Aquela visão era um flagício para a mãe: o menino caiu no chão, despreparado, e seu filho sentou-se novamente à mesa. Retornou o seu desenho, agora submerso, como se nada tivesse acontecido. A professora, que aparentemente já encarava Miguel, se aproximou. Após levantar o menino caído aos prantos, retirou grosseiramente o sulfite do aluno novo. “Miguel, está de castigo para aprender a me ouvir e respeitar os colegas.”

Outro olhar, dessa vez de reprovação, foi direcionado a mãe, que percebia um estranho fato.

Os olhos apáticos do menino fitavam um lugar distante, e abraçava o próprio corpo, como se passasse frio.