Não seria preciso nenhuma exegese para entender que aquela escola não possuía as qualificações necessárias para Miguel. Entretanto, a melhor das instituições era longe. Cíntia, sua mãe, ao comunicar a família da condição de seu filho, sentiu a dor de ser ignorada. Chorou a própria impotência, e no dia seguinte, acompanhou seu filho no ônibus, abraçando-o fortemente para impedir que a luz do sol tocasse sua pele.

Chegando lá, uma mulher de uniforme a esperava.

"Olá! Sou Marcela. Esse deve ser Miguel, né?! Lindo! Vou acompanhá-lo durante as aulas. Pode confiar em mim, certo, mãe?"

Cíntia se forçou a concordar.