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-Pra onde vamos, amor?

-É surpresa, já te falei

-Dica?

-Não

-Nem dica?

-Não – ele parou o carro por causa do sinal

-Então vou ter que apelar para isso – eu disse e o beijei – me diz

-Não digo – ele riu e andou com o carro, já que o sinal já havia aberto e os carros estavam buzinando – mas digo que teremos muito tempo para fazer isso

-Oba – sorri maliciosa

-Que fogo todo é esse?

-culpa sua

-Minha?

-Quem que me acordou me beijando?

-Então sempre que eu te acordar te beijando você vai ficar com esse fogo?

-Posso dizer que sim

-Bom saber, pequena Miley – ele sorriu malicioso e prestou atenção no transito

-Ei, agora serio, onde estamos indo? - eu disse depois de uns cinco minutos de silencio

-não vou te falar, Miley. Surpresa é surpresa

-chato. Te odeio.

-Como?

-te od... - não pude terminar de falar, ele já havia me beijado

-como?

-Te amo – sorri

-Own que fofa – ele ironizou

-Sou mesmo, tá! - eu ri e fiz biquinho

-eu sei – ele me deu um selinho

-Agora dirige, boo. Quero chegar logo – eu disse e ele assentiu

-Canta pra mim, para o tempo passar mais rápido, babe?

-canto sim – eu sorri e comecei a cantar 7things

-chegamos – ele disse depois de eu cantar mais umas 15 musicas, estacionando o carro

-o que é isso?

-Espera, Miley! - ele disse e saímos do carro – vem comigo

Ele pegou uma cesta com uma mão e colocou a outra mão na minha cintura, me guiando até uma pequena colina em uma praia. Subimos com cuidado, e eu pude ver a vista: um por-do-sol lindo (http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/por-do-sol-na-praia/por-do-sol-na-praia-3.jpg).

-Liam! Isso é lindo! - eu disse observando a vista que tínhamos no topo da colina

-Gostou? - ele sorriu

-AMEI – eu me virei para ele, que me beijou romanticamente – isso é lindo, amor

-que bom que gostou, fiquei um tempão pensando no que você iria gostar – ele não parava de sorrir

-Qualquer coisa com você eu vou gostar – sorri

-mas pra você tem que ser especial, minha princesa – ele deu um beijo na minha testa e ficamos assistindo o por do sol abraçados – trouxe comida

-Oba! - eu lambi os lábios superiores – trouxe o que?

- uvas e sanduíches

-sanduíches de...

-queijo e presunto

-Amo!! - eu disse abrindo a cesta – huum... ta bom... quem fez?

-Eu

-Sério?

-Uhum – ele riu

-EU não sei fazer nem gelo – eu disse e ele deu uma gargalhada – ta rindo de que

-você é linda, sabia?

-obrigada, boo, mas está rindo de que?

-De você

-isso eu percebi – eu ri

-Você é engraçada por natureza – ele me beijou

coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço por impulso, e aprofundei o beijo. Sua língua dançava com a minha em um ritmo contagiante, eu queria mais. Ele queria mais. Não mais no sentido de sexo. Mais no sentido de carinho. O beijo foi calmo e longo, muito longo. E quando partimos, nós dois estávamos com a bochecha vermelha. Nos olhamos sem graça, pela primeira vez

-Eu te amo – eu disse baixinho para quebrar o silencio

-Eu também te amo – ele disse colocando uma uva delicadamente na minha boca

-Huum... ta docinha – eu disse saboreando-a – aqui – eu coloquei uma em sua boca

-Essa não ta azeda não – ele disse e engoliu – mas eu prefiro você

-Prefere, é? - eu disse baixinho com uma voz sexy

-Prefiro – ele foi chegando perto com uma cara maliciosa e eu avancei em seus lábios e o beijei. Logo eu parti o beijo

-Aqui não, né?

-É, melhor não – ele disse e estendeu duas cangas na areia

-Pegou as cangas da minha mãe?

-Ela nos emprestou

-Pra que?

-Ja viu o quão belas são as estrelas aqui? - ele disse notando que jé estava escuro

-nunca prestei atenção...

-eu também não, mas quando falei para sua mãe que te traria aqui para ver o por-do-sol, ela me falou para quando escurecesse víssemos as estrelas deitados na areia

-Minha mãe falou isso? - eu perguntei de queixo caído

-ela falou para eu não te falar, para eu levar os créditos e tal – ele deitou em uma canga e eu deitei em outra – mas eu acho importante você saber que sua mãe tem boas ideias. Mas não fala pra ela que eu te falei

-Que lindo – eu lhe dei um beijo na bochecha, já que ele estava olhando para cima

-O que?

-Tudo. Isso que você falou, o por do sol, as estrelas, e principalmente você

-Linda é você, meu amor – ele se virou para mim e me beijou calmamente.

Aquilo parecia cena de filme. Eu e ele, deitados em uma duna de areia, à noite, observando as estrelas, e nos beijando. EU nunca havia feito uma coisa tão romântica. Liam realmente acertara com o que eu queria. Ou o que eu não podia imaginar que ele faria. Ou o que me agradaria sem pensar duas vezes, ou o que... não sei. Sei que é com ele, sei que é perfeito.

-Queria passar o resto da minha vida assim – eu suspirei

-Assim como?

-Assim, sem me preocupar com nada, só olhando as estrelas ao seu lado

-Se a vida fosse assim seria perfeita – ele deu um beijo na minha testa – que horas são?

-oito e meia – eu disse olhando no relógio – nossa, o tempo passou rápido

-Mesmo. Prometi à sua mãe que nove e meia você estaria em casa

-ainda temos uma hora aqui - comemorei

-não, ainda temos quinze minutos aqui – ele disse triste

-demoramos quarenta e cinco minutos para chegar?

-uhum

-passou rápido, também – eu disse lembrando do carro

-verdade. Quando estamos fazendo o que gostamos, o tempo passa rápido

-ja ouvi isso

-meu vô que me contou, agora quem o contou eu não sei

-hm – eu lembrei do meu avô, pappy

-Que foi?

-Nada, só frio – eu disse notando a temperatura

-Aqui – ele tirou sua blusa de manga cumprida mostrando todos aqueles músculos e a me deu

-Não, Liam. Não precisa ficar com frio pra eu poder me esquentar

-Claro que preciso. E eu não estou com frio – ele disse e vestiu a blusa em mim – vem cá

Ele me aconchegou em seus braços, e me esquentou. Ficou respirando em meu pescoço, e de vez em quando dando uns beijinhos nele. Logo eu adormeci em seus braços

-Miley, acorda – ele disse fazendo carinho na minha bochecha com o polegar

-Ãnh? Onde eu to? - eu perguntei notando que o ambiente era diferente

-Está no meu carro

-Que horas são?

-Nove e meia. Levanta que já ta na hora

-De que?

-De eu te deixar em casa

-Quem trouxe as coisas?

-Eu. Primeiro te levei no colo até o carro, depois subie peguei as coisas

-Não precisava ter me trazido

-Mas estava tão linda dormindo

-Por que me acordou?

-Por que eu preciso te entregar pra sua mãe. Já estamos em frente à sua casa

-Ah, quero ficar mais um pouco com você

-Amanha a gente se vê de novo, babe

-ok – eu disse triste e levantei

-Vem – ele segurou na minha mão e me levou até a porta de minha casa. Tocou a campainha

-Oi gente – minha mãe disse quando abriu a porta.

-Oi mãe – eu disse e ela olhou para o que eu estava vestindo

-Por que está com a blusa do Liam?

-Ela estava com frio, senhora Cyrus, não poderia deixa-la com frio

-Devolve a blusa do seu namorado, Miley! - ela mandou – e é Tish, já disse

-Ok – eu disse e fui tirar a blusa

-Não, tish, não precisa – ele depositou um beijo na minha cabeça – Deixe a blusa com ela

-Mesmo? - minha mãe perguntou duvidosa

-Claro – ele assentiu

-Brigada boo – o abracei – mamãe, da licença um pouquinho, porfa?

-claro – ela saiu mas deixou a porta aberta

Pulei em seu colo assim que ela virou as costas e o beijei. Ele pegou minhas pernas e as envolveu em sua cintura. Parti o beijo e voltamos ao normal

-Até amanha, lindo

-Até – ele deu um beijo em minha testa

-Obrigada por tudo. Foi perfeito

-Que isso – ele me beijou rapidamente – vai lá, sua mãe ta esperando

-ok – eu dei um beijo no canto de sua boca e entrei em casa.

-Fizeram o que? - minha mãe perguntou

-Quando eu pedi para você dar licença ou no encontro?

-Nos dois

-Primeiro vimos o por-do-sol, depois lanchamos, depois vimos as estrelas. Aí eu fiquei com frio, e ele me emprestou a blusa, aí ficamos deitados na canga e eu dormi

-Por isso essa cara de sono?

-uhum

-E o que vocês fizeram quando pediu licença?

-Se pedi licença é por que não quero que você veja

-Por que?

-Por que você é minha mãe, não vou agarrar meu namorado na frente da minha mãe

-Então vocês ficaram se agarrando...

-Quase isso – eu corei – faz uma comida aí para mim?

-Você não comeu?

-Mãe, eu prefiro beijar

-Então você passou – ela contou alguma coisa nos dedos - quatro horas E MEIA beijando?

-Quase isso – eu subi as escadas

-como quase isso? - ela gritou

-quase isso é quase isso – eu gritei de volta e entrei no quarto

Fechei a porta e me joguei na cama. Mesmo com a cara enfiada no travesseiro, eu não parava de sorrir. A minha vida estava perfeita. Perfeita até demais