pênis nela.— Sinta, olha como me deixa, como eu fico todos os dias. - diz ele se insinuando nela, que estava com os olhos fechados como se tentasse absorver tudo. _ Ele está louco para te sentir em volta dele, assim como eu também estou, ainda vou te deixar esgotada, não terá forças nem para andar, não te darei paz, será um filho atrás do outro. - continua ele quase explodindo de tesão.

— Que filho o quê, eu tenho só 18 anos... - murmura ela também se insinuando com vontade.

— Você com essa carinha de inocente, gemendo ainda, me deixa louco... Vai me dar filhos sim, quero logo uns três, e se você permitir podemos providenciar o primogênito agora mesmo. - propõe ele tentando lamber um dos seios dela, ele foi ágil e sem que Paulina pudesse fazer algo ele levanta o sutiã dela e suga seu mamilo a fazendo gemer alto.

— Aaah. - geme ela arqueando seu corpo, o dando acesso necessário para fazer o que quisesse com seus seios. _ Não faz assim Carlos Daniel, é melhor pararmos... - pede ela tentando voltar em seu juízo normal.

— Eu não consigo, você pediu agora aguenta. - diz ele com a voz rouca, abandonando os seios dela e abocanhando seus lábios os deixando inchados. _ Não me deixe nesse estado, por favor... - suplica ele indo em direção ao zíper da calça dela.

Paulina olhava a cena em transe, não tinha reação, ela queria, mais algo dizia que ela não deveria fazer, sabia que tinha que parar, mas ver Carlos Daniel daquele jeito, como ela nunca havia visto antes a deixou um tanto insegura, tinha medo de fazer algo errado, ou de não agradá-lo.

— Não amor, aqui não. - pede ela segurando a mão dele o impedindo de continuar, o trazendo de volta para a realidade.

— Você não quer? - pergunta ele olhando em seus olhos atônito.

— Quero, quero muito. - confessa ela o olhando com os olhos escuros de desejo. _ Mas não queria que fosse assim, não estamos em nosso melhor momento, tenho medo de me arrepender amanhã. - revela ela com sinceridade enquanto segurava a mão dele.

Carlos Daniel ao ouvir o tom de voz da esposa volta para realidade, ele havia sentindo o temor em sua fala e se sentiu culpado, não era sua intenção a forçar a nada.

— Me perdoe meu amor, eu mais uma vez estou te pressionando. É que não consigo me controlar, eu não quero que pense que eu só quero sexo, você sabe que eu quero bem mais que isso. - justifica ele a olhando com sinceridade e culpa.

— Você não está me pressionando Carlos Daniel, eu me deixei levar, eu é que tenho que me desculpar, eu não queria te deixar assim, mais sei lá, não queria que minha primeira vez fosse dentro de um carro, eu queria que nos resolvéssemos como marido e mulher, gosto de ter minha consciência limpa. - explica ela fechando o zíper da calça.

— Você tem toda razão, estamos em uma má fase, e se Deus quiser tudo isso vai passar, eu tive paciência até agora, não custa esperar mais um pouco, sei que na hora certa irá acontecer, mas a senhora bem que me provocou... - acusa ele rindo tentando amenizar o clima.

— Me desculpa mais uma vez, eu não sei o que deu em mim, não foi e nem é minha intenção te deixar excitado, sei que pra você é difícil... - diz ela tentando argumentar enquanto vestia sua camiseta.

— Não tem problema minha vida, faz parte, pra mim é inevitável não ficar assim quando estou com você. Mas fica esperta que eu estou só anotando pra te devolver com juros depois. - brinca ele a tranquilizando.

— Ai bobo! - diz ela o beijando calmamente. _ Me leva pra minha casa? Já está tarde. - pede ela o olhando com carinho.

— Claro, quando quiser. - concorda ele a detalhando.

Paulina volta para seu lugar, e de relance olha para o membro dele que estava bem visível, mesmo estando coberto pela calça jeans, ela não consegue esconder a surpresa e suas bochechas coram instintivamente.

— Fica tranquila que isso aqui é só o volume, pessoalmente é bem melhor. - zomba ele a olhando cafajeste.

— Carlos Daniel! - repreende ela rindo, já estava se acostumando com o jeito descarado dele.

Carlos Daniel ri da cara dela, e a beija mais uma vez, então ele dá a partida no carro e a leva para Fazenda.


....

• Alguns minutos depois - Fazenda Martins •


Paulina e Carlos Daniel estavam dentro do carro, estavam entre beijos e carícias como se fossem namorados, ela tentava inutilmente sair do carro, mas ele não deixava, ela temia que o clima esquentasse mais uma vez.

— Amor eu tenho que entrar. - avisa ela ofegante após o beijo.

— É a segunda vez que me chama de amor hoje, não sabe o quanto fico feliz em ouvir isso vindo de você. - observa ele com cara de bobo.

— Sério? eu nem percebi. - pergunta ela o olhando.

— Você está tão amorosa hoje, está mais relaxada, gosto de vê-la assim. - conta ele acariciando o rosto dela.

— Eu estava com saudades, andava muito carente, sentia falta de ter você me mimando o dia todo, você me fazia tão bem. - confessa ela fechando os olhos enquanto desfrutava de seus carinhos.

— Vamos lá pra minha casa? Se quiser te levo agora. - convida ele animado com a idéia.

— Melhor não Carlos Daniel... - diz ela procurando argumentos para sua recusa.

— Por que não? Qual é o problema, nós já somos casados mesmo! Eu prometo que não farei nada, eu só quero dormir agarradinho com você, sentindo seu perfume, acordar a seu lado amanhã, eu queria a minha esposa de volta. - explica ele tentando convencê-la.

— Eu também desejo isso, mas como já conversamos hoje, eu prefiro evitar, estamos sim casados, mas lembre-se de que não moramos mais juntos. - lembra ela séria.

— E quanto a esse assunto... E nós dois, como ficamos? - pergunta ele esperançoso de que a teria novamente.

— Como estamos ué! Você não quis se separar de mim? Pois bem, eu estou só esperando a papelada do divórcio. - afirma se fazendo difícil, para provocá-lo.

— Não fala assim minha vida, eu só fiz aquela besteira por que estava chateado, estou tão arrependido que se pudesse voltar no tempo eu faria. Sei que não é isso o que você quer, não depois de hoje, não adianta negar, eu vi o quanto me deseja, e sei que pode chegar a me amar. - garante ele um tanto decepcionado com o que ela falou.

— Poxa, eu tenho todo o direito de estar magoada, você me disse tantas coisas... - ela ia dizer, mas Carlos Daniel põe um dos dedos sobre seus lábios, a impedindo de continuar.

— Eu sei o que eu disse, por favor, não vamos falar sobre isso, vamos dormir, e amanhã com a cabeça fria nós conversamos, para nos entendemos de uma vez por todas, o que acha? - propõe ele não querendo estragar o momento.

— Pode ser...- confirma ela desanimada.

— Não fica assim, vem, vamos namorar mais um pouquinho. - pede ele com uma mão em sua coxa, ele procura seus lábios e a beija apaixonado.

— Vamos com calma. - pede ela vendo que ele já estava excitado de novo.

— Por que você tem que ser sempre tão racional? - pergunta ele apertando sua bunda.

— Para não cair em tentação mais uma vez. - responde ela suspirando com o gesto dele.

— Você não confia em mim? Eu já te disse que nunca faria nada que você não quisesse. - pergunta ele passando os dedos pelo lábio inferior dela que estava levemente inchado.

— Eu confio em você, mas não confio em mim! - diz ela rindo, passando as mãos pelos cabelos dele. _ Eu já vou indo. - anuncia ela se afastando para se ajeitar.

— Não vai não, fica só mais um pouquinho. - pede ele se aproximando para cheirar seu pescoço.

— Não, agora é sério, eu realmente tenho que ir, você sabe que eu durmo cedo. - diz ela o olhando.

— Tem certeza que não quer ir comigo? - insiste ele já sabendo a resposta.

— Tenho, eu vou ficar aqui mesmo, sem contar que minha mãe deve estar me esperando acordada.

— Tudo bem, eu compreendo. Então amanhã nos vemos? - pergunta ele segurando sua mão.

— Claro, me ligue amanhã para combinarmos melhor. - pede ela o fitando. _ Obrigada por me trazer. - agradece ela com um sorriso.

— Foi uma prazer minha linda. - diz ele dando mais um beijo nela. _ Tenha bons sonhos! - deseja ele colando suas testas.

— Boa noite! - diz ela o dando um selinho e saindo do carro.

Carlos Daniel fica ali até se certificar de que ela já havia entrado, e após isso ele vai embora.


...

Sala

Paulina entra em casa sorridente, estava distraída e usava a lanterna de seu celular para poder enxergar em meio a escuridão.

— Pensei que tivesse ido até a festa da cidade... - comenta Paola acendendo a luz, ela estava sentada em uma cadeira próxima da janela, estava no escuro espiando a irmã. _ Não que estava com ele. - continua ela séria.

— Que susto Paola! - diz Paulina com os olhos arregalados e a mão no peito. _ Eu estava na festa e encontrei o Carlos Daniel lá, ou melhor ele me encontrou... - explica Paulina ainda com a respiração pesada pelo susto.

— Não concordo com o que você está fazendo! - dispara Paola aparentemente irritada.

— E o que eu estou fazendo? - pergunta Paulina intrigada pela maneira que Paola estava agindo.

— Cedendo, está caindo nas graças de Carlos Daniel mais uma vez! - acusa ela se alterando.

— Não estou caindo nas graças de ninguém, o que você tem? - questiona Paulina curiosa.

— Ah não está? Então o que estava fazendo lá fora com ele? - pergunta ela autoritária.

— Espera aí, você estava me espiando? - rebate Paulina abismada. - E outra, ele é o meu marido, o que tem demais nisso? - continua Paulina sem entender.

— Aceitou rápido esse título, não é irmãzinha? - pergunta Paola com deboche.

— Eu não estou te compreendendo Paola, você me parece irritada, o que foi? Você sempre me deu total apoio para me casar, aí de repente fica assim. Aconteceu algo que eu não sei? - questiona Paulina preocupada.

— Isso foi antes de eu descobrir quem é realmente Carlos Daniel Bracho, se você soubesse... - explica ela com ar de mistério.

— Então me diz. - pede Paulina de uma vez.

— Não vale a pena, você acabará descobrindo sozinha. - finaliza Paola com desdém, saindo tranquilamente, deixando Paulina para trás.