Estava trabalhando e Miguel chegou no meu departamento e apontou para cima, ele me queria na cobertura do prédio. Por um momento, achei que ele seria louco o bastante para me jogar de lá, mas em outro momento, achei que ele não seria louco o bastante para matar alguém num departamento policial, ele, mesmo sendo ele, provavelmente seria preso.

Eu subi e ele me mostrou a camisa, do dia que eu matei Freebo:

– Você acha isso engraçado?

– Não, eles disseram que ia sair, mas... – eu disse.

– Vá se foder, eu não cheguei onde estou e sendo quem sou deixando um verme como você me manipular – ele disse bem alto.

– Onde está a minha aliança? – ele disse ríspido.

– Não é sua, é da Ellen. – eu disse calmo – Mas você deixou uma linda impressão digital nela!

– Suas mãos também estão cheias de sangue, Ethan Turner, Clemson Galt, quantos foram?

– Todos mereceram e não há nada que me incrimine, nem cadáveres existem para comprová-las.

– Não num tribunal, mas como sua noivinha vai se sentir quando tiver que responder a umas perguntas? Ela vai querer saber aonde você vai, o que você faz e quem você realmente é. – Ele disse se aproximando.

– Ela sabe tudo o que precisa saber e vai continuar desse jeito – Eu disse mais uma vez calmo, como sempre – ou a aliança vai aparecer em algum lugar inconveniente.

– Eu sou a última pessoa que você vai querer foder, porque eu posso te foder em troca de modos que você nunca imaginou – ele começou a gritar – Denúncia anônima aqui, mandado de busca ali, quem sabe o que a polícia pode achar na sua casa ou no seu barquinho? Você tem a aliança, eu tenho o poder fodido público!

– Não tinha percebido antes, mas é impossível te tornar sensato, nem te comprometer ou controlar, toda essa disputa de vantagens é inútil.

– Exato! Eu faço o que eu quiser, quando eu quiser e com quem eu quiser, pode contar com isso! – Ele disse muito perto dessa vez.

– Eu vou. – Eu disse quase sorrindo.

Ele olhou nos meus olhos por um tempo e me beijou, foi tão estranho, meu inimigo me beijou, mas foi tão bom. Eu o segurei pela camisa e descemos as escadas nos beijando, tinha umas portas pelo corredor e umas delas era o armário de limpeza, tinha umas poucas coisas lá, e ninguém nunca entrava.

Eu abri essa porta e nós entramos. "Discutíamos ás vezes... Falsidade para todo o lado. Mas adivinha só? Eu o amava. Inicialmente, como um grande amigo. De uns tempos para cá, esse sentimento cresceu. E hoje estou aqui, o beijando mais uma vez e quando fazendo sexo" foi o que eu pensei, ele "massageou" meu membro por cima da calça, ele ouvia gemidos e eu disse um pouco envergonhado:–

E-Eu não estou pronto pra isso, nunca fiz essas coisas sérias com um cara...

– Não se preocupe, você vai gostar! Tudo tem sua primeira vez, não foi o que você me disse outro dia? – ele disse segurando meu rosto e me beijando em seguida.

– Sim, tem razão.

– Eu prometo que serei delicado, mas se não quiser, eu vou entender. – ele disse olhando nos meus olhos.

– E-eu quero fazer isso. – eu disse e o beijei.

– Tentarei dar o meu melhor, Dex! – ele me beijou e tirou minha camisa.

Eu fiz o mesmo com a dele e deixei ele continuar em cima de mim, ele que mandava, não? Ele abriu o zíper da minha calça, e pra não ser tão constrangedor, eu abri e tirei a calça dele, ele fez o mesmo com a minha roupa íntima, meu membro já estava ereto, facilitando o trabalho dele, ele meio que começou a me mastubar, mas parou e eu disse:

– C-continue, Miguel!

Ele riu e mas não fez nada, então ele disse:

– Você quer mesmo fazer a... outra coisa?

– Não estou pronto... Não, eu quero. – Estava um pouco indeciso, mas eu queria.

Ele me pediu um beijo, fiquei de quatro, mesmo sabendo que haviam outras, mas não queria que ele visse meu rosto, e me penetrou devagar, eu gemi, e ele disse que podia parar, se eu quissese, então eu disse:

– Nem pense em fazer isso!

Ele escorregou as mãos pelas minhas costas e devagar começou a se mexer. Eu disse:

-– Mais fundo Miguel! Ah!

Ás vezes eu gemia um pouco alto, mas esquecia que não podíamos fazer barulho, se não quiséssemos que alguém soubesse o que estávamos fazendo. Não doía, me excitava. Cada vez mais, rápido e forte, incessante. Sentia fogo em minhas veias e notei que ele fazia questão de gemer baixinho. Ele começou a me masturbar, continuando o que estava fazendo antes.

– Não pare, continue... Vai Miguel. Mais forte.

Eu gemia mais ainda, fiquei de joelhos no chão e segurei as prateleiras de metal, ele me masturbava e enfiava cada vez mais forte, não conseguia me conter e gemia alto. Ele me forçou a abrir mais as pernas e penetrou com mais força, eu nem pensava mais.

Eu repetia o nome dele, estava transtornado, não estavávamos muito diferentes, mal me aguentava de tanta lascívia, meu cérebro estava em letargia, o dele não devia estar diferente. Não conseguir mais segurar e gozei, junto com ele, eu gemi alto, enquanto ele ainda fazia questão de gemer baixo.

Estávamos ofegantes. Eu deitei e ele se deixou cair ao meu lado, lentamente fomos recobrando a consciência. Ele saiu de dentro de mim e me deu um beijo calmo. Sorrímos e uns poucos minutos depois, nos vestímos e saímos da sala, conversando sobre coisas normais, como o trabalho.

Seria bom se ninguém suspeitasse de nada, mas quando entramos, Masuka olhou para nós, com um sorriso malicioso e riu depois. Droga. Acho que ele estava brincando apenas, não era possível alguém ter ouvido algo. Deb chegou e disse:

– Dex, tudo bem?

– S-sim, por quê? – Eu disse quase que meio desesperado.

– Você nunca vai lá em cima e você tá meio... Tenso. Vocês brigaram?

– A gente? Não, não. Estávamos só conversando. Tchau Deb.

Eu entrei na minha sala, seguido por Miguel e ele disse:

– Eu acho melhor eu ir embora, senão...

– É, acho que sim, quer jantar comigo? Bifes e cerveja...

– Sim, claro – ele disse feliz.

– Te vejo ás seis então.

– Ok, tchau Dex!

– Tchau.

Eu o abracei, por impulso. Não sei porque fiz isso, mas foi bom. Quando ele foi embora, Deb entrou na minha sala e disse com uma voz meio estranha:

– Hey, Dex, tá... rolando algo entre você e o Miguel? E que abraço foi esse agora...

– Não Deb, ele é meu melhor amigo e...

– Vocês não... Dex! Você e Miguel? Como? Eu nunca imaginaria que você é... E a Rita?

– Deb, não fale pra ninguém, ok? Não preciso de...

– Okay Dex, eu tenho que ir, tenho que falar com Anton. – Ela disse meio sorrindo.

– Tchau Deb, de novo.

Sentei na minha mesa e comecei a pensar no que tinha acontecido. De meu melhor amigo, quase inimigo, agora ele é meu... Mas o que eu posso fazer? Eu amo ele. Temos nossas esposas, mas acho que esse será nosso segredo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.